Avatar escreveu:No entanto, a simples existência de pessoas, muitas pessoas, afirmando terem tido contato com o sobrenatural, embora não sirva como prova, justifica a posição privilegiada que a noção de Deus merece, mesmo concorrendo com pesos-pesados do exemplo em destaque. Isso é lógica, e não está vinculada à minha “crença” em Deus.
Se muitas pessoas dizem que tiveram contacto com o sobrenatural, justifica-se uma investigação, só que nenhuma investigação até hoje mostrou nada.
Este é um assunto polêmico mas vou insistir:
-Pessoas com transtorno obsessivo compulsivo procuram tratamento.
-Pessoas com cleptomania procuram tratamento.
-Pessoas que nunca conseguem chegar na hora a seus compromissos procuram tratamento.
Elas não se ofendem ao serem chamadas de doentes. Na verdade, sentem-se aliviadas ao perceber que não é um problema de caráter e que pode haver uma cura.
Não é à toa que existem tantos "Alguma Coisa" Anônimos pelo mundo.
Quando se trata de religião, entretanto, comportamentos ridículos e anormais são vistos como sinais de santidade e aceitos pela sociedade. Pessoas que dizem falar com Deus ou com os mortos são consideradas especiais e superiores.
Pessoas que se trancam em conventos e passam o resto da vida falando para as paredes (mas com voto de silêncio) são consideradas virtuosas.
É considerado um insulto grave insinuar que essas pessoas possam estar malucas. Que possam ter algum problema mental.
Por que?
Qual a diferença?