Allan Kardec, um racista brutal e grosseiro
Re.: Allan Kardec, um racista brutal e grosseiro
Essa intolerância que os espíritas exibem aos cultos afro-brasileiros dizendo que são povoados por "espíritos inferiores" foi um dos motivos que levou o Júlio Siqueira, o espírita mais coerente que conheço, a abandonar o kardecismo.
videomaker escreveu:Spitfire escreveu:videomaker escreveu:Vamos aos fatos :
Saiu de uma casa espirita "conceituada" segundo vc mesmo , e sabendo ainda que em centros de Umbanda o que se ve é manifestação de espiritos inferiores , temos ai um FLAGRANTE de que ou não assimilou nada ou era um passante atraz de algo que nem sabia o que era !
Já não bastassem os evangélicos a demonizarem a umbanda, agora leio isto. Depois querem "respeito" dos ateus... tsc stc.
Não sabem sequer se dar ao respeito.
Infeliz este comentário... muito infeliz... mas http://www.sempreosmesmos.com.br/espiritos(de_porco)_racistas_existem.html
Caro espirrodefogo , se vc não entende que atos são o que trasformam O SUJEITO em mais ou menos evoluidos !
Se o cara enche a cara de cachaça e faz trabalho pra lascar o outro , e mesmo assim acha que é tudinho igual ...PACIÊNCIA !
Sua ANTA... conheço umbandistas que sequer bebem... nem "incorporados" e nem no estado normal.
Estas perpetuando uma ASNEIRA, tão grande, que chego a ficar enojado.
Preconceituoso e racista... precisam de ateus para colocarem o dedo nas suas moleiras.
Você me enoja com esta mentalidade.

Ps: Depois de uma demonstração tão escrota quanto esta, garanto que os umbandistas ficarão muito felizes em não "serem iguais" a ti.
Re: Re.: Allan Kardec, um racista brutal e grosseiro
Spitfire escreveu:Tranca-Ruas escreveu:Ué, o MGMdeSC não tinha dado no pé?
Tinha... rodou a saia baiana e tudo mais.
É sinal que nem a sí próprio esta tralha não sabe respeitar.
Deveria ter um pingo de vergonha na cara... deveria.Tranca-Ruas escreveu:Deve estar querendo cumprir o carma de umas dez encarnações por aqui...
Eu fico me perguntando se uma pessoa normal, sã, teria estas atitudes.
Depois ainda quer falar em "respeito"... seria irônico se não fosse patético.
Calma, Spit...
Voce ainda não respondeu...
Foi amamentado no peito ou não?
" ...I'm running to stand still... "
Acauan escreveu:Os Espíritas em geral pensam que este princípio fortalece sua doutrina, quando na verdade ele simplesmente a torna inútil.
Não seria isso o sonho dos céticos? A ciência acima de qualquer especulaçao? Você é dúbio.
Acauan escreveu:Se a doutrina se subordina à ciência, para que doutrina?
Fiquemos com a ciência apenas e pronto.
O fato, grande índio, é que temos ensinamentos vindos de espiritos mui superiores a nosso pequenino entendimento (principalmente moralmente) que nos fazem enxergar uma maneira diferente de encarar fatos que geralmente voces dizem que é "sorte" ou "azar". Simples.
Acauan escreveu:O Espiritismo seria quando muito uma disciplina científica a mais, dependente do referendo da comunidade científica aos seus postulados, como todas as outras.
Opss... nunca ví um padre ou pastor assumir que se a ciência provar o contrário, teria que ser mudado um porçao de regras e conceitos. Errou denovo.
Acauan escreveu:Só que a comunidade científica nunca referendou o Espiritismo, assim sendo, seguindo o que o próprio Kardec disse, todos os espíritas deveriam deixar de sê-lo.
Voce não entendeu nem o que escreveu.
Kardec disse que o que for provado cientificamente diferente do que a doutrina diz, teria que ser mudado. Muitos fenômenos ainda não tem explicaçao científica, então, eu teria que esperar o retorno científico para me certificar? Até quando?
Acauan escreveu:As grandes religiões monoteístas pregam que a ciência e a revelação se completam ou confirmam entre si, mas têm como dogma que a revelação, por se tratar de uma verdade absoluta, vem antes e acima da ciência, que trata da comprovação experimental das explicações teóricas dos fenômenos.
Voce não deve estar falando do Kardecismo.
Acauan escreveu:Se Kardec admite que sua revelação situa-se na hierarquia do conhecimento abaixo da comprovação empírica, então temos uma revelação que não serve para absolutamente nada.
Só que ela é o fundamento de toda a doutrina.
Estranho como suas afirmaçoes são incongruentes, hipócritas e baratas.
A única religião que olha para a ciência juntamente com suas matizes, é o Kardecismo. Nem este crédito voce dá, falando apenas que não deveria existir. Válido para alguem que se diz vindo do "nada" e ter em seus sucessos a "sorte" e para os infortúnios o "azar".
Boa "sorte".
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Re: Re.: Allan Kardec, um racista brutal e grosseiro
Spitfire escreveu:Volto a salientar... ou os espíritos iluminados foram omissos em orientar Karduco ou Karduco pegou um punhado de conceitos datados e travestiu de doutrina espírita.
Agora vem a grande questão... se a primeira hipótese fosse verdadeira, por qual motivo espíritos evoluídos seriam omissos se Karduco estava incumbido de revelar a "verdade" sobre o espiritismo?
Seriam assim os espíritos ilumindados relapsos e desleixados a ponto de permitirem que um absurdo destes tivesse sido "adicionado" por vontade única e exclusiva de Karduco?
Deixariam suas "revelações" serem impregnadas de conceitos terrenos e datados pelo responsável(?) Karduco?
Não cola... não se encaixa. A própria orientação de Karduco, como tu bem salientou, deixa ainda mais margens para suspeitas (justíssimas, diga-se) que tudo não passa de um grande pastelão.
Dois pontos aqui
O primeiro, é que " por que cargas d'água, a doutrina para ser verdadeira teria que sair do zero, virgem e pura " ? Tipo shazam .... esqueçam todos os ensinamentos passados ao longo do tempo por mestres espirituais. Essa é que é a verdade verdadeira e única, récem saída do forno

O segundo ponto, é tentar fazer da doutrina algo maior do que ela é. Eu não faço, mas percebo que vcs esperam mais dela do que eu. É só uma janela para o conhecimento e não possui todo ele, pode estar certo disso
Bjs
Re.: Allan Kardec, um racista brutal e grosseiro
Doutrina adaptativa? Muito conveniente. Fala-se uma bobagem hoje, conserta-se amanhã e joga-se o passado para debaixo do tapete... e o que é pior, nega-se a autoria. Muito conveniente mesmo.
Isto é o espiristismo? Obrigado... tô fora... é fria.
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Re: Re.: Allan Kardec, um racista brutal e grosseiro
Johnny escreveu:Pelo jeito algum fanático deve ter dado conta dela...![]()
Sal, o que está sendo colocado aqui é: Ou a doutrina tem exemplos sólidos a mostar ou não passa de mais uma opção tola de se querer provar o improvável. Eu não estou querendo desmerecer a sua ou outra doutrina qualquer à toa, sem mais nem menos. A questão é e deste vêz, veja se entende o que EU quero colocar aqui. As religiões de um modo geral tem um monte de regras de condutas duvidosas seguidas a partir de um livro absurdo e incoerente. Se e se somente se, a doutrina espírita, caso fôsse real e realmente inspirada (ou ditada) por espíritos desencarnados (veja que sequer estou colocando evoluídos aqui) que pelo menos estivessem sendo "guiados" (?) por mentores espirituais do além (putz, que saco colocar isso tudo mas...) você não acha que seria muito mais louvável que as colocações deveriam ser colcoadas para não haver dúvidas no futuro? Pense um pouco! O Botânico vive colocando que era a idéia da época, que cada pessoa tem suas limitações, etc...mas "OS ESPÍRITOS QUE VIERAM AQUI PARA DAR UM EXEMPLO NÂO PODERIAM SER SUJEITOS À ERROS" simplesmente porque vai totalmente contra os princípios do seu próprio mestre Jesus. E assim sendo ou seja, levando em consideração que nada à acrescentar os espíritos fizeram, porque haveria qualquer um (cético ou não) de acreditar em sua doutrina?
Olha eu aqui, só fui fazer umas comprinhas, afinal alimentar os meus dois armários dá um trabalhão

O que percebo de forma muito clara, Johnny, é somente que a doutrina não atende as expectativas de muitos, inclusive as minhas. Vc nem imagina o que ando estudando

Bjs
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APODman escreveu:RCAdeBH escreveu:salgueiro escreveu:
Agora, uma análise prática do que se encontra no dia-a-dia.
Dentro de uma casa espírita é necessário estudar a codificação por no mínimo três anos para se habilitar aos trabalhos mediúnicos. Não sei em SP mas no RJ, os centros estão cheios de negros, mulatos, amarelos, representantes da miscigenação típica do povo brasileiro. Será que são todos burros e analfabetos que não percebem que estão propagando uma doutrina que daria um tiro no próprio pé ?
Por que será que o fazem ? Porque uma das primeiras coisas que se aprende, " tudo o que a Ciência comprovar ser erro favor mudar ", colocação feita pelo próprio Kardec.
Não Sal, simplesmente pq desconhecem a própria doutrina já que os cursos ( o qual fiz em seus 4 anos ) são ministrados por pessoas que ressaltam o que lhes "soa bem" e passam batido sobre o que não sabem explicar ou que "não lhes soa bem".
Cite tais passagens a um espírita e muitos ficarão supresos ao saberem que foi Kardec quem os pronunciou.
Os espíritas glamourizam o espiritismo e estou para ver o dia em que algum espírita diga: "isto está errado temos que revisar". O procedimento padrão é lançar um ad hoc que o justifique como "lógico".Por que será que Kardec fez questão de frisar esse ponto ? Pensando ...... naturalmente por haver recebido informações contraditórias e que contradiziam a própria Ciência da época. No selecionar o que divulgar, ninguém melhor do que ele sabia que o conhecimento deveria ser depurado ao longo do tempo.
Não Sal, pq ele acreditava no que dizia e no que os "espíritos" (?) o apoiavam.É por isso, que encontrei palestrantes e médiuns, miscigenados e não somente branquinhos de olhos azuis. Porque compreenderam o significado verdadeiro da reencarnação, que põe por terra os preconceitos tão acalentados e arraigados pelas sociedades
Experimente um espírita recusar a presença de um negro em uma casa espírita.
Não obstante chegama dizer que animais tem uma tendência natural a desconfiar de negros devido a sua cor ser naturalmente aversiva. Mas que devemos ter o entedimento e o respeito por estas pobres almas já que um dia, devido a migração em sucessivas reencarnações, chegarão ao nosso estágio ( caucasiano ) evolutivo.
Esta é a realidade do que rola nos bastidores dos centros espíritas além da glamourização que fazem deles.
[ ]´s
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Como vc já sabe sou uma autodidata em relação a doutrina, primeiro aprendi em casa e depois comecei a frequentar um centro, que poucos anos depois larguei. Nunca fiz parte do "corpo da casa" nem fiz curso algum dentro dela
Agora, como ouvinte jamais me deparei com situação nenhuma grotesca como a narrada acima, até porque sairia e jamais voltaria. Mas não fico surpresa, nunca me iludo com a ignorância humana e sua mentalidade de gueto
Bjs
- salgueiro
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Acauan escreveu:salgueiro escreveu:Por que será que o fazem ? Porque uma das primeiras coisas que se aprende, " tudo o que a Ciência comprovar ser erro favor mudar ", colocação feita pelo próprio Kardec.
Sal,
Os Espíritas em geral pensam que este princípio fortalece sua doutrina, quando na verdade ele simplesmente a torna inútil.
Se a doutrina se subordina à ciência, para que doutrina?
Fiquemos com a ciência apenas e pronto.
O Espiritismo seria quando muito uma disciplina científica a mais, dependente do referendo da comunidade científica aos seus postulados, como todas as outras.
Só que a comunidade científica nunca referendou o Espiritismo, assim sendo, seguindo o que o próprio Kardec disse, todos os espíritas deveriam deixar de sê-lo.
As grandes religiões monoteístas pregam que a ciência e a revelação se completam ou confirmam entre si, mas têm como dogma que a revelação, por se tratar de uma verdade absoluta, vem antes e acima da ciência, que trata da comprovação experimental das explicações teóricas dos fenômenos.
Se Kardec admite que sua revelação situa-se na hierarquia do conhecimento abaixo da comprovação empírica, então temos uma revelação que não serve para absolutamente nada.
Só que ela é o fundamento de toda a doutrina.
E então?
Kardec deve ter imaginado estar dando o grande passo em direção a desmistificação dos fenômenos mediúnicos.
A Ciência como um todo não a referendou mas os estudos prosseguem
Vc defende a tese que é tudo o que o ser humano deseja, que a morte não seja o fim, portanto se houvesse veracidade nas afirmações espíritas a Ciência ( feita pelos homens ) já a teria referendado. A minha, é exatamente o contrário, tudo o que o ser humano não deseja saber. A grande trava está aí
Bjs
- salgueiro
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Re: Re.: Allan Kardec, um racista brutal e grosseiro
Spitfire escreveu:Doutrina adaptativa? Muito conveniente. Fala-se uma bobagem hoje, conserta-se amanhã e joga-se o passado para debaixo do tapete... e o que é pior, nega-se a autoria. Muito conveniente mesmo.
Isto é o espiristismo? Obrigado... tô fora... é fria.
Uai !!! Como é que se desenvolve o conhecimento ? Sai do forno, pronto ?
Bjs
Bem, Acauan, peço-lhe desculpas por ter deixado de responder antes, pois não tinha notado. Mas faço agora.
Estamos falando de DUAS COISAS MUITO DIFERENTES, meu caro. Eu disse que espíritos COM CERTA SIMPATIA ENTRE SI (e que, USUALMENTE POR ISSO, têm afinidades morais e de nível de conhecimento intelectual assemelhado _ o "cientifico" _ que falei) tendem a se reunir nos mesmos povos. Claro que haverá excessões no meio dessas encarnações todas. Espíritos de povos "atrasados" podem encarnar em povos "adiantados" para aprender novas coisas e o contrário para lhes ensinar novas coisas.
Pela Doutrina Espírita, os espíritos MISSIONÁRIOS encarnam com determinada missão, seja ela no campo moral ou científico. E como você mesmo disse, é raro uma sobreposição entre as duas. Agora pelo fato de um espírito vir em missão moral, não significa que ele fosse atrasado intelectualmente. Significa apenas que esse aspecto ficou adormecido neste existência em benefício da missão moral. Agora um grande cientista cujo espírito tem potencial para também ser um missionário moral, certamente levará uma vida bem moral, com plena intenção de fazer seus estudos científicos direcionados para o Bem. Mas se o grande cientista, cujo espírito não teve sua evolução intelectual acompanhada de suficiente evolução moral, torna-se facilmente um monstro. Entendeu?
Não quando eu estou dizendo DUAS COISAS DIFERENTES e você misturou estação. O que os espíritos disseram a Kardec e está lá no Livro dos Espíritos é que a EVOLUÇÃO INTELECTUAL NÃO ESTÁ OBRIGATORIAMENTE VINCULADO À EVOLUÇÃO MORAL. Quer dizer, não é porque o espírito aprendeu coisas de valor intelectual que NECESSARIAMENTE ele vai evoluir moralmente na mesma escala. Isso é o que diz o Espiritismo.
A OUTRA coisa que eu disse é: OS CAUCASÓIDES SE ATRIBUIAM SUPERIORIDADE MORAL E INTELECTUAL SOBRE OUTRAS RAÇAS. Eles se consideravam assim, mas uma análise fria não endossaria essa tese. Coisas boas e ruins existiam neles e nos outros povos e continuam existindo até hoje. E a minha "defesa" do racismo de Kardec continua a mesma. O que Kardec tinha esfregado bem na sua cara era o inegável aspecto do progresso intelectual científico e tecnológico das raças caucasóides (e nem todas elas). Agora quanto ao aspecto moral, era mais complicado se estabelecer parâmetros fixos. O que é moral num povo pode muito bem ser muito imoral em outro. Para muitos indus ainda no tempo de Kardec era muito imoral que uma viúva se casasse novamente ou permanecesse assim em vez de ser queimada viva na pira funerária de seu marido, sendo assim purificada. Tente imaginar como os europeus se sentiam moralmente quanto a isso... Melhor parar por aqui.
Bem, suponho que o seu argumento, cuja nomenclatura na língua das araras eu desconheço, seja a REGRA e jamais a EXCEÇÃO. O Brasil é um país literariamente muito privilegiado: temos milhões mulatos pobres e desamparados, sem escolas e sem cursos formais, com pouquíssimo tempo de sobra para escrever umas mal-traçadas linhas, mas mesmo assim eles estão se tornando machados de assis TODOS OS DIAS. E se Kardec não fez algo parecido num país com muito mais recursos e ainda tendo feito cursos formais, então é a prova de que era burro e incompetente. É isso que você quer argumentar?
Foi mal, cara! Estou tão acostumado a ouvir apologistas cristãos apresentarem a opinião de Kardec tinha uma inteligência medíocre que acabei lendo isso em sua fala sem querer. É, nisso você tem razão: Kardec, de fato, foi um cidadão medíocre, como eu. Tinha alguma projeção no meio culto francês, como professor e pedagogo que era, mas nada muito destacado. Assim quando você diz que era medíocre e talvez tivesse outros méritos em outros campos é o mesmo que não dizer nada. Afinal todo mundo é assim, um mateiro pode não entender nada de anatomia de madeira, como eu entendo, mas quanto a reconhecer e identificar plantas no campo, numa simples olhada, ele dá de um bilhão a zero em mim. Alguém sempre é bom numa coisa, mas não em outras.
Bem, como disse mesmo? Que Kardec ficou preso a visões suburbanas do mundo, certo? Bem, digamos que ele vá a uma biblioteca pública, buscar informações sobre “raças selvagens”. Quem ele vai consultar? Provavelmente as obras publicadas por antropólogos etnocêntricos de sua época. Se não for isso, de relatos de quem viajou ao exterior, de homens de negócios, por exemplo; ou então nas obras de missionários que descreviam seu valoroso trabalho, cheio de loas e mais loas à sua missão entre os bárbaros selvagens. Com tanta coisa sob óptica suburbana como você diz, que mais Kardec poderia pensar?
Falou você de Machado de Assis, ora, além de ser uma exceção à regra, ELE TINHA UMA VISÃO PRIVILIEGIADA DA SOCIEDADE: nasceu mulato, pobre, e portanto conheceu o andar baixo do estrato social por vivência própria. Será que ele também não seria vítima dessa visão suburbana se, mesmo com toda a sua genialidade, tivesse nascido filho de um “coronel” rico e dono de escravos?
O que está em discussão aqui é a validade científica das teses racistas do século XIX, que eram cientificamente inválidos por definição, uma vez que não cumpriam os requisitos do método científico já estabelecidos na época.
Isto é uma falha intrínseca, que existe independente de ser apontada ou não.
Bom, tudo bem, entendi a diferença entre validade e validação. O problema é que, EM TERMOS PRÁTICOS, o que vale é a validação e não a validade. A primeira é o aspecto visível da coisa; a segunda é o ideal... mas o ideal nem sempre é o real. E pior ainda quando se lida com coisas experimentalmente complicadas, que demandariam muitos anos de pesquisa para se chegar a uma VALIDADE científica. A antropologia é uma dessas coisas. Era óbvio ululante na época que os caucasóides eram uma raça superior (no modo de pensar deles), pois o aspecto visível disso, seu progresso científico e tecnológico era indiscutível. Os negros, quando não eram escravos, viviam em choupanas e ainda dominados pelos seus costumes tribais, assim como os ameríndios; os asiáticos idem na mesma dada em sua maioria; havia algo mais refinado na Índia e China, mas nada que os europeus não vissem com desdém.
Havia alguma maneira de Kardec desenvolver alguma visão muito diferente disso num ambiente como esse? Tá, digamos que foi um maria-vai-com-as-outras, mas e daí? Mesmo os santos cometiam seus pecados, pois eram pessoas comuns, mas esse aspecto é normalmente escondido pelos seus biógrafos. NÃO HÁ GENTE PERFEITA NESTE MUNDO.
Tem mais um detalhe interessante. De acordo com Hermínio C. Miranda, no livro Cristianismo, a mensagem esquecida, de todos os profetas de Israel, NENHUM DELES ERA SACERDOTE. Não é gozado? Havia ali o tabernáculo, depois o templo, a classe sacerdotal, mas entre eles não havia profeta. Por que será? Hermínio supõe aí um equilíbrio de forças. O profeta era sempre alguém de fora, uma pessoa do povo, pois assim estaria livre de interesses que permeavam a classe sacerdotal, e, se preciso fosse, o profeta podia alertar ao povo dos abusos cometidos pelos cĺérigos. Assim, reis, generais, e principalmente, cidadãos comuns podiam ser profetas.
Mas com a volta do cativeiro da Babilônia, a porca torceu o rabo. Esdras (de acordo com Hermínio) fez uma “reforma”, pela qual quaisquer profetas estavam proibidos de falar diretamente ao povo. Agora o profeta iria falar em dias marcados, lá no templo, cercado de sacerdotes por todos os lados. Que poderia dizer um profeta nesta situação, senão loas e mais loas aos clérigos? Esta foi a primeira vez que se colocou um cadeado na boca do Consolador Prometido (ah, quer saber o que é? Pois bem, é o intercâmbio entre os mundos material e espiritual).
Aí veio o Jesus e sua seita. Ao ler certos versos das cartas de S. Paulo, pensei estar lendo o estatuto de um centro espírita. É claríssimo ali que entre os primitivos cristãos havia mediunismo e sua prática pelos profetas liberada, com alguma disciplina. Tanto assim que na hieraquia naqueles tempos, o apóstolo era a autoridade maior, seguida da dos profetas, depois vinham os diáconos e presbíteros (=clérigos, os que detinham o conhecimento) e finalmente os que falavam em línguas. Com a morte dos apóstolos e as perseguições, houve então uma disputa pela liderança. Os clérigos eram os que mantinham os conhecimentos e os transmitiam e corriam os riscos mais sérios por isso; já os profetas eram itinerantes e quando apareciam numa assembléia, eram todos cercados de honrarias e deferências. Imagine o efeito disso no ego dos clérigos. Não tardou para estes assumirem a liderança e passar a hostilizar os profetas. Quando estes falavam pelo dom do espírito e censuravam o procedimento dos clérigos, aí vinha o argumento infalível: _ Não é Deus, mas o Demo quem está falando. _ Essa acusação, aos poucos virou moda e por fim os profetas foram tendo de falar só de assuntos mundanos (se Joana D'Arc tivesse nascido 400 anos antes, poderia muito bem ter vivido uma vida feliz como pitonisa de igreja...) até que finalmente foram proibidos de vez até de existir. Assim pela segunda vez se colocava um cadeado na boca do Consolador Prometido. Desse jeito ficou até a vinda do Espiritismo, quando então o tal Consolador chutou o pau da barraca. Digamos então que com o Espiritismo, embora não seja Cristianismo, ao menos retomou aquele aspecto mediúnico dos primeiros tempos cristãos.
E Kardec foi o que os antigos profetas eram: um cidadão comum, com suas qualidades e defeitos. Se ele seguia o pensamento comum de sua época em questões raciais (hoje politicamente muito incorreto), pois não tinha em mãos elementos para contestá-lo, não vou perder o meu sono por conta disso. Basta-me apenas que, ao contrário de muitos cristãos e de eugenistas muito científicos, ele jamais tenha advogado que as “raças inferiores” devessem ser desprezadas, esterelizadas ou submetidas a condições degradantes.
Ah! Antes que eu me esqueça, o Cristianismo também é uma corrente mística racista, pois uma das justificativas para se escravizar os negros está naquela maldição proferida pelo bubum Noé contra seu neto Canaã, do qual uma de suas linhagens foi a dos africanos. Ele se tornou escravo e então justifica-se com isso que seus descendentes também devessem ser escravizados. E quando a escravidão negra acabou (acabou?) então os negros podiam, com base nesta fé cristã, serem ao menos desprezados.
Bem, eu também não entendo muito de História de Civilizações e por isso não serei um bom advogado neste caso. Mas se puder detalhar o motivo da ignorância dos espíritos, eu agradeço.
Vamos ver o que é possível. O livro Porque Deus Condena o Espiritismo, de Jefferson Magno Costa, traz toda uma classificação de Espiritismo, onde até os pajés indígenas estão incluídos. Por esse critério, caso tenha acreditado num pajé alguma vez, então você também é espírita. Bem vindo ao bando, meu! E tem lá também como Espiritismo: Umbanda, Quimbanda, Candonblé, Kardecistas, Emanuelistas, André-Luizistas, Rustenguistas, Ramatizianos, Paganizantes (eu me incluo nesta), Yokanan, Tia Neiva, LBV, Racionalismo Cristão, Teosofia... posso parar por aqui? O lance é que esta classificação nada mais é do que um saco de tudo quanto é pensamento esotérico, antes e depois de Kardec, e portanto este livro é uma boa fonte de desinformação para quem quiser saber algo de Espiritismo. Sei lá se é num tipo de classificação como esta na que você está pensando quando fala em fragmentação do Espiritismo.
A verdade é que só o que tem por base o que é do essencial exposto no Livro dos Espíritos pode ser chamado de Espiritismo. O resto ou é outra corrente esotérica, ou é perfumaria, ou é alguma seita. Assim os seus pajés, a umbanda, a teosofia, etc e tal, são outras linhas de pensamento esotérico, que pode ter em comum o mediunismo, mas NÃO SÃO ESPIRITISMO; os fãs do Emmanuel, que o acham o máximo e os fãs do André Luís, que também o acham o máximo, são perfumaria; e finalmente o rusteguismo é uma seita. É um quinta-coluna dentro do Espiritismo, que talvez indiretamente tenha contribuído para a sua popularidade num país de maioria católica como o Brasil, mas seus ensinos fundamentais contradizem o Espiritismo e portanto não deveria ser considerado como tal. Felizmente está em decadência (aliás, apesar de todas as suas tentativas de ser um Corpo Governante como existe nos testemunhas de jeová, nunca conseguiu uma penetração maior). É por isso que digo que é muito bom que não exista tal figura central que se diga dona da Doutrina Espírita.
E facções por motivos de ego não é coisa com a qual me preocupe quando a pureza doutrinária não está em jogo.
É... eu entendo. Desculpe-me por não ter perguntado se tinha lido o livro. Também perderia muito tempo se fosse ler as listas de obras céticas ou assemelhadas que já me passaram. Na verdade eu gostaria de lê-las para aumentar um pouco mais a minha diminuta cultura, mas notei que quando se um boa obra que nos dá uma visão geral da coisa, talvez não seja tão necessária ler todas as outras que nos indiquem.
Talvez fosse melhor eu entrar em contato com o dicionário, pois acho que o problema está na definição que eu pensava ser uma civilização. Lembra-me lá das minhas aulas de História no primeiro grau, quando se falava em Civilização Suméria, Babilônica, Egípcia, Grega, Romana, Hebraica, Hitita... Mas não me lembro de nenhuma Civilização Ocidental, até porque, se esta for o que eu estou pensando que é, trata-se de uma mistura de civilizações, pois também há Civilização Francesa, Civilização Anglo-Saxônica, Civilização Teutônica, Civilização Nórdica, Civilização Eslava...
E se os fundamentos dessa dita Civilização Ocidental são socráticos, aristotélicos e cristãos, então essa Civilização não teve um, mas vários fundadores. Ela foi fundada a prestação...
Bem, li o seu texto e tenho uma correção a fazer: a primeira idéia que surgiu dos fenômenos espíritas não foi de que eram causados por espíritos e sim pelo Demo. Kate Fox o chamou de “Pé Rachado” em alusão aos pés de bode que os cristãos acreditam que o Diabo tem. Então a coisa foi primeiro atribuída a ele. Só que o PRÓPRIO FENÔMENO é que se identificou como um espírito de um falecido (assassinado naquela casa). Tal situação se repetiu várias vezes com as tais mesas girantes e finalmente com a psicografia e psicofonia. Não significa que outras hipóteses não tivessem sido cogitadas: energias elétricas e/ou magnéticas, projeção do pensamento, estado sonambúlico, alucinação, loucura, etc e tal. Mas quem se envolveu com a coisa, não demorou a perceber que tais hipótese não explicavam devidamente o que observavam. Mesmo assim, com a Metapsíquica, hipóteses alternativas à intervenção espiritual continuaram sendo aventadas. Portando acho um pouco forçado dizer que “atribuiu-se a espíritos logo de cara e assim contaminou-se a pesquisa”.
Por gentileza, corrija-me a minha burrice filosófica e científica se estiver dizendo bobagens adiante.
Acho que há uma diferença entre EXPERIMENTO.E FENÔMENO. O primeiro pode ser reproduzido, o segundo não: simplesmente acontece ou não. Eu, você, o Einstein, o Machado de Assis, o Lula, o Genoino, etc podemos fazer o experimento altamente científico que é dissolver uma colher de café de sal de cozinha em um litro de água destilada a 25°C e repeti-lo sempre que se considerar necessário. Mas não podemos repetir a aparição de um cometa. Eles aparecem e somem sem nenhum controle. E assim é o fenômeno mediúnico: é imprevisível, incontrolável em parte, pode acontecer ou não acontecer.
O que eu gostaria, Acauan, é que me passasse uma metodologia de estudo de fenômenos mediúnicos que seja válida para a comunidade científica e que, entre a comunidade cética, faça com que eu não seja acusado de mentiroso ou canalha. Antigamente se fazia assim: os observadores (cientistas ou não) cercavam o médium e observavam os fenômenos que ele alegava produzir, anotavam o que viam, faziam fotos quanto possível, etc e tal. Depois foram criados laboratórios, com um ambiente controlado, onde só havia uma porta de entrada, que era trancada e lacrada, também se tiravam fotos, faziam-se moldes de parafina, observavam os fenômenos... Note que há dois tipos de fenômenos: os objetivos, que produziam efeitos externos ao médium (materializações, deslocamentos de objetos, levitação, moldes, impressões fotográficas, etc) e os subjetivos, que passam pelo médium (psicografia, psicofonia). Estou me atendo, por enquanto, só aos objetivos.
Perguntei aos céticos o que se deveria fazer para estudar os fenômenos objetivos e... para a minha surpresa, disseram para se fizesse as MESMAS coisas que os cientistas antigos faziam. Mas se é assim, onde foi que erraram? As fotos, filmes, registros em instrumentos, testemunhos, relatos dos experimentos e resultados... TUDO ISSO É EVIDÊNCIA ANEDOTA. NADA PROVA. Mas se é para fazer igual, se até o Randi faria igual, então o que não é evidência anedota? E note que nem estou falando das causas dos fenômenos, nem os atribuí a espíritos, pois foi aí que a mula empacou. Durante mais de 80 anos, cientistas em diversos países e trabalhando com diversos médiuns tentaram mostrar que os fenômenos objetivos EXISTIAM (independente do que se pensasse ser a sua causa), mas mesmo assim a comunidade científica jamais aceitou os seus trabalhos, mesmo tendo sido feitos por “medalhões”.
Então, Acauan, tem de se desempacar essa mula primeiro. Apelo a você para que me dê sugestões de quais deveriam ser as metodologias a serem aplicadas para se estudar OBJETIVAMENTE os fenômenos mediúnicos objetivos, de forma a produzir resultados que a comunidade científica aceite e a comunidade cética não alegue ser evidência anedota. Depois a gente vê o resto e o que fazer para se demonstrar que a causa é os espíritos.
Leis naturais que são seguidas têm provas abundantes: escadas que se quebram por defeito estrutural, carga genética, decisão errada que derruba um avião, etc e tal. Nada a questionar quanto a isso. O que falei, e É DISSO QUE NÃO TENHO EVIDÊNCIAS A LHE APRESENTAR, é a INTERPRETAÇÃO MORAL DESSES EVENTOS. Muito que bem, um garoto nasceu deformado, ficou lá abandonado num hospital, seu corpo foi se deteriorando com as doenças oportunistas e por fim morreu. Baixa num centro e dá uma comunicação, dizendo ter passado por tudo aquilo pois em vida anterior torturou e matou um desafeto e, arrependido, pagou o seu crime desta maneira. ESSA É A INTERPRETAÇÃO MORAL da que lhe falo. Mas ela é ACREDITE SE QUISER. Quanto às leis naturais... o garoto foi filho de uma prostituta bêbada e fumante e viciada e drogas, tinha várias falhas cromossômicas, tinha defesa imunológica comprometida e por isso acabou daquele jeito. Essas não se discutem. Já a interpretação moral... Entendeu?
Que é muito fácil de se encontrar... Um pedófilo sabe que contatos sexuais com crianças é crime, ele sabe que isso pode traumatizar as suas vítimas, sabe que é assim porque quando era criança queria brincar de sexo com seus amiguinhos e amiguinhas, mas a moralista e puritana família dele o impedia e o reprima, pois sexo é pecado, mas o cara não tem como se deter diante disso. Segura o mais que pode, mas chega um momento em que se estoura a boca do balão. Ele se conhece, mas não conhece o que fazer com o seu problema... e assim faz coisa errada.
Os nossos paralamentares sabem que roubar do erário é crime, mas mesmo assim...
É... se tivermos o cara paciente e que pensa analiticamente e que não contrarie o pensamento politicamente correto de sua época. Veja só que os americanos não questionam sobre quem inventou o avião: foram os Wrights e fim de papo. Parafraseando um quevedete: “Santos-Dumont? Um South-American? Ora vamos falar sério, gente?” E veja só que há fotos e filmes e milhares de testemunhos de um teste público a respeito, enquanto que os Wrigths faziam tudo secretamente para que ninguém roubasse suas idéias. Só se tem a declaração deles de que voaram em 1903. Os americanos fizeram uma réplica do Flyer, mas ela NÃO VOOU. Nem podia, pois a relação peso/potência é absurda (330 kg/12 HP). Se tivesse voado, o piloto estaria em perigo real e imediato. Já a réplica do 14-bis VOA. Mas a história...
E note que com a história do Espiritismo é a mesma coisa: temos relatos de cientistas sobre seus experimentos, que não tinham motivos para mentir, pois endossar fenômenos mediúnicos só os desprestigiava perante seus colegas, MAS A COMUNIDADE CÉTICA ENTENDE QUE MENTIRAM OU ERAM CANALHAS. Já um Jules Bois, que diz ter sido amante da Florence Cook (a médium estudada por Crookes), três anos após a morte desta, e que durante seus encontros sexuais, ela lhe revelava como enganara o cientista... Ah! Este relato aí amplamente aceito pela comunidade cética. Questiona-se que Crookes possa ter mentido, mas Jules Bois, nunca!
É, numa escola formaram-se 30 alunos e ingressaram 60. Os formandos saíram bem mais sabidos do que quando entraram e não me consta que a entrada dos 60 ainda não sabidos faça os formandos ficarem n-1. Entretanto não se pode negar que agora há menos alunos sabidos nesta escola, certo? Transfira isso para uma comunidade (aldeia, cidade, região ou país) em termos de evolução espiritual e veja se consegue entender o meu raciocínio.
Sobre o Calvinismo, há um livruxo de Haddan Spurgeon, Entenda a Predestinação, que diz que a eleição é para a SANTIDADE, ou seja, Deus elegeu uns para serem santos e, por exclusão, não elegeu os outros (que automaticamente serão não-santos por conta da Queda). Assim então, um cara ruim não seria um eleito (para Spurgeon, a eleição sempre dá certo). Como ser bom também é relativo (um homem bom no Brasil-Colônia, era aquele que fosse branco, católico e possuidor de terras...) então se faz essa ressalva de que ser bom e moralista não garante que é um eleito... E depois se reclama da DE não dar certezas absolutas.
E se a grande maioria dos kardecistas (não gosto deste termo) acha que Chico era espírito superior, está falando besteira. No máximo ele seria um espírito benévolo lá na escala espírita.
Botânico escreveu:A rigor, nenhuma. USUALMENTE, em termos de evolução espiritual, o progresso no sentido de conhecimento avança primeiro, pois este traz vantagens aos espíritos que o possui sobre os que não avançaram em conhecimento. Há criminosos burros, mas em média eles são em geral mais inteligentes que a maioria. O progresso moral vem mais devagar, principalmente quando o espírito reflete sobre os impactos que sofre pelos erros que cometeu. Isso, entretanto, é individual. Povos podem reunir espíritos simpáticos entre si e que têm certa homogeneidade moral e "científica". Isso é a regra, mas conta com várias excessões.
Acauan escreveu:Ao dizer que espíritos com "homogeneidade moral e científica" se reúnem por conta da simpatia mútua, você insiste em propor uma correlação entre moralidade e competência científica que não tem sustentação objetiva.
Raramente na História os grandes guias morais da humanidade foram cientistas ou vice-versa, mesmo porque, os cientistas tem sua própria missão para com o BEM humano.
Estamos falando de DUAS COISAS MUITO DIFERENTES, meu caro. Eu disse que espíritos COM CERTA SIMPATIA ENTRE SI (e que, USUALMENTE POR ISSO, têm afinidades morais e de nível de conhecimento intelectual assemelhado _ o "cientifico" _ que falei) tendem a se reunir nos mesmos povos. Claro que haverá excessões no meio dessas encarnações todas. Espíritos de povos "atrasados" podem encarnar em povos "adiantados" para aprender novas coisas e o contrário para lhes ensinar novas coisas.
Pela Doutrina Espírita, os espíritos MISSIONÁRIOS encarnam com determinada missão, seja ela no campo moral ou científico. E como você mesmo disse, é raro uma sobreposição entre as duas. Agora pelo fato de um espírito vir em missão moral, não significa que ele fosse atrasado intelectualmente. Significa apenas que esse aspecto ficou adormecido neste existência em benefício da missão moral. Agora um grande cientista cujo espírito tem potencial para também ser um missionário moral, certamente levará uma vida bem moral, com plena intenção de fazer seus estudos científicos direcionados para o Bem. Mas se o grande cientista, cujo espírito não teve sua evolução intelectual acompanhada de suficiente evolução moral, torna-se facilmente um monstro. Entendeu?
Botânico escreveu:Não me consta que Kardec tenha vinculado o progresso tecnológico ao progresso moral. Aliás, parece-me que isso foi comentado no Livro dos Espíritos (que não sei se você leu). No meu texto eu comentei que os caucasóides SE ATRIBUÍAM superioridade moral sobre outros povos, mas isso é equivalente à pretensão do Lula em se achar o máximo. Ou seja, nada tem a ver com a realidade, conforme atestado pela História.
Acauan escreveu:Você escreveu em postagem anterior:O parâmetro de comparação de superioridade ou inferioridade era alimentado apenas pelo aspecto visível de desenvolvimento tecnológico, científico e militar. Claro que, a reboque, os europeus e estadiunidenses também se achavam superiores moral e espiritualmente falando.
Como sua defesa de Kardec quanto às acusações de racismo se baseiam em que ele apenas teria adotado as idéias da época quanto à questão e você mesmo afirmou que o sentimento de superioridade moral dos europeus vinha a reboque de seu desenvolvimento tecnológico, logo, você concordou que Kardec aceitou uma vinculação vigente entre progresso tecnológico e moral.
Questionar isto agora é contradição.
Não quando eu estou dizendo DUAS COISAS DIFERENTES e você misturou estação. O que os espíritos disseram a Kardec e está lá no Livro dos Espíritos é que a EVOLUÇÃO INTELECTUAL NÃO ESTÁ OBRIGATORIAMENTE VINCULADO À EVOLUÇÃO MORAL. Quer dizer, não é porque o espírito aprendeu coisas de valor intelectual que NECESSARIAMENTE ele vai evoluir moralmente na mesma escala. Isso é o que diz o Espiritismo.
A OUTRA coisa que eu disse é: OS CAUCASÓIDES SE ATRIBUIAM SUPERIORIDADE MORAL E INTELECTUAL SOBRE OUTRAS RAÇAS. Eles se consideravam assim, mas uma análise fria não endossaria essa tese. Coisas boas e ruins existiam neles e nos outros povos e continuam existindo até hoje. E a minha "defesa" do racismo de Kardec continua a mesma. O que Kardec tinha esfregado bem na sua cara era o inegável aspecto do progresso intelectual científico e tecnológico das raças caucasóides (e nem todas elas). Agora quanto ao aspecto moral, era mais complicado se estabelecer parâmetros fixos. O que é moral num povo pode muito bem ser muito imoral em outro. Para muitos indus ainda no tempo de Kardec era muito imoral que uma viúva se casasse novamente ou permanecesse assim em vez de ser queimada viva na pira funerária de seu marido, sendo assim purificada. Tente imaginar como os europeus se sentiam moralmente quanto a isso... Melhor parar por aqui.
Botânico escreveu:Bem, Kardec era um homem pobre, que nem tinha imóvel próprio para morar. Vivia como empregado e só no tempo livre, escrevia livros. Enfim, não era um pesquisador que contava com amparo governamental, nem com recursos próprios fabulosos que o permitissem preencher lacunas.
Acauan escreveu:Machado de Assis era um homem pobre, que vivia como empregado e só no tempo livre escrevia livros, não era um escritor que contava com amparo governamental, nem com recursos fabulosos que o permitisse preencher lacunas.
Além disto, Machado de Assis era mulato, uma das classificações étnicas que Kardec considerava inferiores intelectualmente, e vivia no Brasil, um país pobre e atrasado, não na França, uma das nações mais ricas e desenvolvidas da época, lar do fundador do Espiritismo.
Para completar, Machado de Assis era uma auto-didata, ao contrário de Kardec, que recebeu instrução formal.
Mesmo assim, Machado de Assis não se prendeu a visões suburbanas do mundo.
Pelo contrário, se tornou um dos maiores escritores da língua portuguesa de todos os tempos, um retratista sensível da condição humana e um dos maiores intelectuais da História do Brasil.
É preciso mais que argumentum ad misericordiam para contestar os fatos colocados até aqui sobre as limitações de Kardec.
Bem, suponho que o seu argumento, cuja nomenclatura na língua das araras eu desconheço, seja a REGRA e jamais a EXCEÇÃO. O Brasil é um país literariamente muito privilegiado: temos milhões mulatos pobres e desamparados, sem escolas e sem cursos formais, com pouquíssimo tempo de sobra para escrever umas mal-traçadas linhas, mas mesmo assim eles estão se tornando machados de assis TODOS OS DIAS. E se Kardec não fez algo parecido num país com muito mais recursos e ainda tendo feito cursos formais, então é a prova de que era burro e incompetente. É isso que você quer argumentar?
Botânico escreveu:Quanto a ser medíocre, aí é questão de julgamento seu. É por coisas assim que me considero dispensado de provar sua falta de conhecimentos sobre Espiritismo.
Acauan escreveu:Você pode se considerar dispensado de provar o que quiser e o que bem entender. Este é um problema exclusivamente seu.
O que não contesta em nada as evidências apresentadas sobre a mediocridade de Kardec no que se refere ao tema aqui em discussão (não nego que o Denizard talvez possuísse méritos pessoais em outros campos).
Só para lembrar, uma destas evidências, minha afirmação anterior "Seja por incapacidade de distinguir, seja por dispor de informações não confiáveis, a conclusão é que Kardec foi um pensador medíocre, preso a visões suburbanas do mundo" estabelece um conclusão lógica, fundamentada nos fatos, que não foi provada inverídica em nenhum momento.
Foi mal, cara! Estou tão acostumado a ouvir apologistas cristãos apresentarem a opinião de Kardec tinha uma inteligência medíocre que acabei lendo isso em sua fala sem querer. É, nisso você tem razão: Kardec, de fato, foi um cidadão medíocre, como eu. Tinha alguma projeção no meio culto francês, como professor e pedagogo que era, mas nada muito destacado. Assim quando você diz que era medíocre e talvez tivesse outros méritos em outros campos é o mesmo que não dizer nada. Afinal todo mundo é assim, um mateiro pode não entender nada de anatomia de madeira, como eu entendo, mas quanto a reconhecer e identificar plantas no campo, numa simples olhada, ele dá de um bilhão a zero em mim. Alguém sempre é bom numa coisa, mas não em outras.
Bem, como disse mesmo? Que Kardec ficou preso a visões suburbanas do mundo, certo? Bem, digamos que ele vá a uma biblioteca pública, buscar informações sobre “raças selvagens”. Quem ele vai consultar? Provavelmente as obras publicadas por antropólogos etnocêntricos de sua época. Se não for isso, de relatos de quem viajou ao exterior, de homens de negócios, por exemplo; ou então nas obras de missionários que descreviam seu valoroso trabalho, cheio de loas e mais loas à sua missão entre os bárbaros selvagens. Com tanta coisa sob óptica suburbana como você diz, que mais Kardec poderia pensar?
Falou você de Machado de Assis, ora, além de ser uma exceção à regra, ELE TINHA UMA VISÃO PRIVILIEGIADA DA SOCIEDADE: nasceu mulato, pobre, e portanto conheceu o andar baixo do estrato social por vivência própria. Será que ele também não seria vítima dessa visão suburbana se, mesmo com toda a sua genialidade, tivesse nascido filho de um “coronel” rico e dono de escravos?
Botânico escreveu:Os trabalhos tornam-se inválidos quando os erros de métodos e/ou fraudes são verificados... Mas enquanto isso não acontece, então o trabalho científico continua válido. É isso o que estou querendo dizer e pelo visto você não entende, mesmo quando ressalto: PARA O MOMENTO EM QUE FORAM PRODUZIDOS.
O que está em discussão aqui é a validade científica das teses racistas do século XIX, que eram cientificamente inválidos por definição, uma vez que não cumpriam os requisitos do método científico já estabelecidos na época.
Isto é uma falha intrínseca, que existe independente de ser apontada ou não.
Botânico escreveu:É, essa comunicação entre nós está difícil mesmo. Mais uma vez: os erros metodológicos e outras falhas INVALIDAM UM TRABALHO CIENTÍFICO. Não estou questionando isso, pois é da própria Ciência que faz a coisa funcionar assim. Mas o que acontece é que ENQUANTO ESSES ERROS NÃO FOREM DETECTADOS, o trabalho continua válido. As teses e trabalhos científicos que validavam a superioridade racial de umas raças sobre as outras estão, HOJE, reconhecidamente cheio de erros e falhas? Então esses trabalhos e teses são lixo hoje em dia. Mas QUANDO essas falhas foram descobertas? QUANDO esses trabalhos foram então rejeitados pela comunidade científica? E mesmo antes e depois de rejeitados, qual a influência deles nas políticas sociais?
Entendeu afinal? Pois é isso que estou colocando: na época de Kardec, esses trabalhos cheios de falhas ainda eram válidos e aceitos. E Kardec, SERVINDO-SE DA CIÊNCIA, usou-os como referência para fazer certas colocações espirituais que tinham lógica até então, mas hoje reconhecidamente sabemos que se basearam num equívoco.
Acauan escreveu:É você quem não entende ou não quer entender a diferença entre validade científica e validação acadêmica ou da comunidade científica.
Tentarei ser ainda mais didático do que tenho sido.
Uma tese tem validade científica quando seu processo de descrição dos fenômenos, formulação de hipóteses, teorização, experimentação, conclusão, repetibilidade e reprodutibilidade atendem aos requisitos técnicos do método científico estabelecidos na época.
Como dito anteriormente, validade científica é uma característica intrínseca que os trabalhos possuem ou não, independente de avaliações externas.
Dizer que uma tese possui validade científica enquanto esta não for contestada é o mesmo que dizer que uma casa construída sem ângulos retos entre suas paredes estará nos esquadros até o dia em que uma banca de engenheiros atestar sua não conformidade, ou então, que um pneu vazio deva ser considerado cheio até o momento em que um borracheiro meça o número de psi's de sua pressão interna.
Já a validação acadêmica ou da comunidade científica é extrínseca ao trabalho que pleiteia o reconhecimento destas instituições, se dando geralmente através de defesa de tese stricto-senso perante uma banca examinadora de catedráticos ou da publicação dos resultados de experimentos, reprodução e crítica pelos especialistas.
Poder-se-ia dizer que as alegações racistas de Kardec se incluíam na segunda situação, teses que contavam com a validação acadêmica ou científica dos especialistas da época.
Só que, como já citei, tais teses eram em geral de conteúdo ideológico, defendidas individualmente por cientistas às vezes bem sucedidos em outras áreas, mas raramente abalizadas por bancas examinadoras ou por repetibilidade e reprodutividade bem executadas.
Mesmo que tais teses tivessem penetração generalizada no meio científico, desconheço uma universidade européia da época que tenha aberto uma cátedra para estudos raciais ou titulações acadêmicas respeitadas obtidas exclusivamente da defesa de tais teses.
Por fim, como também já citei, muitas teses racistas tinham inspiração mística, oriundas de correntes esotéricas que aproveitaram o enfraquecimento institucional que o cristianismo sofria na Europa desde a Revolução Francesa e que se agravou com o avanço do cientificismo do século XIX.
O Espiritismo kardecista nada mais é que uma destas correntes.
Assim, temos duas possibilidades.
Ou Kardec era um racista convicto, que acreditava na superioridade da raça branca por suas próprias opções ideológicas, ou era uma maria-vai-com-as-outras, que aderiu a tais bobagens repugnantes apenas porque estava na moda em seu tempo.
Em qualquer das hipóteses, um perfil pouco recomendável para quem pretendia ser o arauto da chegada do consolador da humanidade. Seja lá o que for que os espíritas queiram dizer com isto.
Bom, tudo bem, entendi a diferença entre validade e validação. O problema é que, EM TERMOS PRÁTICOS, o que vale é a validação e não a validade. A primeira é o aspecto visível da coisa; a segunda é o ideal... mas o ideal nem sempre é o real. E pior ainda quando se lida com coisas experimentalmente complicadas, que demandariam muitos anos de pesquisa para se chegar a uma VALIDADE científica. A antropologia é uma dessas coisas. Era óbvio ululante na época que os caucasóides eram uma raça superior (no modo de pensar deles), pois o aspecto visível disso, seu progresso científico e tecnológico era indiscutível. Os negros, quando não eram escravos, viviam em choupanas e ainda dominados pelos seus costumes tribais, assim como os ameríndios; os asiáticos idem na mesma dada em sua maioria; havia algo mais refinado na Índia e China, mas nada que os europeus não vissem com desdém.
Havia alguma maneira de Kardec desenvolver alguma visão muito diferente disso num ambiente como esse? Tá, digamos que foi um maria-vai-com-as-outras, mas e daí? Mesmo os santos cometiam seus pecados, pois eram pessoas comuns, mas esse aspecto é normalmente escondido pelos seus biógrafos. NÃO HÁ GENTE PERFEITA NESTE MUNDO.
Tem mais um detalhe interessante. De acordo com Hermínio C. Miranda, no livro Cristianismo, a mensagem esquecida, de todos os profetas de Israel, NENHUM DELES ERA SACERDOTE. Não é gozado? Havia ali o tabernáculo, depois o templo, a classe sacerdotal, mas entre eles não havia profeta. Por que será? Hermínio supõe aí um equilíbrio de forças. O profeta era sempre alguém de fora, uma pessoa do povo, pois assim estaria livre de interesses que permeavam a classe sacerdotal, e, se preciso fosse, o profeta podia alertar ao povo dos abusos cometidos pelos cĺérigos. Assim, reis, generais, e principalmente, cidadãos comuns podiam ser profetas.
Mas com a volta do cativeiro da Babilônia, a porca torceu o rabo. Esdras (de acordo com Hermínio) fez uma “reforma”, pela qual quaisquer profetas estavam proibidos de falar diretamente ao povo. Agora o profeta iria falar em dias marcados, lá no templo, cercado de sacerdotes por todos os lados. Que poderia dizer um profeta nesta situação, senão loas e mais loas aos clérigos? Esta foi a primeira vez que se colocou um cadeado na boca do Consolador Prometido (ah, quer saber o que é? Pois bem, é o intercâmbio entre os mundos material e espiritual).
Aí veio o Jesus e sua seita. Ao ler certos versos das cartas de S. Paulo, pensei estar lendo o estatuto de um centro espírita. É claríssimo ali que entre os primitivos cristãos havia mediunismo e sua prática pelos profetas liberada, com alguma disciplina. Tanto assim que na hieraquia naqueles tempos, o apóstolo era a autoridade maior, seguida da dos profetas, depois vinham os diáconos e presbíteros (=clérigos, os que detinham o conhecimento) e finalmente os que falavam em línguas. Com a morte dos apóstolos e as perseguições, houve então uma disputa pela liderança. Os clérigos eram os que mantinham os conhecimentos e os transmitiam e corriam os riscos mais sérios por isso; já os profetas eram itinerantes e quando apareciam numa assembléia, eram todos cercados de honrarias e deferências. Imagine o efeito disso no ego dos clérigos. Não tardou para estes assumirem a liderança e passar a hostilizar os profetas. Quando estes falavam pelo dom do espírito e censuravam o procedimento dos clérigos, aí vinha o argumento infalível: _ Não é Deus, mas o Demo quem está falando. _ Essa acusação, aos poucos virou moda e por fim os profetas foram tendo de falar só de assuntos mundanos (se Joana D'Arc tivesse nascido 400 anos antes, poderia muito bem ter vivido uma vida feliz como pitonisa de igreja...) até que finalmente foram proibidos de vez até de existir. Assim pela segunda vez se colocava um cadeado na boca do Consolador Prometido. Desse jeito ficou até a vinda do Espiritismo, quando então o tal Consolador chutou o pau da barraca. Digamos então que com o Espiritismo, embora não seja Cristianismo, ao menos retomou aquele aspecto mediúnico dos primeiros tempos cristãos.
E Kardec foi o que os antigos profetas eram: um cidadão comum, com suas qualidades e defeitos. Se ele seguia o pensamento comum de sua época em questões raciais (hoje politicamente muito incorreto), pois não tinha em mãos elementos para contestá-lo, não vou perder o meu sono por conta disso. Basta-me apenas que, ao contrário de muitos cristãos e de eugenistas muito científicos, ele jamais tenha advogado que as “raças inferiores” devessem ser desprezadas, esterelizadas ou submetidas a condições degradantes.
Ah! Antes que eu me esqueça, o Cristianismo também é uma corrente mística racista, pois uma das justificativas para se escravizar os negros está naquela maldição proferida pelo bubum Noé contra seu neto Canaã, do qual uma de suas linhagens foi a dos africanos. Ele se tornou escravo e então justifica-se com isso que seus descendentes também devessem ser escravizados. E quando a escravidão negra acabou (acabou?) então os negros podiam, com base nesta fé cristã, serem ao menos desprezados.
Botânico escreveu:Lá no Livro dos Espíritos mesmo, Kardec faz uma pergunta sobre a decadência de civilizações. De por que civilizações que se mostraram bem adiantadas sobre outras (veja que ele reconheceu isso e não ficou só na Europa de sua época) acabaram liquidadas por fatores naturais ou guerras ou outros quaisquer e foram substituídas por outras civilizações com características culturais muito abaixo das precedentes no que se refere a obras e intelectualidade.
A resposta dos espíritos foi: os espíritos que reencarnam nessas civilizações sucessoras NÃO SÃO da mesma estirpe intelectual e moral da civilização precedente. É como eu já disse: os espíritos migram, tanto de povos, como de planetas. Então se um grupo de espíritos em dada civilização já atingiu um nível cultural que lhe permite partir para uma outra melhor neste ou em outro mundo, então a civilização que contituíram entra em decadência ou é liquidada por outros fatores.
Respondido?
Acauan escreveu:A única resposta que posso tirar do parágrafo acima é que os tais espíritos não entendem bulhufas de História das Civilizações, ou não diriam uma bobagem destas.
Se alguém aqui tiver contato com os tais espíritos, gostaria de conhecer a versão deles para o colapso da civilização Maia.
Tenho um pressentimento que as explicações serão, digamos, muito exóticas.
Bem, eu também não entendo muito de História de Civilizações e por isso não serei um bom advogado neste caso. Mas se puder detalhar o motivo da ignorância dos espíritos, eu agradeço.
Botânico escreveu:Ainda bem que a coisa é assim! A última coisa de que o Espiritismo precisa é de um governo central. Os testemunhas de jeová têm esse governo central, que comete erros doutrinários sucessivos, faz de conta que não os cometeu, jogando a culpa nos pobres coitados que vêm à nossa porta pregar a Bíblia (eles é que entenderam errado; o Corpo Governante NUNCA ERRA!). Um governo central que cometesse aberrações doutrinárias (como a Federação Espírita Brasileira, com o seu rustenguismo) seria um desastre para o Espiritismo se tivesse o mesmo poder do Corpo Governante dos jeovistas.
Acauan escreveu:Na postagem anterior você declarou desconhecer a fragmentação dos Espíritas em facções diversas e na presente aplaude tal fato.
Se você que é espírita está satisfeito, então que seja.
Vamos ver o que é possível. O livro Porque Deus Condena o Espiritismo, de Jefferson Magno Costa, traz toda uma classificação de Espiritismo, onde até os pajés indígenas estão incluídos. Por esse critério, caso tenha acreditado num pajé alguma vez, então você também é espírita. Bem vindo ao bando, meu! E tem lá também como Espiritismo: Umbanda, Quimbanda, Candonblé, Kardecistas, Emanuelistas, André-Luizistas, Rustenguistas, Ramatizianos, Paganizantes (eu me incluo nesta), Yokanan, Tia Neiva, LBV, Racionalismo Cristão, Teosofia... posso parar por aqui? O lance é que esta classificação nada mais é do que um saco de tudo quanto é pensamento esotérico, antes e depois de Kardec, e portanto este livro é uma boa fonte de desinformação para quem quiser saber algo de Espiritismo. Sei lá se é num tipo de classificação como esta na que você está pensando quando fala em fragmentação do Espiritismo.
A verdade é que só o que tem por base o que é do essencial exposto no Livro dos Espíritos pode ser chamado de Espiritismo. O resto ou é outra corrente esotérica, ou é perfumaria, ou é alguma seita. Assim os seus pajés, a umbanda, a teosofia, etc e tal, são outras linhas de pensamento esotérico, que pode ter em comum o mediunismo, mas NÃO SÃO ESPIRITISMO; os fãs do Emmanuel, que o acham o máximo e os fãs do André Luís, que também o acham o máximo, são perfumaria; e finalmente o rusteguismo é uma seita. É um quinta-coluna dentro do Espiritismo, que talvez indiretamente tenha contribuído para a sua popularidade num país de maioria católica como o Brasil, mas seus ensinos fundamentais contradizem o Espiritismo e portanto não deveria ser considerado como tal. Felizmente está em decadência (aliás, apesar de todas as suas tentativas de ser um Corpo Governante como existe nos testemunhas de jeová, nunca conseguiu uma penetração maior). É por isso que digo que é muito bom que não exista tal figura central que se diga dona da Doutrina Espírita.
E facções por motivos de ego não é coisa com a qual me preocupe quando a pureza doutrinária não está em jogo.
Botânico escreveu:Pedido negado. Sou usualmente criticado por escrever demais e não estou com tempo para fazer longas dissertações sobre o assunto. Dê uma lida em História do Espiritismo, de Arthur Conan Doyle (Editora O Pensamento, s/d) e aí entenderá melhor a coisa.
Acauan escreveu:Não estou surpreso.
Nota: Se cada vez que um espírita me mandasse ler um livro que ele não me perguntou se eu já li ou não eu corresse para a livraria, eu perderia muito, mas muito tempo.
É... eu entendo. Desculpe-me por não ter perguntado se tinha lido o livro. Também perderia muito tempo se fosse ler as listas de obras céticas ou assemelhadas que já me passaram. Na verdade eu gostaria de lê-las para aumentar um pouco mais a minha diminuta cultura, mas notei que quando se um boa obra que nos dá uma visão geral da coisa, talvez não seja tão necessária ler todas as outras que nos indiquem.
Botânico escreveu:Bem, eu discordo: não conheço nenhuma civilização que tenha sido fundada por esses dois camaradas. Eles sim deixaram ensinamentos que influênciaram civilizações, mas não dá para considerá-los fundadores.
Acauan escreveu:Pena que você não conheça a Civilização Ocidental, cujos fundamentos são a filosofia Socrática, principalmente o ramo Aristotélico, e o Cristianismo, que universalizou a moral judaica e o conceito do Indivíduo.
Se me permite uma sugestão, a civilização do Ocidente é muito interessante e recomendo que você trave algum contato com ela.
Talvez fosse melhor eu entrar em contato com o dicionário, pois acho que o problema está na definição que eu pensava ser uma civilização. Lembra-me lá das minhas aulas de História no primeiro grau, quando se falava em Civilização Suméria, Babilônica, Egípcia, Grega, Romana, Hebraica, Hitita... Mas não me lembro de nenhuma Civilização Ocidental, até porque, se esta for o que eu estou pensando que é, trata-se de uma mistura de civilizações, pois também há Civilização Francesa, Civilização Anglo-Saxônica, Civilização Teutônica, Civilização Nórdica, Civilização Eslava...
E se os fundamentos dessa dita Civilização Ocidental são socráticos, aristotélicos e cristãos, então essa Civilização não teve um, mas vários fundadores. Ela foi fundada a prestação...
Botânico escreveu:Caso não tenha percebido, Acauan, quando se apresentam fotografias, os céticos argumentam que não valem, pois podem ser forjadas. Idem para filmes e vídeos. Quando apresentamos centenas de testemunhos, inclusive dados por cientistas, que descrevem seus protocolos e precauções contra fraudes, etc e tal, os céticos argumentam que todos podem estar mentindo, que os cientistas são burros e ignorantes e deixam enganar facilmente, etc e tal.
Como esses recursos são OS ÚNICOS que dispomos até o momento para provar cientificamente o que vemos neste campo, então NADA FEITO: sempre serão rejeitados pela comunidade científica. E como você mesmo pode ver nos posts do Vitor Moura, saberá que essa rejeição não se baseia em falhas metodológicas, mas simplesmente porque contrariam os dogmas.
Acauan escreveu:Bem, até este pobre e desintitulado Índio levantou Alguns Problemas de Observação, Caracterização e Descrição nos Fenômenos Espíritas.
No mais, centenas de postulantes ao mestrado e doutorado têm suas teses rejeitadas todos os anos nas universidades conceituadas.
A maioria deles faz uma análise crítica dos conteúdos e métodos apresentados à banca examinadora, procede as correções recomendadas e faz uma nova defesa, quando obtém o referendum almejado.
Nenhum deles reclama dos dogmas da ciência ou coisa que o valha.
Nota: As bancas examinadoras acadêmicas não tem critérios especiais para avaliar eventuais teses sobre a cientificidade do Espiritismo. Tais teses são (ou seriam, se houvesse) julgadas pelos mesmos critérios que julgam todas as demais.
Bem, li o seu texto e tenho uma correção a fazer: a primeira idéia que surgiu dos fenômenos espíritas não foi de que eram causados por espíritos e sim pelo Demo. Kate Fox o chamou de “Pé Rachado” em alusão aos pés de bode que os cristãos acreditam que o Diabo tem. Então a coisa foi primeiro atribuída a ele. Só que o PRÓPRIO FENÔMENO é que se identificou como um espírito de um falecido (assassinado naquela casa). Tal situação se repetiu várias vezes com as tais mesas girantes e finalmente com a psicografia e psicofonia. Não significa que outras hipóteses não tivessem sido cogitadas: energias elétricas e/ou magnéticas, projeção do pensamento, estado sonambúlico, alucinação, loucura, etc e tal. Mas quem se envolveu com a coisa, não demorou a perceber que tais hipótese não explicavam devidamente o que observavam. Mesmo assim, com a Metapsíquica, hipóteses alternativas à intervenção espiritual continuaram sendo aventadas. Portando acho um pouco forçado dizer que “atribuiu-se a espíritos logo de cara e assim contaminou-se a pesquisa”.
Por gentileza, corrija-me a minha burrice filosófica e científica se estiver dizendo bobagens adiante.
Acho que há uma diferença entre EXPERIMENTO.E FENÔMENO. O primeiro pode ser reproduzido, o segundo não: simplesmente acontece ou não. Eu, você, o Einstein, o Machado de Assis, o Lula, o Genoino, etc podemos fazer o experimento altamente científico que é dissolver uma colher de café de sal de cozinha em um litro de água destilada a 25°C e repeti-lo sempre que se considerar necessário. Mas não podemos repetir a aparição de um cometa. Eles aparecem e somem sem nenhum controle. E assim é o fenômeno mediúnico: é imprevisível, incontrolável em parte, pode acontecer ou não acontecer.
O que eu gostaria, Acauan, é que me passasse uma metodologia de estudo de fenômenos mediúnicos que seja válida para a comunidade científica e que, entre a comunidade cética, faça com que eu não seja acusado de mentiroso ou canalha. Antigamente se fazia assim: os observadores (cientistas ou não) cercavam o médium e observavam os fenômenos que ele alegava produzir, anotavam o que viam, faziam fotos quanto possível, etc e tal. Depois foram criados laboratórios, com um ambiente controlado, onde só havia uma porta de entrada, que era trancada e lacrada, também se tiravam fotos, faziam-se moldes de parafina, observavam os fenômenos... Note que há dois tipos de fenômenos: os objetivos, que produziam efeitos externos ao médium (materializações, deslocamentos de objetos, levitação, moldes, impressões fotográficas, etc) e os subjetivos, que passam pelo médium (psicografia, psicofonia). Estou me atendo, por enquanto, só aos objetivos.
Perguntei aos céticos o que se deveria fazer para estudar os fenômenos objetivos e... para a minha surpresa, disseram para se fizesse as MESMAS coisas que os cientistas antigos faziam. Mas se é assim, onde foi que erraram? As fotos, filmes, registros em instrumentos, testemunhos, relatos dos experimentos e resultados... TUDO ISSO É EVIDÊNCIA ANEDOTA. NADA PROVA. Mas se é para fazer igual, se até o Randi faria igual, então o que não é evidência anedota? E note que nem estou falando das causas dos fenômenos, nem os atribuí a espíritos, pois foi aí que a mula empacou. Durante mais de 80 anos, cientistas em diversos países e trabalhando com diversos médiuns tentaram mostrar que os fenômenos objetivos EXISTIAM (independente do que se pensasse ser a sua causa), mas mesmo assim a comunidade científica jamais aceitou os seus trabalhos, mesmo tendo sido feitos por “medalhões”.
Então, Acauan, tem de se desempacar essa mula primeiro. Apelo a você para que me dê sugestões de quais deveriam ser as metodologias a serem aplicadas para se estudar OBJETIVAMENTE os fenômenos mediúnicos objetivos, de forma a produzir resultados que a comunidade científica aceite e a comunidade cética não alegue ser evidência anedota. Depois a gente vê o resto e o que fazer para se demonstrar que a causa é os espíritos.
Botânico escreveu:Não tenho qualquer evidência que suponho ser aceitável a você ou a qualquer outro cético por aqui. O que tenho são relatos de espíritos que viveram em corpos deficientes e, em geral, a causa determinante dessa condição foi o dano causado ao seu corpo espiritual por culpa de alguma imprudência sua em vidas passadas (suicídio, vícios debilitantes, crimes, etc). Como eu disse, não posso lhe dar evidências, pois as leis naturais SÃO RIGOROSAMENTE SEGUIDAS. Num exemplo, Kardec perguntou se no caso de um encarnado que, por lei de causa e efeito, deveria morrer pela queda de uma escada de madeira que se quebrou. Neste caso por que a escada se partiu. A resposta dos espíritos foi: - Porque a escada estava podre ou rachada e o peso do encarnado causou sua quebra.
Não há, portanto, milagres: o que podemos dar é uma explicação MORAL para os eventos, mas não tenho as evidências que me pede.
Acauan escreveu:Temos mais uma contradição aqui.
Você disse que "não posso lhe dar evidências, pois as leis naturais SÃO RIGOROSAMENTE SEGUIDAS."
Ora, quando as leis naturais são rigorosamente seguidas, as evidências são abundantes e não o contrário.
Se você reconhece que não há evidências, temos aqui uma crença baseada em Fé, não em leis naturais, que sempre são generosas em emitir evidências de sua autoridade.
Leis naturais que são seguidas têm provas abundantes: escadas que se quebram por defeito estrutural, carga genética, decisão errada que derruba um avião, etc e tal. Nada a questionar quanto a isso. O que falei, e É DISSO QUE NÃO TENHO EVIDÊNCIAS A LHE APRESENTAR, é a INTERPRETAÇÃO MORAL DESSES EVENTOS. Muito que bem, um garoto nasceu deformado, ficou lá abandonado num hospital, seu corpo foi se deteriorando com as doenças oportunistas e por fim morreu. Baixa num centro e dá uma comunicação, dizendo ter passado por tudo aquilo pois em vida anterior torturou e matou um desafeto e, arrependido, pagou o seu crime desta maneira. ESSA É A INTERPRETAÇÃO MORAL da que lhe falo. Mas ela é ACREDITE SE QUISER. Quanto às leis naturais... o garoto foi filho de uma prostituta bêbada e fumante e viciada e drogas, tinha várias falhas cromossômicas, tinha defesa imunológica comprometida e por isso acabou daquele jeito. Essas não se discutem. Já a interpretação moral... Entendeu?
Botânico escreveu:E o que é que o ser humano tem de procurar dentro de si próprio para ter respondido o motivo de se manter correto?
Acauan escreveu:Obviamente, tem que procurar o auto-conhecimento.
Que é muito fácil de se encontrar... Um pedófilo sabe que contatos sexuais com crianças é crime, ele sabe que isso pode traumatizar as suas vítimas, sabe que é assim porque quando era criança queria brincar de sexo com seus amiguinhos e amiguinhas, mas a moralista e puritana família dele o impedia e o reprima, pois sexo é pecado, mas o cara não tem como se deter diante disso. Segura o mais que pode, mas chega um momento em que se estoura a boca do balão. Ele se conhece, mas não conhece o que fazer com o seu problema... e assim faz coisa errada.
Os nossos paralamentares sabem que roubar do erário é crime, mas mesmo assim...
Botânico escreveu:Bom, como não sou historiador, melhor não discutir.
Acauan escreveu:O bom da História é que é uma ciência muito democrática.
Se os fenômenos quânticos requerem equipamentos de milhões de dólares para serem registrados, os fenômenos históricos saltam às nossas vistas todos os dias nos jornais e tantas outras fontes.
Em meio a tal abundância de dados, um pouco de paciência e pensamento analítico são o suficiente para nos permitir conclusões bastante confiáveis sobre como a História se comporta.
É... se tivermos o cara paciente e que pensa analiticamente e que não contrarie o pensamento politicamente correto de sua época. Veja só que os americanos não questionam sobre quem inventou o avião: foram os Wrights e fim de papo. Parafraseando um quevedete: “Santos-Dumont? Um South-American? Ora vamos falar sério, gente?” E veja só que há fotos e filmes e milhares de testemunhos de um teste público a respeito, enquanto que os Wrigths faziam tudo secretamente para que ninguém roubasse suas idéias. Só se tem a declaração deles de que voaram em 1903. Os americanos fizeram uma réplica do Flyer, mas ela NÃO VOOU. Nem podia, pois a relação peso/potência é absurda (330 kg/12 HP). Se tivesse voado, o piloto estaria em perigo real e imediato. Já a réplica do 14-bis VOA. Mas a história...
E note que com a história do Espiritismo é a mesma coisa: temos relatos de cientistas sobre seus experimentos, que não tinham motivos para mentir, pois endossar fenômenos mediúnicos só os desprestigiava perante seus colegas, MAS A COMUNIDADE CÉTICA ENTENDE QUE MENTIRAM OU ERAM CANALHAS. Já um Jules Bois, que diz ter sido amante da Florence Cook (a médium estudada por Crookes), três anos após a morte desta, e que durante seus encontros sexuais, ela lhe revelava como enganara o cientista... Ah! Este relato aí amplamente aceito pela comunidade cética. Questiona-se que Crookes possa ter mentido, mas Jules Bois, nunca!
Botânico escreveu:Tem outras matemáticas básicas nesta questão, mas nem sei se vale a pena discutir. De qualquer forma, já falei das migrações acima.
Acauan escreveu:Bem, eu só conheço uma matemática. Aquela que diz que se uma variável só recebe incrementos positivos, o valor desta variável só pode aumentar ao longo do tempo.
Se os espíritos evoluem e não regridem, como defendeu Kardec, não serão as tais migrações que farão (n+1) ser menor que (n).
É, numa escola formaram-se 30 alunos e ingressaram 60. Os formandos saíram bem mais sabidos do que quando entraram e não me consta que a entrada dos 60 ainda não sabidos faça os formandos ficarem n-1. Entretanto não se pode negar que agora há menos alunos sabidos nesta escola, certo? Transfira isso para uma comunidade (aldeia, cidade, região ou país) em termos de evolução espiritual e veja se consegue entender o meu raciocínio.
Botânico escreveu:Acauan escreveu: O racismo é apenas uma das formas de discriminação que podem advir do determinismo. Se fatores externos impedem que estas discriminações se expressem contra determinadas raças, nada impede que se expressem contra outras diferenciações.
Óbvio ululante.
Acauan escreveu:Tanto quanto otras cositas más que temos discutido aqui, mas para as quais sua concordância não é tão pronta.
Botânico escreveu:Bem, o que vejo é a coisa politicamente incorreta, disfarçada de correta. É o caso as cotas para índios e negros. Então a questão da igualdade entre as pessoas agora dançou: somos diferentes e essas diferenças devem ser refletidas em privilégios especiais a uns e não a outros...
Acauan escreveu:O menos mau é que ideologias vão e vem.
Com o Politicamente Correto não será diferente.
Botânico escreveu:Acauan escreveu:Os cristãos calvinistas são um paralelo interessante.
Eles acreditam que os homens, ao nascer, já se diferem como eleitos, predestinados ao paraíso ou perdidos, predestinados ao inferno.
Só que não há como saber quem é eleito e quem não é.
O problema é que como o sinal dos eleitos é a adesão à fé cristã, não é difícil concluir que, para eles, nações não cristãs foram predestinadas, aos milhões, para a perdição.
Ou seja, a não identificação individual dos sinais do preconceito não resolve o problema, pois quem quiser fazer mal uso dos princípios doutrinários encontrará um modo de faze-lo.
O seu exemplo é falho, pois de uma incerteza (quem é o eleito?), saiu-se uma determinação verificável: quem é adepto nosso é forte candidato a eleito; quem não é, CERTAMENTE não é eleito.
Acauan escreveu:Meu exemplo não é falho para quem conhece os fundamentos da doutrina Calvinista, para a qual o sinal dos eleitos é apenas um indício, não uma determinação verificável. Para os calvinistas apenas Deus sabe quem são os eleitos e mesmo o pior dos homens pode ser um deles se estiver na lista da panelinha celestial.
Os mesmos indícios são reconhecidos e proclamados pelos espíritas, ou você nega que para a grande maioria dos kardecistas brasileiros, Francisco C. Xavier era um espírito superior?
Sobre o Calvinismo, há um livruxo de Haddan Spurgeon, Entenda a Predestinação, que diz que a eleição é para a SANTIDADE, ou seja, Deus elegeu uns para serem santos e, por exclusão, não elegeu os outros (que automaticamente serão não-santos por conta da Queda). Assim então, um cara ruim não seria um eleito (para Spurgeon, a eleição sempre dá certo). Como ser bom também é relativo (um homem bom no Brasil-Colônia, era aquele que fosse branco, católico e possuidor de terras...) então se faz essa ressalva de que ser bom e moralista não garante que é um eleito... E depois se reclama da DE não dar certezas absolutas.
E se a grande maioria dos kardecistas (não gosto deste termo) acha que Chico era espírito superior, está falando besteira. No máximo ele seria um espírito benévolo lá na escala espírita.
Botânico escreveu:Acauan escreveu:Tomara que não haja.
Eu prefiro não arriscar.
Você não tem como correr ou impedir o risco: não é espírita, não é autor espírita, nem codificou a DE.
Acauan escreveu:Irrelevante.
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Spitfire escreveu:videomaker escreveu:Spitfire escreveu:videomaker escreveu:Vamos aos fatos :
Saiu de uma casa espirita "conceituada" segundo vc mesmo , e sabendo ainda que em centros de Umbanda o que se ve é manifestação de espiritos inferiores , temos ai um FLAGRANTE de que ou não assimilou nada ou era um passante atraz de algo que nem sabia o que era !
Já não bastassem os evangélicos a demonizarem a umbanda, agora leio isto. Depois querem "respeito" dos ateus... tsc stc.
Não sabem sequer se dar ao respeito.
Infeliz este comentário... muito infeliz... mas http://www.sempreosmesmos.com.br/espiritos(de_porco)_racistas_existem.html
Caro espirrodefogo , se vc não entende que atos são o que trasformam O SUJEITO em mais ou menos evoluidos !
Se o cara enche a cara de cachaça e faz trabalho pra lascar o outro , e mesmo assim acha que é tudinho igual ...PACIÊNCIA !
Sua ANTA... conheço umbandistas que sequer bebem... nem "incorporados" e nem no estado normal.
Estas perpetuando uma ASNEIRA, tão grande, que chego a ficar enojado.
Preconceituoso e racista... precisam de ateus para colocarem o dedo nas suas moleiras.
Você me enoja com esta mentalidade.
Ps: Depois de uma demonstração tão escrota quanto esta, garanto que os umbandistas ficarão muito felizes em não "serem iguais" a ti.
Querendo ou não , vc e eles , essa é uma verdade verificavel , espiritos que se comportam como entidades da natureza ou qualquer outra coisa , trabalhando para destruir vidas ... é sim espiritos inferiores , vomitando vc ou não !
Quanto aos umbandistas , a evolução é para todos !
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
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Re: Re.: Allan Kardec, um racista brutal e grosseiro
Azathoth escreveu:Essa intolerância que os espíritas exibem aos cultos afro-brasileiros dizendo que são povoados por "espíritos inferiores" foi um dos motivos que levou o Júlio Siqueira, o espírita mais coerente que conheço, a abandonar o kardecismo.
Não existe intolerancia nenhuma , o que existe é a constatação do que acontece nos cultos afros !
Se verdades são coisas inevitaveis , paciência .
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salgueiro escreveu:
APODman, lendo com calma suas respostas aos outros me surgiram algumas perguntas
O que acontece hoje com as suas "faculdades mediúnicas" ?
Se vc dava palestras que correlacionavam ciência e espiritismo imagino que havia uma argumentação com alguma base, não ?
Bjs
Ele vai dizer que estava louco ! que lhe faltava -lhe a razão ou coisa semelhante !
Vamos esperar , ansiosamente .
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videomaker escreveu:salgueiro escreveu:
APODman, lendo com calma suas respostas aos outros me surgiram algumas perguntas
O que acontece hoje com as suas "faculdades mediúnicas" ?
Se vc dava palestras que correlacionavam ciência e espiritismo imagino que havia uma argumentação com alguma base, não ?
Bjs
Ele vai dizer que estava louco ! que lhe faltava -lhe a razão ou coisa semelhante !
Vamos esperar , ansiosamente .
Video a minha intenção é conhecer e não fazer juízo de valor. Quero somente poder comparar experiências porque o que conta sempre é a individualidade nesses casos
Bjs
Re: Re.: Allan Kardec, um racista brutal e grosseiro
videomaker escreveu:Azathoth escreveu:Essa intolerância que os espíritas exibem aos cultos afro-brasileiros dizendo que são povoados por "espíritos inferiores" foi um dos motivos que levou o Júlio Siqueira, o espírita mais coerente que conheço, a abandonar o kardecismo.
Não existe intolerancia nenhuma , o que existe é a constatação do que acontece nos cultos afros !
Se verdades são coisas inevitaveis , paciência .
Que coisa mais involuída de se dizer.
Você devia é estar vibrando e endereçando bons fluidos para essa gente.
Como é que você vai pagar o seu carma e evoluir desse jeito?
Palavras de um visionário:
"Seria uma ressurreição satânica retirarmos Lula e Brizola - esse casamento do analfabetismo econômico com o obsoletismo ideológico - do lixo da história para o palco do poder."
Roberto Campos
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salgueiro escreveu:videomaker escreveu:salgueiro escreveu:
APODman, lendo com calma suas respostas aos outros me surgiram algumas perguntas
O que acontece hoje com as suas "faculdades mediúnicas" ?
Se vc dava palestras que correlacionavam ciência e espiritismo imagino que havia uma argumentação com alguma base, não ?
Bjs
Ele vai dizer que estava louco ! que lhe faltava -lhe a razão ou coisa semelhante !
Vamos esperar , ansiosamente .
Video a minha intenção é conhecer e não fazer juízo de valor. Quero somente poder comparar experiências porque o que conta sempre é a individualidade nesses casos
Bjs
A minha é ouvir uma desculpa esfarrapada mesmo !
Desculpe se sou menos nobre .

um cheiro .
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Re: Re.: Allan Kardec, um racista brutal e grosseiro
Tranca-Ruas escreveu:videomaker escreveu:Azathoth escreveu:Essa intolerância que os espíritas exibem aos cultos afro-brasileiros dizendo que são povoados por "espíritos inferiores" foi um dos motivos que levou o Júlio Siqueira, o espírita mais coerente que conheço, a abandonar o kardecismo.
Não existe intolerancia nenhuma , o que existe é a constatação do que acontece nos cultos afros !
Se verdades são coisas inevitaveis , paciência .
Que coisa mais involuída de se dizer.
Você devia é estar vibrando e endereçando bons fluidos para essa gente.
Como é que você vai pagar o seu carma e evoluir desse jeito?
Menti ? ou constatei uma verdade ? demonstre que não é !
Tou pouco me lixando em virar santo !
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salgueiro escreveu:Video escreveu:A minha é ouvir uma desculpa esfarrapada mesmo !
Desculpe se sou menos nobre .
Minha postura não está ligada a "nobreza" alguma e sim a curiosidade de saber como as coisas se passam com outras pessoas porque só sei de mim. É assim que aprendo
Bjs
Mas é Nobre Sal ! , pelo menos mais que a minha , certo !

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- salgueiro
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videomaker escreveu:salgueiro escreveu:Video escreveu:A minha é ouvir uma desculpa esfarrapada mesmo !
Desculpe se sou menos nobre .
Minha postura não está ligada a "nobreza" alguma e sim a curiosidade de saber como as coisas se passam com outras pessoas porque só sei de mim. É assim que aprendo
Bjs
Mas é Nobre Sal ! , pelo menos mais que a minha , certo !
A única coisa que vejo é excesso de testosterona nessas discussões. Porque ninguém se dá ao trabalho de tentar entender o que o outro está dizendo, partindo sempre para um rótulo conveniente a si e que na verdade não reflete a realidade

Bjs
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salgueiro escreveu:videomaker escreveu:salgueiro escreveu:Video escreveu:A minha é ouvir uma desculpa esfarrapada mesmo !
Desculpe se sou menos nobre .
Minha postura não está ligada a "nobreza" alguma e sim a curiosidade de saber como as coisas se passam com outras pessoas porque só sei de mim. É assim que aprendo
Bjs
Mas é Nobre Sal ! , pelo menos mais que a minha , certo !
A única coisa que vejo é excesso de testosterona nessas discussões. Porque ninguém se dá ao trabalho de tentar entender o que o outro está dizendo, partindo sempre para um rótulo conveniente a si e que na verdade não reflete a realidade![]()
Bjs
babaquce masculina , vc tem razão !
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
Re: Re.: Allan Kardec, um racista brutal e grosseiro
videomaker escreveu:Tranca-Ruas escreveu:videomaker escreveu:Azathoth escreveu:Essa intolerância que os espíritas exibem aos cultos afro-brasileiros dizendo que são povoados por "espíritos inferiores" foi um dos motivos que levou o Júlio Siqueira, o espírita mais coerente que conheço, a abandonar o kardecismo.
Não existe intolerancia nenhuma , o que existe é a constatação do que acontece nos cultos afros !
Se verdades são coisas inevitaveis , paciência .
Que coisa mais involuída de se dizer.
Você devia é estar vibrando e endereçando bons fluidos para essa gente.
Como é que você vai pagar o seu carma e evoluir desse jeito?
Menti ? ou constatei uma verdade ? demonstre que não é !
Pela minha ótica, cada um que acredite no que quiser.
Desde que não coloquem em risco a vida de ninguém, como os maometanos-bomba e os ascencionados-homicidas fazem, podem até comer capim achando que isso lhes trará imortalidade que eu não estou nem aí.
A única coisa que acho que esse pessoal de alguns cultos afro deveriam parar de fazer é cortar pescoço de galinhas e bodes. O resto, acreditem e façam o que quiserem.
Tou pouco me lixando em virar santo !
Pô, onde é que tá o cara cujo lema era: "Evoluir sempre, tal é a lei"?
Palavras de um visionário:
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Roberto Campos
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videomaker escreveu:Vamos aos fatos :
Saiu de uma casa espirita "conceituada" segundo vc mesmo , e sabendo ainda que em centros de Umbanda o que se ve é manifestação de espiritos inferiores , temos ai um FLAGRANTE de que ou não assimilou nada ou era um passante atraz de algo que nem sabia o que era !
Escrever coisas do tipo : Convenção tal , falei com sicrana , chico xavier beijou meus pés e etc , é apenas um bom sinal de que vc sabe usar o google , pesquisou e narrou para os mais inocentes acharem que é tudo a mais pura verdade !
Misturou Vidente com espiritas e todo tipo de gente , acho que nem preciso do escocês...
Ótimo exercício de ceticismo, videomaker.
Aplique isto aos testemunhos e evidências-anedotas de seus irmãos de fé e terá dado um grande passo.

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