Fé é bom!

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salgueiro
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Mensagem por salgueiro »

Maverick escreveu:Para o crente entender o Ateu só tem que olhar para outra religião e responder porque não acredita nela. Agora, normalmente o Ateu já foi crente também... por isso acho que a maioria dos ateus percebe os crentes.

E Francio... esse seu texto generaliza demais (cada ateu como como cada crente tem a sua própria psicologia).



Em alguns casos fica nítido que o ex-religioso projeta a sua maneira de lidar com sua ex-religião nos outros como se todos fossem iguais. Viva a diversidade !! :emoticon4:

Bjs

Editado pela última vez por salgueiro em 05 Set 2006, 20:17, em um total de 1 vez.

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Apáte
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Re: Re.: Fé é bom!

Mensagem por Apáte »

francioalmeida escreveu:
Apáte escreveu:
francioalmeida escreveu:
Johnny escreveu:Claro que deus existe. E se chama dinheiro.
.

Não seja herege, dinheiro não traz felicidade.

Dinheiro você so precisa do necessário pra sobreviver.

A verdadeira felicidade esta em Jesus cristo.

Está me questionando? Então que questione também seu deus. Pede pra Ele que te faça voar quando pular dum prédio na frente de toda imprensa para converter todos nós.
Viu só, eu como deus não tenho tempo pra perder com reles mortais e seus questionamentos idiotas.
SOU DEUS E PRONTO E ACABOU!


Você não é Deus e pronto.

Eu só não pulo de um predio com toda imprensa olhando porque tá escrito: "Não ponha o senhor teu Deus aprova".

Se arrependa apáte, ainda há tempo.

Qual versículo/capítulo de qual livro? eu só deixei que os homens escrevessem isso no meu livro (erroneamente) para que eu pudesse me divertir com eles. :emoticon16:
Sou deus, sim!
"Da sempre conduco una attività ininterrotta di lavoro, se qualche volta mi succede di guardare in faccia qualche bella ragazza... meglio essere appassionati di belle ragazze che gay" by: Silvio Berlusconi

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francioalmeida
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Mensagem por francioalmeida »

salgueiro escreveu:
Em alguns casos fica nítido que o ex-religioso projeta a sua maneira de lidar com sua ex-religião nos outros como se todos fossem iguais. Viva a diversidade !! :emoticon4:

Bjs



Talvez eu esteja errado mesmo, mais até hoje o que eu pude perceber nos religiosos foi essa tendência de "querer crer" para sastifazer uma necessidade.

Não sei também se estou projetando minha forma de pensar como um ex religioso, até porque nunca fui um religioso e na minha família (pai, mãe e irmãos) não há ninguem religioso a ponto de frequentar igreja ou pagar dízimo, posso dizer que somente minha mãe na juventude frequentava igreja, porem meu pai é ateu e meus irmãos são indefinidos quanto a questão.

Eu acho que se um dia eu tivesse sido dedicado mesmo a uma religião, talvez seria uma oportunidade que teria de observar como seria estar dentro de uma religião, aceitando seus dogmas e preceitos.

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APODman
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Re.: Fé é bom!

Mensagem por APODman »

A identificação do Francisco pelo mesmo avatar do Vitor Moura é bem sigificativo.

Afinal acaso não existe :emoticon12:

[ ]´s
You wanna fuck with me? Okay. You wanna play rough? Okay. Say hello to my little friend!
Tony Montana

Mantra diário dos Criacionistas:
"Que mal poderia haver se um homem dissesse uma grande mentira para o bem e para a igreja Cristã... uma mentira sem necessidade, uma mentira útil, tais mentiras não seriam contra Deus, ele as aceitaria."
Martinho Lutero
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francioalmeida
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Re: Re.: Fé é bom!

Mensagem por francioalmeida »

Apáte escreveu:Qual versículo/capítulo de qual livro? eu só deixei que os homens escrevessem isso no meu livro (erroneamente) para que eu pudesse me divertir com eles. :emoticon16:
Sou deus, sim!


Eu não vou mais discutir com você apáte, você sabe quem é o verdadeiro Deus, ele toca todos os dias seu coração e você sabe disso.

Hoje ele toca seu coração e perdoa seus pecados, porém amanhã não haverá mais tempo e sua alma será cobrada dos teus atos.

Arrependa-se enquanto há tempo, pois quando o meu Deus piedoso -aquele que entregou seu unico filho pra morrer de tanguinha na cruz- voltar será tarde de mais.

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Ayyavazhi
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Re: Re.: Fé é bom!

Mensagem por Ayyavazhi »

francioalmeida escreveu:É difícil entender os crentes, bem como os crentes acham difícil entender os ateus.

Esse desentendimento todo, esse paradoxo de conclusões está melhor representado numa frase de Carl Sagan:

“Não é possível convencer um crente de coisa alguma, pois suas crenças não se baseiam em evidências… Baseiam-se numa profunda necessidade de acreditar.”

Ou seja, o ateu não possui uma necessidade psicológica “teológica”: questionar, criticar, procurar lógica, evidências, entender a história humana e compreender a natureza e seu papel no cosmo são fáceis de serem assimilados, pois não há um compromisso com nada, a mente atéia é um papel em branco pronto para ser inserido novas informações.

Aquele que possui essa “necessidade psicológica teológica”, o religioso, possui sua mente como um quebra-cabeça já montado, onde as peças montadas não formam nenhuma imagem, porém todas se encaixam trazendo lhe conforto de que algo esta certo.

As novas informações na mente de um religioso enfrentam um desafio enorme para serem assimiladas, pois sua mente não é um papel em branco e sim um papel já rascunhado com uma premissa “Um ser superior existe”.

Devido a isso não é raro encontrarmos religiosos tentando adequar conhecimentos científicos a sua crença, é como se fosse uma necessidade de transformar um fantasia em realidade ou levar a realidade para a fantasia, isso e tão comum numa mente com “a necessidade de crença em deus” que nem mesmo eles, os crentes, percebem que estão sendo desonestos com sua lógica e conhecimento.

No meu local de trabalho tenho uns colegas evangélicos, e dentre eles tem um que se interessou em conversar sobre esse assunto comigo, percebi nele uma certa vontade de me compreender, bem como era de se esperar percebi também que ele tinha uma necessidade de me converter para sua religião.

No começo era difícil conversar com ele, pois ele usava muita falácia, coisa que ele aprendeu em anos de religião e nunca tinha questionado, simplesmente aceitava; coisas como:
- Deus existe, olhe sua volta quem fez tudo isso;
- Deus existe, as coisas não podem ser tão perfeitas sem um criador;
- Deus existe, eu sinto ele;

Sem contar com coisas que ele jurava que eram confirmadas e estudadas pela ciência como:

- A alma
- A arca de Nóe;
- O dilúvio a nível mundial e tradicional como explicado na bíblia;
- O mundo criado em sete dias;

Isso deve estar dando enjôo no leitor, mas foram coisas que tive que mostra-lo com artigos sobre o assunto e explica-lo onde uma coisa era real e outras não passavam de balela.

Mas o que mais me surpreendeu foi que no meio de toda essa conversa, ele havia me trazido um livreto, desses escrito por pastor de fundo de quintal, onde no livreto o autor falava barbaridade como que os astrofísicos da Nasa utilizam a bíblia para não se surpreenderem com novos conhecimentos ou descobertas.

Depois de um certo tempo de discussão, ele começou a ficar mais esclarecido, mas era visível sua necessidade de querer encontrar algo superior, tanto que certa vez comentou:

-Eu quero acreditar porque me sinto bem, é como na Copa do Mundo, eu não ganho nada se a seleção perder ou ganhar, quem ganha são os jogadores; mas eu me sinto bem em assistir e torcer.

Com isso ele queria dizer que: “Não me importo se deus existe ou não de fato, acreditar em algo me faz bem”.

E ainda completou: eu acho que todo mundo p´ra ser completo precisa acreditar em algo.


Com essa conversa passei a entender mais os crentes como na visão de Carl Sagan, a necessidade psicológica de um religioso o faz sentir bem preso a essa fantasia, a ponto de tentar misturar fantasia e realidade, e mesmo que abram os olhos eles se sentem mais a vontade na fantasia.

PS: Meu primeiro texto foi uma ironia, porém uma ironia que refletia o íntimo de um pensamento religioso em aversão a ciência.


Eu entendi claramente que seu primeiro texto foi uma ironia. E fiquei bastante surpreso com a reação dos colegas (ainda bem que só os religiosos são crédulos). Quanto a esse novo texto, confesso que me vi nele como se fosse um espelho. Eu realmente sinto uma imensa necessidade de acreditar em Deus e não saberia viver sem essa muleta espiritual.

Que bom que alguém me entende.


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francioalmeida
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Re: Re.: Fé é bom!

Mensagem por francioalmeida »

Avatar escreveu:Eu entendi claramente que seu primeiro texto foi uma ironia. E fiquei bastante surpreso com a reação dos colegas (ainda bem que só os religiosos são crédulos). Quanto a esse novo texto, confesso que me vi nele como se fosse um espelho. Eu realmente sinto uma imensa necessidade de acreditar em Deus e não saberia viver sem essa muleta espiritual.

Que bom que alguém me entende.



Eu percebo essa necessidade em algumas pessoas, as vezes nós ateus, achamos que crente é "cabeça dura" e "anencéfalo" mas, na verdade eu percebo que os religiosos entendem tudo perfeitamente e sabem que naquilo que eles acreditam existe contradições, falhas, irrealidade e falácia, porém, o fato de deixar de acreditar naquilo não implica realmente em entender que a religião não faz sentido, e sim implica em aceitar que ele está só e sem pai e que tudo a sua volta não está explícito com a simplicidade que a religião explica, há dúvidas, o homem é simplesmente uma peça num gigante quebra-cabeça e não o dono do quebra-cabeça.

Não sei exatamente a origem dessa depêndencia toda, talvez seja a sequela de uma imposição de fálacias e dogmas religiosos que são pregadas na cabeça desde de criança, ou talvez uma característica do íntimo humano.

Podemos observar corriqueiramente evangélicos entrando no fórum pra discutir e logo após ficarem sem argumentos saem e não voltam, ou começam a falar coisas ilógicas e sem sentido na esperança que alguém confirme seu credo.

É difícil encontrar um religioso que ao encontrar inconsistência no seus dados, reavalie-se e tome nova posição (com isso não quero generalizar todo os evangélicos, pois existe uns que conseguem autoavaliarem suas ideias), geralmente o que acontece é uma aversão aos novos dados que levam a inconsistência de sua idéia.

Com isso podemos concluir que "crêr" não é "anencefalia", crêr é a necessidade de alguns, o interessante seria saber o "porque" e a "origem" dessa necessidade.

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salgueiro
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Mensagem por salgueiro »

francio escreveu:Com isso podemos concluir que "crêr" não é "anencefalia", crêr é a necessidade de alguns, o interessante seria saber o "porque" e a "origem" dessa necessidade.



É intuitivo

Bjs


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Johnny
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Re.: Fé é bom!

Mensagem por Johnny »

Não para os evengélicos Sal. É impositivo mesmo! :emoticon2:
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."

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Re: Re.: Fé é bom!

Mensagem por salgueiro »

Johnny escreveu:Não para os evengélicos Sal. É impositivo mesmo! :emoticon2:



Não gosto nadinha das igrejas "mercado da fé", Johnny. Mas não tiro a responsabilidade do cara que acha que compra Deus, se é que vc está falando do que eu acho que está. :emoticon4:

Bjs


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Johnny
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Re.: Fé é bom!

Mensagem por Johnny »

Isso isso isso...
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."

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salgueiro
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Re: Re.: Fé é bom!

Mensagem por salgueiro »

Johnny escreveu:Isso isso isso...



Que não deixa de ser uma visão muito lôca do capitalismo selvagem aplicado ao "mercado religioso" :emoticon16: . E o pior é que está funcionando :emoticon8:

Bjs


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francioalmeida
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Mensagem por francioalmeida »

salgueiro escreveu:
francio escreveu:Com isso podemos concluir que "crêr" não é "anencefalia", crêr é a necessidade de alguns, o interessante seria saber o "porque" e a "origem" dessa necessidade.



É intuitivo

Bjs



É a conclusão que eu tenho, seria interessante conhecer novos dados/ opinião.

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Re.: Fé é bom!

Mensagem por Johnny »

A tática do mêdo sempre funciona Sal. Veja as empresas por exemplo. Não há assédio moral que os façam parar. Ainda bem que em breve as empresas de saúde terão a posse do SUS e todos vão poder pagar a ninharia de 800 reais de plano de saude (pois se está a 400 com o sus atuando, imagine se somem com ele)...

E antes de darem pitaco no que falei...prrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr
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Mensagem por salgueiro »

francioalmeida escreveu:
salgueiro escreveu:
francio escreveu:Com isso podemos concluir que "crêr" não é "anencefalia", crêr é a necessidade de alguns, o interessante seria saber o "porque" e a "origem" dessa necessidade.



É intuitivo

Bjs



É a conclusão que eu tenho, seria interessante conhecer novos dados/ opinião.



Essa para mim é a base de todos. A coisa complica quando se tenta explicar o que não se sabe na realidade.

Bjs


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Re: Re.: Fé é bom!

Mensagem por Ayyavazhi »

francioalmeida escreveu:
Eu percebo essa necessidade em algumas pessoas, as vezes nós ateus, achamos que crente é "cabeça dura" e "anencéfalo" mas, na verdade eu percebo que os religiosos entendem tudo perfeitamente e sabem que naquilo que eles acreditam existe contradições, falhas, irrealidade e falácia, porém, o fato de deixar de acreditar naquilo não implica realmente em entender que a religião não faz sentido, e sim implica em aceitar que ele está só e sem pai e que tudo a sua volta não está explícito com a simplicidade que a religião explica, há dúvidas, o homem é simplesmente uma peça num gigante quebra-cabeça e não o dono do quebra-cabeça.

Não sei exatamente a origem dessa depêndencia toda, talvez seja a sequela de uma imposição de fálacias e dogmas religiosos que são pregadas na cabeça desde de criança, ou talvez uma característica do íntimo humano.

Podemos observar corriqueiramente evangélicos entrando no fórum pra discutir e logo após ficarem sem argumentos saem e não voltam, ou começam a falar coisas ilógicas e sem sentido na esperança que alguém confirme seu credo.

É difícil encontrar um religioso que ao encontrar inconsistência no seus dados, reavalie-se e tome nova posição (com isso não quero generalizar todo os evangélicos, pois existe uns que conseguem autoavaliarem suas ideias), geralmente o que acontece é uma aversão aos novos dados que levam a inconsistência de sua idéia.

Com isso podemos concluir que "crêr" não é "anencefalia", crêr é a necessidade de alguns, o interessante seria saber o "porque" e a "origem" dessa necessidade.


Desculpe-me pela brincadeira, pensei que você entenderia que eu apenas devolvi a ironia. Vamos falar sério, então.

Eu não alimento nenhum tipo de crença, sou homem de pouca fé e acredito na dúvida como ferramenta de aprendizado e crescimento. Minha relação com Deus resume-se a auto-aprimoramento e busca. E essa busca não é qualquer coisa que eu possa descrever em meia dúzia de palavras. Não gosto de rótulos; sou religioso porque entendo que religiosidade é nossa conexão com Deus. Não pertenço – e jamais pertencerei – a qualquer designação religiosa, embora encontre um pouco de afinidade com algumas. Existem processos que eu compreendo perfeitamente, outros que eu estou começando a entender e uma grande maioria que ainda me falta dar o primeiro passo.

Nunca li livros sagrados e considero-me um leigo quanto ao conhecimento de dogmas e princípios de qualquer religião. Não vejo necessidade delas para estabelecer meu caminho até Deus, mas entendo que muitos precisam disso, então, aceito-as como necessárias. Aprecio o espírito cético quando ele é puro, autêntico. Céticos eivados de certeza, como alguns neste fórum, não são pessoas com as quais gostaria de gastar meu pouco tempo disponível. A dúvida é saudável para o cético tanto quanto o é para mim, e, quando ausente, resta um crente fervoroso, não importa em que, exatamente, ele crê.

Não gosto de debater com crentes, por isso não participo da maioria dos debates que rolam por aqui. Tem crentes demais.

Fique à vontade para fazer qualquer pergunta, se desejar e, se eu não puder responder, direi o motivo com sinceridade.

Um abraço.


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Re: Re.: Fé é bom!

Mensagem por francioalmeida »

Avatar escreveu:Desculpe-me pela brincadeira, pensei que você entenderia que eu apenas devolvi a ironia. Vamos falar sério, então.

Eu não alimento nenhum tipo de crença, sou homem de pouca fé e acredito na dúvida como ferramenta de aprendizado e crescimento. Minha relação com Deus resume-se a auto-aprimoramento e busca. E essa busca não é qualquer coisa que eu possa descrever em meia dúzia de palavras. Não gosto de rótulos; sou religioso porque entendo que religiosidade é nossa conexão com Deus. Não pertenço – e jamais pertencerei – a qualquer designação religiosa, embora encontre um pouco de afinidade com algumas. Existem processos que eu compreendo perfeitamente, outros que eu estou começando a entender e uma grande maioria que ainda me falta dar o primeiro passo.

Nunca li livros sagrados e considero-me um leigo quanto ao conhecimento de dogmas e princípios de qualquer religião. Não vejo necessidade delas para estabelecer meu caminho até Deus, mas entendo que muitos precisam disso, então, aceito-as como necessárias. Aprecio o espírito cético quando ele é puro, autêntico. Céticos eivados de certeza, como alguns neste fórum, não são pessoas com as quais gostaria de gastar meu pouco tempo disponível. A dúvida é saudável para o cético tanto quanto o é para mim, e, quando ausente, resta um crente fervoroso, não importa em que, exatamente, ele crê.

Não gosto de debater com crentes, por isso não participo da maioria dos debates que rolam por aqui. Tem crentes demais.

Fique à vontade para fazer qualquer pergunta, se desejar e, se eu não puder responder, direi o motivo com sinceridade.

Um abraço.

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Porque inicialmente você parte de um princípio que "há um Deus"...

Porque não iniciar com "Não há nenhum deus", pois se existe um deus logo as evidências apontariam para um deus. ( a não ser se ele quer se esconder)

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Apáte
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Re: Re.: Fé é bom!

Mensagem por Apáte »

francioalmeida escreveu:
Apáte escreveu:Qual versículo/capítulo de qual livro? eu só deixei que os homens escrevessem isso no meu livro (erroneamente) para que eu pudesse me divertir com eles. :emoticon16:
Sou deus, sim!


Eu não vou mais discutir com você apáte, você sabe quem é o verdadeiro Deus, ele toca todos os dias seu coração e você sabe disso.

Hoje ele toca seu coração e perdoa seus pecados, porém amanhã não haverá mais tempo e sua alma será cobrada dos teus atos.

Arrependa-se enquanto há tempo, pois quando o meu Deus piedoso -aquele que entregou seu unico filho pra morrer de tanguinha na cruz- voltar será tarde de mais.

Você não precisa discutir comigo, uma vez que sabe que eu sou deus e que está eternamente subordinado a mim.

Eu perdoo sua ignorância, burrice, e seu ceticismo perante meu testemunho HOJE, porém irei de cobrir de porrada por um bom tempo depois que você sair da cidade.

Entreguei meu filho na cruz, pra morrer de tanguinha :emoticon12: por você e é assim que você retribui, ímpio? Quando meu filho voltar não haverá mais tempo, e te mandarei pro fogo do inferno, então que trate de mudar de opnião rapidamente.
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Re: Re.: Fé é bom!

Mensagem por Ayyavazhi »

francioalmeida escreveu:Porque inicialmente você parte de um princípio que "há um Deus"...

Porque não iniciar com "Não há nenhum deus", pois se existe um deus logo as evidências apontariam para um deus. ( a não ser se ele quer se esconder)


De quais evidências você está falando?

Reza a sabedoria popular que “onde há fumaça, há fogo”. Existe muita fumaça nesta questão; tanta que justificaria algum escrutínio isento de preconceito. Nada o obriga a efetuar tal investigação e você sempre será livre para considerar todo e qualquer relato de encontros com o sobrenatural como evidência-anedota. Se me permite uma opinião, a programação mental que impele alguém (não digo que seja o seu caso) a se posicionar de uma única maneira diante de situações tão diversificadas, não é outra coisa senão a mesma fé que ele condena. Caminham, nessa hipótese, crentes e céticos sobre a mesma estrada. Fazem severas críticas, um ao outro, ignorando que estão separados apenas pela escolha da direção que tomaram.

Ninguém, neste planeta, terá condições de construir uma percepção superior à experiência que um outro vivenciou, baseado em simples relatos. A percepção de um determinado evento é extraordinariamente superior à descrição desse evento. E é exatamente sobre essa descrição que você constrói suas respostas e suas certezas. Desculpem-me os que não gostam dessa afirmação, mas é preciso ter muita fé.

Não obstante cada lado contar com representantes convencidos do privilégio de serem mais inteligentes e esclarecidos, não consigo ver diferença alguma. Em ambos encontraremos a mesma teimosia, a mesma renitência, o mesmo amor às falácias, a mesma dificuldade de interpretar textos, a mesma desonestidade intelectual, a mesma impossibilidade de confrontar-se e considerar propostas alheias, a mesma-um-monte-de-coisas.

Não pense que isso de alguma maneira me incomoda e que eu estou aqui imbuído de uma divina missão salvadora de almas. Apenas gosto de conversar e me disponibilizo a dizer o que penso.

Agora vem a parte boa. Minha certeza da existência de Deus não tem nada a ver com isso. Não preciso e jamais precisarei de tais evidências para chegar onde já cheguei. Falei de coisas óbvias; de idéias que podem ser consideradas lógicas, se tratadas com um pouco de isenção. Não falei de mim.

Deus, para mim, não é uma hipótese. Não é uma possibilidade razoável. Sem lançar mão de qualquer artifício de fé, eu tenho certeza de Sua existência, tanto quanto tenho certeza da imortalidade da alma (ou espírito, para ser mais preciso).

Não é essa resposta que busco. A partir do que eu já tenho, procuro descobrir qual meu papel nisso tudo e o que preciso aprender, aqui e agora. Veja que isso é bem diferente de “procurar um sentido para a vida”. A maioria das questões que afligem os religiosos, até onde pude perceber, não estão em meu horizonte. E tenho plena consciência que nenhum desses passos já conquistados me tornam melhor ou mais próximo a Deus do que outro ser humano. Continuo sendo o único responsável por meus atos e pelas conseqüências deles advindas. Sem tratamentos especiais.


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Maverick
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Mensagem por Maverick »

salgueiro escreveu:
francio escreveu:Com isso podemos concluir que "crêr" não é "anencefalia", crêr é a necessidade de alguns, o interessante seria saber o "porque" e a "origem" dessa necessidade.



É intuitivo

Bjs



Há estudos que dizem que o pensamento religioso parte do senso comum e tem um sentido prático (uma preocupação com coisas do mundo, como as colheitas, a fertilidade, a doença, etc... e não tanto a ansia metafísica de querer explicar tudo) e
da capacidade inata que temos para reconhecer que outros tem mente. Neste caso, o mecanismo inato para atribuir mentes a outras pessoas como nós (algo que alguns primatas perecem ter também) entra em parafuso e começamos a imaginar mentes invisíveis por todo o lado. No início, as mentes estavam por todo o lado, nos rios, nas montanhas, nas árvores, na tempestade, no fogo, no céu, etc. Até que alguém resolveu inventar uma única mente invisível que está em todo o lado. O Deus monoteísta. Dizem que o primeiro a inventar um Deus único foi o Faraó Aknaton... mas depois os Judeus aperfeiçoaram o conceito... mas só muito tarde na história do Judaísmo.

De maneira que dizer que é intuitivo é muito diferente de dizer que deve ser verdade. Até prova em contrário é só algo na nossa psicologia que extravasou... e portanto não se pode usar a intuição como evidência de que Deus existe. Não é evidência... apesar de o conceito de mentes por aí ser universal. Dennet diz que algo parecido com isto existe nos animais. Os cães, por exemplo, quando ouvem um barulho começam a ladrar. No fundo estão a perguntar: "Quem está aí?". A mesma coisa acontece com os seres humanos, quando estamos, por exemplo, sozinho e ouvimos algo a aproximar-se: "Quem vem aí?". É intuitivo, mas só porque o sentimos não quer dizer que esteja lá. Suspeito que muitos acreditam em fantasmas porque ouviram barulhos... mas depois não viram ninguém que fizesse os barulhos. Há falta de explicação concluiram que foram mentes invisíveis...

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Maverick
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Re: Re.: Fé é bom!

Mensagem por Maverick »

Avatar escreveu:
francioalmeida escreveu:Porque inicialmente você parte de um princípio que "há um Deus"...

Porque não iniciar com "Não há nenhum deus", pois se existe um deus logo as evidências apontariam para um deus. ( a não ser se ele quer se esconder)


De quais evidências você está falando?

Reza a sabedoria popular que “onde há fumaça, há fogo”. Existe muita fumaça nesta questão


Exato, há muita fumaça mas nenhuma evidencia. Neste caso o aforisma popular induz em erro.

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Mensagem por salgueiro »



Como disse acima, Miguel, a coisa complica quando se busca explicar o que não se sabe na realidade :emoticon4:

Bjs


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Mensagem por Maverick »

salgueiro escreveu:

Como disse acima, Miguel, a coisa complica quando se busca explicar o que não se sabe na realidade :emoticon4:

Bjs



E complicam mais quando se usa o que não se sabe (Deus) para explicar o que experimentamos... :emoticon1:

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Re.: Fé é bom!

Mensagem por Maverick »

Pensem bem... nem todos os religiosos usam Deus para explicar as suas experiências misticas. Deus é só uma convenção que certas culturas usam como explicação para algo que sentem subjetivamente.

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Re: Re.: Fé é bom!

Mensagem por francioalmeida »

Avatar escreveu:
francioalmeida escreveu:Porque inicialmente você parte de um princípio que "há um Deus"...

Porque não iniciar com "Não há nenhum deus", pois se existe um deus logo as evidências apontariam para um deus. ( a não ser se ele quer se esconder)


De quais evidências você está falando?

Reza a sabedoria popular que “onde há fumaça, há fogo”. Existe muita fumaça nesta questão; tanta que justificaria algum escrutínio isento de preconceito. Nada o obriga a efetuar tal investigação e você sempre será livre para considerar todo e qualquer relato de encontros com o sobrenatural como evidência-anedota. Se me permite uma opinião, a programação mental que impele alguém (não digo que seja o seu caso) a se posicionar de uma única maneira diante de situações tão diversificadas, não é outra coisa senão a mesma fé que ele condena. Caminham, nessa hipótese, crentes e céticos sobre a mesma estrada. Fazem severas críticas, um ao outro, ignorando que estão separados apenas pela escolha da direção que tomaram.

Ninguém, neste planeta, terá condições de construir uma percepção superior à experiência que um outro vivenciou, baseado em simples relatos. A percepção de um determinado evento é extraordinariamente superior à descrição desse evento. E é exatamente sobre essa descrição que você constrói suas respostas e suas certezas. Desculpem-me os que não gostam dessa afirmação, mas é preciso ter muita fé.

Não obstante cada lado contar com representantes convencidos do privilégio de serem mais inteligentes e esclarecidos, não consigo ver diferença alguma. Em ambos encontraremos a mesma teimosia, a mesma renitência, o mesmo amor às falácias, a mesma dificuldade de interpretar textos, a mesma desonestidade intelectual, a mesma impossibilidade de confrontar-se e considerar propostas alheias, a mesma-um-monte-de-coisas.

Não pense que isso de alguma maneira me incomoda e que eu estou aqui imbuído de uma divina missão salvadora de almas. Apenas gosto de conversar e me disponibilizo a dizer o que penso.

Agora vem a parte boa. Minha certeza da existência de Deus não tem nada a ver com isso. Não preciso e jamais precisarei de tais evidências para chegar onde já cheguei. Falei de coisas óbvias; de idéias que podem ser consideradas lógicas, se tratadas com um pouco de isenção. Não falei de mim.

Deus, para mim, não é uma hipótese. Não é uma possibilidade razoável. Sem lançar mão de qualquer artifício de fé, eu tenho certeza de Sua existência, tanto quanto tenho certeza da imortalidade da alma (ou espírito, para ser mais preciso).

Não é essa resposta que busco. A partir do que eu já tenho, procuro descobrir qual meu papel nisso tudo e o que preciso aprender, aqui e agora. Veja que isso é bem diferente de “procurar um sentido para a vida”. A maioria das questões que afligem os religiosos, até onde pude perceber, não estão em meu horizonte. E tenho plena consciência que nenhum desses passos já conquistados me tornam melhor ou mais próximo a Deus do que outro ser humano. Continuo sendo o único responsável por meus atos e pelas conseqüências deles advindas. Sem tratamentos especiais.



Resumindo tudo o que disse, você acredita por escolha. É isso?

Se for isso, essa é a nossa diferença, eu não consigo escolher. Eu tento concluir?

Trancado