Avatar escreveu:Eu entendi claramente que seu primeiro texto foi uma ironia. E fiquei bastante surpreso com a reação dos colegas (ainda bem que só os religiosos são crédulos). Quanto a esse novo texto, confesso que me vi nele como se fosse um espelho. Eu realmente sinto uma imensa necessidade de acreditar em Deus e não saberia viver sem essa muleta espiritual.
Que bom que alguém me entende.
Eu percebo essa necessidade em algumas pessoas, as vezes nós ateus, achamos que crente é "cabeça dura" e "anencéfalo" mas, na verdade eu percebo que os religiosos entendem tudo perfeitamente e sabem que naquilo que eles acreditam existe contradições, falhas, irrealidade e falácia, porém, o fato de deixar de acreditar naquilo não implica realmente em entender que a religião não faz sentido, e sim implica em aceitar que ele está só e sem pai e que tudo a sua volta não está explícito com a simplicidade que a religião explica, há dúvidas, o homem é simplesmente uma peça num gigante quebra-cabeça e não o dono do quebra-cabeça.
Não sei exatamente a origem dessa depêndencia toda, talvez seja a sequela de uma imposição de fálacias e dogmas religiosos que são pregadas na cabeça desde de criança, ou talvez uma característica do íntimo humano.
Podemos observar corriqueiramente evangélicos entrando no fórum pra discutir e logo após ficarem sem argumentos saem e não voltam, ou começam a falar coisas ilógicas e sem sentido na esperança que alguém confirme seu credo.
É difícil encontrar um religioso que ao encontrar inconsistência no seus dados, reavalie-se e tome nova posição (com isso não quero generalizar todo os evangélicos, pois existe uns que conseguem autoavaliarem suas ideias), geralmente o que acontece é uma aversão aos novos dados que levam a inconsistência de sua idéia.
Com isso podemos concluir que "crêr" não é "anencefalia", crêr é a necessidade de alguns, o interessante seria saber o "porque" e a "origem" dessa necessidade.