A Amante Virtual
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A Amante Virtual
Mais um problema do Porco Filósofo, só que desta vez não vou copiar o que está no livro. Se eu colocar a historinha aqui é capaz de novamente ter distorção, então vamos ao essencial:
Uma empresa fornece um serviço de Amante Virtual. Como seria este serviço? Simples, você entra num ambiente de realidade virtual onde todas as sensações que você terá são idênticas a da realidade. A empresa fornece mulheres virtuais que darão a você exatamente as mesmas sensações que teria com uma amante real.
A pergunta é: existe problema moral em um homem casado, seja ele feliz ou infeliz com o casamento, usar a Amante Virtual?
Uma empresa fornece um serviço de Amante Virtual. Como seria este serviço? Simples, você entra num ambiente de realidade virtual onde todas as sensações que você terá são idênticas a da realidade. A empresa fornece mulheres virtuais que darão a você exatamente as mesmas sensações que teria com uma amante real.
A pergunta é: existe problema moral em um homem casado, seja ele feliz ou infeliz com o casamento, usar a Amante Virtual?
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.
*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.
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Re.: A Amante Virtual
Isso já existe no mundo virtual da Internet, entre pessoas que se conhecem e acabam se tornando de certa forma empáticos demais, porém sem haver um encontro pessoal.
Quanto a pergunta, talvez devesse ser feita à esposa do homem que você mencionou.
Quanto a pergunta, talvez devesse ser feita à esposa do homem que você mencionou.
O ateísmo é uma consequência em mim, não uma militância sistemática.
'' O homem sábio molda a sí mesmo, os tolos só vivem para morrer.'' (O Messias de Duna - F.Herbert)
Não importa se você faz um pacto com deus ou o demônio, em quaisquer dos casos é a sua alma que será perdida, corrompida...!
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Acho que essa situação é o grau mais extremo de uma que existe, a do homem casado que gosta de material pornográfico. Não julgo que deva ser consideração traição porque não envolve pessoas de verdade, mas pode muito bem acarretar em problemas conjugais. Acho que pode muito bem ser um problema moral quando não é consentido pela esposa.
Azathoth escreveu:Acho que essa situação é o grau mais extremo de uma que existe, a do homem casado que gosta de material pornográfico. Não julgo que deva ser consideração traição porque não envolve pessoas de verdade, mas pode muito bem acarretar em problemas conjugais.
Aza... já HÁ problemas conjugais quando o sujeito usa o material pornográfico para "compensar" o que falta em casa. Só olhar nunca foi problema.

Re.: A Amante Virtual
É que também existem muitos casais que gostam de usar material pornográfico juntos e esposas que não se incomodam se seu marido utilizar, o uso sendo consentido.
Re: Re.: A Amante Virtual
Azathoth escreveu:É que também existem muitos casais que gostam de usar material pornográfico juntos e esposas que não se incomodam se seu marido utilizar, o uso sendo consentido.
Depois que inventaram o swing e traição fica por conta da semântica, acho que nesse departamento de prazer sexual vale tudo desde que haja consentimento mútuo.
Até mesmo na proposta do tópico. Se o sujeito quiser ter uma amante virtual, desde que não se sinta mal se a esposa também tiver, estará tudo bem... Pelo menos "em tese".

- Márcio
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Re.: A Amante Virtual
Pensar em alguém que cruza o caminho, sentir desejo, imaginar situações amorosas, eróticas, até se satisfazer solitáriamente com isso, à despeito de amar realmente uma certa pessoa com quem se convive por anos. Talvez fosse imoral diante da sociedade, por isso um certo tormento, mas a sociedade não importa, mais importa o conflito interno, que diz que pode estar havendo uma ruptura naquele amor, aquele amor de anos a fio, corroído pela rotina, pela enfadonha rotina, aceita, descuidada.
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Re: Re.: A Amante Virtual
Márcio escreveu:Pensar em alguém que cruza o caminho, sentir desejo, imaginar situações amorosas, eróticas, até se satisfazer solitáriamente com isso, à despeito de amar realmente uma certa pessoa com quem se convive por anos. Talvez fosse imoral diante da sociedade, por isso um certo tormento, mas a sociedade não importa, mais importa o conflito interno, que diz que pode estar havendo uma ruptura naquele amor, aquele amor de anos a fio, corroído pela rotina, pela enfadonha rotina, aceita, descuidada.
Nem me fale, Márcio... Casamento não deveria existir. A Marta que uma vez soltou uma frase ótima que a mãe dela diz e eu fou parafrasear agora: Quer terminar com um grande amor? Case-se com ele...

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Re: Re.: A Amante Virtual
Najma escreveu:Márcio escreveu:Pensar em alguém que cruza o caminho, sentir desejo, imaginar situações amorosas, eróticas, até se satisfazer solitáriamente com isso, à despeito de amar realmente uma certa pessoa com quem se convive por anos. Talvez fosse imoral diante da sociedade, por isso um certo tormento, mas a sociedade não importa, mais importa o conflito interno, que diz que pode estar havendo uma ruptura naquele amor, aquele amor de anos a fio, corroído pela rotina, pela enfadonha rotina, aceita, descuidada.
Nem me fale, Márcio... Casamento não deveria existir. A Marta que uma vez soltou uma frase ótima que a mãe dela diz e eu fou parafrasear agora: Quer terminar com um grande amor? Case-se com ele...
Casamento social, realmente, para cumprir um papel, como a seguir uma cartilha, com o tempo isso mata qualquer amor, tira qualquer encanto que possa haver.
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Re.: A Amante Virtual
Acho que vai do senso moral de cada um. Se um homem swe sente bem em ver sua esposa fazendo sexo virtual problema dele. Eu não me sinto e por isso procuro respeitar as imposições mútuas relativas à um relacionamento à dois.
Mas é aquele negócio, o que é imoral aqui pode não ser imoral "lá".
Mas é aquele negócio, o que é imoral aqui pode não ser imoral "lá".
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."


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Re: Re.: A Amante Virtual
Márcio escreveu:Pensar em alguém que cruza o caminho, sentir desejo, imaginar situações amorosas, eróticas, até se satisfazer solitáriamente com isso, à despeito de amar realmente uma certa pessoa com quem se convive por anos. Talvez fosse imoral diante da sociedade, por isso um certo tormento, mas a sociedade não importa, mais importa o conflito interno, que diz que pode estar havendo uma ruptura naquele amor, aquele amor de anos a fio, corroído pela rotina, pela enfadonha rotina, aceita, descuidada.
Se fosse só esse o problema ainda era fácil, Márcio. Mais complicado do que lidar com a desaprovação de uma sociedade abstrata e de certa forma distante, ou com a perda interna da inocência, é administrar a possível quebra das expectativas do cônjuge. Diga-se de passagem, não acho que traição conjugal tem a ver necessariamente com o aspecto sexual do relacionamento. Sexo é parte importante de um relacionamento, mas está longe de ser a única parte importante.
Eu fico com a sua posição inicial: esse tipo de situação tem de ser aprovada ou rejeitada pelo cônjuge, ninguém mais. Supõe-se afinal de contas que haja um compromisso de dedicação e diálogo com ele, não? Do contrário tal casamento não teria razão digna para existir.
Se o cônjuge aceita que você pratique Swing e tenha relacionamentos extraconjugais (saiba ele ou não), então não há nada de errado (enquanto ele não mudar de idéia, pelo menos...) - passa a ser um casamento de pura conveniência, talvez, mas não é moralmente errado em si. Se, indo para o outro extremo, ele não gosta que você dance valsa com outra pessoa, então é preciso respeitar esse limite, tentar argumentar, aceitar as discussões, e em casos extremos optar ou pela separação (temporária?) ou quem sabe fazer a opção de ser calhorda mesmo. Claro que sempre há consequências, mas há quem goste.
"Faça da tua vida um reflexo da sociedade que desejas." - Mahatma Ghandi
"First they ignore you, then they laugh at you, then they fight you, then you win." - describing the stages of establishment resistance to a winning strategy of nonviolent activism
http://dantas.editme.com/textos http://luisdantas.zip.net http://www.dantas.com
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Re: Re.: A Amante Virtual
Márcio escreveu:Isso já existe no mundo virtual da Internet, entre pessoas que se conhecem e acabam se tornando de certa forma empáticos demais, porém sem haver um encontro pessoal.
Quanto a pergunta, talvez devesse ser feita à esposa do homem que você mencionou.
Chamam de amante virtual alguém com quem vc tem uma espécie de relacionamento à distância sem efetivamente ter contato físico. Mas esta não é a Amante Virtual do problema que é um SOFTWARE não uma pessoa.
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.
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Azathoth escreveu:Acho que essa situação é o grau mais extremo de uma que existe, a do homem casado que gosta de material pornográfico. Não julgo que deva ser consideração traição porque não envolve pessoas de verdade, mas pode muito bem acarretar em problemas conjugais. Acho que pode muito bem ser um problema moral quando não é consentido pela esposa.
Bem, o casamento é um contrato.
Alguns poucos casais tem um contrato diferente:
casamento aberto (1): os conjuges podem sair individualmente com outras pessoas sem dar satisfação
casamento aberto (2):os conjuges podem sair individualmente com outras pessoas mas somente dando satisfação
swingers: os conjuges saem com outras pessoas, porém saem sempre juntos
O casamento tradicional é um contrato onde nenhum dos conjuges pode relacionar-se com uma terceira pessoa. Com relação a este contrato, existe certa discussão de que atos podem ser considerados violação do contrato.
O cerne deste problema é se usar um software que emula/simula perfeitamente uma relação sexual com um mulher é ou não violação deste contrato e pq?
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Re: Re.: A Amante Virtual
Res Cogitans escreveu:Márcio escreveu:Isso já existe no mundo virtual da Internet, entre pessoas que se conhecem e acabam se tornando de certa forma empáticos demais, porém sem haver um encontro pessoal.
Quanto a pergunta, talvez devesse ser feita à esposa do homem que você mencionou.
Chamam de amante virtual alguém com quem vc tem uma espécie de relacionamento à distância sem efetivamente ter contato físico. Mas esta não é a Amante Virtual do problema que é um SOFTWARE não uma pessoa.
Essa questão é muito interessante e permite mais possibilidades do que o problema anterior, além de ser menos conflitante. Antes de registrar minha própria visão do assunto, relatarei a vocês a opinião de minha esposa, que deveria ser a pessoa mais interessada na situação, como sugeriu o Márcio.
Ela disse que não se importava, que não via problema algum, já que a garota não existiria de fato. Provoquei. Disse a ela que, embora a amante fosse virtual, o desejo (por outra mulher) e o prazer em minha mente seriam reais. Ela manteve sua resposta. Então, no dia que aparecer algum serviço dessa natureza, estarei liberado para experimentar.
Res, acho que o problema deve receber alguns elementos complicadores. Imagine que a tal empresa resolva diversificar seus produtos e ofereça o mesmo serviço às mulheres. E aí? As casadas (ou namoradas) poderiam se divertir um pouco? Seria interessante conhecer a opinião dos que se manifestaram quando a proposta envolvia apenas os homens...
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Re.: A Amante Virtual
Avatar escreveu:Res, acho que o problema deve receber alguns elementos complicadores. Imagine que a tal empresa resolva diversificar seus produtos e ofereça o mesmo serviço às mulheres. E aí? As casadas (ou namoradas) poderiam se divertir um pouco? Seria interessante conhecer a opinião dos que se manifestaram quando a proposta envolvia apenas os homens...
Não chega a ser um complicador. Você apenas trocou os papéis. Mas... que seja.
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Re: Re.: A Amante Virtual
Res Cogitans escreveu:Márcio escreveu:Isso já existe no mundo virtual da Internet, entre pessoas que se conhecem e acabam se tornando de certa forma empáticos demais, porém sem haver um encontro pessoal.
Quanto a pergunta, talvez devesse ser feita à esposa do homem que você mencionou.
Chamam de amante virtual alguém com quem vc tem uma espécie de relacionamento à distância sem efetivamente ter contato físico. Mas esta não é a Amante Virtual do problema que é um SOFTWARE não uma pessoa.
Eu entendí, só quis transpor a questão para uma situação que de fato já existe e com um complicador que seria a existência real da pessoa da Amante Virtual, embora sem contato físico.
No caso de ser apenas um software, isso coloca a Amante Virtual na categoria de mero brinquedo sexual, sendo apenas mais sofisticado. (A.I. Inteligência Artificial, o filme de Steven Spielberg menciona isso, sendo que o brinquedo sexual é um robot especializado)
É impossível dizer se isso é moral ou não, tudo dependeria das características de cada casal.
Socialmente falando, muitos gritariam que seria imoralidade (principalmente os defensores hipócritas da familia imaculada), muitos também usariam do ''serviço'' às escondidas (fazem isso hoje com profissionais do sexo), outras tantas mulheres talvez tolerassem que seus homens se utilizem do brinquedo, ''...antes isso que uma amante real ou prostituta''.
Lembro aqui que no caso de ser Software, não cabe o fator de envolvimento emocional. Quem se apaixonaria por um programa de computador?
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Re: Re.: A Amante Virtual
Res Cogitans escreveu:Avatar escreveu:Res, acho que o problema deve receber alguns elementos complicadores. Imagine que a tal empresa resolva diversificar seus produtos e ofereça o mesmo serviço às mulheres. E aí? As casadas (ou namoradas) poderiam se divertir um pouco? Seria interessante conhecer a opinião dos que se manifestaram quando a proposta envolvia apenas os homens...
Não chega a ser um complicador. Você apenas trocou os papéis. Mas... que seja.
A nossa sociedade ainda é muito machista principalmente quanto ao desejo e práticas sexuais feminino, talvez para a mulher a questão moral seja mais severa nesse caso.
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Res Cogitans escreveu:Azathoth escreveu:Acho que essa situação é o grau mais extremo de uma que existe, a do homem casado que gosta de material pornográfico. Não julgo que deva ser consideração traição porque não envolve pessoas de verdade, mas pode muito bem acarretar em problemas conjugais. Acho que pode muito bem ser um problema moral quando não é consentido pela esposa.
Bem, o casamento é um contrato.
Alguns poucos casais tem um contrato diferente:
casamento aberto (1): os conjuges podem sair individualmente com outras pessoas sem dar satisfação
casamento aberto (2):os conjuges podem sair individualmente com outras pessoas mas somente dando satisfação
swingers: os conjuges saem com outras pessoas, porém saem sempre juntos
O casamento tradicional é um contrato onde nenhum dos conjuges pode relacionar-se com uma terceira pessoa. Com relação a este contrato, existe certa discussão de que atos podem ser considerados violação do contrato.
O cerne deste problema é se usar um software que emula/simula perfeitamente uma relação sexual com um mulher é ou não violação deste contrato e pq?
Posto desta forma tão técnica, eu diria que não é uma violação do contrato, pois tal contrato trata apenas de seres vivos reais. Até que se crie jurisprudência à respeito quando tal tecnologia for possível.
O mais próximo disso que imagino atualmente, é a esposa reclamar perante a justiça a quebra do contrato matrimonial porque pegou o marido se divertindo com uma boneca inflável.
Não sei o que a lei diz sobre isso.
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Márcio escreveu:Res Cogitans escreveu:Azathoth escreveu:Acho que essa situação é o grau mais extremo de uma que existe, a do homem casado que gosta de material pornográfico. Não julgo que deva ser consideração traição porque não envolve pessoas de verdade, mas pode muito bem acarretar em problemas conjugais. Acho que pode muito bem ser um problema moral quando não é consentido pela esposa.
Bem, o casamento é um contrato.
Alguns poucos casais tem um contrato diferente:
casamento aberto (1): os conjuges podem sair individualmente com outras pessoas sem dar satisfação
casamento aberto (2):os conjuges podem sair individualmente com outras pessoas mas somente dando satisfação
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O casamento tradicional é um contrato onde nenhum dos conjuges pode relacionar-se com uma terceira pessoa. Com relação a este contrato, existe certa discussão de que atos podem ser considerados violação do contrato.
O cerne deste problema é se usar um software que emula/simula perfeitamente uma relação sexual com um mulher é ou não violação deste contrato e pq?
Posto desta forma tão técnica, eu diria que não é uma violação do contrato, pois tal contrato trata apenas de seres vivos reais. Até que se crie jurisprudência à respeito quando tal tecnologia for possível.
O mais próximo disso que imagino atualmente, é a esposa reclamar perante a justiça a quebra do contrato matrimonial porque pegou o marido se divertindo com uma boneca inflável.
Não sei o que a lei diz sobre isso.
É muito difícil ago assim chegar até a justiça...
Os advogados procuram proteger os clientes do ridículo, mesmo com o processo correndo em segredo de justiça.
Boneca inflável, assim como vibrador, não tem nenhuma consequência. Masturbação é irrelevante, a menos que se consiga provar que, devido a ela, um dos cônjuges abandonou seus "deveres".
Como há meios mais fáceis de conseguir a separação, dificilmente alguém seguiria esse caminho.
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Re: Re.: A Amante Virtual
Luis Dantas escreveu:Márcio escreveu:Pensar em alguém que cruza o caminho, sentir desejo, imaginar situações amorosas, eróticas, até se satisfazer solitáriamente com isso, à despeito de amar realmente uma certa pessoa com quem se convive por anos. Talvez fosse imoral diante da sociedade, por isso um certo tormento, mas a sociedade não importa, mais importa o conflito interno, que diz que pode estar havendo uma ruptura naquele amor, aquele amor de anos a fio, corroído pela rotina, pela enfadonha rotina, aceita, descuidada.
Se fosse só esse o problema ainda era fácil, Márcio. Mais complicado do que lidar com a desaprovação de uma sociedade abstrata e de certa forma distante, ou com a perda interna da inocência, é administrar a possível quebra das expectativas do cônjuge. Diga-se de passagem, não acho que traição conjugal tem a ver necessariamente com o aspecto sexual do relacionamento. Sexo é parte importante de um relacionamento, mas está longe de ser a única parte importante.
Eu fico com a sua posição inicial: esse tipo de situação tem de ser aprovada ou rejeitada pelo cônjuge, ninguém mais. Supõe-se afinal de contas que haja um compromisso de dedicação e diálogo com ele, não? Do contrário tal casamento não teria razão digna para existir.
Se o cônjuge aceita que você pratique Swing e tenha relacionamentos extraconjugais (saiba ele ou não), então não há nada de errado (enquanto ele não mudar de idéia, pelo menos...) - passa a ser um casamento de pura conveniência, talvez, mas não é moralmente errado em si. Se, indo para o outro extremo, ele não gosta que você dance valsa com outra pessoa, então é preciso respeitar esse limite, tentar argumentar, aceitar as discussões, e em casos extremos optar ou pela separação (temporária?) ou quem sabe fazer a opção de ser calhorda mesmo. Claro que sempre há consequências, mas há quem goste.
Caro Luís, em síntese concluímos que a única moral que realmente importa é aquela de comum acordo entre as partes de um relacionamento conjugal, uma espécie de moral pessoal e compartilhada.
A importância do sexo no relacionamento a dois varia conforme o grau da necessidade imperiosa para este instinto que estiver presente em cada parceiro, não sendo o único fator importante. Dependendo pode ser mais ou menos importante.
A traição mais insuportável seria aquela, que se traduz por uma violação de regras abstratas advindas de algo que chamamos de amor, que tem em si o egoísmo que é componente poderoso na química desse sentimento, ‘’Eu a(o) amo, ela(e) é minha(meu)’’.
Os limites podem ser elásticos dependendo de cada relacionamento, mas quando se quer impor limites, há que aceitá-los também. E dentro de um universo-a-dois, complexo, tudo é possível, mas seria melhor que fosse sempre de comum acordo, como em qualquer relação de sociedade que se deseje seguir prosperando.
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Re: Re.: A Amante Virtual
Márcio escreveu:Caro Luís, em síntese concluímos que a única moral que realmente importa é aquela de comum acordo entre as partes de um relacionamento conjugal, uma espécie de moral pessoal e compartilhada.
Sim, com dois adendos: 1) se não há algum tipo de moral pessoal compartilhada, não há base para se falar em casamento; e 2) moral, por definição, é algo que transcende aos interesses exclusivos do indivíduo - ou, no caso, do casal. É preciso querer expandi-la e considerar o efeito sobre outras pessoas.
A traição mais insuportável seria aquela, que se traduz por uma violação de regras abstratas advindas de algo que chamamos de amor, que tem em si o egoísmo que é componente poderoso na química desse sentimento, ‘’Eu a(o) amo, ela(e) é minha(meu)’’.
Correto. Não sei quão universal esse sentimento é, mas com certeza ocorre com frequência. A dificuldade, como você certamente percebeu, é traduzir essas regras abstratas em atos concretos sem sair de sintonia com o cônjuge. Por isso não há substitutos para o convívio e o diálogo.
Os limites podem ser elásticos dependendo de cada relacionamento, mas quando se quer impor limites, há que aceitá-los também. E dentro de um universo-a-dois, complexo, tudo é possível, mas seria melhor que fosse sempre de comum acordo, como em qualquer relação de sociedade que se deseje seguir prosperando.
Em muitos casos é assim mesmo. Mas conheço casos em que comum acordo já é uma focinheira inaceitável para certas pessoas... há gente que tem necessidade emocional de conflito e confronto.
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Re: Re.: A Amante Virtual
(duplicada, favor apagar)
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Re.: A Amante Virtual
Queria salientar que o software de realidade virtual é essencialmente diferente do robô do filme Inteligencia Artificial. Realidade virtual é realidade apenas na mente enquanto um robô não é exatamente assim.
Quanto ao problema moral de tal ato, vejo uma situação essencialmente igual a masturbação. Pra mim não tem problema nenhum quando é uma coisa esporádica. A partir do momento que começa a interferir na vida sexual, ou seja, quando eu prefiro me masturbar a fazer sexo com minha parceira passa a ser. Além disso, não existe motivo para que a companheira saiba para que não se sinta desprezada ou trocada, já que explicar que estava se masturbando (sozinho ou com o software) por impossibilidade de fazer sexo com ela, que estava com bastante tesão e que isso não vai fazer com que vc tenha menos tesão por ela é praticamente impossível.
Quanto ao problema moral de tal ato, vejo uma situação essencialmente igual a masturbação. Pra mim não tem problema nenhum quando é uma coisa esporádica. A partir do momento que começa a interferir na vida sexual, ou seja, quando eu prefiro me masturbar a fazer sexo com minha parceira passa a ser. Além disso, não existe motivo para que a companheira saiba para que não se sinta desprezada ou trocada, já que explicar que estava se masturbando (sozinho ou com o software) por impossibilidade de fazer sexo com ela, que estava com bastante tesão e que isso não vai fazer com que vc tenha menos tesão por ela é praticamente impossível.
The Pensêitor admitindo que estava enganado: http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?p=53315#53315
Eu concordando plenamente em algo com o VM: http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?p=239579#239575

Eu concordando plenamente em algo com o VM: http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?p=239579#239575

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Re: Re.: A Amante Virtual
aknatom escreveu:Quanto ao problema moral de tal ato, vejo uma situação essencialmente igual a masturbação. Pra mim não tem problema nenhum quando é uma coisa esporádica. A partir do momento que começa a interferir na vida sexual, ou seja, quando eu prefiro me masturbar a fazer sexo com minha parceira passa a ser.
Independentemente do que ela pense a respeito?
Além disso, não existe motivo para que a companheira saiba para que não se sinta desprezada ou trocada, já que explicar que estava se masturbando (sozinho ou com o software) por impossibilidade de fazer sexo com ela, que estava com bastante tesão e que isso não vai fazer com que vc tenha menos tesão por ela é praticamente impossível.
No caso geral, pode até ser. Mas acho perigoso partir dessa conclusão sem jamais questioná-la. Você não convive com o caso geral, e sim com pessoas reais.
"Faça da tua vida um reflexo da sociedade que desejas." - Mahatma Ghandi
"First they ignore you, then they laugh at you, then they fight you, then you win." - describing the stages of establishment resistance to a winning strategy of nonviolent activism
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- clara campos
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Re: A Amante Virtual
Res Cogitans escreveu:A pergunta é: existe problema moral em um homem casado, seja ele feliz ou infeliz com o casamento, usar a Amante Virtual?
Depende do já falado contracto. A "imoralidade" está na violação de contractos.
Só por existir, só por duvidar, tenho duas almas em guerra e sei que nenhuma vai ganhar... (J.P.)