Direito e Espiritismo

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Ateu Tímido
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Re: Re.: Direito e Espiritismo

Mensagem por Ateu Tímido »

Benetton escreveu:Na verdade, sei que esse assunto divide as opiniões entre os Juristas. Penso mesmo que a maioria seja desvaforável à hipótese levantada. E isso é até bom, para evitar a ação de elementos inescrupulosos, os quais existem em qualquer meio, e desde que favoreçam aos seus interesses, usariam de qualquer expediente.

Mas como existem Magistrados que admitem essa possibilidade com restrições e acompanhadas do parecer grafotécnico de um perito, então acho razoável a troca de idéias sobre o assunto.


Ei, o VM é um cara legal, Você não acha ?


Só para constar, essa "coisa" não "divide as opiniões de juristas" como afirmado. Na verdade, qualquer um que considere cartas psicografadas como provas aceitáveis em juízo será logo taxado de "excêntrico", no mínimo, no meio jurídico. E um juiz que as aceitar como provas, será sério candidato a ver sua decisão reformada e certamente ainda ficar mal visto para futuras promoções...

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Tranca
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Re: Re.: Direito e Espiritismo

Mensagem por Tranca »

videomaker escreveu:Um pouco (muito, muito, de dar os nervos de vez em quando :emoticon16: ) teimoso, mas é legal sim... :emoticon16:



Agora sim tranca , tô me sentindo em casa !
Teimoso mais legal , é exatamente isso que meus amigos falam de mim !!!!
:emoticon16:[/quote]

Só para constar, eu estava falando do Vitor Moura.

:emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:
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Benetton
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Re: Re.: Direito e Espiritismo

Mensagem por Benetton »

Tranca-Ruas escreveu:

Não é só isso, Benetton.

Para mim, um documento como este - carta psicografada - jamais poderia ter validade como prova jurídica, a não ser que a ciência avançasse a ponto de comprovar a hipótese de existência da mente fora do corpo e a possibilidade desta mente assumir o controle das funções motoras em substituiçcão à mente de um ser humano, o que, convenhamos, é algo muito difícil.


Um psicografia realmente não pode ser considerada, isoladamente, prova jurídica pura e simples, nisso Eu também concordo. Mas possibilita admitir-se como uma evidência corroborativa que, JUNTO com as demais peças do processo, aponta um caminho para o Juiz. Assim temos uma significativa diferença entre uma prova cabal e uma, dentre outras, evidência que colima na direção de um veredicto. Tanto que isso faz eco nas diretrizes de alguns juristas, como é o caso do advogado criminalista Roberto Podval que concorda que a psicografia não pode ser utilizada como única prova objetiva no Direito. “Materialmente falando, isoladamente não é prova válida. Mas pode ter um caráter subjetivo e indicar ao juiz algum caminho.”





Tranca-Ruas escreveu:Não possuímos evidências concretas de que a mente sobreviva além do corpo. Não há qualquer sustentação dentro do meio científico de que esta hipótese seja possível.

Não há qualquer sustentação nos meios científicos ? Bem vou repetir aqui algo que poucos foristas se dispuseram a contestar, embora faça parte de outro tópico por mim lançado aqui no RV :

Uma parte da ciência médica, independente das religiões, trilha caminhos heterodoxos e que buscam evidências de que a consciência pode sobrexistir ao corpo físico.

É o caso dos pesquisadores, o Dr. Peter Fenwick, consultor de Neuropsiquiatria da Universidade de Oxford, e o Dr. Sam Parnia, do Hospital Geral de Southampton, no sul da Inglaterra, os quais são Médicos respeitados mundialmente.

Nem Fenwick nem os outros cientistas envolvidos nesse tipo de pesquisa postulam a vida após a morte propriamente dita. Eles falam apenas de consciência após a morte. Mesmo assim, as implicações são enormes. Se as experiências próximas da morte e fora do corpo não vêm do cérebro, então, em que se baseia a consciência ?

"Existem duas maneiras de se ver o universo, o modelo aceito atualmente diz que tudo é matéria", diz Fenwick. Em outras palavras, tudo o que a ciência considera "real" possui uma forma física que pode ser percebida por nossos sentidos. Mas este modelo, que os filósofos chamam de "materialismo radical", não pode explicar a existência da consciência, que não possui uma essência física. Então, como faremos para explicá-la ? "Um pequeno fato inexplicado acontece, e então surge a consciência", diz Fenwick a respeito do atual paradigma. No entanto, outra teoria propõe que a constituição básica do universo seja não a matéria, mas a própria consciência.

É a abordagem transcendental, uma perspectiva compartilhada por muitas religiões. "Esta segunda forma de ver o universo faz com que seja muito mais fácil compreender estas experiências", diz Fenwick, que acredita que um dia a Ciência vai adotar a visão transcendental do universo.

Agora, Fenwick e Parnia esperam realizar novas pesquisas. Se eles conseguirem arrecadar o dinheiro de que precisam, irão estudar cem vítimas reanimadas de ataques cardíacos que tiveram experiências próximas da morte.



Imagem

De acordo com as pesquisas 30 delas podem ter tido experiências fora do corpo. A dupla pretende ainda colocar cartas acima da cabeça dos pacientes, que só poderão ser identificadas se vistas de cima - exatamente de onde as pessoas alegam ver seu próprio corpo na UTI.

Mas será que isso vai convencer os céticos ? "Não, nada vai. Mas tudo bem", diz Fenwick, rindo.

"É assim que a ciência progride. Qualquer pesquisa que proponha grandes mudanças na forma como as pessoas vêem o mundo é rejeitada. Mas vamos provar que a consciência não está no cérebro".



Adianto ainda que, os Médicos europeus não estão preocupados com a Doutrina Espírita. Suas pesquisas em nada se relacionam ao que Kardec disse ou deixou de dizer. Porém, e indiretamente, há colaboração para que a comunidade acadêmica reflita quanto à possibilidade da consciência poder existir fora do corpo. É só isso.





OUTRO FATO QUE SURPREENDEU A CIÊNCIA MÉDICA E A COMUNIDADE ACADÊMICA


Transcrição do site :

http://www.near-death.com/experiences/evidence01.html



Imagem O Dr. Michael Sabom é um Cardiologista, cujo o Livro mais recente, “Luz e morte”, inclui uma análise médica e científica detalhada de uma experiência surpreendente próximo-da-morte, de uma mulher chamada Pam Reynolds. Ela se submeteu a uma operação rara para remover um aneurisma gigante da artéria basilar em seu cérebro, que ameaçava sua vida.

O tamanho e a posição do aneurisma, entretanto, impossibilitaram sua remoção segura usando as técnicas neurocirúrgicas padrões. Foi consultado um outro Médico que abrisse caminho a um procedimento cirúrgico audaz, conhecido como “apreensão hipotérmica cardíaca”. Isso permitiu que o aneurisma de Pam Reynolds fosse eliminado com uma possibilidade de sucesso razoável. Esta operação, nomeada de "paralisação" pelos doutores que a executaram, exigia que a temperatura de corpo de Pam estivesse abaixo de 60 graus, seu batimento cardíaco e respiração pararam, suas ondas de cérebro se mantiveram aplainadas, e o sangue foi drenado de sua cabeça. Em termos atuais, foi posta à “morte” aparente.

Após ter removido o aneurisma, a paciente foi restaurada à vida. Durante o tempo que Pam estava em paralisação temporária, experimentou uma NDE ou EQM ( Experiência Quase-Morte ). Suas observações verídicas, notavelmente detalhadas, enquanto se encontrava “out-of-body” durante sua cirurgia, foram verificadas mais tarde e constatadas exatas. Este caso é considerado um dos exemplos os mais fortes da evidência veridica na pesquisa de NDE por causa da habilidade de Pam ao descrever os instrumentos e os procedimentos cirúrgicos originais usados e sua habilidade ao descrever em detalhe estes eventos quando estava clínicamente “morta” e com o cérebro inoperante.


Imagem Uma espécie de escova de dentes elétrica ou “socket wrench case” – “ Chave inglesa de encaixe ”, vista na mão do Cirurgião. Esta foi a ferramenta que Pam viu enquanto estava fora de seu corpo.

Quando todos os sinais vitais do Pam foram paralizados, o Doutor manipulando uma serra cirúrgica, começou a cortar completamente o crânio de Pam. Quando este procedimento estava em execução, Pam relatou que se sentiu "estalar" fora de seu corpo e pairar acima da mesa de operação.

Então, ela prestou atenção aos doutores trabalhando em seu corpo sem vida, por algum tempo. De sua posição out-of-body, observou o doutor verificando seu crânio através de uma espécie de escova de dentes elétrica. Pam ouviu e relatou mais tarde o que as enfermeiras tinham dito e exatamente o que estava acontecendo durante a operação na sala de cirurgia. Neste período, cada monitor ligado ao corpo do Pam não registrou "nenhum sinal de vida" qualquer.

Em algum momento, a “consciência” de Pam flutuou para fora do quarto, e viajou em um túnel que tinha uma luz em sua extremidade, onde seus parentes e amigos falecidos estavam esperando incluíndo sua avó a longo tempo falecida. A NDE de Pam terminou quando seu tio falecido lhe conduziu para trás de seu corpo para que ela o retomasse. Pam comparou o sentimento de reentrada em seu corpo inerte como "mergulhar em uma piscina gelada”.




Fontes :

http://www.datadiwan.de/SciMedNet/libra ... ia_nde.htm

http://www.soton.ac.uk/~pubaffrs/0128.htm

http://skepdic.com/nde.html

http://www.damaris.org/dcscs/readingroo ... iences.htm


E também :

https://antigo.religiaoeveneno.com.br/viewtopic.php?t=21 ... sc&start=0




Oposição sempre haverá, não vejo nada demais. Mas pelo o que tenho conhecimento, não houve críticas niveladas ao ponto de abaterem os postulados defendidos por Michael Sabom, Peter Fenwick, San Parnia e sua Equipe, formada por neurocirurgiões e outros especialistas, os quais pesquisam, especifica e comparativamente, o estado de coma e as reações posteriores dos pacientes, os quais apresentam reações diversas. Porém, um significativo percentual foi destacado, como está na mensagem que deu origem ao tópico.


Porém, para aqueles que não se conformam com essas experiências realizadas em PAÍSES DE 1º MUNDO, poderão acessar o site da Horizon Research Foundation ( http://www.horizon-research.co.uk/ ), cujo Presidente é o Dr. Sam Parnia ( Chairman & Trustee ) ou então enviar suas dúvidas diretamente a :


Dr Sam Parnia, Senior Research Fellow, University of Southampton, England - U.K. Tel: 023 8079 5026. E-mail : parnis@soton.ac.uk

Kim d'Arcy, External Relations, University of Southampton, England - U.K. Tel: 023 8059 4993. E-mail : kimda@soton.ac.uk


Note for Editors :

· The Horizon Research Foundation can be contacted by phone on 0870 3333722 or by writing to Mailpoint 888, Southampton General Hospital, Tremona Road, Southampton SO16 6YD.




Veja : Não estou dizendo com isso que, as provas foram conclusivas e o assunto está encerrado, não, definitivamente não é isso. Mas até hoje, reitero, não houve críticas niveladas ao ponto de abaterem os postulados defendidos por San Parnia e sua Equipe, formada por neurocirurgiões e outros especialistas.

Aberta essa posibilidade, ( ela é falseável, portanto científica ) e enquanto não se refutá-la concretamente, talvez isso resulte na admissão, mesmo que tênue, da hipótese da sobrevivência, o que implica a sua influência nos meios jurídicos.


Editado pela última vez por Benetton em 14 Set 2006, 11:50, em um total de 6 vezes.

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Re: Re.: Direito e Espiritismo

Mensagem por Benetton »

Ateu Tímido escreveu:Só para constar, essa "coisa" não "divide as opiniões de juristas" como afirmado. Na verdade, qualquer um que considere cartas psicografadas como provas aceitáveis em juízo será logo taxado de "excêntrico", no mínimo, no meio jurídico. E um juiz que as aceitar como provas, será sério candidato a ver sua decisão reformada e certamente ainda ficar mal visto para futuras promoções...

Essa "coisa" que deve causar tanta repugnância a determinadas pessoas que reprovam antecipadamente aquilo que desconhecem, já foi e continua sendo objeto de estudo científico por parte da comunidade acadêmica, independente de quaisquer religiões, como já foi registrada no meu post anterior, relativo aos Médicos pesquisadores Dr. Michael Sabom, Dr. Peter Fenwick, consultor de Neuropsiquiatria da Universidade de Oxford, e o Dr. Sam Parnia, do Hospital Geral de Southampton, no sul da Inglaterra, os quais são Médicos respeitados mundialmente. A reboque dessas pesquisas, a psicografia teria suas bases sedimentadas e com mais credibilidade.

Gostando ou não, a psicografia dividi sim a opinião dos juristas, pois não é gostando ou desgostando de algo, que os fatos ou a realidade a nossa frente se amoldará à nossa vontade.

Uma prova de que um Juiz que acatar a hipótese levantada não terá sua decisão reformada, foi o Juiz Goiano Orimar Bastos que julgou procedente a absolvição de Henrique Emmanuel Gregoris, vítima (1952-1976) , julgamento esse que envolveu cartas psicografadas. O interessante é que antes, também julgou um caso similar envolvendo Maurício Garcez Henrique vítima ( 1961 - 1976 ) também envolto à psicografia. Houve um terceiro caso, do qual não tenho detalhes e que envolveu também cartas psicografadas, novamente presidido por esse Juiz, e sempre nas últimas instâncias o veredicto inicial era mantido e o Juiz permanecia incólume. Hoje ele está aposentado e nenhuma sanção foi-lhe imputada.

E para completar essa parte, e como já disse em anterior post, de acordo com o Juiz Federal aposentado Zalmino Zimmermann, são cada vez mais comuns casos de Juízes que aceitam cartas psicografadas como provas. “Claro que depende da qualidade e da autenticidade da prova”, explicou. "Os casos, porém, não estão catalogados para consulta em separado", disse o Juiz. E até hoje não houve nenhuma sanção a nenhum Juiz que se dispusesse a aceitar, como peça de um processo, as cartas psicografadas. E olhe que essas cartas já fazem parte desses casos há mais de 30 anos e até hoje nenhum Juiz foi prejudicado por isso. Mas se você conhece algum Magistrado punido pelas causas apontadas, por favor, coloque aqui o nome, Tribunal, datas, episódio em que se deram os fatos e outros detalhes pertinentes ao caso.


Editado pela última vez por Benetton em 14 Set 2006, 12:59, em um total de 3 vezes.

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Re.: Direito e Espiritismo

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Botânico, em que pese existam pesquisas acercas do fato da mente sobreviver ao corpo, não há um concenso acerca disso.

O que alguns cientistas estudam sem que suas conclusões tenham passado pelo crivo da comunidade centífica de modo a ser aceito internacionalmente, pende de confirmação e por isso minha afirmativa feita acima está correta.

É plenamente válido tal tipo de pesquisa, mas até que se confirme (ou não) e sejam aceitas as conclusões em favor da hipótese da mente sobreviver fora do corpo, fica valendo o que escrevi.
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Re: Re.: Direito e Espiritismo

Mensagem por Benetton »

Tranca-Ruas escreveu:Botânico, em que pese existam pesquisas acercas do fato da mente sobreviver ao corpo, não há um concenso acerca disso.

O que alguns cientistas estudam sem que suas conclusões tenham passado pelo crivo da comunidade centífica de modo a ser aceito internacionalmente, pende de confirmação e por isso minha afirmativa feita acima está correta.

É plenamente válido tal tipo de pesquisa, mas até que se confirme (ou não) e sejam aceitas as conclusões em favor da hipótese da mente sobreviver fora do corpo, fica valendo o que escrevi.


Botânico???? Ei, meu nome é Benetton!

Não há concenso neste caso como não há no Big Bang, por exemplo. Mas enquanto não houver outras pesquisas que expliquem e provem a origem do universo ( ou parte dele ) a comunidade científica, por existirem boas evidências, admite as mesmas como plausíveis, embora não provadas.

Se, em alguns casos, temos que ficar no campo da evidências, há farto material nos experimentos da EQM, por exemplo, o que sugere a sobrevivência. Então que a Ciência admita essa hipótese e use do mesmo critério, ou seja, já que não há análises suficientes que dêem conta de explicar, NA SUA INTEGRALIDADE, esse tipo de ocorrência como sendo extritamente fisiológico, então a sobrevivência seria mais plausível, embora não provada, exatamente como a teoria do Big Bang.

E como já disse o Vitor Moura ( o qual você acha teimoso, mas acha também um cara legal :emoticon16: :


"...temos diferentes fenomenologias. E, dentro dessas fenomenologias, temos comportamentos contraditórios da suposta ocorrência de psi. Até que tal paradoxo se resolva, acho legítima a proposta de outras hipóteses que busquem sanar tais contradições, embora não tenhamos que assumi-las a priori como corretas. Dentre essas hipóteses, considero a de sobrevivência como legítima."


Ah, apenas para constar, as pesquisas do Dr. Peter Fenwick, consultor de Neuropsiquiatria da Universidade de Oxford, foram apresentadas e aceitas em setembro de 2006, na British Association for the Advancement of Science, embora também tenha sido criticadas por outros cientistas. Outras teorias, propostas por outros cientistas, também fizeram parte do Congresso :


http://www.timesonline.co.uk/newspaper/ ... 04,00.html


"Other presentations came from Peter Fenwick, a doctor who thinks deathbed visions suggest that consciousness survives when people die, and from Deborah Delanoy of the University of Hertfordshire, whose work suggests that people can affect the bodies of others by thinking about them. "


A não aceitação por vários conferencistas é normal, diante de inovações, e conforme e ele mesmo disse em entrevistas :

Mas será que isso vai convencer os céticos ? "Não, nada vai. Mas tudo bem", diz Fenwick, rindo.

"É assim que a ciência progride. Qualquer pesquisa que proponha grandes mudanças na forma como as pessoas vêem o mundo é rejeitada. Mas vamos provar que a consciência não está no cérebro".


" Duvidar de tudo ou acreditar em tudo são duas soluções igualmente cômodas : Ambas nos dispensam do trabalho de pensar. "

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Re: Re.: Direito e Espiritismo

Mensagem por Ateu Tímido »

Benetton escreveu:
Ateu Tímido escreveu:Só para constar, essa "coisa" não "divide as opiniões de juristas" como afirmado. Na verdade, qualquer um que considere cartas psicografadas como provas aceitáveis em juízo será logo taxado de "excêntrico", no mínimo, no meio jurídico. E um juiz que as aceitar como provas, será sério candidato a ver sua decisão reformada e certamente ainda ficar mal visto para futuras promoções...

Essa "coisa" que deve causar tanta repugnância a determinadas pessoas que reprovam antecipadamente aquilo que desconhecem, já foi e continua sendo objeto de estudo científico por parte da comunidade acadêmica, independente de quaisquer religiões, como já foi registrada no meu post anterior, relativo aos Médicos pesquisadores Peter Fenwick, consultor de Neuropsiquiatria da Universidade de Oxford, e o Dr. Sam Parnia, do Hospital Geral de Southampton, no sul da Inglaterra, os quais são Médicos respeitados mundialmente. A reboque dessas pesquisas, a psicografia teria suas bases sedimentadas e com mais credibilidade.

Gostando ou não, a psicografia dividi sim a opinião dos juristas, pois não é gostando ou desgostando de algo, que os fatos ou a realidade a nossa frente se amoldará à nossa vontade.

Uma prova de que um Juiz que acatar a hipótese levantada não terá sua decisão reformada, foi o Juiz Goiano Orimar Bastos que julgou procedente a absolvição de Henrique Emmanuel Gregoris, vítima (1952-1976) , julgamento esse que envolveu cartas psicografadas. O interessante é que antes, também julgou um caso similar envolvendo Maurício Garcez Henrique vítima ( 1961 - 1976 ) também envolto à psicografia. Houve um terceiro caso, do qual não tenho detalhes e que envolveu também cartas psicografadas, novamente presidido por esse Juiz, e sempre nas últimas instâncias o veredicto inicial era mantido e o Juiz permanecia incólume. Hoje ele está aposentado e nenhuma sanção foi-lhe imputada.

E para completar essa parte, e como já disse em anterior post, de acordo com o Juiz Federal aposentado Zalmino Zimmermann, são cada vez mais comuns casos de Juízes que aceitam cartas psicografadas como provas. “Claro que depende da qualidade e da autenticidade da prova”, explicou. "Os casos, porém, não estão catalogados para consulta em separado", disse o Juiz. E até hoje não houve nenhuma sanção a nenhum Juiz que se dispusesse a aceitar, como peça de um processo, as cartas psicografadas. E olhe que essas cartas já fazem parte desses casos há mais de 30 anos e até hoje nenhum Juiz foi prejudicado por isso. Mas se você conhece algum Magistrado punido pelas causas apontadas, por favor, coloque aqui o nome, Tribunal, datas, caso em que se deram os fatos e outros detalhes pertinentes ao caso.




Agarre-se à sua fé, Videomaker, digo RCA...
:emoticon131:

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Re: Re.: Direito e Espiritismo

Mensagem por Lord of Dreams »

Vou me intrometer no debate :)

Benneton, o problema está em você confundir ciência com direito. A ciência avança com a criação de hipóteses, sua análise em relação à realidade, sua refutação ou aceitação, e sua evolução através destas controvérsias. Dentro do campo da especulação científica, é totalmente legítima a discussão, com toda a certeza (embora nem por isso sejam necessariamente plausíveis. No atual estágio de estudo da EQM, tudo que existem são fatos coletados e sugestões de possíveis casos, ainda faltam indícios concretos que liguem os fatos/casos com as causas propostas para o mesmo).

No direito, porém, não existe espaço para dúvidas. "Todos são inocentes até que se prove o contrário". Prove. Cabalmente. Sem sombra de dúvida. Lógico que, como toda atividade humana, é passível de erros, mas estes erros são falhas humanas, não podem ser frutos de espaço para imprecisão no processo de apuração dos fatos.

A especulação é válida no campo científico, mas como não foi comprovada neste campo, não é válida para o campo jurídico, tanto quanto não é válida a teoria do Big Bang. Como você mesmo disse, as teorias dos doutores Fenwick e Panris reivindicam o "status" de plausíveis, não de fatos, porque não tem condição para tanto (se terão ou não um dia, só o tempo e a pesquisa poderão dizer). Não sendo fatos, não sendo possível verificar suas conclusões como parte da realidade, elas não podem ser usadas para provar nada também, por seu turno.

Assim, continuamos no problema inicial: a existência de espíritos ou de uma consciência que sobreviveriam à morte do corpo não pode ser comprovada. Não podendo ser comprovados, as cartas psicografadas não são passíveis de sofrer a verificação de autenticidade (lembrando que exames grafológicos, por si só, não provam nada, apenas apresentam probabilidades). Não podendo ser averiguadas, não podem constar nem como provas nem como evidências dos autos sem ferir os princípios de neutralidade da justiça e de direito a ampla defesa.

Em outra resposta você argumentou que diversos juízes aceitaram estas cartas e não foram punidos/repreendidos por isso. É verdade. Assim como é verdade que diversos juízes já decretaram sentenças claramente prejudicadas por interesses pessoais, e também não foram punidos. As falhas da justiça brasileira não podem ser usadas para justificar outras falhas.

No mais, basta lembrar que existem "cientistas" que estudam, também, meios de provar a autenticidade e veracidade da bíblia. Por estes estudos existirem, ainda que não consigam provar nada, o conteúdo da Bíblia pode ser usado como prova ou evidência que guie um juiz em sua decisão? Vamos supor, no caso de julgamento de um ateu, a bíblia pode ser usada como guia pelo juiz para condenar o mesmo à pior pena aplicável?

Não estou aqui discutindo os valores da religião espírita ou a veracidade do fenômeno mediúnico. Estou apenas afirmando que não há como comprová-los racionalmente (mesmo que você acredite que no futuro poderão ser comprovados, até o momento isso não é possível), e portanto, são fruto simplesmente da fé. Ao aceitar como evidência algo que pede fé para sua aceitação, o juiz automaticamente perde a neutralidade necessária ao julgamento, além de ferir a laicidade do Estado, que é imposta pela nossa Constituição. Imagine o precedente perigoso que estes casos estão abrindo para futuros julgamentos....

Benetton escreveu:
Tranca-Ruas escreveu:Botânico, em que pese existam pesquisas acercas do fato da mente sobreviver ao corpo, não há um concenso acerca disso.

O que alguns cientistas estudam sem que suas conclusões tenham passado pelo crivo da comunidade centífica de modo a ser aceito internacionalmente, pende de confirmação e por isso minha afirmativa feita acima está correta.

É plenamente válido tal tipo de pesquisa, mas até que se confirme (ou não) e sejam aceitas as conclusões em favor da hipótese da mente sobreviver fora do corpo, fica valendo o que escrevi.


Botânico???? Ei, meu nome é Benetton!

Não há concenso neste caso como não há no Big Bang, por exemplo. Mas enquanto não houver outras pesquisas que expliquem e provem a origem do universo ( ou parte dele ) a comunidade científica, por existirem boas evidências, admite as mesmas como plausíveis, embora não provadas.

Se, em alguns casos, temos que ficar no campo da evidências, há farto material nos experimentos da EQM, por exemplo, o que sugere a sobrevivência. Então que a Ciência admita essa hipótese e use do mesmo critério, ou seja, já que não há análises suficientes que dêem conta de explicar, NA SUA INTEGRALIDADE, esse tipo de ocorrência como sendo extritamente fisiológico, então a sobrevivência seria mais plausível, embora não provada, exatamente como a teoria do Big Bang.

E como já disse o Vitor Moura ( o qual você acha teimoso, mas acha também um cara legal :emoticon16: :


"...temos diferentes fenomenologias. E, dentro dessas fenomenologias, temos comportamentos contraditórios da suposta ocorrência de psi. Até que tal paradoxo se resolva, acho legítima a proposta de outras hipóteses que busquem sanar tais contradições, embora não tenhamos que assumi-las a priori como corretas. Dentre essas hipóteses, considero a de sobrevivência como legítima."


Ah, apenas para constar, as pesquisas do Dr. Peter Fenwick, consultor de Neuropsiquiatria da Universidade de Oxford, foram apresentadas e aceitas em setembro de 2006, na British Association for the Advancement of Science, embora também tenha sido criticadas por outros cientistas. Outras teorias, propostas por outros cientistas, também fizeram parte do Congresso :


http://www.timesonline.co.uk/newspaper/ ... 04,00.html


"Other presentations came from Peter Fenwick, a doctor who thinks deathbed visions suggest that consciousness survives when people die, and from Deborah Delanoy of the University of Hertfordshire, whose work suggests that people can affect the bodies of others by thinking about them. "


A não aceitação por vários conferencistas é normal, diante de inovações, e conforme e ele mesmo disse em entrevistas :

Mas será que isso vai convencer os céticos ? "Não, nada vai. Mas tudo bem", diz Fenwick, rindo.

"É assim que a ciência progride. Qualquer pesquisa que proponha grandes mudanças na forma como as pessoas vêem o mundo é rejeitada. Mas vamos provar que a consciência não está no cérebro".

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Re: Re.: Direito e Espiritismo

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Ateu Tímido escreveu:
Benetton escreveu:
Ateu Tímido escreveu:Só para constar, essa "coisa" não "divide as opiniões de juristas" como afirmado. Na verdade, qualquer um que considere cartas psicografadas como provas aceitáveis em juízo será logo taxado de "excêntrico", no mínimo, no meio jurídico. E um juiz que as aceitar como provas, será sério candidato a ver sua decisão reformada e certamente ainda ficar mal visto para futuras promoções...

Essa "coisa" que deve causar tanta repugnância a determinadas pessoas que reprovam antecipadamente aquilo que desconhecem, já foi e continua sendo objeto de estudo científico por parte da comunidade acadêmica, independente de quaisquer religiões, como já foi registrada no meu post anterior, relativo aos Médicos pesquisadores Peter Fenwick, consultor de Neuropsiquiatria da Universidade de Oxford, e o Dr. Sam Parnia, do Hospital Geral de Southampton, no sul da Inglaterra, os quais são Médicos respeitados mundialmente. A reboque dessas pesquisas, a psicografia teria suas bases sedimentadas e com mais credibilidade.

Gostando ou não, a psicografia dividi sim a opinião dos juristas, pois não é gostando ou desgostando de algo, que os fatos ou a realidade a nossa frente se amoldará à nossa vontade.

Uma prova de que um Juiz que acatar a hipótese levantada não terá sua decisão reformada, foi o Juiz Goiano Orimar Bastos que julgou procedente a absolvição de Henrique Emmanuel Gregoris, vítima (1952-1976) , julgamento esse que envolveu cartas psicografadas. O interessante é que antes, também julgou um caso similar envolvendo Maurício Garcez Henrique vítima ( 1961 - 1976 ) também envolto à psicografia. Houve um terceiro caso, do qual não tenho detalhes e que envolveu também cartas psicografadas, novamente presidido por esse Juiz, e sempre nas últimas instâncias o veredicto inicial era mantido e o Juiz permanecia incólume. Hoje ele está aposentado e nenhuma sanção foi-lhe imputada.

E para completar essa parte, e como já disse em anterior post, de acordo com o Juiz Federal aposentado Zalmino Zimmermann, são cada vez mais comuns casos de Juízes que aceitam cartas psicografadas como provas. “Claro que depende da qualidade e da autenticidade da prova”, explicou. "Os casos, porém, não estão catalogados para consulta em separado", disse o Juiz. E até hoje não houve nenhuma sanção a nenhum Juiz que se dispusesse a aceitar, como peça de um processo, as cartas psicografadas. E olhe que essas cartas já fazem parte desses casos há mais de 30 anos e até hoje nenhum Juiz foi prejudicado por isso. Mas se você conhece algum Magistrado punido pelas causas apontadas, por favor, coloque aqui o nome, Tribunal, datas, caso em que se deram os fatos e outros detalhes pertinentes ao caso.




Agarre-se à sua fé, Videomaker, digo RCA...
:emoticon131:


Não sei por que me confundem com o VideoMaker ou RCA, ou mesmo o Botânico. A moderação poderá comprovar que as mensagens partem de IPs diferentes. Pelo que sei o Video é do Nordeste ( não sei qual Estado ) ; o RCA é de Minas Gerais, o Botânico é do estado de São Paulo, e Eu sou do Rio de Janeiro !

Será que até nesses casos jamais poderemos provar que somos pessoas diferentes e ficaremos somente no campo das evidências, sem comprovações epistemológicas ??? :emoticon12:


" Duvidar de tudo ou acreditar em tudo são duas soluções igualmente cômodas : Ambas nos dispensam do trabalho de pensar. "

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Ateu Tímido
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Re.: Direito e Espiritismo

Mensagem por Ateu Tímido »

Está científicamente comprovado que o gene do espiritismo é incompatível com o do bom humor...
:emoticon13:

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Benetton
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Re: Re.: Direito e Espiritismo

Mensagem por Benetton »

Ateu Tímido escreveu:Está científicamente comprovado que o gene do espiritismo é incompatível com o do bom humor...
:emoticon13:

Prove ! Apresente as pesquisas e os testes empíricos e as revistas científicas que publicaram essa teoria e que dêem respaldo à sua afirmação ! :emoticon3:

Ah, adoro esse argumento cético...

:emoticon12:


Na boa : Prefiro mil vezes um post descontraído e com muito bom humor a discussões improdutivas e que não levam a nada.


Editado pela última vez por Benetton em 14 Set 2006, 13:29, em um total de 1 vez.

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Ateu Tímido
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Re: Re.: Direito e Espiritismo

Mensagem por Ateu Tímido »

Benetton escreveu:
Ateu Tímido escreveu:Está científicamente comprovado que o gene do espiritismo é incompatível com o do bom humor...
:emoticon13:

Prove ! Apresente as pesquisas e os testes empíricos que dêem respaldo à sua afirmação ! :emoticon3:

Ah, adora esse argumento cético...

:emoticon12:


Na boa : Prefiro mil vezes um post descontraído e com muito bom humaor a discussões improdutivas e que não levam a nada.



A simples leitura deste tópico torna o fato auto-evidente...

:emoticon12:

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Re: Re.: Direito e Espiritismo

Mensagem por Benetton »

Ateu Tímido escreveu:
Benetton escreveu:
Ateu Tímido escreveu:Está científicamente comprovado que o gene do espiritismo é incompatível com o do bom humor...
:emoticon13:

Prove ! Apresente as pesquisas e os testes empíricos e as revistas científicas que publicaram essa teoria e que dêem respaldo à sua afirmação ! :emoticon3:

Ah, adoro esse argumento cético...

:emoticon12:


Na boa : Prefiro mil vezes um post descontraído e com muito bom humaor a discussões improdutivas e que não levam a nada.



A simples leitura deste tópico torna o fato auto-evidente...

:emoticon12:

Huuuummm... Gosto de ler os posts e os tópicos do Tranca-Ruas. Creio que sempre se pode aprender algo com os advogados. Afinal, eles não são tão maus assim, não é mesmo ? :emoticon12:


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Re: Re.: Direito e Espiritismo

Mensagem por Benetton »

Lord of Dreams escreveu: Se os "espíritos" estão tentando ajudar na resolução de crimes, por que, ao invés de escrever cartas dizendo que "tal pessoa é inocente", eles não escrevem cartas à polícia, durante a investigações de crimes (fase onde investigar qualquer linha, mesma que proveniente de boatos e denúncias anônimas, é aceito), indicando onde esta poderia encontrar as provas da inocência ou culpabilidade de alguém? Evitaria muita controvérsia, seria muito mais impactante e ajudaria de forma muito melhor o suposto "injustiçado", ao não obrigá-lo a passar por um julgamento, não é verdade?


Embora essa possibilidade esteja fora do alcance dos Tribunais, já existe catalogado, na Inglaterra, o caso do pesquisador Montague Keen (já falecido), cujo teor cita um caso bem extraordinário de um psíquico ajudando, com eficácia, a polícia :

http://www.survivalafterdeath.org/artic ... sponse.htm


"...a young woman whose brutally murdered body was found by a police detective who broke into her apartment in West London in February 1983. The detective spent five hours examining and recording every aspect of the body and the apartment. A few days later, accompanied by a colleague, he visited the home of a young Irish woman who was among the scores of members of the public to have responded to one of a large number of offers from the public for information.

The Irish woman described to the two policeman how she had been assailed over the weekend following the murder by a voice identifying itself as the murdered woman, albeit by her maiden name which had not been made public. In the course of the interview she gave some 150 pieces of evidence, almost all of it accurate, save for a few instances where the information was unprovable, but consistent. The medium's informant gave details of the precise circumstances of the murder, the clothing and jewellery of the dead woman, her activities on and before the day of the murder, the names of her closest relatives and friends, the appearance, age, habits, Christian name and unique nickname of the murderer. To dispel the obvious doubts of the police officers, and prompted by her discarnate informant, she proceeded to give the assistant officer three highly accurate pieces of information about himself which not merely astonished him but changed his entire belief system for life.

Some of the information could have been drawn from the mind of the policeman whose notes confirmed the accuracy of her descriptions. Some of it - the location of her friend's house, her pending divorce, fits of depression, the conduct of the murderer in her flat and in his getaway car after the killing, the length of time she had known the murderer, the tattoos on his arm, the description of his girlfriend, the false insurance claim he had recently made etc - was unknown to the officers, although subsequently verified. Some of it - the full name of a woman friend - was not confirmed as accurate until eighteen years later.

The murderer, a petty criminal known to the police, was not a suspect and had an alibi. Evidence from a murdered woman via a medium is not admissible in UK Courts. The case was cold stored until 2,000 when advances in DNA technology enabled the police to produce evidence which determined the fate of the killer, now serving a lengthy prison sentence. The crucial evidence was provided by the murderer's discarded pullover, rescued from a dustbin by the investigating police officer solely because of the impressive accuracy of the medium's information. The notes of his interview, along with the medium's semi-entranced drawing on which she wrote the murderer's nickname, and the cryptic address of a location which was found years later to have been the most likely hiding place of the stolen jewellery, were carefully preserved by the officer who, together with his colleague, and the medium, have testified to the accuracy of this evidence.

Thus far the case has been reported only obscurely, in an article by the police officer principally involved, in a privately circulated police magazine. What makes it so damaging to the super-psi case is the extravagance of the assumptions that have to be made to avoid postulating an intelligent deceased and clearly identifiable communicator. Here is a case where fraud and straightforward mind-reading from the living can be immediately eliminated as inconsistent with known and unchallengeable facts. Cold reading, body language, and the customary litany of feeble explanations employed by sceptics to account for veridical evidence clearly have no place here: there was no-one's mind to read for much of the evidence, even if one assumes that some of it was dragged from the reluctant depths of the murderer's own psyche. The medium was unknown to the victim, so far as is known; but even assuming that to be untrue, and positing ample cryptomnesic prowess by the medium, it could not accurately reveal facts unknown to anyone alive when the information was transmitt...




=================



Além disso, e voltando aos Tribunais, gostaria de saber por que a LICC - orienta no sentido de que, na lacuna da lei, ou seja, na ausência de norma expressa no ordenamento jurídico, o juiz usará da analogia, depois COSTUMES (inclusive religiosos e crenças) e por fim princípios gerais do Direito – princípio da indeclinabilidade da jurisdição.


E na Reforma do CPP, temos novidades:

(1) Nenhum documento, inclusive cartas psicografadas, tidas como tal, podem ser juntados 5 dias antes do julgamento (e não 3 dias, como é hoje – ARTIGO 475 DO ATUAL CPP). Vejamos a mudança no artigo 479 do futuro CPP ...


Fonte : IV Curso de atualização Jurídica, pertinente à reforma do CCP :


http://www.lfg.com.br/material/atualiza ... thales.pdf



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Re: Re.: Direito e Espiritismo

Mensagem por Tranca »

Benetton escreveu:
Tranca-Ruas escreveu:Botânico, em que pese existam pesquisas acercas do fato da mente sobreviver ao corpo, não há um concenso acerca disso.

O que alguns cientistas estudam sem que suas conclusões tenham passado pelo crivo da comunidade centífica de modo a ser aceito internacionalmente, pende de confirmação e por isso minha afirmativa feita acima está correta.

É plenamente válido tal tipo de pesquisa, mas até que se confirme (ou não) e sejam aceitas as conclusões em favor da hipótese da mente sobreviver fora do corpo, fica valendo o que escrevi.


Botânico???? Ei, meu nome é Benetton!

Não há concenso neste caso como não há no Big Bang, por exemplo. Mas enquanto não houver outras pesquisas que expliquem e provem a origem do universo ( ou parte dele ) a comunidade científica, por existirem boas evidências, admite as mesmas como plausíveis, embora não provadas.



Putzgrila, Salgueiro, foi mal! :emoticon12:

Palavras de um visionário:

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Re: Re.: Direito e Espiritismo

Mensagem por Benetton »

Tranca-Ruas escreveu:
Benetton escreveu:
Tranca-Ruas escreveu:Botânico, em que pese existam pesquisas acercas do fato da mente sobreviver ao corpo, não há um concenso acerca disso.

O que alguns cientistas estudam sem que suas conclusões tenham passado pelo crivo da comunidade centífica de modo a ser aceito internacionalmente, pende de confirmação e por isso minha afirmativa feita acima está correta.

É plenamente válido tal tipo de pesquisa, mas até que se confirme (ou não) e sejam aceitas as conclusões em favor da hipótese da mente sobreviver fora do corpo, fica valendo o que escrevi.


Botânico???? Ei, meu nome é Benetton!

Não há concenso neste caso como não há no Big Bang, por exemplo. Mas enquanto não houver outras pesquisas que expliquem e provem a origem do universo ( ou parte dele ) a comunidade científica, por existirem boas evidências, admite as mesmas como plausíveis, embora não provadas.



Putzgrila, Salgueiro, foi mal! :emoticon12:



Tranca, Tranca, que tal mudar para "Pomba-Gira" ? :emoticon144: :emoticon202: :emoticon12:


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Re.: Direito e Espiritismo

Mensagem por Tranca »

No way! :emoticon12:
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Re: Re.: Direito e Espiritismo

Mensagem por videomaker »

Tranca-Ruas escreveu:
videomaker escreveu:Um pouco (muito, muito, de dar os nervos de vez em quando :emoticon16: ) teimoso, mas é legal sim... :emoticon16:



Agora sim tranca , tô me sentindo em casa !
Teimoso mais legal , é exatamente isso que meus amigos falam de mim !!!!
:emoticon16:


Só para constar, eu estava falando do Vitor Moura.

:emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:[/quote]


Sacanagem ! :emoticon8:
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)

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Re: Re.: Direito e Espiritismo

Mensagem por Benetton »

videomaker escreveu:
Tranca-Ruas escreveu:
Tranca-Ruas escreveu:Um pouco (muito, muito, de dar os nervos de vez em quando :emoticon16: ) teimoso, mas é legal sim... :emoticon16:


videomaker escreveu:Agora sim tranca , tô me sentindo em casa !
Teimoso mais legal , é exatamente isso que meus amigos falam de mim !!!!
:emoticon16:


Só para constar, eu estava falando do Vitor Moura.

:emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:



Sacanagem ! :emoticon8:


Ora, Video, não se preocupe, o Tranca-Ruas tem um grande apreço por você também. :emoticon14:


" Duvidar de tudo ou acreditar em tudo são duas soluções igualmente cômodas : Ambas nos dispensam do trabalho de pensar. "

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Re: Re.: Direito e Espiritismo

Mensagem por Tranca »

Benetton escreveu:
videomaker escreveu:
Tranca-Ruas escreveu:
Tranca-Ruas escreveu:Um pouco (muito, muito, de dar os nervos de vez em quando :emoticon16: ) teimoso, mas é legal sim... :emoticon16:


videomaker escreveu:Agora sim tranca , tô me sentindo em casa !
Teimoso mais legal , é exatamente isso que meus amigos falam de mim !!!!
:emoticon16:


Só para constar, eu estava falando do Vitor Moura.

:emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:



Sacanagem ! :emoticon8:


Ora, Video, não se preocupe, o Tranca-Ruas tem um grande apreço por você também. :emoticon14:




Pois é, eu vibro positivamente todos os dias pela evolução do videomaker (tal é a lei!!1 :emoticon12: ).

Acho que está dando certo.
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Lord of Dreams
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Re: Re.: Direito e Espiritismo

Mensagem por Lord of Dreams »

Benetton escreveu:
Lord of Dreams escreveu: Se os "espíritos" estão tentando ajudar na resolução de crimes, por que, ao invés de escrever cartas dizendo que "tal pessoa é inocente", eles não escrevem cartas à polícia, durante a investigações de crimes (fase onde investigar qualquer linha, mesma que proveniente de boatos e denúncias anônimas, é aceito), indicando onde esta poderia encontrar as provas da inocência ou culpabilidade de alguém? Evitaria muita controvérsia, seria muito mais impactante e ajudaria de forma muito melhor o suposto "injustiçado", ao não obrigá-lo a passar por um julgamento, não é verdade?


Embora essa possibilidade esteja fora do alcance dos Tribunais, já existe catalogado, na Inglaterra, o caso do pesquisador Montague Keen (já falecido), cujo teor cita um caso bem extraordinário de um psíquico ajudando, com eficácia, a polícia :

http://www.survivalafterdeath.org/artic ... sponse.htm


"...a young woman whose brutally murdered body was found by a police detective who broke into her apartment in West London in February 1983. The detective spent five hours examining and recording every aspect of the body and the apartment. A few days later, accompanied by a colleague, he visited the home of a young Irish woman who was among the scores of members of the public to have responded to one of a large number of offers from the public for information.

The Irish woman described to the two policeman how she had been assailed over the weekend following the murder by a voice identifying itself as the murdered woman, albeit by her maiden name which had not been made public. In the course of the interview she gave some 150 pieces of evidence, almost all of it accurate, save for a few instances where the information was unprovable, but consistent. The medium's informant gave details of the precise circumstances of the murder, the clothing and jewellery of the dead woman, her activities on and before the day of the murder, the names of her closest relatives and friends, the appearance, age, habits, Christian name and unique nickname of the murderer. To dispel the obvious doubts of the police officers, and prompted by her discarnate informant, she proceeded to give the assistant officer three highly accurate pieces of information about himself which not merely astonished him but changed his entire belief system for life.

Some of the information could have been drawn from the mind of the policeman whose notes confirmed the accuracy of her descriptions. Some of it - the location of her friend's house, her pending divorce, fits of depression, the conduct of the murderer in her flat and in his getaway car after the killing, the length of time she had known the murderer, the tattoos on his arm, the description of his girlfriend, the false insurance claim he had recently made etc - was unknown to the officers, although subsequently verified. Some of it - the full name of a woman friend - was not confirmed as accurate until eighteen years later.

The murderer, a petty criminal known to the police, was not a suspect and had an alibi. Evidence from a murdered woman via a medium is not admissible in UK Courts. The case was cold stored until 2,000 when advances in DNA technology enabled the police to produce evidence which determined the fate of the killer, now serving a lengthy prison sentence. The crucial evidence was provided by the murderer's discarded pullover, rescued from a dustbin by the investigating police officer solely because of the impressive accuracy of the medium's information. The notes of his interview, along with the medium's semi-entranced drawing on which she wrote the murderer's nickname, and the cryptic address of a location which was found years later to have been the most likely hiding place of the stolen jewellery, were carefully preserved by the officer who, together with his colleague, and the medium, have testified to the accuracy of this evidence.

Thus far the case has been reported only obscurely, in an article by the police officer principally involved, in a privately circulated police magazine. What makes it so damaging to the super-psi case is the extravagance of the assumptions that have to be made to avoid postulating an intelligent deceased and clearly identifiable communicator. Here is a case where fraud and straightforward mind-reading from the living can be immediately eliminated as inconsistent with known and unchallengeable facts. Cold reading, body language, and the customary litany of feeble explanations employed by sceptics to account for veridical evidence clearly have no place here: there was no-one's mind to read for much of the evidence, even if one assumes that some of it was dragged from the reluctant depths of the murderer's own psyche. The medium was unknown to the victim, so far as is known; but even assuming that to be untrue, and positing ample cryptomnesic prowess by the medium, it could not accurately reveal facts unknown to anyone alive when the information was transmitt...




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Além disso, e voltando aos Tribunais, gostaria de saber por que a LICC - orienta no sentido de que, na lacuna da lei, ou seja, na ausência de norma expressa no ordenamento jurídico, o juiz usará da analogia, depois COSTUMES (inclusive religiosos e crenças) e por fim princípios gerais do Direito – princípio da indeclinabilidade da jurisdição.


E na Reforma do CPP, temos novidades:

(1) Nenhum documento, inclusive cartas psicografadas, tidas como tal, podem ser juntados 5 dias antes do julgamento (e não 3 dias, como é hoje – ARTIGO 475 DO ATUAL CPP). Vejamos a mudança no artigo 479 do futuro CPP ...


Fonte : IV Curso de atualização Jurídica, pertinente à reforma do CCP :


http://www.lfg.com.br/material/atualiza ... thales.pdf




Sobre a ajuda a polícia, a pergunta continua, com mais força ainda: se é possível, se não há impedimento para os "espíritos" fazerem isso, por que ao invés de criar polêmicas nos tribunais eles simplesmente não ajudam a polícia na fase de investigação, aqui e em todos os lugares?

O juiz usará as regras costumeiras no que tange a valores compartilhados por toda a sociedade. Ele usará valores éticos compartilhados pela sociedade, que podem ou não ter origem religiosa, mas que tem legitimidade justamente por serem professados por toda a sociedade. Ele não pode julgar alguém pelo direito canônico, por exemplo. Mas pode, na falta de legislação específica, condenar alguém que tenha praticado eutanásia, por exemplo, baseando-se no costume compartilhado por toda a sociedade de que a ninguém é dado o direito de tirar a vida de outro (que tem origens religiosas, mas que se tornou comum a toda a sociedade).

Sobre a lei e o texto:

O juramento feito pelo juiz, e por jurados, exorta à consciência no sentido de não permitir que outros o influenciem ou que você seja injusto. Em nada tem o assunto com crenças pessoais. Não confunda valores compartilhados pela socieade como um todo, e por isso legitimos, com crenças próprias de cada religião. O fato de termos valores cristãos não permite que um juiz, ou um corpo de jurados, condenem alguém pelo fato de ele ser ateu, por ser uma crença cristã de que ateus são maus.

O mesmo ocorre com o jurado, que é convocado e está sob obrigação de julgar alguém de acordo com a análise isenta e justa dos fatos apresentados. O fator subjetividade existe no direito, como em toda ciência humana, mas não significa que os envolvidos tenham o direito de julgar baseados pura e simplesmente nesta subjetividade. Eles tem por obrigação separar o que são valores da comunidade como um todo e valores estritamente pessoais.

De resto, repito: o fato de haver falhas na legislação e no julgamento de juízes não pode, nem deve, ser usado como pretexto para cometer ainda mais falhas. Muito pelo contrário, é necessário cada vez mais corrigir estas falhas.

Amigo, com todo o respeito, mas você está defendendo uma justiça melhor ou uma maior promoção das suas crenças?
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Benetton
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Mensagem por Benetton »



Sobre a ajuda a polícia, a pergunta continua, com mais força ainda: se é possível, se não há impedimento para os "espíritos" fazerem isso, por que ao invés de criar polêmicas nos tribunais eles simplesmente não ajudam a polícia na fase de investigação, aqui e em todos os lugares?


O caso de Montague Keen acima referenciado já seria um exemplo. Mas vamos a outros. O problema é que esses casos não são amplamente divulgados e talvez até mesmo a Polícia, como Instituição, evite de reconhecer publicamente a ajuda que recebe de paranormais, que podem ser médiuns ou não, face ao preconceito ainda existente nesses casos, e mesmo porque teria que admitir, ainda que parcialmente, sua incapacidade de resolver alguns casos complicados, por seus próprios méritos.


O parapsicólogo Willem Tenhaeff e Gerard Croiset, um dos mais testados agentes psi de todos os tempos, constituem um dos raros e bem sucedidos casos de parceria na investigação qualitativa dos fenômenos paranormais.

Desde 1946, Croiset submeteu-se a numerosos testes com Tenhaeff e outros parapsicólogos de diversos países. Também ajudou a polícia, não só da Holanda, mas de outros países da Europa, assim como dos Estados Unidos, na solução de crimes misteriosos, empregando a sua aptidão psi.

Croiset preferia ser consultado por telefone, porque, segundo ele, este procedimento eliminava influências estranhas e reduzia a confusão ou sobreposição de impressões. E não aceitava pagamento pelos seus serviços, ainda mesmo quando consultado pela Polícia, alegando que utilizava seus poderes em benefício da humanidade. Por isso, disse uma vez:

Croiset visualizava imagens, colhidas da memória das pessoas que o consultavam. Algumas vezes essas imagens surgiam ante a sua visão em grande velocidade. Por isso, ele não pensava com palavras, mas com imagens. Como já observara H. H. Price, os métodos educacionais modernos desencorajaram o pensamento por imagens, substituindo-o pelo pensamento por palavras.

Croiset descrevia, com assombrosa precisão, os locais onde as pessoas desaparecidas tinham passado e onde naquele momento se encontravam, as roupas que trajavam, onde, em caso de morte, os seus corpos se achavam ou seriam achados. Também com idêntica precisão, localizava animais e objetos perdidos. Em algumas ocasiões, Croiset se equivocava, mas quase sempre isso ocorria nos pequenos detalhes.


POLLACK, Jack Harrison – Croiset the Clairvoyant. Doubleday & Company Inc, Garden City, New York. 1964.



=================



Quanto às cartas, a repercussão na mídia só existe quando as mesmas colaboram na absolvição. Quantos casos, que nem chegaram ao conhecimento público, tiveram seus veredictos contrários ao conteúdo das mesmas. Repito : Uma carta psicografada só será considerada se vier acompanhada de outras peças comprobatórias e fundamentais num processo. Se num julgamento, todas as perícias apontarem numa direção e uma carta psicografada noutra, é evidente que seu peso será ínfimo e não mudará o curso do julgamento. Portanto não é o caso de se apoiar num erro para justificar outro. Como bem disse o advogado criminalista Roberto Podval que concorda que a psicografia não pode ser utilizada como única prova objetiva no Direito. “Materialmente falando, isoladamente não é prova válida. Mas pode ter um caráter subjetivo e indicar ao juiz algum caminho.” . Note bem : "Apontar um caminho" e não mudar RADICALMENTE os rumos de um processo.


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darkc3
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o Estado é laico (Carta Magna)

Mensagem por darkc3 »

Além disso, e voltando aos Tribunais, gostaria de saber por que a LICC - orienta no sentido de que, na lacuna da lei, ou seja, na ausência de norma expressa no ordenamento jurídico, o juiz usará da analogia, depois COSTUMES (inclusive religiosos e crenças) e por fim princípios gerais do Direito – princípio da indeclinabilidade da jurisdição.


A CF diz que o Estado é laico, portanto, julgar levando em conta uma crença é inconstitucional. Só lembrando, lei ordinária está abaixo da CF na pirâmide do Direito. É uma questão de hermenêutica e pode ser perigoso utilizar crenças na justiça. Um juiz filho da puta deixou um garoto morrer a um tempo atrás porque de acordo com a sua "religião" ele não poderia receber transfusão de sangue, os avós do menino entraram na justiça de modo a forçar o tratamento, mas não tiveram êxito. Quando a decisão foi contestada já era tarde demais...

Trancado