Direita e esquerda

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Samael
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Re: Re.: Direita e esquerda

Mensagem por Samael »

Alter-ego escreveu:Direita não é nacionalista. É, no máximo, patriota.


Claro, claro...os Eua são o exemplo claro disso. :emoticon12:

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Alter-ego
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Re: Re.: Direita e esquerda

Mensagem por Alter-ego »

Samael escreveu:
Alter-ego escreveu:Direita não é nacionalista. É, no máximo, patriota.


Claro, claro...os Eua são o exemplo claro disso. :emoticon12:

Sim.
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Samael
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Re: Re.: Direita e esquerda

Mensagem por Samael »

Apáte escreveu:Já o soci*lismo vulgar e a extrema direita...


O esquerdismo é internacionalista. A noção de fortalecimento estatal só tem um propósito: a melhoria das condições de vida da população daquela nação.

Um bom exemplo foi a própria atitude de Lula em relação à Bolívia: "são um povo muito pobre que temos a obrigação de ajudar." A atitude passa longe de qualquer "noção nacionalista".

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Samael
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Re: Re.: Direita e esquerda

Mensagem por Samael »

Alter-ego escreveu:
Samael escreveu:
Alter-ego escreveu:Direita não é nacionalista. É, no máximo, patriota.


Claro, claro...os Eua são o exemplo claro disso. :emoticon12:

Sim.


Então você está com uma séria viseira ideológica, Igor. O nacionalismo ianque é berrante, desde as noções de alguns historiadores conservadores da relativização de conceitos históricos em nome "da boa história do país" (a batalha do Álamo é um exemplo clássico) ou mesmo a xenofobia absurda de boa parte contra não americanos.

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RicardoVitor
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Re: Re.: Direita e esquerda

Mensagem por RicardoVitor »

Alter-ego escreveu:
Samael escreveu:
Alter-ego escreveu:Direita não é nacionalista. É, no máximo, patriota.


Claro, claro...os Eua são o exemplo claro disso. :emoticon12:

Sim.


Difícil dizer. Talvez, devido a Guerra Fria, os EUA tenham se tornado de fato um regime nacionalista. Mas a princípio são apenas extremamente patriotas (como nós brasileiros também somos).

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RicardoVitor
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Re: Re.: Direita e esquerda

Mensagem por RicardoVitor »

Samael escreveu:ou mesmo a xenofobia absurda de boa parte contra não americanos.


Morei 5 anos em Boston, MA, e não conheci a citada xenofobia. Muito pelo contrário, os EUA se apresentam como o país de maior respeito a pluralidade entre os povos do mundo. Não sei de onde parte essa noção equivocada do brasileiro comum de enxergar os EUA e o povo americano como hostis a estrangeiros.

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Alter-ego
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Re: Re.: Direita e esquerda

Mensagem por Alter-ego »

Samael escreveu:
Apáte escreveu:Já o soci*lismo vulgar e a extrema direita...


O esquerdismo é internacionalista. A noção de fortalecimento estatal só tem um propósito: a melhoria das condições de vida da população daquela nação.

Um bom exemplo foi a própria atitude de Lula em relação à Bolívia: "são um povo muito pobre que temos a obrigação de ajudar." A atitude passa longe de qualquer "noção nacionalista".

Pois...

Todo esquerdismo começa se apresentando como nacionalista. Até chegar ao internacionalismo crônico.
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ares
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Re.: Direita e esquerda

Mensagem por ares »

O que é patriotismo? É gostar da patria sem nenhuma ideologia? Bush é assim? Os neocons sao assim? Acho que nao, a ideologia neocon é nacionalista... tem tudo a ver com uma certa ideia de supremacia.

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zencem
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Re: Re.: Direita e esquerda

Mensagem por zencem »

RicardoVitor escreveu:Justamente pelo fato dos anarquistas serem extremamente individualistas, os classifico como extrema-direita. Como ser individualista e ser de esquerda? Impossível.


Oi Ricardo!

Na forma como aparentam, a interpretação está correta.:emoticon45:

Ja na forma de ser, é uma incógnita.

Eu penso que alcançar o significado do individualismo anarquista, requer uma sabedoria que não combina com o temperamento de uma extrema-direita ideológica, como o egoista que conhecemos, por exemplo.

E o egoismo não é um atributo sábio.

Mas tá tudo muito confuso no mundo atual; e é aí que a esquerda, sem os escrúpulos que sua hipocrisia permite, veste roupa de cordeiro, para enganar os trouxas, tomar o poder e se fartar, a custa do estado.

Eles se acham tão benfeitores que nem percebem o fedor de seu egoismo. :emoticon16:

Enfim, um anarquista não ideológico pode aparentar ser de extrema-direita, mas isso não significa que toda a extrema-direita seja anarquista.



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Samael
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Re: Re.: Direita e esquerda

Mensagem por Samael »

Alter-ego escreveu:
Samael escreveu:
Apáte escreveu:Já o soci*lismo vulgar e a extrema direita...


O esquerdismo é internacionalista. A noção de fortalecimento estatal só tem um propósito: a melhoria das condições de vida da população daquela nação.

Um bom exemplo foi a própria atitude de Lula em relação à Bolívia: "são um povo muito pobre que temos a obrigação de ajudar." A atitude passa longe de qualquer "noção nacionalista".

Pois...

Todo esquerdismo começa se apresentando como nacionalista. Até chegar ao internacionalismo crônico.


Não sei de onde você tirou isso, Igor. A noção primária do socialismo seria o homem, o bem estar geral. Mesmo as idéias centrais dos socialismos utópicos se pautavam nisso e não em consideração nacional alguma.

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Ateu Tímido
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Re: Re.: Direita e esquerda

Mensagem por Ateu Tímido »

Alter-ego escreveu:Só abrindo um parentese, vocês considerariam anarco-capitalistas como esquerda ou direita? :emoticon1:


Se por anarco-capitalistas você chama os "libertários de direita", tipo Friedman, eu os considero como uma direita democrática, uma vez que não aceitam regras estatais na economia, mas não admitem restrições À liberdade, inclusive política dos cidadãos.

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spink
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:emoticon12:
"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma." (Joseph Pulitzer).

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Alter-ego
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Re: Re.: Direita e esquerda

Mensagem por Alter-ego »

Samael escreveu:
Alter-ego escreveu:
Samael escreveu:
Apáte escreveu:Já o soci*lismo vulgar e a extrema direita...


O esquerdismo é internacionalista. A noção de fortalecimento estatal só tem um propósito: a melhoria das condições de vida da população daquela nação.

Um bom exemplo foi a própria atitude de Lula em relação à Bolívia: "são um povo muito pobre que temos a obrigação de ajudar." A atitude passa longe de qualquer "noção nacionalista".

Pois...

Todo esquerdismo começa se apresentando como nacionalista. Até chegar ao internacionalismo crônico.


Não sei de onde você tirou isso, Igor. A noção primária do socialismo seria o homem, o bem estar geral. Mesmo as idéias centrais dos socialismos utópicos se pautavam nisso e não em consideração nacional alguma.

Elementar, meu caro Sama...
Veja o exemplo dos russos. O comunismo se consolidou naquela região utilizando-se da identidade nacional como elemento de coesão. A vitória militar da russia comunista, comparada ao fracasso da russia czarista, serviu como mola propulsora para a legitimação do PC no poder. Logo depois, a onda nacionalista russa, deu lugar ao internacionalismo comunista, que impeliu o país a manter um raio de influência, até mesmo com perdas capitais, por conta da causa comunista.
Movimentos análogos se verificaram nas demais nações que viveram a Revolução comunista. Por isso,digo que a esquerda começa pelo nacionalismo, até chegar ao internacionalismo.

Abraços
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marta
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Re: Re.: Direita e esquerda

Mensagem por marta »

Perseus escreveu:Não adianta porra nenhuma classificar a turma toda apenas com base no que dizem em propaganda.

Tem que fazer a classificação (esquerda, direita, centro, cima, baixo, transversal e o caralho a quatro) com base no que fazem.


Não é dificil perceber que são todos, rigorosamente iguais.
Cada um rouba a seu jeito, é fato, mas todos roubam.


Só para deixar bem claro.

Em política, a direita, vulgarmente conhecida por dona Zelite, tem a ideologia de jogar a culpa na esquerda quando algum rolo acontece.
A esquerda, por sua vez, tem a ideologia de jogar a culpa na direita, ou na Zelite, quando rolos e rolos acontecem.
Particularmente, para o Lullorota da Filva, a esquerda é aquela na qual lhe falta o mindinho e a direita é aquela que contém os dedos todos.
O PMDB (Partido Mais Dúbio do Brasil) de tanto ficar com um pé em cada canoa, vai acabar rasgando as calças.
:emoticon105: :emoticon105: :emoticon105:
marta
Se deus fosse bom, amá-lo não seria mandamento.

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Samael
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Re: Re.: Direita e esquerda

Mensagem por Samael »

Alter-ego escreveu:
Samael escreveu:
Alter-ego escreveu:
Samael escreveu:
Apáte escreveu:Já o soci*lismo vulgar e a extrema direita...


O esquerdismo é internacionalista. A noção de fortalecimento estatal só tem um propósito: a melhoria das condições de vida da população daquela nação.

Um bom exemplo foi a própria atitude de Lula em relação à Bolívia: "são um povo muito pobre que temos a obrigação de ajudar." A atitude passa longe de qualquer "noção nacionalista".

Pois...

Todo esquerdismo começa se apresentando como nacionalista. Até chegar ao internacionalismo crônico.


Não sei de onde você tirou isso, Igor. A noção primária do socialismo seria o homem, o bem estar geral. Mesmo as idéias centrais dos socialismos utópicos se pautavam nisso e não em consideração nacional alguma.

Elementar, meu caro Sama...
Veja o exemplo dos russos. O comunismo se consolidou naquela região utilizando-se da identidade nacional como elemento de coesão. A vitória militar da russia comunista, comparada ao fracasso da russia czarista, serviu como mola propulsora para a legitimação do PC no poder. Logo depois, a onda nacionalista russa, deu lugar ao internacionalismo comunista, que impeliu o país a manter um raio de influência, até mesmo com perdas capitais, por conta da causa comunista.
Movimentos análogos se verificaram nas demais nações que viveram a Revolução comunista. Por isso,digo que a esquerda começa pelo nacionalismo, até chegar ao internacionalismo.

Abraços


Enganado novamente. Nunca houve, por parte de pensador russo algum qualquer palavra que relacionasse nacionalismo e comunismo.

Se existir qualquer relação, demonstre aqui. A noção comunista é internacionalista desde Marx. Lênin, que tratava Marx como um Deus, não poderia ver a questão de outra forma. O que você disse não tem cabimento algum.

Abraço.

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spink
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Pelo jeito não é só por aqui que a política está confusa, vejam essa reportagem do Times:


The New York Times escreveu:20/09/2006
Nas eleições para governador, muitos republicanos estão pendendo para a esquerda

Jennifer Steinhauer
em Los Angeles

Estas são as coisas das quais o governador Arnold Schwarzenegger se gabará em suas paradas de campanha: uma iniciativa para reduzir os gases responsáveis pelo efeito estufa com o ônus sobre as grandes empresas, um aumento de US$ 1 no salário mínimo (por hora) do Estado e um programa para aumentar o acesso a medicamentos prescritos.

Schwarzenegger, que há seis meses se apresentou como um republicano reformista disposto a deter instituições democratas entrincheiradas, não está apenas tolerando posições associadas a candidatos liberais. Ele as está usando como elementos centrais de sua campanha para reeleição, marcando a primeira vez em uma geração que um governador republicano daqui se inclina para a esquerda em uma disputa pela reeleição.

A estratégia não se restringe à campanha de Schwarzenegger. Por todo o país, candidatos republicanos aos governos de Estados com muitos eleitores moderados ou democratas estão acentuando suas posições liberais em questões que incluem pesquisa de células-tronco, aborto e meio ambiente, ao mesmo tempo em que permanecem fiéis à plataforma de seu partido em relação a impostos e enxugamento do governo.

Em Massachusetts, a vice-governadora Kerry Healy -buscando ocupar a cadeira do governador Mitt Romney- rompeu abertamente com Romney em direitos de aborto e pesquisa de células-tronco; tais posições são compartilhadas pela candidata republicana ao governo de Illinois, Judy Baar Topinka, que também apóia a união civil de casais do mesmo sexo.

Em Maryland, o governador republicano Robert L. Ehrlich Jr. está defendendo um aumento da ajuda estadual para programas para inválidos e a imposição de restrições mais severas às usinas elétrica a carvão; a governadora republicana do Havaí, Linda Lingle, abomina a pena de morte. O candidato à reeleição em Connecticut, M. Jodi Rell, também rompeu com o Partido Republicano em uniões civis e financiamento de pesquisa de células-tronco.

Governar de forma republicana e fazer campanha de forma democrata não é uma técnica nova; George E. Pataki, o governador de Nova York, fez carreira em vencer eleições como republicano em um Estado de maioria democrata. Mas analistas políticos dizem que a estratégica está particularmente predominante neste ano, à medida que os republicanos buscam se distanciar de um presidente impopular e responder ao que é amplamente reconhecido como uma fadiga de polarização entre muitos eleitores.

"O lado conservador do Partido Republicano tem predominado tanto nos últimos anos que não vimos muito deste fenômeno em ação até este ano", disse Bruce E. Cain, o diretor do Instituto de Estudos Governamentais da Universidade da Califórnia, em Berkeley. Agora, disse Cain, a forma mais fácil para os republicanos "permanecerem competitivos é se desviar das posições-padrão do Partido Republicano".

De muitas formas, a estratégia reflete a dinâmica das disputas locais, nas quais eleitores estão dispostos a desconsiderar a afiliação partidária do candidato caso acreditem que ele apóie uma ou duas questões importantes para eles, ou defenda políticas que são inerentemente não-partidárias e que melhorarão seu dia-a-dia.

"A ideologia que liga os governadores republicanos é fazer as coisas desejadas por seus eleitores", disse Philip A. Musser, o diretor executivo da Associação dos Governadores Republicanos. "De uma perspectiva mais ampla, os eleitores nestas disputas vão à urna menos interessados em se o governador é pró ou contra o aborto e mais se ele reduzirá seus impostos sobre propriedades ou tornará a vida deles mais fácil no departamento de trânsito."

Diferente de outros períodos de campanha, quando um presidente popular era um ativo para os políticos locais, muitos candidatos neste ano estão tentando se distanciar do presidente Bush, adotando posições diferentes das do presidente ou, como é o caso de Schwarzenegger, tratando a presidência como uma doença transmissível.

A reação dos candidatos democratas por todo o país tem sido lembrar constantemente aos eleitores sobre a inclinação conservadora de seus oponentes, onde quer que existam, e tentando associá-los o máximo possível à Casa Branca.

Nos últimos meses, Schwarzenegger não mediu esforços para destacar onde diverge do presidente -pesquisa de células-tronco e o papel das grandes empresas na emissão dos gases responsáveis pelo efeito estufa- e criticando abertamente a ordem da Casa Branca de policiamento da fronteira com tropas da Guarda Nacional.

Quando Bush visitou a Califórnia no segundo trimestre, o governador cuidou para que raramente fossem vistos juntos, apesar de Schwarzenegger ter sido um dos principais oradores da Convenção Nacional Republicana de 2004.

Na frente legislativa, após a derrota humilhante vários meses atrás de suas iniciativas que visavam reduzir o poder de enfermeiros e professores, Schwarzenegger saltou na direção oposta nos últimos meses.

Juntamente com o Legislativo, ele sancionou leis impondo os controles mais amplos e severos do país à emissões de dióxido de carbono, aumentando o salário mínimo (por hora) em US$ 1 -após vetar duas vezes antes uma medida semelhante- e ajudando os beneficiários de baixa renda do Medicare, o atendimento público de saúde para idosos e inválidos, a pagar por medicamentos prescritos.

Seu ônibus de campanha está pintado de verde, com uma frase vagamente preservacionista "Protegendo o Sonho da Califórnia" como slogan.

Seu diretor de campanha, Steve Schmidt, sugeriu que isto é comum para Schwarzenegger, que segundo ele "não descarta idéias só porque vieram de alguém de outro partido. Em pesquisas por todo o país, o que os eleitores dizem desejar é que os políticos de ambos os partidos parem de brigar. A única pessoa no país que está fazendo isto é o governador Schwarzenegger".

O democrata que está tentando remover o governador, Phil Angelides, passou a maior parte dos últimos meses tentando lembrar aos eleitores que Schwarzenegger é um republicano completo, que apoiou a guerra no Iraque, o presidente que a ordenou e muitas políticas de centro-direita.

"Dois meses fingindo ser um democrata não o tornam um democrata", disse Amanda Crumley, a diretora de comunicação da campanha de Angelides, com uma certa dose de fúria em sua voz. "Assim como ele fez nos últimos três anos, se ele for reeleito, o que não será, ele continuará governando como o republicano de Bush que ele é."

Apesar do comportamento de Schwarzenegger poder parecer como pura tática de sobrevivência na mata profunda de um dos Estados mais democratas do país, outros governadores republicanos daqui no passado recente buscaram acentuar suas inclinações conservadoras.

Pete Wilson, que foi governador da Califórnia durante grande parte dos anos 90, apoiou uma proibição dos serviços do Estado para imigrantes ilegais, explorando a revolta do Estado com a imigração ilegal para conquistar a reeleição, e seu antecessor, George Deukmejian, conquistou a paixão dos eleitores suburbanos ao se apresentar como severo no combate ao crime.

Cada disputa estadual tem suas próprias características e circunstâncias, mas a música é a mesma em muitas delas. Na eleição primária republicana em Illinois, Baar Topinka, a tesoureira do Estado, foi atacada pelos adversários por seu apoio a uniões de mesmo sexo. Mesmo assim ele venceu a disputa.

Mas em alguns Estados é uma questão de sobrevivência. Ehrlich, de Maryland, não teve muito sucesso com seu Legislativo e continua a falar abertamente sobre suas posições mais liberais. "Ele é um candidato republicano centrista em um Estado com imensa maioria de democratas", disse James G. Gimpel, um professor da Universidade de Maryland. "Assim, a realidade da reeleição sugere que ele precisa fazer isto. Não há republicanos suficientes neste Estado para elegê-lo mesmo se todos comparecessem para votar."
"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma." (Joseph Pulitzer).

Trancado