Evo Morales apronta de novo!

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Mr. Crowley
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Re: Re.: Evo Morales apronta de novo!

Mensagem por Mr. Crowley »

O ENCOSTO escreveu:
Mr. Crowley escreveu:
não entendeu o que eu disse...

disse que MESMO COM AS TAXAÇÕES eles conseguem competir por lá, já que as emprsas japonesas tem uma capacidade protudiva MUITO superior as dos EUA...



Taxar o quê se as fabricas estão lá dentro, cara???????

Que absurdo.

E as taxas podem ser elevadas. Continuo perguntando: Por quê os EUA não criam uma taxa de forma que a mesma acabe de vez com a industria japonesa nos EUA? Pode-se criar o ISIJ: "imposto sobre industrias japonesas".

Os caras estão lá "roubando as riqueza" dos EUA.


aff...

e você acha que não tem?(óbvio que não falo em ISIJ)

mas esse imposto atinge um teto, e uma taxação abusiva poderia levar a embargos economicos sobre outros produtos ou até mesmo uma briga política entre os 2 países...

O ENCOSTO escreveu:


eu disse que eram estatais?

disse que não eram empresas estrangeiras, o que é BEM diferente...



Que barbaridade.

Agora você defende que somente americanos podem comprar ações de empresas americanas?

Vamos ver até onde você chega.


meu... você distorce demais...

o que eu disse é pra você ver se lá nos EUA tem uma empesa alemã/japonesa ou o caralho que for mandando nos serviços públicos básicos.. lógico que não...

O ENCOSTO escreveu:


O governo faz isso quase sempre por motivos eleitorais. A economia da França não depende da agricultura.


não depende o cacete!



Prove.


deixa os agricultores pararem de trabalhar um dia pra ver como a economia dos caras vai sofrer um "baque"...



Prove.

Além do vandalismo causado pelos protestos, com o apoio de politicos populistas (isso existe por lá também), o impácto seria minimo tendo em vista que é o contribuinte quem sustenta aquela gente no campo.


lógico que não é só disso que os caras dependem, e nem é o principal produto deles, mas é importante pra cacete...



Prove que é "importante pra cacete".

Com números.


santa ignorancia...

dá pra discutir com alguém que acha que a agricultura da França não é importante?

só pra calar a sua boca:

A economia da França combina um extenso setor privado com uma intervenção governamental substancial, se bem que em declínio. Grandes áreas de terrenos férteis, a aplicação de tecnologia moderna e subsídios fizeram da França o principal produtor agrícola da Europa Ocidental Produtos Agrícolas: trigo, beterraba, milho, cevada. Pecuária: bovinos, suínos, ovinos, aves. Mineração: carvão, petróleo, gás natural, minério de ferro, gipsita. Indústria: alimentícia, equipamentos de transporte, química, máquinas, metalúrgica, bebidas, tabaco

http://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_da_Fran%C3%A7a

O ENCOSTO escreveu:

Se é preciso sobretaxar é porque o importado supera em qualidade o nacional.

Que a industria nacional tome vergonha na cara.

Quem deve decidir oque, onde e quando comprar é o consumidor e não o governo.


fale isso pro paisinho que você tanto idolatra(aquele ao sul do Canadá) que sobretaxa a nossa laranja por medo da qualidade dela...



"A nossa laranja". :emoticon16:

Minha não é. Não trabalho plantando laranjas.

E a OMC até agora não deu ganho de causa ao Brasil.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinh ... 3862.shtml

Qual a sua idéia?

Mandar de volta aos EUA toda a industria tecnologia e ficar tomando "seu" suco de laranjas?[/quote]

eu só estou querendo saber sua opinião, é que se você defende que o consumidor deve decidir o que deve comprar e não o governo, você devia criticar o governo dos EUA que sobretaxam os produtos nos quais a qualidade do produto deles é inferior(usei a laranja como exemplo)

O ENCOSTO escreveu:
meu.. olha as principais montadoras do Brasil... Wolks, Ford, Renault, GM, Fiat, Toyota... preciso continuar explicando porque o Brasil conbra altos impostos sobre carros importados?



Precisa. Vamos lá.

E com fontes.


você deve tá de saca, né?

é só raciocinar...

se as montadoras estrangeiras vem aqui no Brasil produzir é porque além daqui ter uma mão de obra mais barata do que lá, eles querem ampliar o mercado deles vendendo por aqui, portanto pressionam o governo a aumentar a taxa de importação pro consumidor local comprar o carro produzido aqui, já que não faria muito sentido eles virem aqui produzir o carro e o governo tornar viável a presença de veículos que são produzidos lá mesmo, seria mais fácil simplesmente ficar exportando pra cá...

O ENCOSTO escreveu:
Pobre Brasil. Até quando?


Pois é.

Lamentável mesmo.


MUITO...
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O ENCOSTO
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Re: Re.: Evo Morales apronta de novo!

Mensagem por O ENCOSTO »

Mr. Crowley escreveu:
O ENCOSTO escreveu:
Taxar o quê se as fabricas estão lá dentro, cara???????

Que absurdo.

E as taxas podem ser elevadas. Continuo perguntando: Por quê os EUA não criam uma taxa de forma que a mesma acabe de vez com a industria japonesa nos EUA? Pode-se criar o ISIJ: "imposto sobre industrias japonesas".

Os caras estão lá "roubando as riqueza" dos EUA.


aff...

e você acha que não tem?(óbvio que não falo em ISIJ)

mas esse imposto atinge um teto, e uma taxação abusiva poderia levar a embargos economicos sobre outros produtos ou até mesmo uma briga política entre os 2 países...




Então prove. É tão simples. Vamos lá!

Fontes.



meu... você distorce demais...

o que eu disse é pra você ver se lá nos EUA tem uma empesa alemã/japonesa ou o caralho que for mandando nos serviços públicos básicos.. lógico que não...



Desde a decada de 90, é possível investir nos chamados "serviços básicos". Isso ocorreu no governo Bush (o pai). Você não sabe disso, obviamente.

Mais uma vez, procure ler e se informar.

Só para exemplificar, uma empresa de capital alemão comprou a American Water há anos.

http://infoener.iee.usp.br/infoener/hem ... /54833.htm




santa ignorancia...

dá pra discutir com alguém que acha que a agricultura da França não é importante?

só pra calar a sua boca:

A economia da França combina um extenso setor privado com uma intervenção governamental substancial, se bem que em declínio. Grandes áreas de terrenos férteis, a aplicação de tecnologia moderna e subsídios fizeram da França o principal produtor agrícola da Europa Ocidental Produtos Agrícolas: trigo, beterraba, milho, cevada. Pecuária: bovinos, suínos, ovinos, aves. Mineração: carvão, petróleo, gás natural, minério de ferro, gipsita. Indústria: alimentícia, equipamentos de transporte, química, máquinas, metalúrgica, bebidas, tabaco

http://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_da_Fran%C3%A7a




Um arquivo bobinho e incompleto do Wikipedia. Não é citado ao menos números.




eu só estou querendo saber sua opinião, é que se você defende que o consumidor deve decidir o que deve comprar e não o governo, você devia criticar o governo dos EUA que sobretaxam os produtos nos quais a qualidade do produto deles é inferior(usei a laranja como exemplo)



Já passamos para o campo do surrealismo. parece que você não defende que VOCÊ MESMO deva ter o direito de comprar aquilo que vier na sua cabeça. Precisa de alguém para decidir pela sua vida.

Cada um sabe de si.

Como disse, prefere tomar suco de laranja e mandar embora toda a industria de tecnologia que se instalou no Brasil. Absurdo.

E a OMC não deu ganho de causa ao Brasil.

Bem. Pra que diabos falar sobre OMC se você jamais leu algo a respeito?

se as montadoras estrangeiras vem aqui no Brasil produzir é porque além daqui ter uma mão de obra mais barata do que lá, eles querem ampliar o mercado deles vendendo por aqui, portanto pressionam o governo a aumentar a taxa de importação pro consumidor local comprar o carro produzido aqui, já que não faria muito sentido eles virem aqui produzir o carro e o governo tornar viável a presença de veículos que são produzidos lá mesmo, seria mais fácil simplesmente ficar exportando pra cá...



Genial...

Cara, as mesmas empresas que estão no Brasil fabricam carros nos mais diversos lugares do mundo!

A propósito, prove que GM, Ford e Fiat estão forçando o governo (VEJAM SÓ ISSO!) a subir a carga tributária dos produtos importados. :emoticon16:

Meu Deus. Pobre Brasil Até quando?
O ENCOSTO


http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.

"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”

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Fernando Silva
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Re.: Evo Morales apronta de novo!

Mensagem por Fernando Silva »

"O Globo" 15/09/2006
Míriam Leitão

O segundo golpe

A Bolívia atacou de novo. Decidiu que a Petrobras tem que entregar seu fluxo de caixa das refinarias à YPFB. As duas refinarias produzem os combustíveis que abastecem a Bolívia e exportam excedentes. Nada têm a ver com o gás vendido ao Brasil. Mas o desrespeito aos contratos é o mesmo. A Bolívia demonstra que, enquanto for governada por Morales, não é um parceiro confiável.



O gás natural exportado para o Brasil é uma coisa; os combustíveis produzidos pelas refinarias são outra. O gás é fundamental para o Brasil. As refinarias são importantes para a Bolívia. Foram compradas pela Petrobras até por pedido da própria Bolívia, anos atrás, e representam uma parcela pequena dos ganhos da empresa no país. A estatal brasileira pode ficar sem elas, porque isso não afetará o consumo brasileiro e até o prejuízo será pequeno dado o tamanho da operação da empresa brasileira.

Mas as duas áreas estão ligadas. Sérgio Gabrielli tentou provar que são coisas diferentes. Mas não existem compartimentos estanques em economia.

O que aconteceu nos dois ataques do governo Evo Morales aos interesses da Petrobras torna qualquer investimento no país um negócio de alto risco. Os fatos uniram os dois lados do negócio da empresa lá.

Com isso, aumenta a incerteza de investir na Bolívia. Sem novos investimentos, não haverá a oferta futura com a qual o Brasil supriria a demanda de energia para o setor industrial e residencial, que será crescente nos próximos anos.

O governo boliviano fez tudo da mesma forma: fingiu negociar e, quando estava tudo pronto, baixou um decreto que rasga contratos e confisca direitos. O caso da Bolívia é uma história de erros sucessivos do governo brasileiro. Ao ser leniente com o primeiro ataque, o governo abriu a guarda para o segundo golpe.

Hoje a crise da Bolívia torna mais aguda e mais presente a escassez de energia que o Brasil enfrentará. O governo Lula não licitou nenhuma nova grande hidrelétrica em quatro anos. As empresas paulistas foram estimuladas pela Petrobras a converter seus equipamentos para gás natural. Isso por dois motivos: tinha gás sobrando com a construção do gasoduto, e o gás natural tem enorme vantagem ambiental. A demanda cresceu, o Brasil ficou dependente, a Bolívia resolveu atacar a Petrobras para fazer proselitismo por razões político-eleitorais. Quando percebeu, depois, que não tinha recursos nem meios de tocar as refinarias, a YPFB, empresa que hoje é pouco mais que um escritório, foi beneficiada com o decreto de ontem, que dá a ela o direito de se apropriar das receitas da empresa brasileira.

A decisão resolve o problema de falta de recursos da YPFB, mas, além disso, tem outra vantagem política. Num momento em que Morales começa a ser contestado, a medida visa também a fortalecer a popularidade do presidente boliviano.

O primeiro erro foi o governo e a Petrobras ignorarem todos os avisos dados pela radicalização do discurso de Evo Morales no começo de todo esse processo. Naquele momento, o governo deveria ter adotado ações preventivas, com missões diplomáticas que pudessem dissuadir Morales de fazer o que fez, mostrando o que ele teria a perder atingindo a empresa que mais investe no país e enfraquecendo a confiança do seu maior parceiro.

Essas missões não aconteceram porque a atual direção da Petrobras achava que nada lhe ocorreria já que a empresa é grande demais na Bolívia. Eles não ousariam, dizia-se na Petrobras.

Os bolivianos não só ousaram, como o fizeram de forma espalhafatosa, com ocupação militar das instalações da empresa.

O governo Lula cometeu, então, o segundo erro. Avaliou que a Bolívia, por ser um país pobre, podia fazer o que fez. O próprio presidente Lula participou de um encontro patético em que o presidente Hugo Chávez assumiu o papel de líder continental e pediu indenização para a Bolívia. O Brasil concordou. Em seguida, mostrou que não era só palavra: o governo Lula ofereceu ajuda e financiamento do BNDES à Bolívia.

A avaliação que o governo fez, na época, é que o endurecimento de Morales era só para ganhar as eleições para a Constituinte. E que, passada a eleição, tudo voltaria ao normal. Outro erro.

A Petrobras iniciou, então, uma negociação para ser indenizada pela perda das refinarias, como manda a lei boliviana. Quando a negociação chegava ao fim, o governo boliviano fez o que tinha feito no começo: atropelou a empresa.

Quando houve a ocupação militar das refinarias, Evo Morales estava perdendo popularidade. Em duas semanas, recuperou toda a popularidade perdida e ganhou as eleições para a Constituinte. Agora, ele está enfrentando contestação política, principalmente nos departamentos mais ricos, como Santa Cruz de la Sierra, onde o presidente boliviano tem a oposição mais forte. É exatamente nesse departamento em que está uma das refinarias.

Atacar os interesses do Brasil virou um grande negócio, com vantagens políticas e econômicas. E sem nenhum ônus, já que o governo brasileiro considera normal que um país pobre invista contra os interesses do Brasil.

Trancado