Poindexter escreveu:Samael escreveu:Putz, Guilherme, fator "belicismo" não indica avanço tecnológico ou social relevante, mas deixa pra lá.
Samael,
Em primeiro lugar, se você reler o meu texto verás que não fiz menção apenas a poder bélico.
Continuando...
Não adianta. Império Inca é 3a Divisão e ponto final. Não chegou nem aos pés da organização política de Roma (que chegou mesmo a ter a República), ficava adorando deuses-astros, ou deuses-fenômenos naturais (não importa, porque é PRIMITIVAÇO IGUAL) enquanto na Grécia, apesar do politeísmo, já se chegar a saber que a Terra girava em torno do Sol e se haver calculado o diâmetro de nosso planeta, além da Filosofia, englobando Matemática, Direito, Política...
Na área militar, também, nem chegou perto.
Só não se pode dizer que estavam no Neolítico porque tinham escrita.
Até onde sei, esta é a dura verdade que os anti-EUA tentam a todo custo "rever" em nome de uma idéia idiota de que o fato de os Incas, os Maias e os Astecas terem sido 3a divisão legitimaria o "domínio ocidental" da Europa Ocidental e dos E.U.A. hoje em dia.
É aquela estória do garotinho John Prevette que foi expulso do colégio porque mostrou a língua para a coleguinha e a diretora interpretou como menção a sexo oral... quem que tem a mente libidinosa? Quem é que está com o determinismo na cabeça?
Os fatos são inegáveis: se até os docentes que se envolvem nestes temas, quase todos impregnados de comun*smo, demoram um tremendo tempo para dizer afinal de contas quais contribuições eles trouxeram, e só conseguem vir com aquele papinho de eles "serem hoigiênicos", É PORQUE NÃO CHEGOU NEM À SEGUNDA DIVISÃO!
Ja com relação ao Egito, como disse, é inegável que foi secundária frente à grega ou a romana. Entra aí o fato de, por terem iniciado bem antes, tinham menos "matéria prima" para desenvolver em seu apogeu, ok, mas, mesmo que fosse da 1a Divisão, EU NÃO DISSE QUE A LATITUDE ERA O ÚNICO FATOR, lembrando ainda que 70% do Egito está na Zona Temperada, ou seja, acima do Trópico de Câncer.
Antes de mais nada, Guilherme, esse desenvolvimento é relativo. Um dos fatores centrais que fizeram umas nações da europa antiga se desenvolverem belicamente e um império inca não foi a ausência de necessidade. Por bem ou por mal, a ideologia imperialista também foi uma constante.
Por outro escopo, existiram sistemas de produção agrícolas, extratores ou mesmo organizações estatais americanas que foram simplesmete copiadas pelos conquistadores. Da mesma forma, caberia lembrar que não foram os europeus a inventarem a pólvora, foi o choque cultural ocasionado pela ideologia imperialista que os levou a conhecer a tal ferramenta. Ainda assim, temos de ponderar os dois mundos diferentes em que os povos viviam: o termo historiográfico do "desencravamento planetário" desenvolvido pelos filhotes dos Anales franceses v em bem a calhar: a Europa possuía uma visão de mundo muito menos "inocente" a nível de relações culturais. Para a maioria dos povos americanos, aquilo tudo era muito novo.
A nível social, a expectativa de vida e racionalidade na organização social de boa parte das tribos americanas era TROCENTAS vezes superior...
Ah, e eu sou obrigado a "bater na mesma tecla": não há essa "influência comunista" que se vende na mídia no meio acadêmico. Nunca tive UM professor de História Antiga, Medieval ou mesmo de América antiga que fosse marxista. Também não vi muitos deles em palestras ou coisas parecidas. A maioria que trata destes temas encontra arcabouço teórico muito mais vasto na historiografia braudeliana ou mesmo na tradição dos Anales franceses que eu citei acima. O estruturalismo marxista é muito vago pra ser trabalhado com ênfase nestes campos.
Abraços.