Samael escreveu:Fernando, duas coisas: o socialismo provocou um crescimento econômico bem rápido à URSS. Portanto, não dá pra generalizar e dizer que o "comunismo gera miséria". Isso é historicamente inverossímil.
Eu não disse que gera miséria e sim que distribui a miséria, já que, quando aplicado a um país pobre, é tudo o que há para se distribuir.
Por outro lado, prejudica o crescimento de países desenvolvidos. Um exemplo perfeito é a Alemanha: um povo, uma terra, uma língua, uma cultura.
Foi dividida em duas metades, uma capitalista e outra comunista. 50 anos depois, qual o resultado?
Sei que muitos moradores do lado comunista ainda sentem saudades do regime que lhes garantia um mínimo, embora lhes tirasse a liberdade (e os obrigasse a se contentar com esse mínimo), mas:
-Como evoluiria a coisa no longo prazo?
-Não são todos os que gostam de trocar a liberdade por um mínimo garantido, sem falar que, do outro lado da fronteira, a outra Alemanha se tornou um país rico e sem miséria (apesar das desigualdades).
Samael escreveu:Em segundo lugar, tentou-se implantar o comunismo na escandinávia também, embora pelas vias de Bernstein, com a sua revolução de idéias e reformas no lugar do embate de classes.
O que eu entendo como "comunismo básico" é a ausência de classes sociais e a posse comum dos meios de produção e das riquezas.
Só que isto pressupõe que todos tenham as mesmas aspirações e a mesma disposição para trabalhar, o que não é verdade. A coisa acaba se nivelando pelo mínimo, já que ninguém quer trabalhar duro sabendo que receberá o mesmo que os preguiçosos.
Acaba também fazendo surgir um capitalismo subterrâneo e ilegal.
Por outro lado, é preciso haver um governo (anarquias nunca deram certo) e seus membros acabam se achando "mais iguais que os outros".