ABORTO EM ALTO-MAR
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ABORTO EM ALTO-MAR
http://www.terra.com.br/istoe/1655/inte ... aborto.htm
Aborto em alto-mar
ONG feminista monta barco para ajudar mulheres em países
que proíbem a interrupção voluntária da gravidez
Américo Martins – Londres
AFP
Mare Nostrum: A médica Rebecca Gomparts (centro) e...
Um barco preparado para fazer abortos em alto-mar começou a navegar pelas águas da Europa na semana passada. A polêmica embarcação pertence à Women on Waves Foundation (Fundação Mulheres sobre as Ondas), uma ONG holandesa que pretende oferecer a opção do aborto a mulheres que moram em países onde a prática é ilegal.
A intenção da fundação é levar o navio, equipado com uma clínica ginecológica montada em um contêiner, a vários portos nesses países, entre eles o Brasil. Em todos os lugares, o procedimento será o mesmo: enquanto o barco – batizado de Aurora – estiver ancorado, a tripulação vai apenas oferecer testes de gravidez, dar informações sobre planejamento familiar e distribuir contraceptivos para a população. Depois de alguns dias as mulheres interessadas em interromper a gravidez serão levadas para águas internacionais, onde o aborto pode ser realizado através de uma cirurgia ou pela simples ingestão de pílulas abortivas. Para reduzir os riscos, apenas as mulheres com menos de três meses de gravidez poderão ser submetidas ao aborto. Caso o navio seja impedido de atracar pelas autoridades locais ou por grupos antiaborto, as mulheres poderão ser levadas a bordo em pequenas lanchas. A tripulação, de dez pessoas, é composta por dois médicos ginecologistas e uma enfermeira e tem capacidade de atender até 25 pacientes.
A Women on Waves garante que os médicos envolvidos e as mulheres que se submeterem à prática não poderão ser processados quando voltarem ao porto. Segundo a ONG, as leis que proíbem o aborto não têm validade quando o barco estiver em águas internacionais. Neste caso, a legislação da Holanda – país que permite o aborto e onde o navio está registrado – seria aplicada.
A Women on Waves foi criada em maio de 1999 pela médica holandesa Rebecca Gomperts. Ela afirma que teve a idéia de instalar uma clínica ginecológica em um navio quando militava no grupo ambientalista Greenpeace. Rebecca trabalhou no navio Rainbow Warrior, antes de ele ser afundado pelo serviço secreto francês em 1985, quando o greenpeace se engajou numa campanha para impedir testes nucleares no Oceano Pacífico. A médica diz que aprendeu em suas viagens por vários continentes, especialmente pela América Latina, que o aborto ilegal é a maior causa de mortalidade materna em todo o mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 50 milhões de abortos são feitos anualmente no mundo. Destes, cerca de 20 milhões ocorrem ilegalmente e de forma insegura, o que acaba matando pelo menos 70 mil mulheres por ano. “Como mulher e como médica, eu não posso aceitar esse sofrimento desnecessário”, diz ela. Por isso, Rebecca resolveu buscar ajuda financeira para o projeto de levar a clínica “portátil” aos quatro cantos do mundo. A ONG vive de doações de várias entidades privadas e filantrópicas. Os abortos que oferece são gratuitos, mas as mulheres que tiverem condições serão convidadas a fazer uma doação à ONG.
A República da Irlanda foi o primeiro destino do Aurora. O navio deveria atracar no porto de Dublin (capital irlandesa) na quinta-feira 7, em meio a muita polêmica. Com uma população majoritariamente católica, a Irlanda é um dos três únicos países a proibir o aborto na Europa – os outros são Polônia e Malta. Mas o governo irlandês é acusado por alguns críticos de ter uma atitude hipócrita em relação ao tema. Embora a prática seja estritamente proibida na ilha, desde 1992 a legislação irlandesa reconhece o direito de as mulheres deixarem o país para fazer abortos no exterior. Ou seja, quem tem dinheiro para sair do país pode abortar.
Protestos – A Women on Waves pretende levar o navio a vários portos irlandeses, numa viagem de dez dias. Mas vários grupos estão protestando contra a presença do Aurora. Manifestantes tentaram impedir a saída do navio da Holanda, alugando barcos para atravessar o caminho da embarcação. Mildred Fox, uma deputada que organizou parte das manifestações contra a ONG, é contundente: “No futuro nós vamos acabar tendo um navio holandês vendendo drogas ou fazendo eutanásia a apenas 12 milhas náuticas da costa irlandesa”, disse a deputada, numa referência à legislação holandesa, que tolera o consumo de alguns narcóticos e a morte assistida.
Depois da Irlanda, o navio deverá ir para a América Latina e a África, continentes onde a maioria dos países proíbe o aborto. Segundo informações da imprensa européia, o Brasil consta do roteiro. Mas as representantes da Women on Waves na Irlanda não confirmaram se a embarcação chegará mesmo a um dos portos do País. Isso poderá depender, entre outras coisas, da mobilização dos próprios grupos brasileiros em defesa do aborto. “Nós iremos a todos os países onde as mulheres, ou as autoridades de saúde locais, pedirem a nossa presença,” diz a doutora Rebecca.
Aborto em alto-mar
ONG feminista monta barco para ajudar mulheres em países
que proíbem a interrupção voluntária da gravidez
Américo Martins – Londres
AFP
Mare Nostrum: A médica Rebecca Gomparts (centro) e...
Um barco preparado para fazer abortos em alto-mar começou a navegar pelas águas da Europa na semana passada. A polêmica embarcação pertence à Women on Waves Foundation (Fundação Mulheres sobre as Ondas), uma ONG holandesa que pretende oferecer a opção do aborto a mulheres que moram em países onde a prática é ilegal.
A intenção da fundação é levar o navio, equipado com uma clínica ginecológica montada em um contêiner, a vários portos nesses países, entre eles o Brasil. Em todos os lugares, o procedimento será o mesmo: enquanto o barco – batizado de Aurora – estiver ancorado, a tripulação vai apenas oferecer testes de gravidez, dar informações sobre planejamento familiar e distribuir contraceptivos para a população. Depois de alguns dias as mulheres interessadas em interromper a gravidez serão levadas para águas internacionais, onde o aborto pode ser realizado através de uma cirurgia ou pela simples ingestão de pílulas abortivas. Para reduzir os riscos, apenas as mulheres com menos de três meses de gravidez poderão ser submetidas ao aborto. Caso o navio seja impedido de atracar pelas autoridades locais ou por grupos antiaborto, as mulheres poderão ser levadas a bordo em pequenas lanchas. A tripulação, de dez pessoas, é composta por dois médicos ginecologistas e uma enfermeira e tem capacidade de atender até 25 pacientes.
A Women on Waves garante que os médicos envolvidos e as mulheres que se submeterem à prática não poderão ser processados quando voltarem ao porto. Segundo a ONG, as leis que proíbem o aborto não têm validade quando o barco estiver em águas internacionais. Neste caso, a legislação da Holanda – país que permite o aborto e onde o navio está registrado – seria aplicada.
A Women on Waves foi criada em maio de 1999 pela médica holandesa Rebecca Gomperts. Ela afirma que teve a idéia de instalar uma clínica ginecológica em um navio quando militava no grupo ambientalista Greenpeace. Rebecca trabalhou no navio Rainbow Warrior, antes de ele ser afundado pelo serviço secreto francês em 1985, quando o greenpeace se engajou numa campanha para impedir testes nucleares no Oceano Pacífico. A médica diz que aprendeu em suas viagens por vários continentes, especialmente pela América Latina, que o aborto ilegal é a maior causa de mortalidade materna em todo o mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 50 milhões de abortos são feitos anualmente no mundo. Destes, cerca de 20 milhões ocorrem ilegalmente e de forma insegura, o que acaba matando pelo menos 70 mil mulheres por ano. “Como mulher e como médica, eu não posso aceitar esse sofrimento desnecessário”, diz ela. Por isso, Rebecca resolveu buscar ajuda financeira para o projeto de levar a clínica “portátil” aos quatro cantos do mundo. A ONG vive de doações de várias entidades privadas e filantrópicas. Os abortos que oferece são gratuitos, mas as mulheres que tiverem condições serão convidadas a fazer uma doação à ONG.
A República da Irlanda foi o primeiro destino do Aurora. O navio deveria atracar no porto de Dublin (capital irlandesa) na quinta-feira 7, em meio a muita polêmica. Com uma população majoritariamente católica, a Irlanda é um dos três únicos países a proibir o aborto na Europa – os outros são Polônia e Malta. Mas o governo irlandês é acusado por alguns críticos de ter uma atitude hipócrita em relação ao tema. Embora a prática seja estritamente proibida na ilha, desde 1992 a legislação irlandesa reconhece o direito de as mulheres deixarem o país para fazer abortos no exterior. Ou seja, quem tem dinheiro para sair do país pode abortar.
Protestos – A Women on Waves pretende levar o navio a vários portos irlandeses, numa viagem de dez dias. Mas vários grupos estão protestando contra a presença do Aurora. Manifestantes tentaram impedir a saída do navio da Holanda, alugando barcos para atravessar o caminho da embarcação. Mildred Fox, uma deputada que organizou parte das manifestações contra a ONG, é contundente: “No futuro nós vamos acabar tendo um navio holandês vendendo drogas ou fazendo eutanásia a apenas 12 milhas náuticas da costa irlandesa”, disse a deputada, numa referência à legislação holandesa, que tolera o consumo de alguns narcóticos e a morte assistida.
Depois da Irlanda, o navio deverá ir para a América Latina e a África, continentes onde a maioria dos países proíbe o aborto. Segundo informações da imprensa européia, o Brasil consta do roteiro. Mas as representantes da Women on Waves na Irlanda não confirmaram se a embarcação chegará mesmo a um dos portos do País. Isso poderá depender, entre outras coisas, da mobilização dos próprios grupos brasileiros em defesa do aborto. “Nós iremos a todos os países onde as mulheres, ou as autoridades de saúde locais, pedirem a nossa presença,” diz a doutora Rebecca.
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.
*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.
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Re.: ABORTO EM ALTO-MAR
como seria no brasil se as aguas litoraneas territoriais brasileiras têm mais de 400km de largura?
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- videomaker
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Re: ABORTO EM ALTO-MAR
Aborto em alto-mar
ONG feminista monta barco para ajudar mulheres em países
que proíbem a interrupção voluntária da gravidez
Adoro as Feministas !!!!! principalmente as de pernas grossas e bubum empinado ...
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Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
Re.: ABORTO EM ALTO-MAR
Duvida: Quem nasce em aguas internacionais é o que? 

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- Apáte
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Re.: ABORTO EM ALTO-MAR
Depende de onde registrar.
"Da sempre conduco una attività ininterrotta di lavoro, se qualche volta mi succede di guardare in faccia qualche bella ragazza... meglio essere appassionati di belle ragazze che gay" by: Silvio Berlusconi
Re: Re.: ABORTO EM ALTO-MAR
against escreveu:Duvida: Quem nasce em aguas internacionais é o que?
Povo do mar.
Re: Re.: ABORTO EM ALTO-MAR
Azathoth escreveu:against escreveu:Duvida: Quem nasce em aguas internacionais é o que?
Povo do mar.

- user f.k.a. Cabeção
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Re: Re.: ABORTO EM ALTO-MAR
against escreveu:Duvida: Quem nasce em aguas internacionais é o que?
Acho que a nacionalidade é a mesma da bandeira do navio.
"Let 'em all go to hell, except cave 76" ~ Cave 76's national anthem
- Flavio Costa
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Re.: ABORTO EM ALTO-MAR
Reconhecimento de nacionalidade depende de regras específicas de cada país. Eu não sei o que acontece no caso de nascimento em águas internacionais, provavelmente muitos países devem reconhecer a nacionalidade baseados na bandeira do navio ou na nacionalidade dos pais. No caso das leis de um país reconhecerem unicamente aqueles que forem nascidos em seu território, a criança estaria na condição de apátrida e estaria sujeita a uma série de tratados e convenções internacionais que existem sobre o assunto.
The world's mine oyster, which I with sword will open.
- William Shakespeare
Grande parte das pessoas pensam que elas estão pensando quando estão meramente reorganizando seus preconceitos.
- William James
Agora já aprendemos, estamos mais calejados...
os companheiros petistas certamente não vão fazer as burrices que fizeram neste primeiro mandato.
- Luis Inácio, 20/10/2006
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- Luis Inácio, 20/10/2006
- Apáte
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Re.: ABORTO EM ALTO-MAR
Eu acho que o primeiro porto que desembarcarem, se registra a criança naquela cidade lá mesmo e ela fica com essa nacionalidade.
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Re: Re.: ABORTO EM ALTO-MAR
Samael escreveu:Azathoth escreveu:against escreveu:Duvida: Quem nasce em aguas internacionais é o que?
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Re: Re.: ABORTO EM ALTO-MAR
Azathoth escreveu:Povo do mar.

Re: ABORTO EM ALTO-MAR
bom... na Africa... só a terra do Mandela permite aborto sem problemas....
na Am.Latina... Cuba e Guianas permitem sem problemas...
no Norte... EUA e Canada sao liberais tb...
na Am.Latina... Cuba e Guianas permitem sem problemas...
no Norte... EUA e Canada sao liberais tb...
Re: ABORTO EM ALTO-MAR
Res Cogitans escreveu:http://www.terra.com.br/istoe/1655/internacional/1655_aborto.htm
Aborto em alto-mar
ONG feminista monta barco para ajudar mulheres em países
que proíbem a interrupção voluntária da gravidez
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Um barco preparado para fazer abortos em alto-mar começou a navegar pelas águas da Europa na semana passada. A polêmica embarcação pertence à Women on Waves Foundation (Fundação Mulheres sobre as Ondas), uma ONG holandesa que pretende oferecer a opção do aborto a mulheres que moram em países onde a prática é ilegal.
A intenção da fundação é levar o navio, equipado com uma clínica ginecológica montada em um contêiner, a vários portos nesses países, entre eles o Brasil. Em todos os lugares, o procedimento será o mesmo: enquanto o barco – batizado de Aurora – estiver ancorado, a tripulação vai apenas oferecer testes de gravidez, dar informações sobre planejamento familiar e distribuir contraceptivos para a população. Depois de alguns dias as mulheres interessadas em interromper a gravidez serão levadas para águas internacionais, onde o aborto pode ser realizado através de uma cirurgia ou pela simples ingestão de pílulas abortivas. Para reduzir os riscos, apenas as mulheres com menos de três meses de gravidez poderão ser submetidas ao aborto. Caso o navio seja impedido de atracar pelas autoridades locais ou por grupos antiaborto, as mulheres poderão ser levadas a bordo em pequenas lanchas. A tripulação, de dez pessoas, é composta por dois médicos ginecologistas e uma enfermeira e tem capacidade de atender até 25 pacientes.
A Women on Waves garante que os médicos envolvidos e as mulheres que se submeterem à prática não poderão ser processados quando voltarem ao porto. Segundo a ONG, as leis que proíbem o aborto não têm validade quando o barco estiver em águas internacionais. Neste caso, a legislação da Holanda – país que permite o aborto e onde o navio está registrado – seria aplicada.
A Women on Waves foi criada em maio de 1999 pela médica holandesa Rebecca Gomperts. Ela afirma que teve a idéia de instalar uma clínica ginecológica em um navio quando militava no grupo ambientalista Greenpeace. Rebecca trabalhou no navio Rainbow Warrior, antes de ele ser afundado pelo serviço secreto francês em 1985, quando o greenpeace se engajou numa campanha para impedir testes nucleares no Oceano Pacífico. A médica diz que aprendeu em suas viagens por vários continentes, especialmente pela América Latina, que o aborto ilegal é a maior causa de mortalidade materna em todo o mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 50 milhões de abortos são feitos anualmente no mundo. Destes, cerca de 20 milhões ocorrem ilegalmente e de forma insegura, o que acaba matando pelo menos 70 mil mulheres por ano. “Como mulher e como médica, eu não posso aceitar esse sofrimento desnecessário”, diz ela. Por isso, Rebecca resolveu buscar ajuda financeira para o projeto de levar a clínica “portátil” aos quatro cantos do mundo. A ONG vive de doações de várias entidades privadas e filantrópicas. Os abortos que oferece são gratuitos, mas as mulheres que tiverem condições serão convidadas a fazer uma doação à ONG.
A República da Irlanda foi o primeiro destino do Aurora. O navio deveria atracar no porto de Dublin (capital irlandesa) na quinta-feira 7, em meio a muita polêmica. Com uma população majoritariamente católica, a Irlanda é um dos três únicos países a proibir o aborto na Europa – os outros são Polônia e Malta. Mas o governo irlandês é acusado por alguns críticos de ter uma atitude hipócrita em relação ao tema. Embora a prática seja estritamente proibida na ilha, desde 1992 a legislação irlandesa reconhece o direito de as mulheres deixarem o país para fazer abortos no exterior. Ou seja, quem tem dinheiro para sair do país pode abortar.
Protestos – A Women on Waves pretende levar o navio a vários portos irlandeses, numa viagem de dez dias. Mas vários grupos estão protestando contra a presença do Aurora. Manifestantes tentaram impedir a saída do navio da Holanda, alugando barcos para atravessar o caminho da embarcação. Mildred Fox, uma deputada que organizou parte das manifestações contra a ONG, é contundente: “No futuro nós vamos acabar tendo um navio holandês vendendo drogas ou fazendo eutanásia a apenas 12 milhas náuticas da costa irlandesa”, disse a deputada, numa referência à legislação holandesa, que tolera o consumo de alguns narcóticos e a morte assistida.
Depois da Irlanda, o navio deverá ir para a América Latina e a África, continentes onde a maioria dos países proíbe o aborto. Segundo informações da imprensa européia, o Brasil consta do roteiro. Mas as representantes da Women on Waves na Irlanda não confirmaram se a embarcação chegará mesmo a um dos portos do País. Isso poderá depender, entre outras coisas, da mobilização dos próprios grupos brasileiros em defesa do aborto. “Nós iremos a todos os países onde as mulheres, ou as autoridades de saúde locais, pedirem a nossa presença,” diz a doutora Rebecca.

hummm
se vcs notarem bem... no mapa.. 1 notavel surpresa... a maioria da Asia permite aborto... inclusive paises islamicos q foram republicas da URSS!!.. outra surpresa é a africana Tunisia
q tb permite... todos os paises do antigo bloco URSS, com exceção da Polonia, toleram...outra surpresa... a Italia.... dos ex-estados pontificios....
q tb permite... todos os paises do antigo bloco URSS, com exceção da Polonia, toleram...outra surpresa... a Italia.... dos ex-estados pontificios....