Religião é Veneno. Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico.
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Nivaldo falando que "Código Da vinci" é coisa do demônio:
PREGAÇÃO DO MAL 21/11/2005
Leitor amigo, tive o desprazer de acabar de ler o escabroso livro do Dan Brown, CÓDIGO DA VINCI. Não queria lê-lo, mas circunstâncias colocaram a tarefa para mim como inevitável. De mais a mais, trata-se do maior fenômeno de vendas dos últimos tempos no mercado livreiro internacional e nacional e, enquanto profissional do livro, cabia-me saber o que levava as multidões a comprá-lo.
O fato é que ao fazer o comentário do filme CONSTANTINE recebi muitos e-mails, alguns dos quais me alertando que a temática da lança de Longino, ou Lança do Destino, é a mesma que Wagner usou na ópera Parsifal, a preferida de Hitler. Fiz uma busca na Internet e descobri que os muitos links levavam ao livro. Lê-lo tornou-se uma necessidade.
O que lá está escrito não é de brincadeira. É o próprio Mal em ação, a pregar a sua própria doutrina em substituição à verdade. Seria demente se não fosse teleologicamente direcionado, uma peça de propaganda sem igual. A técnica narrativa do autor é requintada, uma história policial com todos os ingredientes para prender a atenção dos leitores desavisados, em busca de simples lazer, sem dar-se conta do conteúdo maior da mensagem. Parece um thriller de cinema muito bem escrito e não por acaso já está em processo de produção cinematográfica, que o Mal jamais descansa.
É uma peça que atinge duramente a Igreja Católica, mais diretamente o Opus Dei, mas também as demais igrejas de denominação cristã e o judaísmo e, assim, toda a tradição ocidental. A aparentemente simples novela tem a pretensão de ser um novo evangelho demoníaco, ressurgindo com todo os seus símbolos: o pentagrama é enaltecido como símbolo máximo da divindade arcaica feminina. O andrógino como a representação da indiferenciação entre os sexos, uma clara apologia à homossexualidade, sabidamente condenada pela tradição judaico-cristã como anti-natural e pecaminosa. O sexo livre e mesmo incestuoso como um instrumento para alcançar a iluminação. Em suma, tudo que a chamada Nova Era tem pregado nas últimas décadas.
Até mesmo o lado político da questão é posto com clareza. Está escrito à página 135: “Nem mesmo a associação da mulher com o lado esquerdo pôde escapar à difamação da Igreja. Na França e na Itália, as palavras que correspondem a ‘esquerdo’ – gauche e sinistra – passaram a ter significados altamente pejorativos, ao passo que as palavras designativas do lado direito passaram a idéia de justiça, destreza e correção. Até hoje o pensamento radical é considerado de esquerda e qualquer coisa que seja má é classificada de sinistra”. (Grifo meu). Não no Brasil, óbvio, que o Mal aqui encastelou-se de forma sólida no Estado. Mas o tema político é adjacente à obra, que se concentra em atacar a Tradição no seu cerne religioso.
Mas mentira tem pernas curtas e é insustentável. O argumento do livro é que teria havido uma conspiração milenar posta em marcha pela Igreja, desde o Imperador Constantino, para esconder que a única discípula autorizada por Cristo a passar sua mensagem seria Maria Madalena, que também teria sido sua esposa e teria lhe dado descendência. E que Jesus de forma alguma era considerado divino pela Igreja primitiva. O absurdo é que Jesus não é divino, mas a sua descendência, sim, o suposto sangreal – sangue real – que teria o poder mágico e a legitimidade para representar a linhagem divina residindo entre os homens. Nem minha filha de oito anos acreditaria nessa lógica tortuosa.
[A beleza do cristianismo consiste justamente em declarar de forma solene a dignidade de cada indivíduo diante de Deus, não fazendo acepção das pessoas. Não há sangue real, nem linhagem, nem nada que possa hierarquizar os homens. Mas vá tentar dizer isso para os demonistas militantes. Não há ouvidos para ouvir. Só enxergam igualdade pela via política, aquela que escraviza, e não liberta, os homens, como a ordem instituída nas sociedades comunistas. E dizer que a Igreja Católica despreza o feminino é ignorar o papel que Maria, a Mãe de Deus, tem dentro de sua doutrina. O feminino é reverenciado e colocado no patamar adequado, digno. Quem nunca visitou o Santuário de Fátima, por exemplo, não sabe o que é a emoção de pisar o solo sagrado em que a Virgem escolheu para a sua aparição. A emoção é indescritível. A desgraça do feminino dos tempos de hoje é justamente apartar-se do exemplo que a tradição de Maria dá para todas as mulheres.]
O livro alia a maestria narrativa com enfeites pseudo-eruditos que enfeitiçam os desavisados. Fico com pena dos leitores menos esclarecidos e que o lêem para matar o tempo. Mataram em si um pouco da verdade. O livro é um forte veneno contra a liberdade que só pode residir na verdade.
Tem a pretensão de declarar todas as Sagradas Escrituras como mentirosas e de tentar retirar de uma esdrúxula leitura do quadro de Leonardo da Vinci, a Última Ceia, um novo evangelho, completinho, que escondeu para as futuras gerações as supostas verdades do Santo Graal.
Pode-se perceber a má fé do livro a cada palavra. É o Mal ativo, em pregação de si mesmo. E como ele é a Mentira por ontonomásia, não pode ter qualquer coerência que não seja aquela residente na cabeça de lunáticos e incapazes intelectuais de discernir a verdade do erro. É um livro para idiotas e desinformados, leitores débeis mentais. Meu Deus, como essa xaropada de apologia ao demonismo pôde conquistar as multidões? Como as pessoas não se apercebem da peçonha que escorre em suas frases falsamente eruditas e espirituosas? O sucesso do livro dá o grau de indigência espiritual que tomou conta de nosso tempo.
Vender essa droga de livro é quase um crime espiritual, é se acumpliciar com o Demônio. Vade retro.
Mr.Hammond escreveu:O cara acha que o RV é esgoto pra postar estas coisas aqui. E não, não sou esquerdista. Não precisa ser esquerdista para odiar este imbecil que já disse que cigarro não causa câncer, que crianças sem cérebro podem viver normalmente, que fenômenos espíritas existem, que criacionismo é verdade e quem não estuda astrologia é um imbecil.
Pra variar, muita histeria, ódio e Ad hominems contra a pessoa de Olavo... E nenhum "piu" sobre o texto.
Mr.Hammond escreveu:Aliás, alguém aí sabe o número do registro de jornalista do olavo de carvalho?
Registrado em 16 de setembro de 1970 a fls. 91 do Livro 25 do Serviço de Registro Profissional do Ministério do Trabalho, sócio número 3786 do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, número 8860 da Federação Nacional dos Jornalistas e número BR7699 na Federação Internacional dos Jornalistas (Bruxelas).
Por que?
Pô!
Qualquer um consegue ser jornalista ou filósofo nesse pais...
O ENCOSTO escreveu:O Olavo é um bosta que só presta para criticar o comunismo e mais nada.
Aqui no fórum temos alguns bons críticos so comunismo, entre eles o Cabeça. O Olavo de Carvalho nem pra isto serve. O máximo que ele sabe fazer é escolher um lado do debate e atacar pessoalmente a moral dos que se encontram no lado oposto. Isto chama-se desonestidade.