BC diz que PF não pediu informações sobre dinheiro do dossiê
da Folha Online
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse em nota oficial hoje que a Polícia Federal nem o Ministério da Justiça pediram para a instituição informações sobre o dinheiro que seria usado na compra do suposto dossiê contra o ex-ministro José Serra. A PF apreendeu R$ 1,7 milhão num hotel de São Paulo com Gedimar Passos (ex-funcionário do comitê de Lula) e com Valdebran Padilha (petista de Mato Grosso).
"Meirelles explicou [...] que como o BC não mantém registro de número de série, essa informação poderia ser buscada em outras instituições, inclusive no exterior", diz nota da instituição.
Em nota, o BC informa que Meirelles disse hoje aos senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Heráclito Fortes (PFL-PI) que a instituição não mantém registro de número de série de cédulas negociadas em operações de compra e venda de moeda estrangeira em espécie por parte de instituições autorizadas a operar câmbio no país.
Os senadores, segundo o BC, foram informados que as instituições financeiras registram no Sisbacen (Sistema de Informações do BC) as operações de compra e venda de moeda estrangeira, pelo montante da operação, com nome do comprador e vendedor.
Na nota, o BC informa que disse aos senadores que a "investigações da Polícia Federal diretamente junto a instituições que fazem operações de compra e venda de dólares garantem acesso a mais informações do que as disponíveis no BC". "Isto porque os contratos das operações de câmbio ficam arquivados naquelas instituições, enquanto o Sisbacen mantém somente registros dessas operações, dos quais não constam número de série de cédulas."
O BC informou ainda que as operações de compra e venda de moeda estrangeira registradas pelas instituições financeiras são protegidos por sigilo bancário. E que o BC fiscaliza qualquer sinal de eventuais ilícitos cometidos por instituições financeiras e seus dirigentes.
Na saída do encontro com Meirelles, Tasso acusou a Polícia Federal e o Ministério da Justiça de retardarem as investigações sobre a origem do dinheiro que seria utilizado na compra do dossiê contra candidatos tucanos.
"Eu suspeito que a Polícia Federal tenha todas as informações e esteja postergando as investigações para depois das eleições", acusou Tasso.
O senador disse que a credibilidade da PF e do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, está em risco. "O ministro da Justiça tem que se manifestar hoje, senão estará sendo cúmplice de um crime."
http://www1.folha.uol.com.br/folha/bras ... 4014.shtml
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