Jornalista que criticava Putin é assassinada em Moscou
Jornalista que criticava Putin é assassinada em Moscou
Jornalista que criticava Putin é assassinada em Moscou
Por James Kilner
MOSCOU (Reuters) - A jornalista russa Anna Politkovskaya, crítica aberta do presidente Vladimir Putin, foi assassinada neste sábado no prédio de apartamentos em que morava, no centro de Moscou, informou a polícia.
"Segundo as informações iniciais, ela foi morta com dois tiros quando saía do elevador. Os vizinhos encontraram o corpo dela", disse à Reuters uma fonte da polícia.
A polícia encontrou uma pistola e quatro balas detonadas no elevador.
Politkovskaya, de 48 anos e mãe de dois filhos, ficou conhecida internacionalmente e recebeu diversos prêmios pela incansável busca de atos de desrespeito aos direitos humanos por parte do governo de Putin, particularmente na violenta província da Chechênia, no sul do país.
"A primeira coisa que nos ocorre é que Anna foi morta pelas suas atividades profissionais. Não vemos qualquer outro motivo para este crime terrível", disse Vitaly Yaroshevsky, subeditor do jornal em que ela trabalhava.
Falando a jornalistas na cena do crime, o procurador de Moscou, Yuri Syomin, disse que estava considerando o caso um assassinato.
Enfermeiros tiraram o corpo de Politkovskaya, embrulhado em um lençol branco, do prédio em que ela morava, um conjunto de apartamentos de nove andares da época soviética, e o levaram em uma ambulância. Uma mulher de meia idade pôs flores nas portas do prédio e chorou, com a cabeça encostada contra a parede.
O Lada prata de Politkovskaya, cheio de compras de supermercado, estava estacionado em frente ao bloco de apartamentos.
O ex-presidente soviético Mikhail Gorbachev, um dos acionistas do jornal Novaya Gazeta, onde Politkovskaya trabalhava, disse que o assassinato foi um "crime bárbaro".
"É um golpe contra toda a imprensa democrática e independente", disse Gorbachev à agência de notícias Interfax. "É um crime grave contra o país, contra todos nós."
Politkovskaya estava trabalhando em uma reportagem sobre tortura na Chechênia, que deveria ser publicada na segunda-feira, disse o jornal.
ELA NÃO CONFIAVA EM PUTIN
A província rebelde da Chechênia sempre foi uma dor de cabeça constante para o Kremlin. A Rússia enviou soldados à província em 1994, para esmagar uma insurgência. Depois de 12 anos de derramamento de sangue e devastação da capital da província, Grozny, porém, ainda ocorrem ataques esporádicos.
Politkovskaya era uma dura crítica de Putin, a quem acusava de sufocar a liberdade e não conseguir se desfazer do seu passado de agente da KGB.
"Não gosto dele pelo... seu cinismo, pelo seu racismo, pelas suas mentiras, pelo massacre de inocentes que ocorreram em todo o seu primeiro mandato como presidente", escreveu ela no livro "Putin's Russia" (A Rússia de Putin), que foi publicado no exterior, mas não na Rússia.
A morte dela ocorreu no 54o aniversário de Putin.
Em Nova York, o Committee to Protect Journalists disse que o assassinato de Politkovskaya é um "desdobramento devastador para o jornalismo na Rússia"."
Politkovskaya nasceu em Nova York, em 1958, filha de diplomatas ucranianos da União Soviética. Ela estudou jornalismo na Universidade Estadual de Moscou e começou sua carreira na imprensa oficial.
Depois do colapso da União Soviética, começou a trabalhar na imprensa independente que começava a florescer durante o governo de Gorbachev.
As reportagens de Politkovskaya sobre guerra fizeram com que ela estivesse com freqüência sendo investigada por políticos russos e, às vezes, pelos serviços de segurança. Ela foi presa e mantida em uma mina durante três dias na Chechênia e recebeu diversas ameaças de morte.
Dizia que não pôde fazer a cobertura do sangrento cerco à escola de Beslan, em 2004 --em que mais de 330 crianças e pais morreram quando soldados invadiram a escola-- porque foi envenenada no vôo de Moscou e acabou sendo hospitalizada.
Esse foi o assassinato de um jornalista de mais destaque na Rússia, desde a morte do jornalista norte-americano Paul Klebnikov, em 2004.
Assassinatos encomendados não são raros em Moscou, onde a violência reinou depois da queda do comunismo, em 1991.
No mês passado, pistoleiros mataram a tiros Andrei Kozlov, do Banco Central, no assassinato por encomenda mais destacado desde a ascensão de Putin ao poder, em 2000.
(Com reportagem de Robin Paxton, Tatyana Ustinova, em Moscou, e Bill Trott, em Washington)
Original
Por James Kilner
MOSCOU (Reuters) - A jornalista russa Anna Politkovskaya, crítica aberta do presidente Vladimir Putin, foi assassinada neste sábado no prédio de apartamentos em que morava, no centro de Moscou, informou a polícia.
"Segundo as informações iniciais, ela foi morta com dois tiros quando saía do elevador. Os vizinhos encontraram o corpo dela", disse à Reuters uma fonte da polícia.
A polícia encontrou uma pistola e quatro balas detonadas no elevador.
Politkovskaya, de 48 anos e mãe de dois filhos, ficou conhecida internacionalmente e recebeu diversos prêmios pela incansável busca de atos de desrespeito aos direitos humanos por parte do governo de Putin, particularmente na violenta província da Chechênia, no sul do país.
"A primeira coisa que nos ocorre é que Anna foi morta pelas suas atividades profissionais. Não vemos qualquer outro motivo para este crime terrível", disse Vitaly Yaroshevsky, subeditor do jornal em que ela trabalhava.
Falando a jornalistas na cena do crime, o procurador de Moscou, Yuri Syomin, disse que estava considerando o caso um assassinato.
Enfermeiros tiraram o corpo de Politkovskaya, embrulhado em um lençol branco, do prédio em que ela morava, um conjunto de apartamentos de nove andares da época soviética, e o levaram em uma ambulância. Uma mulher de meia idade pôs flores nas portas do prédio e chorou, com a cabeça encostada contra a parede.
O Lada prata de Politkovskaya, cheio de compras de supermercado, estava estacionado em frente ao bloco de apartamentos.
O ex-presidente soviético Mikhail Gorbachev, um dos acionistas do jornal Novaya Gazeta, onde Politkovskaya trabalhava, disse que o assassinato foi um "crime bárbaro".
"É um golpe contra toda a imprensa democrática e independente", disse Gorbachev à agência de notícias Interfax. "É um crime grave contra o país, contra todos nós."
Politkovskaya estava trabalhando em uma reportagem sobre tortura na Chechênia, que deveria ser publicada na segunda-feira, disse o jornal.
ELA NÃO CONFIAVA EM PUTIN
A província rebelde da Chechênia sempre foi uma dor de cabeça constante para o Kremlin. A Rússia enviou soldados à província em 1994, para esmagar uma insurgência. Depois de 12 anos de derramamento de sangue e devastação da capital da província, Grozny, porém, ainda ocorrem ataques esporádicos.
Politkovskaya era uma dura crítica de Putin, a quem acusava de sufocar a liberdade e não conseguir se desfazer do seu passado de agente da KGB.
"Não gosto dele pelo... seu cinismo, pelo seu racismo, pelas suas mentiras, pelo massacre de inocentes que ocorreram em todo o seu primeiro mandato como presidente", escreveu ela no livro "Putin's Russia" (A Rússia de Putin), que foi publicado no exterior, mas não na Rússia.
A morte dela ocorreu no 54o aniversário de Putin.
Em Nova York, o Committee to Protect Journalists disse que o assassinato de Politkovskaya é um "desdobramento devastador para o jornalismo na Rússia"."
Politkovskaya nasceu em Nova York, em 1958, filha de diplomatas ucranianos da União Soviética. Ela estudou jornalismo na Universidade Estadual de Moscou e começou sua carreira na imprensa oficial.
Depois do colapso da União Soviética, começou a trabalhar na imprensa independente que começava a florescer durante o governo de Gorbachev.
As reportagens de Politkovskaya sobre guerra fizeram com que ela estivesse com freqüência sendo investigada por políticos russos e, às vezes, pelos serviços de segurança. Ela foi presa e mantida em uma mina durante três dias na Chechênia e recebeu diversas ameaças de morte.
Dizia que não pôde fazer a cobertura do sangrento cerco à escola de Beslan, em 2004 --em que mais de 330 crianças e pais morreram quando soldados invadiram a escola-- porque foi envenenada no vôo de Moscou e acabou sendo hospitalizada.
Esse foi o assassinato de um jornalista de mais destaque na Rússia, desde a morte do jornalista norte-americano Paul Klebnikov, em 2004.
Assassinatos encomendados não são raros em Moscou, onde a violência reinou depois da queda do comunismo, em 1991.
No mês passado, pistoleiros mataram a tiros Andrei Kozlov, do Banco Central, no assassinato por encomenda mais destacado desde a ascensão de Putin ao poder, em 2000.
(Com reportagem de Robin Paxton, Tatyana Ustinova, em Moscou, e Bill Trott, em Washington)
Original
- RicardoVitor
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hummm
RicardoVitor escreveu:Putin é um mau caráter ex-integrante da KGB... Os russos ainda vão sofrer por muito tempo até se recuperarem totalmente do legado de décadas de atraso socialista/comunista.
pois é... enquanto isso veja o q o FBI faz com o pessoal de Porto Rico
http://www.youtube.com/watch?v=66UkV8gNKmQ
http://www.youtube.com/watch?v=6mibAYYELqA
http://www.redbetances.com/
http://prolibertadweb.tripod.com/
http://verdadyjusticia.org/
- RicardoVitor
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Re: hummm
Steve escreveu:RicardoVitor escreveu:Putin é um mau caráter ex-integrante da KGB... Os russos ainda vão sofrer por muito tempo até se recuperarem totalmente do legado de décadas de atraso socialista/comunista.
pois é... enquanto isso veja o q o FBI faz com o pessoal de Porto Rico
http://www.youtube.com/watch?v=66UkV8gNKmQ
http://www.youtube.com/watch?v=6mibAYYELqA
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Você está tentando justificar algo?
Logical, responsible, practical.
Clinical, intellectual, cynical.
Liberal, fanatical, criminal.
Acceptable, respectable, presentable, a vegetable!
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Re: hummm
RicardoVitor escreveu:Steve escreveu:RicardoVitor escreveu:Putin é um mau caráter ex-integrante da KGB... Os russos ainda vão sofrer por muito tempo até se recuperarem totalmente do legado de décadas de atraso socialista/comunista.
pois é... enquanto isso veja o q o FBI faz com o pessoal de Porto Rico
http://www.youtube.com/watch?v=66UkV8gNKmQ
http://www.youtube.com/watch?v=6mibAYYELqA
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Você está tentando justificar algo?
q nada... apenas mostrar q EUA, q apoia a dita midia livre da Russia nao tem moral alguma pra falar de Putin e cia.
- clara campos
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Re: Re.: Jornalista que criticava Putin é assassinada em Mos
Kramer escreveu:Tu quoque.

Só por existir, só por duvidar, tenho duas almas em guerra e sei que nenhuma vai ganhar... (J.P.)
- clara campos
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Re: Re.: Jornalista que criticava Putin é assassinada em Mos
Usuário deletado escreveu:Essas são as sombras do comunismo soviético.
provas?
Só por existir, só por duvidar, tenho duas almas em guerra e sei que nenhuma vai ganhar... (J.P.)
Re.: Jornalista que criticava Putin é assassinada em Moscou
Por isso que eu gostava do Boris Ieltsin.
Ele resolveria as diferenças convidando a desafeta para uns tragos de vodka.
Ele resolveria as diferenças convidando a desafeta para uns tragos de vodka.

Palavras de um visionário:
"Seria uma ressurreição satânica retirarmos Lula e Brizola - esse casamento do analfabetismo econômico com o obsoletismo ideológico - do lixo da história para o palco do poder."
Roberto Campos
"Seria uma ressurreição satânica retirarmos Lula e Brizola - esse casamento do analfabetismo econômico com o obsoletismo ideológico - do lixo da história para o palco do poder."
Roberto Campos
Re: Re.: Jornalista que criticava Putin é assassinada em Mos
clara campos escreveu:Usuário deletado escreveu:Essas são as sombras do comunismo soviético.
provas?
Estou sentindo um ranço estalinista na Clara.
- clara campos
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Re: Re.: Jornalista que criticava Putin é assassinada em Mos
Kramer escreveu:clara campos escreveu:Usuário deletado escreveu:Essas são as sombras do comunismo soviético.
provas?
Estou sentindo um ranço estalinista na Clara.

sinto-me ofendida!
Só por existir, só por duvidar, tenho duas almas em guerra e sei que nenhuma vai ganhar... (J.P.)
Re: Re.: Jornalista que criticava Putin é assassinada em Mos
Tranca-Ruas escreveu:Por isso que eu gostava do Boris Ieltsin.
Ele resolveria as diferenças convidando a desafeta para uns tragos de vodka.![]()

"Noite escura agora é manhã..."
Re.: Jornalista que criticava Putin é assassinada em Moscou
Olha aí, olha aí!
Uma grande revolução comunista em nível macro está em curso e a Rússia será um dos protagonistas. Vocês não vêem isso porque estão iludidos pela mídia, que faz uso de métodos gramcistas para esconder dos homens de bem o Foro de São Paulo e a criação da URSAL.
Uma grande revolução comunista em nível macro está em curso e a Rússia será um dos protagonistas. Vocês não vêem isso porque estão iludidos pela mídia, que faz uso de métodos gramcistas para esconder dos homens de bem o Foro de São Paulo e a criação da URSAL.
"Noite escura agora é manhã..."
Re: Re.: Jornalista que criticava Putin é assassinada em Mos
clara campos escreveu:Kramer escreveu:Estou sentindo um ranço estalinista na Clara.
![]()
sinto-me ofendida!
Foto da Clara:

Observação interessante:

Re: Re.: Jornalista que criticava Putin é assassinada em Mos
Kramer escreveu:Observação interessante:
E é! E é!

"Noite escura agora é manhã..."
Re: Re.: Jornalista que criticava Putin é assassinada em Mos
Tranca-Ruas escreveu:Por isso que eu gostava do Boris Ieltsin.
Ele resolveria as diferenças convidando a desafeta para uns tragos de vodka.![]()
Gorbachov que o diga...