Servidores públicos fazem campanha contra Alckmin

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RicardoVitor
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Re.: Servidores públicos fazem campanha contra Alckmin

Mensagem por RicardoVitor »

Res Cogitans escreveu:E falando em burrice... Meu setor trabalha direta e indiretamente com vários programas do governo Lulla, em virtude disso, está recebendo um investimento nunca dantes visto, a facilidade de ascender profissionalmente onde estou nunca foi tão grande. As pessoas demoravam de 5 a 10 anos para ganharem o cargo que estou para receber. Fora isso, só COMIGO foram gastos 15mil reais de treinamento e especialização. Em mais 4 anos, seguindo neste ritmo, posso subir mais 2 cargos (além deste iminente) sem muitos problemas. Isso significa ganhar cerca 5 vezes oq ganho. Se isso é burrice, não sei oq é ser esperto.


Como já disse, esperteza é o que sobra nesse governo Lulla. O que não existe é experteza.
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Res Cogitans
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Re: Re.: Servidores públicos fazem campanha contra Alckmin

Mensagem por Res Cogitans »

rapha... escreveu:É uma questão controversa, realmente.

Enquanto você associa "fim de terceirização e privatização" como pontos negativos, o "outro lado" vê isso como uma etapa natural e necessária no processo de diminuição do tamanho da máquina estatal.


Caixa Econômica, Banco do Brasil, Petrobras tem lucro suficiente pare que pagar seus empregados sem esforço. Inclusive a CEF e BB, assim como a maioria dos bancos, consegue pagar seus empregados só com o dinheiro ganho nas tarifas bancárias.

Lucros: Banco do Brasil supera Bradesco e Itaú
O Banco do Brasil registrou um lucro líquido de R$ 3,888 bilhões no primeiro semestre deste ano, um crescimento de 95% na comparação com os seis primeiros meses de 2005.

Entre os bancos brasileiros que já divulgaram resultados, o BB teve lucro maior do que seus principais concorrentes, o Bradesco (R$ 3,132 bilhões) e o Itaú (R$ 2,958 bilhões). Já entre todas as empresas brasileiras de capital aberto, o Banco do Brasil só perdeu para Petrobras (R$ 13,634 bilhões) e a Vale do Rio Doce (R$ 6,1 bilhões).

No balanço divulgado hoje, o banco informou que buscou ampliar as suas operações de crédito para compensar a redução da taxa básica de juros. No período, a carteira de crédito chegou a R$ 113,1 bilhões, um crescimento de 17,7% sobre o mesmo período do ano passado. As receitas dessas operações apresentaram um aumento de 12,8%, chegando a R$ 10,4 bilhões.

Os ativos do banco somaram R$ 273,8 bilhões e os depósitos alcançaram R$ 139,9 bilhões ao final do segundo trimestre. Já o patrimônio líquido somava R$ 19,178 bilhões em 30 junho, com crescimento de 24,6% em relação a junho de 2005. O retorno sobre o patrimônio líquido foi de 47,8%.

A instituição encerrou o primeiro semestre com 23,7 milhões de clientes, sendo que 22,2 milhões são pessoas físicas.

O banco tem outros 6 milhões de clientes nas cadernetas de poupança e 2,5 milhões de beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
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Re: Re.: Servidores públicos fazem campanha contra Alckmin

Mensagem por rapha... »

Res Cogitans escreveu:
rapha... escreveu:É uma questão controversa, realmente.

Enquanto você associa "fim de terceirização e privatização" como pontos negativos, o "outro lado" vê isso como uma etapa natural e necessária no processo de diminuição do tamanho da máquina estatal.


Caixa Econômica, Banco do Brasil, Petrobras tem lucro suficiente pare que pagar seus empregados sem esforço. Inclusive a CEF e BB, assim como a maioria dos bancos, consegue pagar seus empregados só com o dinheiro ganho nas tarifas bancárias.


Três das maiores empresas estatais brasileiras. É muito óbvio que possuem lucro suficiente para se sustentarem e sobra muito mais. Porém, o Estado está cheio de empresas menores totalmente inúteis que só servem para gastar nossos impostos.

É disso que falo e são esses os alvos de Alckmin.

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Mensagem por Res Cogitans »

RicardoVitor escreveu:Nada mais saudável do que acabar com a festa dos cabides de emprego e parasitismo que é a máquina pública brasileira. Basta de sermos obrigados a pagar pelo péssimo serviço prestado pelos incompetentes funcionários públicos.


Sua crítica generalizada só mostra a pequenez do seu raciocínio carregado de estereótipos sem nenhum conhecimento de causa. Existem milhares de servidores públicos que com certeza trabalham mais que você (se é q vc trabalha).
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RicardoVitor
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Mensagem por RicardoVitor »

Res Cogitans escreveu:
RicardoVitor escreveu:Nada mais saudável do que acabar com a festa dos cabides de emprego e parasitismo que é a máquina pública brasileira. Basta de sermos obrigados a pagar pelo péssimo serviço prestado pelos incompetentes funcionários públicos.


Sua crítica generalizada só mostra a pequenez do seu raciocínio carregado de estereótipos sem nenhum conhecimento de causa. Existem milhares de servidores públicos que com certeza trabalham mais que você (se é q vc trabalha).


Desconheço essas pessoas. Eu sou obrigado a pagar o salário delas, e sempre que necessito da prestação de seus serviços, estes são péssimos. Se essas pessoas trabalham tanto, por que não posso escolher se compro ou não seus serviços? Se elas acreditam que são competentes em seu trabalho, por que a recusa de trabalhar para vender seus serviços no mercado, sem usar de regulação estatal para tal?
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user f.k.a. Cabeção
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Re: Re.: Servidores públicos fazem campanha contra Alckmin

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »

rapha... escreveu:É uma questão controversa, realmente.

Enquanto você associa "fim de terceirização e privatização" como pontos negativos, o "outro lado" vê isso como uma etapa natural e necessária no processo de diminuição do tamanho da máquina estatal.



O grau de estatização de uma economia sempre foi um bom indicador do seu atraso, mas no Brasil o tópico "privatização" é um tema proscrito e cada candidato quer se livrar da pecha de "privatizador neoliberal".

Ainda aparecem aqueles a dizer que se uma empresa estatal "dá lucro", é melhor continuar a assim. Mesmo não sendo da competência do Estado extrair petróleo, ser proprietário de mineiradoras, de bancos populares, de empresas de correios, de telefonia ou fábricas de aviões.

Em todos os casos de privatização o que se viu foi uma melhoria tanto da empresa, no que se refere a lucro, crescimento de atividades, valor de mercado e produtividade dos empregados, quanto dos serviços prestados, em matéria de preços, acessibilidade e variedades.

Enquanto isso a Petrobrás é usada para fazer propaganda eleitoral e o os Correios servem para viabilizar esquemas de corrupção monumentais e como moeda de troca entre partidos (vide acordo entre PT e PMDB). A Caixa é usada nos desmandos totalitários que violaram a conta do caseiro e para distribuir bolsas esmolas.

Além, é claro, do fato assustador dessas empresas, junto ao governo federal, abocanharem mais da metade do mercado de propaganda, e com isso servirem também como forma de controlar a mídia, principalmente a de teor oposicionista.

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Res Cogitans
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Mensagem por Res Cogitans »

RicardoVitor escreveu:Desconheço essas pessoas.


Então sua experiência de vida é bem limitada. Mesmo em cargos administrativos/burocráticos onde é mais notório o parasitismo, conheço gente que trabalha bem e me atendem bem na UFRJ.
Professores universitários são servidores públicos e tive vários excelentes.
Já fui operado por médicos que são servidores públicos e destes, não tenho nada a reclamar.
Se vc não consegue nenhum exemplo de um servidor eficiente, realmente sua experiência de vida é bem limitada.

Se elas acreditam que são competentes em seu trabalho, por que a recusa de trabalhar para vender seus serviços no mercado, sem usar de regulação estatal para tal?


Isso depende de cada caso.
Em alguns casos o salário é acima do mercado.
Estabilidade.
Se vc não for um capacho de patrão, isso não te prejudica tanto.
Conheço free-lancers trabalhando com consultoria em tecnologia da informação que trocaram a incerteza de receber de 10 a 15mil num mês e em outros quase nada ou nada, por ter um salário fixo de 6mil.
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Re.: Servidores públicos fazem campanha contra Alckmin

Mensagem por Res Cogitans »

Cabeção, se não me engano, sua mãe é professora da UFRJ não?
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.

*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.

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Aranha
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Re: Re.: Servidores públicos fazem campanha contra Alckmin

Mensagem por Aranha »

user f.k.a. Cabeção escreveu:
O grau de estatização de uma economia sempre foi um bom indicador do seu atraso, mas no Brasil o tópico "privatização" é um tema proscrito e cada candidato quer se livrar da pecha de "privatizador neoliberal".


- França, Itália e Suécia são exemplos de países "atrasados" com graus altos de estatização.

- Esse tipo de verdade suprema só funciona quando vc começa a questionar todas as excessões como se fossem heresias.

user f.k.a. Cabeção escreveu:
Ainda aparecem aqueles a dizer que se uma empresa estatal "dá lucro", é melhor continuar a assim. Mesmo não sendo da competência do Estado extrair petróleo, ser proprietário de mineiradoras, de bancos populares, de empresas de correios, de telefonia ou fábricas de aviões.


- Estas estatais surgiram numa conjuntura onde a globalização não existia e as empresas privadas nacionais não tinham capital suficiente para investir, mas a verdade é que são lucrativas hoje em dia, muitíssimo lucrativas, vendê-las a preço de banana é roubar o dinheiro dos nossos impostos que foram usados para criá-las, vendê-las a grupos estrangeiros é tirar de nossas mãos a chance de termos empresas grandes para representar nossos interesses no mundo globalizado.

- E porque o governo não pode ser dono de bancos populares? - Tem tudo a ver com investimentos em infra-estrutura, bem-estar social, educação e até segurança, os pilares do neoliberalismo que vc tanto defende, a Caixa é mais que um banco popular, é um banco social.

user f.k.a. Cabeção escreveu:
Em todos os casos de privatização o que se viu foi uma melhoria tanto da empresa, no que se refere a lucro, crescimento de atividades, valor de mercado e produtividade dos empregados, quanto dos serviços prestados, em matéria de preços, acessibilidade e variedades.


- Concordo contigo, mas reconheça que erros foram cometidos no processo, a área de pesquisa da telebrás, por exemplo, não deveria ter sido privatizada, havia pesquisas de anos com cabos óticos e raio laser que deveriam ter ficado como patrimônio intelectual nosso, a privatização da RFFSA foi um fracasso absoluto, o preço pelo que venderam a vale foi ridículo, não levaram em consideração o potencial da empresa, e ainda fizeram uma enorme campanha de que ela era improdutiva para desvalorizá-la ainda mais(aliás, fizeram isso com todas).

user f.k.a. Cabeção escreveu:
Enquanto isso a Petrobrás é usada para fazer propaganda eleitoral e o os Correios servem para viabilizar esquemas de corrupção monumentais e como moeda de troca entre partidos (vide acordo entre PT e PMDB). A Caixa é usada nos desmandos totalitários que violaram a conta do caseiro e para distribuir bolsas esmolas.


- Isto já acontece em grau muito menor hoje em dia, a imprensa, a PF e o MP estão mais vigilantes, existem agências reguladores, contratos internacionais invioláveis, lei de responsabilidade fiscal e uma sociedade bem menos tolerante, quem garante que esses instrumentos não garantem as coisas tão bem quanto a privatização? - Não vejo ela como uma panacéia universal como você.

- E Corrupção sempre haverá em algum grau, veja o caso da ENRON e das empresas ligadas aos republicanos trabalhando no Iraque.

user f.k.a. Cabeção escreveu:
Além, é claro, do fato assustador dessas empresas, junto ao governo federal, abocanharem mais da metade do mercado de propaganda, e com isso servirem também como forma de controlar a mídia, principalmente a de teor oposicionista.


- Peraí, de onde vc tirou isso? - Vc fala do mercado de propaganda total ou só da propaganda do governo?

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rapha...
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Re: Re.: Servidores públicos fazem campanha contra Alckmin

Mensagem por rapha... »

user f.k.a. Cabeção escreveu:(...)
Ainda aparecem aqueles a dizer que se uma empresa estatal "dá lucro", é melhor continuar a assim. Mesmo não sendo da competência do Estado extrair petróleo, ser proprietário de mineiradoras, de bancos populares, de empresas de correios, de telefonia ou fábricas de aviões.
(...)


Exato, Victor.

Sem falar no peso negativo que uma empresa estatal faz numa economia, quebrando a competitividade e criando um verdadeiro monopólio onde o Estado se vê soberano, regulando as normas em seu único benefício. E quem perde é só o consumidor.

Esse tipo de intervencionismo econômico é provadamente um dos pontos que mais contribuem para o crescimento.

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rapha...
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Mensagem por rapha... »

Abmael escreveu:- França, Itália e Suécia são exemplos de países "atrasados" com graus altos de estatização.


Compreendi a brincadeira, mas é falsa.

Primeiro que você teria de tecer uma linha lógica entre o fato de uma determinada nação ser rica e de que empresas de posse do governo tenham sido a causa disso.

Você quis criar uma analogia entre o fato de esses países terem estruturas governamentais modernas e ainda assim serem detentores de empresas.

Os três países são exemplos de economias sustentadas por empresas privadas, deixando para o Estado somente a prestação de serviço básica, que até mesmo alguns países já legaram à iniciativa privada, como o Japão.

Uma parte da síntese econômica da Itália extraída do NationMaster:

NationMaster escreveu:Italy has a diversified industrial economy with roughly the same total and per capita output as France and the UK. This capitalistic economy remains divided into a developed industrial north, dominated by private companies, and a less developed, welfare-dependent agricultural south, with 20% unemployment.


Agora, da França:

NationMaster escreveu:France is in the midst of transition, from a well-to-do modern economy that has featured extensive government ownership and intervention to one that relies more on market mechanisms. The Socialist-led government partially or fully privatized many large companies, banks, and insurers, but the government retains controlling stakes in several leading firms, including Air France, France Telecom, Renault, and Thales, and is dominant in some sectors, particularly power, public transport, and defense industries. The telecommunications sector is gradually being opened to competition.


Como pôde ler, a França está sob transição, vendendo empresas e bancos, mas ainda está retendo algumas empresas "estratégicas" (que no Brasil nem se cogita suas vendas), abrindo gradativamente a concorrência em certos setores.

Quanto à Suécia, bem, ela é conhecida por seus altos impostos, já na questão de empresas do governo, veja você mesmo (curiosidade: dentre as somente dezesseis empresas que o governo possui, duas delas são de destilação de bebidas alcoólicas).

Não existem exemplos de grande aparelhamento estatal e crescimento econômico. China? Suas virtudes são tão singulares que não se pode nem comparar. O Canadá seria um belo exemplo, com suas chamadas crown corporations (a maioria delas são parcerias entre o governo e a iniciativa privada), mas não passam de serviços básicos como transporte, saúde, educação, et cetera, e boa parte já foi privatizada.

Estatais como geração de riquezas ou simples prestação de serviços podem até funcionar, mas há inúmeros contras já postados aqui. As grandes nações já abandonaram essa idéia retrógrada há muito tempo.

Ou seja, ficamos só com nós mesmos como exemplo, visto que Lula e suas estatais transformaram o Brasil e já somos quase "primeiro mundo".

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Re.: Servidores públicos fazem campanha contra Alckmin

Mensagem por kao 1.0 »

Quem acha que vai ter zilhões de aumentos pode ir tirando o cavalinho da chuva. Os dois lados vão ter que fazer um ajuste fiscal, qualquer um dos dois precisará acabar com o deficit nominal. Talvez a única diferença é que Geraldo seja mais agressivo no corte de gastos emquanto o Lula vai ser mais paciente.

Não dá para continuar com a carga tributárai altíssima como nós temos hoje e nem dá para continuar com deficit nominal acima de 3% do pib.

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Aranha
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Mensagem por Aranha »

rapha... escreveu:
Abmael escreveu:- França, Itália e Suécia são exemplos de países "atrasados" com graus altos de estatização.


Compreendi a brincadeira, mas é falsa.

Primeiro que você teria de tecer uma linha lógica entre o fato de uma determinada nação ser rica e de que empresas de posse do governo tenham sido a causa disso.

Você quis criar uma analogia entre o fato de esses países terem estruturas governamentais modernas e ainda assim serem detentores de empresas.


- Seu comprometimento ideológico o levou a uma conclusão falsa e injusta, quem fez isso (pela via oposta) foi o cabeça e não eu, eu apenas o contestei.

rapha... escreveu:Os três países são exemplos de economias sustentadas por empresas privadas, deixando para o Estado somente a prestação de serviço básica, que até mesmo alguns países já legaram à iniciativa privada, como o Japão.

Uma parte da síntese econômica da Itália extraída do NationMaster:

NationMaster escreveu:Italy has a diversified industrial economy with roughly the same total and per capita output as France and the UK. This capitalistic economy remains divided into a developed industrial north, dominated by private companies, and a less developed, welfare-dependent agricultural south, with 20% unemployment.



- Onde aí acima está dizendo que a itália não tem empresas estatais atuando na economia ou que o estado atua apenas em serviços básicos?

rapha... escreveu:Agora, da França:

NationMaster escreveu:France is in the midst of transition, from a well-to-do modern economy that has featured extensive government ownership and intervention to one that relies more on market mechanisms. The Socialist-led government partially or fully privatized many large companies, banks, and insurers, but the government retains controlling stakes in several leading firms, including Air France, France Telecom, Renault, and Thales, and is dominant in some sectors, particularly power, public transport, and defense industries. The telecommunications sector is gradually being opened to competition.


Como pôde ler, a França está sob transição, vendendo empresas e bancos, mas ainda está retendo algumas empresas "estratégicas" (que no Brasil nem se cogita suas vendas), abrindo gradativamente a concorrência em certos setores.


- Mas continua sendo um país desenvolvido que possui empresas estatais, o cabeça deu a entender que isso era um fator de atraso, a França foi e ainda é estatista e não é atrasada, meu ponto está provado, procurar explicações alternativas para excessões inconvenientes só prova seu comprometimento ideológico, pensamento tipicamente religioso.

rapha... escreveu:Quanto à Suécia, bem, ela é conhecida por seus altos impostos, já na questão de empresas do governo, veja você mesmo (curiosidade: dentre as somente dezesseis empresas que o governo possui, duas delas são de destilação de bebidas alcoólicas).


- Só prá te lembrar, a Suêcia também é conhecida pelo seu altíssimo padrão de vida, pelas escolas públicas gratuitas e assistência médica de primeira qualidade 100% bancada pelo estado e serviços públicos de excelência.

rapha... escreveu:Não existem exemplos de grande aparelhamento estatal e crescimento econômico. China? Suas virtudes são tão singulares que não se pode nem comparar.


- Claro, é bastante incoveniente para você não é? - Aproveite e tire a URSS da lista também, o crescimento de 9% a.a deles é deveras incoveniente para a ideologia neoliberal também (só um detalhe: não sou anti-neoliberal).

rapha... escreveu:O Canadá seria um belo exemplo, com suas chamadas crown corporations (a maioria delas são parcerias entre o governo e a iniciativa privada), mas não passam de serviços básicos como transporte, saúde, educação, et cetera, e boa parte já foi privatizada.


- O fato de estarem sendo privatizadas não invalida o que afirmei, o que eu quis dizer é que a existência destas empresas em maior ou menor número não indica nível de atraso de um país.

rapha... escreveu:Estatais como geração de riquezas ou simples prestação de serviços podem até funcionar, mas há inúmeros contras já postados aqui. As grandes nações já abandonaram essa idéia retrógrada há muito tempo.


- Vejo isso apenas como mais um movimento, como foi o movimento estatista, não estou afirmando que não devamos privatizar, mas não vejo isso como uma lei universal a ser aplicada 100% a nós.

rapha... escreveu:Ou seja, ficamos só com nós mesmos como exemplo, visto que Lula e suas estatais transformaram o Brasil e já somos quase "primeiro mundo".


- As estatais não são um mal inventado pelo Lula.

Abraços,
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Ayyavazhi
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Mensagem por Ayyavazhi »

Res Cogitans escreveu:
RicardoVitor escreveu:Nada mais saudável do que acabar com a festa dos cabides de emprego e parasitismo que é a máquina pública brasileira. Basta de sermos obrigados a pagar pelo péssimo serviço prestado pelos incompetentes funcionários públicos.


Sua crítica generalizada só mostra a pequenez do seu raciocínio carregado de estereótipos sem nenhum conhecimento de causa. Existem milhares de servidores públicos que com certeza trabalham mais que você (se é q vc trabalha).


Concordo, Res. Essa generalização é bastante inadequada. A carapuça não me serve, mas continua sendo inadequado. Lendo o tópico, só podemos concluir que TODOS os funcionários públicos são vagabundos, incompetentes e irresponsáveis (entre outras “qualificações”). Digo que isso é humanamente impossível, mesmo que eu não conhecesse bons funcionários.

Falando apenas por mim: Sou um servidor público extremamente assíduo. Trabalho oito horas por dia, cinco dias por semana. Às vezes, seis. Não raro, sete. E nem sempre recebo horas extras por isso. Hora extra é bom e eu gosto, mas não vinculo meu trabalho à certeza de recebê-la. Se tem que ser feito, eu faço, mesmo sabendo que não vou ganhar um centavo a mais por isso.

Muitos que nos criticam não ficariam madrugadas inteiras, feriados e finais de semana longe de suas famílias por amor à camisa. Não vou entrar em detalhes, mas, muito desse trabalho extra ocorre por conta de irresponsabilidades do nosso querido povo; esse povo que deixa tudo para última hora, que entra na fila no último dia, que adora o jeitinho brasileiro de resolver as coisas; esse mesmo povo que critica a corrupção sem se aperceber que dá origem a ela; que reclama de esquemas quando o dito esquema não o contempla.

Dezenas de milhares de pessoas tentaram uma vaga no concurso público que, legitimamente, me deu este cargo. Mas não havia milhares de vagas. Não estariam essas pessoas, hoje, engrossando o exército de atiradores de pedras?

Que fique bem claro, tudo o que foi dito, por mim e pelos demais “colegas de classe”, não nega nem tenta negar a existência de maus funcionários. Deveriam esses, sim, ser demitidos.


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Mensagem por O ENCOSTO »

Avatar escreveu:
Res Cogitans escreveu:
RicardoVitor escreveu:Nada mais saudável do que acabar com a festa dos cabides de emprego e parasitismo que é a máquina pública brasileira. Basta de sermos obrigados a pagar pelo péssimo serviço prestado pelos incompetentes funcionários públicos.


Sua crítica generalizada só mostra a pequenez do seu raciocínio carregado de estereótipos sem nenhum conhecimento de causa. Existem milhares de servidores públicos que com certeza trabalham mais que você (se é q vc trabalha).


Concordo, Res. Essa generalização é bastante inadequada. A carapuça não me serve, mas continua sendo inadequado. Lendo o tópico, só podemos concluir que TODOS os funcionários públicos são vagabundos, incompetentes e irresponsáveis (entre outras “qualificações”). Digo que isso é humanamente impossível, mesmo que eu não conhecesse bons funcionários.

Falando apenas por mim: Sou um servidor público extremamente assíduo. Trabalho oito horas por dia, cinco dias por semana. Às vezes, seis. Não raro, sete. E nem sempre recebo horas extras por isso. Hora extra é bom e eu gosto, mas não vinculo meu trabalho à certeza de recebê-la. Se tem que ser feito, eu faço, mesmo sabendo que não vou ganhar um centavo a mais por isso.

Muitos que nos criticam não ficariam madrugadas inteiras, feriados e finais de semana longe de suas famílias por amor à camisa. Não vou entrar em detalhes, mas, muito desse trabalho extra ocorre por conta de irresponsabilidades do nosso querido povo; esse povo que deixa tudo para última hora, que entra na fila no último dia, que adora o jeitinho brasileiro de resolver as coisas; esse mesmo povo que critica a corrupção sem se aperceber que dá origem a ela; que reclama de esquemas quando o dito esquema não o contempla.

Dezenas de milhares de pessoas tentaram uma vaga no concurso público que, legitimamente, me deu este cargo. Mas não havia milhares de vagas. Não estariam essas pessoas, hoje, engrossando o exército de atiradores de pedras?

Que fique bem claro, tudo o que foi dito, por mim e pelos demais “colegas de classe”, não nega nem tenta negar a existência de maus funcionários. Deveriam esses, sim, ser demitidos.




Fora o metrô (que não precisa ser estatal), não uso serviços publicos. Por mim, podem acabar com todos os serviços publicos não relacionados à saúde, educação e segurança.

E não me interessa se existe ou não funcionários que trabalham bem no banco estatal ou outra empresa qualquer.

Me interessa saber se essa gente é realmente necessária. A maioria não é.

Outra coisa: Que se fodam os funcionários publicos sem aumento há 20 ou 30 anos.

Se não estão satisfeitos, busquem algo melhor. É assim que funciona na iniciativa privada. NINGUÉM é obrigado a ser funcionário público (para quem ainda não sabe). Essa gente não presta favor algum para mim. Pelo contrário.
O ENCOSTO


http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.

"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”

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Mensagem por Ayyavazhi »

O ENCOSTO escreveu:Fora o metrô (que não precisa ser estatal), não uso serviços publicos. Por mim, podem acabar com todos os serviços publicos não relacionados à saúde, educação e segurança.

E não me interessa se existe ou não funcionários que trabalham bem no banco estatal ou outra empresa qualquer.

Me interessa saber se essa gente é realmente necessária. A maioria não é.

Outra coisa: Que se fodam os funcionários publicos sem aumento há 20 ou 30 anos.

Se não estão satisfeitos, busquem algo melhor. É assim que funciona na iniciativa privada. NINGUÉM é obrigado a ser funcionário público (para quem ainda não sabe). Essa gente não presta favor algum para mim. Pelo contrário.


Gentileza de sua parte.

Eu gosto de ser coerente, Encosto, e apenas isso motiva minha resposta, mesmo que minhas perspectivas não sejam otimistas.

O fato de não ser necessário para você, não significa que não seja necessário para milhões. Sua postura é egoísta, e não digo isso com a intenção de ofender. Você está agindo exatamente igual àqueles que critica: se está bom para mim, o resto que se dane.

Ah, deixa pra lá. Eu preciso é aprender a dizer “que se dane”.

Outra coisa, eu não estou reclamando de nada. Sou concursado, estabilizado, e meu salário é excelente. O que importa se vocês me criticam? Que se dane.

Editado pela última vez por Ayyavazhi em 13 Out 2006, 12:08, em um total de 1 vez.

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Mensagem por Res Cogitans »

O que eu concordo é que o pessoal da Receita Federal deveria trabalhar um pouco melhor e colocar na malha fina essa cambada gente que mente na declaração do imposto de renda.
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RicardoVitor escreveu:Nada mais saudável do que acabar com a festa dos cabides de emprego e parasitismo que é a máquina pública brasileira. Basta de sermos obrigados a pagar pelo péssimo serviço prestado pelos incompetentes funcionários públicos.


Sua crítica generalizada só mostra a pequenez do seu raciocínio carregado de estereótipos sem nenhum conhecimento de causa. Existem milhares de servidores públicos que com certeza trabalham mais que você (se é q vc trabalha).


Concordo, Res. Essa generalização é bastante inadequada. A carapuça não me serve, mas continua sendo inadequado. Lendo o tópico, só podemos concluir que TODOS os funcionários públicos são vagabundos, incompetentes e irresponsáveis (entre outras “qualificações”). Digo que isso é humanamente impossível, mesmo que eu não conhecesse bons funcionários.

Falando apenas por mim: Sou um servidor público extremamente assíduo. Trabalho oito horas por dia, cinco dias por semana. Às vezes, seis. Não raro, sete. E nem sempre recebo horas extras por isso. Hora extra é bom e eu gosto, mas não vinculo meu trabalho à certeza de recebê-la. Se tem que ser feito, eu faço, mesmo sabendo que não vou ganhar um centavo a mais por isso.

Muitos que nos criticam não ficariam madrugadas inteiras, feriados e finais de semana longe de suas famílias por amor à camisa. Não vou entrar em detalhes, mas, muito desse trabalho extra ocorre por conta de irresponsabilidades do nosso querido povo; esse povo que deixa tudo para última hora, que entra na fila no último dia, que adora o jeitinho brasileiro de resolver as coisas; esse mesmo povo que critica a corrupção sem se aperceber que dá origem a ela; que reclama de esquemas quando o dito esquema não o contempla.

Dezenas de milhares de pessoas tentaram uma vaga no concurso público que, legitimamente, me deu este cargo. Mas não havia milhares de vagas. Não estariam essas pessoas, hoje, engrossando o exército de atiradores de pedras?

Que fique bem claro, tudo o que foi dito, por mim e pelos demais “colegas de classe”, não nega nem tenta negar a existência de maus funcionários. Deveriam esses, sim, ser demitidos.



Mal empregado existe em todo lugar, onde trabalho meus maiores problemas são justamente com os terceirizados, uma vez que a rotatividade destes é muito grande eles não criam nenhum vínculo com o lugar, trabalham porcamente são demitidos, então vêm outros para repetir o ciclo. E eu tenho que ficar corrigindo as imperícias desse pessoal.

Quem tem que ficar pelando saco do patrão e dizer amém pra tudo, não sabe a diferença do clima de trabalho do BNDES, Banco Central, Casa da Moeda...Para entrar nestes lugares você precisa passar por processos seletivos muito mais disputados que vestibulares.

Trabalho com pessoas com graduação e pós-graduação nas melhores faculdades públicas do país. Um dos empregados do Banco do Brasil (Sérgio Munchen) tem participação na escrita em Redbooks da IBM. Aliás tem muito empregado que trabalha na plataforma mainframe de empresas públicas que IBM, DBA, CA e outras grandes empresas estão correndo atrás. Uns estão saindo outros preferem ficar.
*Estou REALMENTE muito ocupado. Você pode ficar sem resposta em algum tópico. Se tiver sorte... talvez eu lhe dê uma resposta sarcástica.

*Deus deixou seu único filho morrer pendurado numa cruz, imagine o que ele fará com você.

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Fernando Silva
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Re: Re.: Servidores públicos fazem campanha contra Alckmin

Mensagem por Fernando Silva »

Res Cogitans escreveu:Onde não é necessário concurso público é uma festa.
Salários de pessoas que trabalham em tribunais, ministérios e outros lugares onde há um contato mais direto com pessoas mais "poderosas", o salário está muito acima do de mercado.

É este o problema.
O Estado é necessário em algumas áreas, mas não em outras.
A impressão é que, onde as pessoas realmente fazem algo de útil, recebem pouco e vice-versa.

A firma onde trabalho sempre vendeu para estatais, portanto pude observar coisas assim. A CSN era um cabide de empregos e vivia inchada de gente que não fazia nada e ganhava bem. Quem realmente trabalhava, ganhava mal.

Hoje, a Petrobras paga treinamentos aos funcionários, mesmo estagiários, em hotéis de luxo com diárias de 800 reais (e fica hospedado um por quarto).

Eu gostaria que o dinheiro jogado fora com gente inútil e mordomias não justificadas fosse gasta para consertar os hospitais, onde nada funciona e os médicos são mal pagos, e para consertar as universidades (a UERJ está literalmente caindo aos pedaços, com risco de ferir alguém) e as escolas públicas.

Também deveria gastar mais com nossa polícia, que não usa mais rádio por falta de dinheiro, que anda em viaturas amarradas com arame e às vezes tem que pedir ajuda para empurrá-las. Que moral diante dos bandidos tem ela se aparece em fotos descendo do morro de carona na caçamba de uma Kombi velha porque sua viatura quebrou?

Eu sou a favor de se pagar bem aos funcionários realmente necessários (e que sejam fiscalizados como o são pelos patrões os funcionários da iniciativa privada).

Mas fiquei com raiva quando um idiota elogiou o Lula por ter feito "muitos concursos públicos", ao contrário de FHC, que demitiu, como se contratar muitos funcionários fosse uma coisa boa em si.

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Fernando Silva
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Mensagem por Fernando Silva »

Res Cogitans escreveu:
RicardoVitor escreveu:Nada mais saudável do que acabar com a festa dos cabides de emprego e parasitismo que é a máquina pública brasileira. Basta de sermos obrigados a pagar pelo péssimo serviço prestado pelos incompetentes funcionários públicos.


Sua crítica generalizada só mostra a pequenez do seu raciocínio carregado de estereótipos sem nenhum conhecimento de causa. Existem milhares de servidores públicos que com certeza trabalham mais que você (se é q vc trabalha).

É um julgamento apressado, sem dúvida, mas se baseia naquilo que as pessoas vêem quando têm que lidar com o Estado.
É a face visível do Estado.

Um exemplo:
Li uma carta de uma leitora do jornal que tirou a tarde de folga para dar entrada no passaporte. Quando chegou à repartição, não havia mais ninguém na fila, mas não quiseram atendê-la porque ela precisava pegar uma senha e as senhas só eram entregues pela manhã. Ou seja, a repartição só ficava aberta para cumprir horário.

Outro exemplo: a indústria das multas de trânsito. Você recebe uma multa por uma infração cometida na esquina de ruas que não se cruzam, ou o carro é de modelo diferente do seu ou, bem na hora da suposta infração, você estava fazendo a vistoria anual (e tem o documento para provar).
Não adianta reclamar. Vão ignorá-lo.

Mas vão perdoar regularmente as multas de todo mundo que não pagou nos últimos anos, por motivos suspeitos, o que faz com que aqueles que pagam se sintam uns otários.

Daí, você fica doente e o hospital público está quebrado, os médicos não vieram, não há remédios e as filas na porta se formam desde a véspera.

Na escola pública não há aulas porque os professores estão em greve ou porque o teto desabou.

É isto que nós vemos. É com base nisto que julgamos.

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Mensagem por Ayyavazhi »

Fernando Silva escreveu:É um julgamento apressado, sem dúvida, mas se baseia naquilo que as pessoas vêem quando têm que lidar com o Estado.
É a face visível do Estado.

Um exemplo:
Li uma carta de uma leitora do jornal que tirou a tarde de folga para dar entrada no passaporte. Quando chegou à repartição, não havia mais ninguém na fila, mas não quiseram atendê-la porque ela precisava pegar uma senha e as senhas só eram entregues pela manhã. Ou seja, a repartição só ficava aberta para cumprir horário.

Outro exemplo: a indústria das multas de trânsito. Você recebe uma multa por uma infração cometida na esquina de ruas que não se cruzam, ou o carro é de modelo diferente do seu ou, bem na hora da suposta infração, você estava fazendo a vistoria anual (e tem o documento para provar).
Não adianta reclamar. Vão ignorá-lo.

Mas vão perdoar regularmente as multas de todo mundo que não pagou nos últimos anos, por motivos suspeitos, o que faz com que aqueles que pagam se sintam uns otários.

Daí, você fica doente e o hospital público está quebrado, os médicos não vieram, não há remédios e as filas na porta se formam desde a véspera.

Na escola pública não há aulas porque os professores estão em greve ou porque o teto desabou.

É isto que nós vemos. É com base nisto que julgamos.


Você não está errado, Fernando. Tudo isso, e muito mais, acontece. Nossa legislação e os órgãos de execução deveriam ser mais eficientes para que todos esses casos fossem detectados e sanados. Essa gente arrogante e parasita deveria ser posta no olho da rua. Eu também desejo isso e me indigno com os casos bizarros que nos tornam vítimas de um sistema corrompido.

O Brasil precisa de muitas mudanças. Mas não é atirando em todas as direções que vamos consertar alguma coisa. É necessário o remédio onde o mal aparece. Se eu não tivesse estabilidade profissional e o critério de manutenção do cargo fosse, por exemplo, uma avaliação anual do trabalho realizado, eu não teria medo algum.

Mas eu sei de gente que não faz nada e zurra que não precisa fazer pelos motivos que você já conhece. Isso me revolta tanto ou mais do que revoltaria a qualquer um de vocês. Não faço parte de nenhum clubinho que precisa ser defendido. Tenho orgulho de desenvolver um bom trabalho e (depois do salário) esse é meu maior pagamento.

E pouco me importa quem vencerá o 2º turno. Como disse o Res, político desonesto é axioma. Essa é a única generalização que eu aceito, até que apareça algum que me prove o contrário. Já que toquei no assunto, dizem que o Gabeira é um cara ético. Gostaria mesmo de saber que existe alguém assim. Não o conheço o bastante, vou apenas torcer para que seja verdade.


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Mensagem por user f.k.a. Cabeção »

Abmael escreveu:- França, Itália e Suécia são exemplos de países "atrasados" com graus altos de estatização.

- Esse tipo de verdade suprema só funciona quando vc começa a questionar todas as excessões como se fossem heresias.


Na verdade, o grau de estatização da economia é baixo, ainda que haja um estado do bem-estar social por lá que os esquerdinhas adoram mencionar.

Assim como França e Itália também não são tão estatizados quanto o Brasil. Inclusive, tome como exemplo a Renault, privatizada na década de noventa, e hoje com uma enorme penetração mundial, inclusive no Brasil, e a equipe vencedora do mundial de pilotos do ano passado e provável vencedora desse ano. Privatizar faz bem até por lá.

Ainda assim, por ser um dos países industrializados mais estatizados e com leis trabalhistas mais draconianas, a França tem índices de crescimento dos menos expressivos, tendo sido inclusive ultrapassada pela China em PIB no ano passado.



Abmael escreveu:- Estas estatais surgiram numa conjuntura onde a globalização não existia e as empresas privadas nacionais não tinham capital suficiente para investir, mas a verdade é que são lucrativas hoje em dia, muitíssimo lucrativas, vendê-las a preço de banana é roubar o dinheiro dos nossos impostos que foram usados para criá-las, vendê-las a grupos estrangeiros é tirar de nossas mãos a chance de termos empresas grandes para representar nossos interesses no mundo globalizado.

- E porque o governo não pode ser dono de bancos populares? - Tem tudo a ver com investimentos em infra-estrutura, bem-estar social, educação e até segurança, os pilares do neoliberalismo que vc tanto defende, a Caixa é mais que um banco popular, é um banco social.



Veja como o comprometimento "ideológico" de defender seus privilégios faz uma pessoa subverter a própria lógica.

Uma empresa estatal não deve existir para dar lucro altos. Se der lucros altos, então haverá interesse da iniciativa privada em prestar tal serviço, o que torna a participação do governo nesse setor do mercado redundante e perniciosa. O governo deve atuar em setores necessários e de baixo lucro ou de lucro nenhum, como segurança, saúde e educação públicas.

É claro que o que você falou no início tem lá sua razão, num ambiente onde o capital privado é escasso, cabe ao governo iniciar a prestação de certos serviços, mas esse não é mais o caso, então, o governo que caia fora.


Abmael escreveu:- Concordo contigo, mas reconheça que erros foram cometidos no processo, a área de pesquisa da telebrás, por exemplo, não deveria ter sido privatizada, havia pesquisas de anos com cabos óticos e raio laser que deveriam ter ficado como patrimônio intelectual nosso, a privatização da RFFSA foi um fracasso absoluto, o preço pelo que venderam a vale foi ridículo, não levaram em consideração o potencial da empresa, e ainda fizeram uma enorme campanha de que ela era improdutiva para desvalorizá-la ainda mais(aliás, fizeram isso com todas).



Um dos fatores que mais contribuem para o desenvolvimento científico de uma nação é a existência de centros de pesquisa e desenvolvimento privados extra-universitários. Tome como exemplo os EUA, que é de forma esmagadora o maior irradiador de conhecimento científico do mundo, e veja a quantidade de centros avançados como Bell Labs ou Microsoft. Esse papo de "patrimônio intelectual nosso" parece não colar por lá, e veja como dá certo.

Já quanto a privatização da Rede Ferroviária Federal a que se levar em consideração o tamanho da dívida acumulada, de uns 15 bilhões de reais, e o grau de sucateamento da mesma. Achar que o setor privado também vai querer levar prejuízo é típico da lei de Gerson que impera por aqui.

O que vocês e muitos brasileiros que adoram dar opinião precisam por na cabeça é que nem sempre um acordo é ruim porque o outro cara se deu bem. Por exemplo, a Vale foi vendida pelo seu valor de mercado na época, condizente com o seu tamanho, seus compromissos, sua produtividade e com suas instalações. A administração privada corrigiu rapidamente os problemas e hoje colocou ela como uma das maiores mineradoras do mundo. E aí a esquerda berra porque comparado ao valor de mercado de hoje da Vale, o preço que ela foi vendida é barato.

Quer dizer, se eu compro o carro todo fodido de um sujeito, mas eu entendo de mecânica e o coloco tinindo, o que faz seu valor subir consideravelmente, eu dei uma volta no sujeito que me vendeu?

O que aconteceu com a Vale era o que os vendedores e os compradores previam quando fizeram o negócio, que a empresa crescesse nas mãos da iniciativa privada. Pois se não houvesse essa previsão, a venda não se concretizaria.


- Isto já acontece em grau muito menor hoje em dia, a imprensa, a PF e o MP estão mais vigilantes, existem agências reguladores, contratos internacionais invioláveis, lei de responsabilidade fiscal e uma sociedade bem menos tolerante, quem garante que esses instrumentos não garantem as coisas tão bem quanto a privatização? - Não vejo ela como uma panacéia universal como você.

- E Corrupção sempre haverá em algum grau, veja o caso da ENRON e das empresas ligadas aos republicanos trabalhando no Iraque.



Só que para fiscalizar essas empresas também há um custo, e ainda não há fiscalização que controle as nomeações feitas pelo Executivo. E todo o esquema do mensalão só foi descoberto porque o Roberto Jefferson iria rodar na CPI dos Correios.

No caso Enron os prejudicados foram os acionistas, aqui é toda a população (pois apesar da população não receber dividendos dos altos lucros). No caso Enron foram efetuadas prisões, e a empresa foi à falência, e aqui, o que foi feito?
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Mensagem por O ENCOSTO »

Avatar escreveu:
O ENCOSTO escreveu:Fora o metrô (que não precisa ser estatal), não uso serviços publicos. Por mim, podem acabar com todos os serviços publicos não relacionados à saúde, educação e segurança.

E não me interessa se existe ou não funcionários que trabalham bem no banco estatal ou outra empresa qualquer.

Me interessa saber se essa gente é realmente necessária. A maioria não é.

Outra coisa: Que se fodam os funcionários publicos sem aumento há 20 ou 30 anos.

Se não estão satisfeitos, busquem algo melhor. É assim que funciona na iniciativa privada. NINGUÉM é obrigado a ser funcionário público (para quem ainda não sabe). Essa gente não presta favor algum para mim. Pelo contrário.


Gentileza de sua parte.

Eu gosto de ser coerente, Encosto, e apenas isso motiva minha resposta, mesmo que minhas perspectivas não sejam otimistas.

O fato de não ser necessário para você, não significa que não seja necessário para milhões. Sua postura é egoísta, e não digo isso com a intenção de ofender. Você está agindo exatamente igual àqueles que critica: se está bom para mim, o resto que se dane.

Ah, deixa pra lá. Eu preciso é aprender a dizer “que se dane”.

Outra coisa, eu não estou reclamando de nada. Sou concursado, estabilizado, e meu salário é excelente. O que importa se vocês me criticam? Que se dane.



Se EU fosse funcionário público (satisfeito) seria contra privatizações.

Não sou hipócrita a ponto de não reconhecer isso. Respeito quem defende o seu emprego, mas sem apelos emocionais, argumentos falaciosos, etc.

Um argumento idiota é se fazer de vitima e acusar o governo de não dar aumento salarial a uma determinada categoria de funcionários. Como disse, que vá arrumar uma capina! Ninguém é obrigado a ser funcionário público.

Voltando: Diga por quê precisamos que o correio seja estatal? Esse é apenas um exemplo.

Não estou sendo egoista. Os serviços de telefone foram privatizados e estão MAIS POPULARES QUE NUNCA. Só para citar um outro exemplo.
O ENCOSTO


http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.

"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”

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Re.: Servidores públicos fazem campanha contra Alckmin

Mensagem por O ENCOSTO »

Ah, deixa pra lá. Eu preciso é aprender a dizer “que se dane”.

Outra coisa, eu não estou reclamando de nada. Sou concursado, estabilizado, e meu salário é excelente. O que importa se vocês me criticam? Que se dane.




Esse é um bom motivo para não se respeitar funcionários públicos.

Na iniciativa privada, respeitamos nossos clientes e. São eles quem pagam nossos salários.

A lei da estabilidade de emprego permite criar seres tacanhos e mesquinhos que pensam da forma representada ai acima.

Não que seja o seu caso, Avatar. Pode ser que você tenha escrito isso no RV durante o calor do debate.

Mas isso realmente existe.
O ENCOSTO


http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.

"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”

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Mensagem por Ayyavazhi »

O ENCOSTO escreveu:Se EU fosse funcionário público (satisfeito) seria contra privatizações.

Não sou hipócrita a ponto de não reconhecer isso. Respeito quem defende o seu emprego, mas sem apelos emocionais, argumentos falaciosos, etc.


Encosto, não fiz nenhuma defesa do meu emprego, muito menos me coloquei contra privatizações. Defendi, e defenderei sempre, meu direito de não ser confundido com um irresponsável, parasita e incompetente apenas por ser funcionário público. O nome para isso é preconceito.

O ENCOSTO escreveu:Um argumento idiota é se fazer de vitima e acusar o governo de não dar aumento salarial a uma determinada categoria de funcionários. Como disse, que vá arrumar uma capina! Ninguém é obrigado a ser funcionário público.


Concordo em parte. Acho que as pessoas têm sim que reclamar se não recebem aumento salarial. Não é fácil ficar trocando de emprego e por isso sou contra essa postura de “os incomodados que se retirem”. Mas também não toquei nesse assunto, se você reparou. Até porque, como eu disse, não tenho nada do que reclamar do meu salário. Para ser franco, acredite se quiser, eu me incomodo sim, mas é com o abismo entre o meu salário e o da maioria esmagadora dos brasileiros. Sofro quando vejo um pai que não pode dar ao seu filho o mesmo padrão de vida que eu posso dar à minha princesa. Não tenho culpa disso (acho que não tenho) e não posso fazer nada para mudar esse estado de coisas. Tento me convencer, e essa é a verdade, que o problema não está no meu salário, mas no salário dos outros. Quisera que todos pudessem viver melhor.

Eu ganho bem, é verdade, mas trabalho bem e bastante. Há os que ganham bem e não fazem nada. Há os que trabalham muito e recebem pouco. Há os que trabalham pouco e recebem pouco. Onde está meu erro? Ter feito um concurso público e ter sido aprovado?

O ENCOSTO escreveu:Voltando: Diga por quê precisamos que o correio seja estatal? Esse é apenas um exemplo.

Não precisamos. Que seja privatizado, então.

O ENCOSTO escreveu:Não estou sendo egoista. Os serviços de telefone foram privatizados e estão MAIS POPULARES QUE NUNCA. Só para citar um outro exemplo.

Concordo. Suas afirmações anteriores me deram essa impressão.


Trancado