Led Zeppelin escreveu:Poderia haver diferenças no grau de capacidade do raciocínio cognitivo, matemático, lógico, etc, entre raças humanas? Todos sabem que em demais animais algumas raças superam as outras em intelgência, como nos cavalos, gatos e cães.
Tente ensinar a mesma coisa a um Fila Brasileiro e a um Pastor Alemão por exemplo, o segundo tem uma inteligência muito maior e aprenderá mais rapidamente. Isso é fato e não adianta negar. Agora o que pretendo discutir, sem manifestação racista alguma, é se poderia acontecer o mesmo em seres humanos.
Poder, poderia, o cérebro não é mágico, também tem boa parte de seu potencial determinado hereditariamente. Mas as coisas levam a crer que não há muitas diferenças de capacidades cognitivas
entre raças, que a maior parte das diferenças está
dentro delas, entre indivíduos.
Há diferenças entre por exemplo QIs seguindo um padrão que uns poderiam defender como racial, mas acaba sendo do conceito mais social do que biológico de raça, e as explicações para esse padrão acabam sendo melhores se também forem causas sócio-econômicas em vez de raízes biológicas.
Um livro que abordou o assunto desse padrão "racial" no QI foi "The bell curve":

Esse mesmo gráfico acho que já demonstra bastante o quanto que são culturais e sócio-econômicas, e não biológicas, essas diferenças, porque "hispânicos", são essencialmente "brancos"/europeus, geneticamente. Ao mesmo tempo, como eu já mencionei antes, essas divisões aí são meio fracas, e por exemplo, faria mais sentido se falar em raçaS negras - mais de uma - do que simplesmente "negros", porque na África que se passou a imensa maior parte da nossa história e evolução, e é lá que estão a maior parte das diferenças genéticas entre populações; ou seja, há africanos mais geneticamente distintos de africanos do que de europeus ou asiáticos.
Ao mesmo tempo, muitos preferem usar o termo "clina" ("cline", em inglês, não sei se essa seria a tradução exata), em vez de raça, tanto para humanos quanto para vários casos, porque significa algo menos bem delineado do que geralmente se entende por raça.
Ainda sobre o livro "bell curve", aqui tem um link que me parece interessante:
debunking the bell curve - com excertos de revistas como Scientific American e outras coisas.
Já prevendo que vai aparecer gente falando que não existem raças entre humanos e sim etnias já informo previamente que etnia está ligada a costumes e raça à carga genética, são coisas diferentes. Pra quem disser que por exemplo que não existe diferença praticamente alguma entre as raças humanas e que não deveriam ser consideradas raças, eu afirmo que as raças humanas são tão diferentes quanto a dos cavalos, aparentemente quase nehuma, mas existem características genéticas próprias como propensão maior a certas doenças.
Não é bem nenhuma coisa nem outra... raça e etnia são de fato diferentes, mas as raças de animais domésticos foram moldadas por pressões seletivas bem mais rigorosas do que as que moldaram as raças ou gradações fenotípicas raciais/populacionais humanas.
Já ouvi falar de alguns livros discutindo sobre a importância médica do reconhecimento de raças humanas, mas isso não implica que também devessem haver diferenças em capacidades cognitivas. As diferenças ambientais das diversas populações muito mais facilmente, e até inevitavelmente, selecionariam coisas relacionadas a resistência a doenças e outros aspectos da saúde; ao passo que seria dificílimo que apenas uma leve propensão a uns pontos a mais ou menos no QI fosse adaptativamente significativa ao longo dos territórios explorados pelos humanos. O mais provável é uma oscilação dentro das populações, sem grande variações entre elas, até porque somos animais sociais, o que diminuiria ainda mais pequenas vantagens individuais de genes para um potencial de QI um pouco maior.
Ao mesmo tempo, a quantidade de características que podem evoluir por seleção é limitada por fatores populacionais. Como
há diferenças incontestáveis entre as populações humanas - cor da pele, anatomia, resistências a diferentes doenças, adaptação a diferentes dietas, ficamos obrigados a concluir que essas tiveram "prioridade", dificultando ainda mais a evolução adaptativa de diferentes graus de capacidades cognitivas, que já seria pouco provável de ser "enxergada" pela seleção, para começar.
E vão dizer que não existe diferença entre um ariano e um pigmeu?
Nao existem "arianos" no sentido popularizado pela mitologia nazista:
"Os arianos, nômades pastoris que ocuparam o subcontinente indiano [...] Falantes de línguas indo-européias, disseminaram-nas para o Afeganistão, Irã e Índia. Estender o nome 'ariano' a fim de incluir europeus, e em particular, os alemães - que seriam supostamente os indo-europeus originais - é uma fantasia que começou na própria Alemanha e foi particularmente apreciada pelos teóricos nazistas"Genes, povos e línguas - Luigi Lucca CAvalli-Sforza
já foi abordado nesse fórum:
"Um gene judeu da inteligência".
Eu acho essas coisas de simplesmente ver que uma pessoa ou grupo de pessoas são Y, e então achar que logo deve ter genes para Y, é algo meio com ares de século XIX, craniometria e coisas do tipo, como o capitão do Beagle falando pro Darwin que ele não tinha o nariz de quem resistiria a longas viagens de navio; correlações espúrias, livre-associação, quando há explicações mais parcimoniosas.