Transfusão de sangue acaba em agressão a médico
- O ENCOSTO
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Transfusão de sangue acaba em agressão a médico
Transfusão de sangue acaba em agressão a médico
15/11/2006 09:18:29 - Jornal A Gazeta
O que vale mais diante de um impasse no tratamento de um paciente: a vontade da família ou a decisão do médico? A polêmica foi levada às últimas conseqüências, ontem em um hospital de Cariacica, e o caso foi parar na polícia.
A empresária Elza Amâncio Viana, 30 anos, deu entrada no Hospital São João Batista, em Cariacica, com princípio de aborto espontâneo. O marido, Gilson, acompanhava a esposa e pediu aos médicos que ela não recebesse transfusão de sangue, porque ambos pertenciam à congregação Testemunhas de Jeová e não admitiam o procedimento médico.
No entanto, o ginecologista P.C.V. - que pediu para não ter o nome divulgado - estava de plantão no hospital e decidiu realizar a transfusão para garantir a vida da paciente. O marido de Elza, inconformado, arrombou a sala de pré-parto, onde ela era atendida, e agrediu P.
Gilson justifica a atitude dizendo que perdeu a cabeça quando viu a mulher recebendo sangue, mesmo depois de ter avisado o hospital sobre sua decisão.
"Minha esposa estava grávida de 12 dias, mas nem sabia. Ela teve um princípio de aborto, levei-a em dois hospitais antes de chegar ao Hospital São João Batista. Se eles não tinham estrutura para outro procedimento, deveriam ter me avisado, porque eu a levaria para outro hospital", disse.
Por outro lado, o médico garante que essa era a única alternativa no momento. Segundo ele, a vida da paciente estava em risco e não havia tempo a perder.
"Tenho o respaldo do Código do Ética Médica. O hospital poderia ser acusado de negligência médica e omissão de socorro se deixasse a paciente morrer por falta da transfusão", afirmou.
O caso continuará na Justiça. O médico afirma que vai processar Gilson. O religioso diz que a congregação também analisa a possibilidade de processar o hospital.
A versão de cada um
"Ouvi ela gritando e perdi a cabeça"
Gilson Viana - 30 anos, marido da paciente
"Ouvi minha esposa me gritando e perdi a cabeça. Arrombei a porta e vi ela se batendo, com bolsas de sangue ao lado. Dei um soco na nuca do médico e disse que ele teria que me avisar. Quebrei as mangueiras que levavam o sangue até ela, mas já era tarde. Ela está muito abalada. Disse que está se sentindo violentada. A Bíblia diz que o sangue é vida e a vida só pode ser dada por Deus. Ela já tinha sofrido outros dois abortos. O primeiro foi há cinco anos e o outro há pouco mais de dois anos. Em nenhuma das duas situações anteriores ela recebeu transfusão de sangue".
"Considerei primeiro a vida da paciente"
P.C.V. - ginecologista agredido
"Considerei, em primeiro lugar, a vida da paciente. Ela chegou com um choque causado por um sangramento vaginal intenso, decorrente de um aborto incompleto. No momento, não havia, no hospital, outro tratamento além da transfusão de sangue. Ela corria risco de morte. A paciente estava inconsciente e só acordou quando estava estabilizada. O marido dela invadiu a sala de pré-parto, me agrediu fisicamente e agrediu verbalmente outros funcionários. Nunca tinha passado por uma situação como essa. Ele vai responder pelos seus atos. Vou entrar com uma ação na Justiça".
http://gazetaonline.globo.com/noticias/ ... _site=0844
15/11/2006 09:18:29 - Jornal A Gazeta
O que vale mais diante de um impasse no tratamento de um paciente: a vontade da família ou a decisão do médico? A polêmica foi levada às últimas conseqüências, ontem em um hospital de Cariacica, e o caso foi parar na polícia.
A empresária Elza Amâncio Viana, 30 anos, deu entrada no Hospital São João Batista, em Cariacica, com princípio de aborto espontâneo. O marido, Gilson, acompanhava a esposa e pediu aos médicos que ela não recebesse transfusão de sangue, porque ambos pertenciam à congregação Testemunhas de Jeová e não admitiam o procedimento médico.
No entanto, o ginecologista P.C.V. - que pediu para não ter o nome divulgado - estava de plantão no hospital e decidiu realizar a transfusão para garantir a vida da paciente. O marido de Elza, inconformado, arrombou a sala de pré-parto, onde ela era atendida, e agrediu P.
Gilson justifica a atitude dizendo que perdeu a cabeça quando viu a mulher recebendo sangue, mesmo depois de ter avisado o hospital sobre sua decisão.
"Minha esposa estava grávida de 12 dias, mas nem sabia. Ela teve um princípio de aborto, levei-a em dois hospitais antes de chegar ao Hospital São João Batista. Se eles não tinham estrutura para outro procedimento, deveriam ter me avisado, porque eu a levaria para outro hospital", disse.
Por outro lado, o médico garante que essa era a única alternativa no momento. Segundo ele, a vida da paciente estava em risco e não havia tempo a perder.
"Tenho o respaldo do Código do Ética Médica. O hospital poderia ser acusado de negligência médica e omissão de socorro se deixasse a paciente morrer por falta da transfusão", afirmou.
O caso continuará na Justiça. O médico afirma que vai processar Gilson. O religioso diz que a congregação também analisa a possibilidade de processar o hospital.
A versão de cada um
"Ouvi ela gritando e perdi a cabeça"
Gilson Viana - 30 anos, marido da paciente
"Ouvi minha esposa me gritando e perdi a cabeça. Arrombei a porta e vi ela se batendo, com bolsas de sangue ao lado. Dei um soco na nuca do médico e disse que ele teria que me avisar. Quebrei as mangueiras que levavam o sangue até ela, mas já era tarde. Ela está muito abalada. Disse que está se sentindo violentada. A Bíblia diz que o sangue é vida e a vida só pode ser dada por Deus. Ela já tinha sofrido outros dois abortos. O primeiro foi há cinco anos e o outro há pouco mais de dois anos. Em nenhuma das duas situações anteriores ela recebeu transfusão de sangue".
"Considerei primeiro a vida da paciente"
P.C.V. - ginecologista agredido
"Considerei, em primeiro lugar, a vida da paciente. Ela chegou com um choque causado por um sangramento vaginal intenso, decorrente de um aborto incompleto. No momento, não havia, no hospital, outro tratamento além da transfusão de sangue. Ela corria risco de morte. A paciente estava inconsciente e só acordou quando estava estabilizada. O marido dela invadiu a sala de pré-parto, me agrediu fisicamente e agrediu verbalmente outros funcionários. Nunca tinha passado por uma situação como essa. Ele vai responder pelos seus atos. Vou entrar com uma ação na Justiça".
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http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
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- Apáte
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Re.: Transfusão de sangue acaba em agressão a médico
Outra vez, se eu não quero receber socorro médico, o que o resto do mundo tem a ver com isso?
Deviam ter mandado-a para o céu.
Deviam ter mandado-a para o céu.
"Da sempre conduco una attività ininterrotta di lavoro, se qualche volta mi succede di guardare in faccia qualche bella ragazza... meglio essere appassionati di belle ragazze che gay" by: Silvio Berlusconi
Re.: Transfusão de sangue acaba em agressão a médico
Disse que está se sentindo violentada.
nessas horas que eu penso: o que violenta de verdade, sangue alheio ou Gerin Oil sabor TJ?
JINGOL BEL, JINGOL BEL DENNY NO COTEL...
i am gonna score... h-hah-hah-hah-hah-hah...
plante uma arvore por dia com um clic

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Re: Re.: Transfusão de sangue acaba em agressão a médico
Apáte escreveu:Outra vez, se eu não quero receber socorro médico, o que o resto do mundo tem a ver com isso?
Deviam ter mandado-a para o céu.
O problema é o possível processo que o médico poderia sofrer, quando alegassem que existia outra maneira de salvar a paciente sem transfusão de sangue (supondo que o médico não realizasse a transfusão e a paciente viesse a morrer).
Re: Re.: Transfusão de sangue acaba em agressão a médico
Hrrr escreveu:Disse que está se sentindo violentada.
nessas horas que eu penso: o que violenta de verdade, sangue alheio ou Gerin Oil sabor TJ?
Gerin Oil, sem dúvidas.
- Apáte
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Re: Re.: Transfusão de sangue acaba em agressão a médico
vukodlak escreveu:Apáte escreveu:Outra vez, se eu não quero receber socorro médico, o que o resto do mundo tem a ver com isso?
Deviam ter mandado-a para o céu.
O problema é o possível processo que o médico poderia sofrer, quando alegassem que existia outra maneira de salvar a paciente sem transfusão de sangue (supondo que o médico não realizasse a transfusão e a paciente viesse a morrer).

No caso da mulher, ela já tinha uma idéia antiga que não queria ajuda médica nesses casos e, inclusive, isto era contra seus príncipios religiosos. Por isso, acho que, nesses casos, a opnião do paciente que deveria valer.
Mas o problema é se chegar um paciente muito nervoso querendo tomar decisões impensadas por causa do momento que está passando, sendo que, provavelmente, em outras circunstâncias, não agiria assim. Como querer ser sedado a qualquer custo por causa de uma dor aguda mesmo que isso possa lhe fazer muito mal.
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Re: Re.: Transfusão de sangue acaba em agressão a médico
Apáte escreveu:vukodlak escreveu:Apáte escreveu:Outra vez, se eu não quero receber socorro médico, o que o resto do mundo tem a ver com isso?
Deviam ter mandado-a para o céu.
O problema é o possível processo que o médico poderia sofrer, quando alegassem que existia outra maneira de salvar a paciente sem transfusão de sangue (supondo que o médico não realizasse a transfusão e a paciente viesse a morrer).
Exato. Pretendia criticar a lei e não a atitude do médico.
No caso da mulher, ela já tinha uma idéia antiga que não queria ajuda médica nesses casos e, inclusive, isto era contra seus príncipios religiosos. Por isso, acho que, nesses casos, a opnião do paciente que deveria valer.
Mas o problema é se chegar um paciente muito nervoso querendo tomar decisões impensadas por causa do momento que está passando, sendo que, provavelmente, em outras circunstâncias, não agiria assim. Como querer ser sedado a qualquer custo por causa de uma dor aguda mesmo que isso possa lhe fazer muito mal.
Concordo.
Eu acho interessante a idéia de que essas congregações religiosas, como os Testemunhas de Jeová, tenham seus próprios hospitais com seus próprios médicos da mesma congregação, adestrados na fé deles, e utilizassem apenas esses hospitais próprios, para evitar este tipo de situação.
Antes que venham as pedras, não sou a favor de nenhuma lei de discriminação, uma lei que obrigue um grupo a construir hospital para si próprio , nada disso, acredito que a iniciativa deveria partir destes grupos, iniciativa própria. Seria uma maneira de diminuir essas tristes ocorrências.
- Deise Garcia
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Re.: Transfusão de sangue acaba em agressão a médico
Bem, me parece que o marido errou duas vezes. Uma vez tentando salva-la ditando regras dentro de um hospital e numa outra situação agredindo o médico. Talvez por ter receio de ser acusado por omissão de socorro tentou salva-la a seu modo. Seria mais fácil acusar o hospital de negligência médica. Pimenta nos olhos dos outros é refresco, como dizem por aí. Não sei se minha opinião pode ser considerada preconceituosa, mas alguém tem que assumir o erro, seja o marido que recusa os recursos da ciência, seja o hospital que não tem condições de atender o paciente, o que não era o caso.
Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei.
Re: Re.: Transfusão de sangue acaba em agressão a médico
vukodlak escreveu:Concordo.
Eu acho interessante a idéia de que essas congregações religiosas, como os Testemunhas de Jeová, tenham seus próprios hospitais com seus próprios médicos da mesma congregação, adestrados na fé deles, e utilizassem apenas esses hospitais próprios, para evitar este tipo de situação.
Antes que venham as pedras, não sou a favor de nenhuma lei de discriminação, uma lei que obrigue um grupo a construir hospital para si próprio , nada disso, acredito que a iniciativa deveria partir destes grupos, iniciativa própria. Seria uma maneira de diminuir essas tristes ocorrências.
Sua sugestão é inaceitável para esse grupo, meu caro.
Motivo: sua missão é restaurar o nome de Jeová e não fazer caridade. Note que este grupo religioso NÃO TEM UM SÓ ORFANATO, ASILO, HOSPITAL, NADA. A gráfica deles em Tatuí é mantida por um sistema semelhante ao trabalho escravo. Embora seja um trabalho voluntário, esse pessoal que lá trabalha NÃO TEM DIREITOS TRABALHISTAS. Não recebem salário, nem são pagos INSS ou fundo de garantia. Se um babaca for tão babaca para trabalhar lá sua vida toda, quando sair por não ter mais condições físicas para o trabalho, vai sair liso, leco e louco. Terá de ser sustentado pelos parentes... se forem de Jeová.
Assim é o povo de Jeová.
- clara campos
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Re.: Transfusão de sangue acaba em agressão a médico
esse homem devia ser encarcerado...
Só por existir, só por duvidar, tenho duas almas em guerra e sei que nenhuma vai ganhar... (J.P.)