salgueiro escreveu:
Anátema, para cada caso que vc citou, existe uma norma para TODOS, esse é o ponto
Não entendi o que quis dizer...
seria que essas coisas que citei valem independentemente da classe social?
Em parte. A maior parte dos médicos deve ser um pouco mais abastado, e incidentalmente, brancos.
Para ter um filho adotivo também há requisitos financeiros, eu suponho.
Não pode um cara chegar, adotar uma criança e levar lá pro lixão, de onde ele tira o sustento.
A pobreza, ou pior, a miséria já é excludente por si só. Soluções devem ser encontradas, não para aumentar ainda mais essa marginalização, e sim para diminuir.
Bjs
Mas eu acho que não aumenta, e sim diminui. Ou no mínimo, impede de aumentar mais.
Porque pessoas pobres tendo filhos estão aumentando o número de pessoas em que dividem sua pobreza - o que aumenta a pobreza individual, não diminui.
Outra coisa, que talvez esteja passando meio despercebida, mas não sei se faz diferença do ponto de vista de vocês, é que não seria entrar e esterilizar as pessoas a força, ao menos não logo de cara. Inicialmente, seria algo como fornecer métodos contraceptivos, gratuitamente, que a pessoa teria a obrigação de usar. Também se explicaria, que não se deve ter um filho naquelas condições, que é desumano. Que apesar dele não ter culpa da própria situação, não justifica forçar mais uma pessoa, uma criança inocente, à uma situação ainda pior (porque está dividindo a pobreza por mais gente a partir do momento que a criança nasce).
Acho que só se as pessoas, mesmo tendo isso sendo oferecido, talvez devessem ser esterilizadas mais a força. As vezes nem seria exatamente a força, porque a pessoa poderia até concordar com tudo, mas simplesmente descuidar de usar o método anticoncepcional oferecido, talvez por isso fosse melhor os implantes subcutâneos.
Mas mesmo que tivesse em algum momento que ser a força mesmo, ainda acho justo, como seria justo impedir à força que um bebê ou criança fosse seqüestrada de um orfanato e levada para um lixão para viver lá.