arma, bebida e tabaco elegem 65 deputados
arma, bebida e tabaco elegem 65 deputados
20/11/2006 - 09h19
Arma, bebida e tabaco elegem 65 deputados
RUBENS VALENTE
LEANDRO BEGUOCI
da Folha de S.Paulo
Empresas de bebidas, de armas e munições e de tabaco ajudaram a eleger, com doações financeiras que realizaram nas últimas eleições, 65 deputados federais (12% do Congresso Nacional) dos principais partidos e 30 deputados estaduais.
Juntas, as empresas desses setores --sensíveis a eventuais mudanças na legislação acerca de restrição de uso e consumo-- injetaram R$ 13 milhões nas campanhas. A maior parte veio das indústrias de cerveja e refrigerantes, como as concorrentes AmBev (Companhia de Bebidas das Américas) e Primo Schincariol, que fizeram contribuições de R$ 10,6 milhões e elegeram 41 parlamentares.
Na Câmara, o maior beneficiário do setor foi o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), com R$ 400 mil.
A Ambev, maior indústria de bebidas da América Latina, com receita líquida de R$ 15,9 bilhões e dona de marcas como Brahma, Skol e Antarctica, destinou R$ 5,1 milhões, principalmente por meio da empresa controlada Fratelli Vita (R$ 4,8 milhões).
As cervejarias também ajudaram na vitória de seis governadores de Estado: José Serra (PSDB-SP), Aécio Neves (PSDB-MG), Marcelo Déda (PT-SE), José Roberto Arruda (PFL-DF), Teotônio Vilela (PSDB-AL) e Eduardo Braga (PMDB-AM).
As doações das indústrias de armamentos vieram da Taurus, sediada no Rio Grande do Sul, e da CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos), com fábrica no interior de São Paulo. Elas beneficiaram candidatos de vários partidos, como Miguel Rossetto (PT-RS), ministro do Desenvolvimento Agrário do governo Lula, que recebeu R$ 100 mil da CBC para sua campanha derrotada ao Senado.
As doações das indústrias de tabaco vieram de empresas multinacionais com sede no Rio Grande do Sul, maior produtor de fumo do país.
Campeões
As planilhas das prestações de conta que os partidos devem preencher e entregar ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) não prevêem a indicação do setor da economia das empresas ou das pessoa doadoras.
Levantamento feito pela Folha indicou um total de pelo menos R$ 58,6 milhões em doações feitas por empreiteiras, R$ 31,9 milhões provenientes de siderúrgicas e mineradoras, R$ 27,8 milhões de bancos e R$ 11,6 milhões de indústrias de celulose e papel.
O ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci (PT-SP) foi o candidato à Câmara dos Deputados que mais recebeu dos bancos, com R$ 250 mil (Unibanco e Itaú). Em sua gestão (2003-2006), o setor bateu recordes históricos de lucro.
Outro ex-ministro de Lula, Ciro Gomes (PSB-CE) foi o campeão entre as siderúrgicas, com R$ 800 mil. Ele foi ministro da Integração Nacional.
Entre os candidatos a deputado apoiados por empreiteiras, a deputada federal Thelma Oliveira (PSDB-MT), viúva do ex-governador Dante de Oliveira, foi a que mais recebeu recursos, com R$ 660 mil da Amper Construções Elétricas Ltda., que pertence ao irmão de Dante, Armando.
A coletora de lixo Leão Leão Ltda., investigada pelo Ministério Público de São Paulo por supostas irregularidades em contratos públicos, contribuiu com R$ 100 mil para Duarte Nogueira (PSDB-SP), ex-secretário de Estado da Agricultura.
A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) colaborou com R$ 400 mil. Ajudou a eleger senador, com R$ 50 mil, o ex-governador Marconi Perillo (PSDB-GO).
http://www1.folha.uol.com.br/folha/bras ... 6832.shtml
Arma, bebida e tabaco elegem 65 deputados
RUBENS VALENTE
LEANDRO BEGUOCI
da Folha de S.Paulo
Empresas de bebidas, de armas e munições e de tabaco ajudaram a eleger, com doações financeiras que realizaram nas últimas eleições, 65 deputados federais (12% do Congresso Nacional) dos principais partidos e 30 deputados estaduais.
Juntas, as empresas desses setores --sensíveis a eventuais mudanças na legislação acerca de restrição de uso e consumo-- injetaram R$ 13 milhões nas campanhas. A maior parte veio das indústrias de cerveja e refrigerantes, como as concorrentes AmBev (Companhia de Bebidas das Américas) e Primo Schincariol, que fizeram contribuições de R$ 10,6 milhões e elegeram 41 parlamentares.
Na Câmara, o maior beneficiário do setor foi o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), com R$ 400 mil.
A Ambev, maior indústria de bebidas da América Latina, com receita líquida de R$ 15,9 bilhões e dona de marcas como Brahma, Skol e Antarctica, destinou R$ 5,1 milhões, principalmente por meio da empresa controlada Fratelli Vita (R$ 4,8 milhões).
As cervejarias também ajudaram na vitória de seis governadores de Estado: José Serra (PSDB-SP), Aécio Neves (PSDB-MG), Marcelo Déda (PT-SE), José Roberto Arruda (PFL-DF), Teotônio Vilela (PSDB-AL) e Eduardo Braga (PMDB-AM).
As doações das indústrias de armamentos vieram da Taurus, sediada no Rio Grande do Sul, e da CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos), com fábrica no interior de São Paulo. Elas beneficiaram candidatos de vários partidos, como Miguel Rossetto (PT-RS), ministro do Desenvolvimento Agrário do governo Lula, que recebeu R$ 100 mil da CBC para sua campanha derrotada ao Senado.
As doações das indústrias de tabaco vieram de empresas multinacionais com sede no Rio Grande do Sul, maior produtor de fumo do país.
Campeões
As planilhas das prestações de conta que os partidos devem preencher e entregar ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) não prevêem a indicação do setor da economia das empresas ou das pessoa doadoras.
Levantamento feito pela Folha indicou um total de pelo menos R$ 58,6 milhões em doações feitas por empreiteiras, R$ 31,9 milhões provenientes de siderúrgicas e mineradoras, R$ 27,8 milhões de bancos e R$ 11,6 milhões de indústrias de celulose e papel.
O ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci (PT-SP) foi o candidato à Câmara dos Deputados que mais recebeu dos bancos, com R$ 250 mil (Unibanco e Itaú). Em sua gestão (2003-2006), o setor bateu recordes históricos de lucro.
Outro ex-ministro de Lula, Ciro Gomes (PSB-CE) foi o campeão entre as siderúrgicas, com R$ 800 mil. Ele foi ministro da Integração Nacional.
Entre os candidatos a deputado apoiados por empreiteiras, a deputada federal Thelma Oliveira (PSDB-MT), viúva do ex-governador Dante de Oliveira, foi a que mais recebeu recursos, com R$ 660 mil da Amper Construções Elétricas Ltda., que pertence ao irmão de Dante, Armando.
A coletora de lixo Leão Leão Ltda., investigada pelo Ministério Público de São Paulo por supostas irregularidades em contratos públicos, contribuiu com R$ 100 mil para Duarte Nogueira (PSDB-SP), ex-secretário de Estado da Agricultura.
A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) colaborou com R$ 400 mil. Ajudou a eleger senador, com R$ 50 mil, o ex-governador Marconi Perillo (PSDB-GO).
http://www1.folha.uol.com.br/folha/bras ... 6832.shtml
JINGOL BEL, JINGOL BEL DENNY NO COTEL...
i am gonna score... h-hah-hah-hah-hah-hah...
plante uma arvore por dia com um clic

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Re.: arma, bebida e tabaco elegem 65 deputados
Desde que se declare, acho legítimo. Não quer dizer que eu concorde.
Acho próximo do ideal o financiamento público e o voto distrital misto.
Acho próximo do ideal o financiamento público e o voto distrital misto.
"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma." (Joseph Pulitzer).
Re.: arma, bebida e tabaco elegem 65 deputados
[quote= "Hrrr"]A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) colaborou com R$ 400 mil. Ajudou a eleger senador, com R$ 50 mil, o ex-governador Marconi Perillo (PSDB-GO). [/quote]
Ué, os clubes não estão falindo, precisando de uma mãozinha do governo federal?
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"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."


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Re.: arma, bebida e tabaco elegem 65 deputados
Acho próximo do ideal o financiamento público e o voto distrital misto. 2
"Sua calcinha nos joelhos, sua bunda detonada... fazendo o velho movimento de entra e sai"
Re.: arma, bebida e tabaco elegem 65 deputados
Peraê... Isso não é proibido no Brasil?
"É extremamente fácil enganar a si mesmo; pois o homem geralmente acredita no que deseja"
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Re.: arma, bebida e tabaco elegem 65 deputados
É...
"É extremamente fácil enganar a si mesmo; pois o homem geralmente acredita no que deseja"
Re.: arma, bebida e tabaco elegem 65 deputados
o tema dessa noticia nao parece ser muito menos nocivo que "Narcotrafico elege x deputados"
afinal, sao drogas legais e/ou instrumentos de violencia
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Re: Re.: arma, bebida e tabaco elegem 65 deputados
Hrrr escreveu:o tema dessa noticia nao parece ser muito menos nocivo que "Narcotrafico elege x deputados"
afinal, sao drogas legais e/ou instrumentos de violencia
Eles não prescisam comprar os Deputas... Eles apenas alugam...
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Re.: arma, bebida e tabaco elegem 65 deputados
CAVEIRA,
Não. Todas são financiadas. O proibido é financiar sem declarar.
Não. Todas são financiadas. O proibido é financiar sem declarar.
"Sua calcinha nos joelhos, sua bunda detonada... fazendo o velho movimento de entra e sai"
Re.: arma, bebida e tabaco elegem 65 deputados
Hohohohoho, Estado de Classe...
Re.: arma, bebida e tabaco elegem 65 deputados
Exato, Night. E não apenas aí! Gera-se, nesse caso, um "rabo preso" antiético, que beneficia os tais "investidores" na aprovação e gestão de leis.
Caso semelhante são as festas travestidas de palestras e encontros dados pelos Plano de Saúde aos desembargadores da Justiça.
Caso semelhante são as festas travestidas de palestras e encontros dados pelos Plano de Saúde aos desembargadores da Justiça.

Re.: arma, bebida e tabaco elegem 65 deputados
Rumores, possivelmente. Mas é sempre bom pensar a quem é que as ações que um governo toma interessam. Não existem governo imparciais.
Aliás, Collor assumiu a presidência com o discurso hipócrita de caça aos marajás. Marajás esses criados em boa medida pelo despótico e injusto regime autoritário, onde inúmeros cargos públicos foram distribuídos como privilégios a um número de pessoas que não fez um mínimo de esforço para obtê-los.
Hipocrisia tamanha, visto que a raiz política de Collor não diferia muito da de Sarney, um dos baluartes daquele regime e (pasmem!), o grande homem da nossa redemocratização.
Aliás, Collor assumiu a presidência com o discurso hipócrita de caça aos marajás. Marajás esses criados em boa medida pelo despótico e injusto regime autoritário, onde inúmeros cargos públicos foram distribuídos como privilégios a um número de pessoas que não fez um mínimo de esforço para obtê-los.
Hipocrisia tamanha, visto que a raiz política de Collor não diferia muito da de Sarney, um dos baluartes daquele regime e (pasmem!), o grande homem da nossa redemocratização.
Proibido e ilegal não é, mas que é um dos maiores problemas da democracia representativa o financiamento das campanhas ah isso é.
Para mim isso teria que mudar radicalmente.Além do financiamento publico,deveria se ampliar os espaços de divulgação na midia, regulamentados, não esses caras que compram horario para tentar assassinar carater de outros politicos.Além disso ser politico tem que deixar de ser carreira e ser ocupação, para a pessoa não vincular seu projeto de vida a permanecer no poder, pois se for, vai fazer o que for preciso para permanecer no poder, comprometendo o mais importante o exercicio do poder.Esse exercicio que tem que ser ampliado,com mais participação popular, tanto como fiscal, com controle, seleção de propostas, nivel distrital, e com outros mecanismos no ambito nacional.
Para mim isso teria que mudar radicalmente.Além do financiamento publico,deveria se ampliar os espaços de divulgação na midia, regulamentados, não esses caras que compram horario para tentar assassinar carater de outros politicos.Além disso ser politico tem que deixar de ser carreira e ser ocupação, para a pessoa não vincular seu projeto de vida a permanecer no poder, pois se for, vai fazer o que for preciso para permanecer no poder, comprometendo o mais importante o exercicio do poder.Esse exercicio que tem que ser ampliado,com mais participação popular, tanto como fiscal, com controle, seleção de propostas, nivel distrital, e com outros mecanismos no ambito nacional.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/
Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.
http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196
O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.
Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.
http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196
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- Mr. Crowley
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Re: Re.: arma, bebida e tabaco elegem 65 deputados
Usuário deletado escreveu:Samael escreveu:Rumores, possivelmente. Mas é sempre bom pensar a quem é que as ações que um governo toma interessam. Não existem governo imparciais.
Aliás, Collor assumiu a presidência com o discurso hipócrita de caça aos marajás. Marajás esses criados em boa medida pelo despótico e injusto regime autoritário, onde inúmeros cargos públicos foram distribuídos como privilégios a um número de pessoas que não fez um mínimo de esforço para obtê-los.
Hipocrisia tamanha, visto que a raiz política de Collor não diferia muito da de Sarney, um dos baluartes daquele regime e (pasmem!), o grande homem da nossa redemocratização.
O Collor demitiu muitos marajás que foram indicados, mas também demitiu muitos concursados, felizmente estes conseguiram recorrer na justiça e recuperar seus empregos.
Já quanto ao Sarney realmente ele foi essencial para a redemocratização do país, se ele não tivesse assumido o governo o risco dos militares continuarem no poder seria grande.
muito improvável...
o processo de abertura política começou com os próprios militares, já durante o governo Geisel e principalmente no governo Figueiredo(Rodrigo Figueiredo, você tem algum parentesco com ele?!?!?!

a não ser que os milicos adotassem a política de extermínio no estilo da utilzada pelo filho da puta do Pinochet, ou seja, mandar pessoas pra campos de extermínio e fuzilar todos.

Re: Re.: arma, bebida e tabaco elegem 65 deputados
Usuário deletado escreveu:Samael escreveu:Rumores, possivelmente. Mas é sempre bom pensar a quem é que as ações que um governo toma interessam. Não existem governo imparciais.
Aliás, Collor assumiu a presidência com o discurso hipócrita de caça aos marajás. Marajás esses criados em boa medida pelo despótico e injusto regime autoritário, onde inúmeros cargos públicos foram distribuídos como privilégios a um número de pessoas que não fez um mínimo de esforço para obtê-los.
Hipocrisia tamanha, visto que a raiz política de Collor não diferia muito da de Sarney, um dos baluartes daquele regime e (pasmem!), o grande homem da nossa redemocratização.
O Collor demitiu muitos marajás que foram indicados, mas também demitiu muitos concursados, felizmente estes conseguiram recorrer na justiça e recuperar seus empregos.
Já quanto ao Sarney realmente ele foi essencial para a redemocratização do país, se ele não tivesse assumido o governo o risco dos militares continuarem no poder seria grande.
Night, quando tratamos de regimes militares em História, costumamos alcunhá-los de duas formas: transições abruptas, de ruptura; e transições pactuadas, graduais.
O fim do regime militar brasileiro se encontra na segunda alvunha. Ao contrário de rupturas como a Argentina, por exemplo, onde os ditadores foram execrados do poder por seus inimigos políticos e todos condenados judicialmente por seus crimes, no Brasil a abertura foi realizada gradativamente de maneira a preservar tanto a integridade dos autocratas quanto para manter a estrutura de poder vigente.
Aqui, perdoou-se torturador e torturado. E, nisso, o descalabro absurdo chegou a seu patamar de ironia máxima: o redemocratizador da nação foi o justo o político BASE da ditadura. Antigo presidente do ARENA. Com isso, inúmeros crimes políticos nunca foram resolvidos, boa parte daqueles políticos que foram condizentes com o autoritarismo continuaram com seu mando, a capacidade de organização da esquerda foi danificada, etc...
Um alegoria válida seria o governo de Franco na Espanha.
- Led Zeppelin
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Re.: arma, bebida e tabaco elegem 65 deputados
Depois os governantes costumam compensar os financiamentos com atos repudiáveis como o favorecimento dessas empresas em casos de licitação.
É o famoso "uma mão lava a outra".
"Sua calcinha nos joelhos, sua bunda detonada... fazendo o velho movimento de entra e sai"
Re: Re.: arma, bebida e tabaco elegem 65 deputados
Led Zeppelin escreveu:CAVEIRA,
Não. Todas são financiadas. O proibido é financiar sem declarar.
Ahhh... grato pela informação!
"É extremamente fácil enganar a si mesmo; pois o homem geralmente acredita no que deseja"
- Mr. Crowley
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Re: Re.: arma, bebida e tabaco elegem 65 deputados
Samael escreveu:Usuário deletado escreveu:Samael escreveu:Rumores, possivelmente. Mas é sempre bom pensar a quem é que as ações que um governo toma interessam. Não existem governo imparciais.
Aliás, Collor assumiu a presidência com o discurso hipócrita de caça aos marajás. Marajás esses criados em boa medida pelo despótico e injusto regime autoritário, onde inúmeros cargos públicos foram distribuídos como privilégios a um número de pessoas que não fez um mínimo de esforço para obtê-los.
Hipocrisia tamanha, visto que a raiz política de Collor não diferia muito da de Sarney, um dos baluartes daquele regime e (pasmem!), o grande homem da nossa redemocratização.
O Collor demitiu muitos marajás que foram indicados, mas também demitiu muitos concursados, felizmente estes conseguiram recorrer na justiça e recuperar seus empregos.
Já quanto ao Sarney realmente ele foi essencial para a redemocratização do país, se ele não tivesse assumido o governo o risco dos militares continuarem no poder seria grande.
Night, quando tratamos de regimes militares em História, costumamos alcunhá-los de duas formas: transições abruptas, de ruptura; e transições pactuadas, graduais.
O fim do regime militar brasileiro se encontra na segunda alvunha. Ao contrário de rupturas como a Argentina, por exemplo, onde os ditadores foram execrados do poder por seus inimigos políticos e todos condenados judicialmente por seus crimes, no Brasil a abertura foi realizada gradativamente de maneira a preservar tanto a integridade dos autocratas quanto para manter a estrutura de poder vigente.
Aqui, perdoou-se torturador e torturado. E, nisso, o descalabro absurdo chegou a seu patamar de ironia máxima: o redemocratizador da nação foi o justo o político BASE da ditadura. Antigo presidente do ARENA. Com isso, inúmeros crimes políticos nunca foram resolvidos, boa parte daqueles políticos que foram condizentes com o autoritarismo continuaram com seu mando, a capacidade de organização da esquerda foi danificada, etc...
Um alegoria válida seria o governo de Franco na Espanha.
e não duvidaria nada se em alguns anos elegessem caras como Costa e Silva e Médici para grandes cargos políticos novamente... o porra do Delfim Neto, que fez uma das maiores cagadas sociais da história do Brasil, tá ae até hoje(não foi eleito graças a deus, mas parece que vai ter alguma função no governo e talz...)

Re.: arma, bebida e tabaco elegem 65 deputados
Nem os milicos daqui eram unidos...