Religião é Veneno. Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico.
Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico. Combate ao fanatismo e ao fundamentalismo religioso.
O ENCOSTO escreveu:Vamos deixar de ser politicamente corretos. SEjamos sinceros. Dinheiro não é tudo, é claro. Mas é 100%.
Sem dúvidas!
Sem exageros de lado nenhum. Boas condições de trabalho (não estou falando em viadagem) ajudam sim... Pensem na situação contrária: Uma empresa que paga até muito bem, mas onde você seja vigiado o tempo todo, não possa nem respirar, o chefe peça tudo aos gritos ou mediante ameaças. Onde ninguém conversa com ninguém, sendo todos estimulados a competir nos mínimos detalhes e delatar qualquer falha do colega ao lado. Isso gera produtividade?
O ENCOSTO escreveu:Vamos deixar de ser politicamente corretos. SEjamos sinceros. Dinheiro não é tudo, é claro. Mas é 100%.
Sem dúvidas!
Sem exageros de lado nenhum. Boas condições de trabalho (não estou falando em viadagem) ajudam sim... Pensem na situação contrária: Uma empresa que paga até muito bem, mas onde você seja vigiado o tempo todo, não possa nem respirar, o chefe peça tudo aos gritos ou mediante ameaças. Onde ninguém conversa com ninguém, sendo todos estimulados a competir nos mínimos detalhes e delatar qualquer falha do colega ao lado. Isso gera produtividade?
O ENCOSTO escreveu:Vamos deixar de ser politicamente corretos. SEjamos sinceros. Dinheiro não é tudo, é claro. Mas é 100%.
Sem dúvidas!
Sem exageros de lado nenhum. Boas condições de trabalho (não estou falando em viadagem) ajudam sim... Pensem na situação contrária: Uma empresa que paga até muito bem, mas onde você seja vigiado o tempo todo, não possa nem respirar, o chefe peça tudo aos gritos ou mediante ameaças. Onde ninguém conversa com ninguém, sendo todos estimulados a competir nos mínimos detalhes e delatar qualquer falha do colega ao lado. Isso gera produtividade?
É assim nas empresas públicas...
Nos lugares onde eu trabalho ou trabalhei (administração direta) nunca foi. O clima era um pouquinho (não muito) mais pesado nos lugares mais "privados" onde eu trabalhei: Uma faculdade de fundação privada e uma universidade católica.
O ENCOSTO escreveu:Vamos deixar de ser politicamente corretos. SEjamos sinceros. Dinheiro não é tudo, é claro. Mas é 100%.
Sem dúvidas!
Sem exageros de lado nenhum. Boas condições de trabalho (não estou falando em viadagem) ajudam sim... Pensem na situação contrária: Uma empresa que paga até muito bem, mas onde você seja vigiado o tempo todo, não possa nem respirar, o chefe peça tudo aos gritos ou mediante ameaças. Onde ninguém conversa com ninguém, sendo todos estimulados a competir nos mínimos detalhes e delatar qualquer falha do colega ao lado. Isso gera produtividade?
É assim nas empresas públicas...
- Pelo menos na que eu trabalho, não é não....
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades" Ben Parker
Alter-Ego escreveu:É assim nas empresas públicas...
Gente, vamos de uma vez por todas parar de colocar prefeituras e outros órgãos públicos juntos de empresas públicas na mesma panela por favor. Nunca vi ninguém espancando do TCU ou outro órgão outro colega de trabalho para se sobressair. As regras são claras: cumpriu metas ganha, não cumpriu, pode ficar disponível.
O caso que Ateu colocou era o que acontecia na Globo e Pirelli. A conversa da semana se baseava em se preocupar em quanto faltava para a folga. Nunca vi ninguém reclamando de ficar até tarde na Bosch, na Goodyear ou SBT muito pelo contrário, adorávamos ter a oportunidade de poder render mais pois normalmente nos dias normais a correria é tanta que acabamos atropelando as coisas.
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."
Falo sério...
Onde trabalho agora, por exemplo...
É uma autarquia federal. Sou vigiado o tempo todo, a chefia (imediata e geral) quase sempre agem em tom constrangedor e ameaçador, e os colegas, bem... Os mais novos não conseguem estabelecer uma "unidade", porque os mais antigos, que já possuem uma extensa "rede", os bloqueiam e oprimem.
Mas já trabalhei, também, na administração direta estadual.
Em princípio o clima era horrível. Imagine trabalhar numa sala, entre duas pessoas que são inimigas declaradas e que não se falam a 5 anos. Pois... Isso não ocorreria numa empresa privada. A chefe era maravilhosa, mas havia chegado após as duas e pouco podia fazer com relação à situação, que contagiava todo o setor.
As coisas só melhoraram quando uma das duas pediu remoção de lá.
Abmael escreveu:- O problema é que grana só motiva até certo limite, sem contar que há também o limite que o patrão pode gastar com salário, daí a necessidade de outras formas de motivação, outro problema é que por mais que a pessoa ganhe, sempre vai reclamar do salário, então o salário não satisfaz completamente, então o patrão procura dar novas formas de satisfação ao empregado: cursos, novos desafios, certificações, etc..., isso é um assunto complicado.
Abraços,
Empresa que já paga pouco não dá treinamento para ninguém.
Além disso, é preciso ser um empresário muito burro para preparar um cara só para entrega-lo para outra empresa QUE PAGA MELHOR.
Gente, vamos esquecer bank Of Boston, Caixa Federal, BB, Petrobras.
Isso que vocês defendem é papinho que sai da cabeça do pessoal do RH dessas grandes empresas.
Vamos deixar de ser politicamente corretos. SEjamos sinceros. Dinheiro não é tudo, é claro. Mas é 100%.
- O problema é que você tem que manter seu empregado motivado, e há um limite para o dinheiro, Tú pode aumentar o salário do cara de R$ 350,00 para R$ 3.500,00, no início ele vai ser o empregado mais motivado do mundo, 6 meses depois aquilo já é passado e ele vai estar querendo ganhar R$ 350.000,00, aí tú vai pagar espertão?
Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades" Ben Parker
Alter-ego escreveu:Falo sério... Onde trabalho agora, por exemplo... É uma autarquia federal. Sou vigiado o tempo todo, a chefia (imediata e geral) quase sempre agem em tom constrangedor e ameaçador, e os colegas, bem... Os mais novos não conseguem estabelecer uma "unidade", porque os mais antigos, que já possuem uma extensa "rede", os bloqueiam e oprimem. Mas já trabalhei, também, na administração direta estadual. Em princípio o clima era horrível. Imagine trabalhar numa sala, entre duas pessoas que são inimigas declaradas e que não se falam a 5 anos. Pois... Isso não ocorreria numa empresa privada. A chefe era maravilhosa, mas havia chegado após as duas e pouco podia fazer com relação à situação, que contagiava todo o setor. As coisas só melhoraram quando uma das duas pediu remoção de lá.
Deve ser perseguição ideológica, religiosa, ou coisa assim... Enfim, RACISMO!
E graças ao FHC (nada pessoal) as escolas altamente técnicas foram desmembradas do colegial e surgiram centenas de outras escolas "técnicas" onde o aluno não sabe nem logaritmo (acho que nem sabem o que é...) quanto mais devivadas e integrais.
o Cefet-PE voltou a dar cursos de ensino medio integrado ao curso tecnico
Alter-ego escreveu:Falo sério... Onde trabalho agora, por exemplo... É uma autarquia federal. Sou vigiado o tempo todo, a chefia (imediata e geral) quase sempre agem em tom constrangedor e ameaçador, e os colegas, bem... Os mais novos não conseguem estabelecer uma "unidade", porque os mais antigos, que já possuem uma extensa "rede", os bloqueiam e oprimem. Mas já trabalhei, também, na administração direta estadual. Em princípio o clima era horrível. Imagine trabalhar numa sala, entre duas pessoas que são inimigas declaradas e que não se falam a 5 anos. Pois... Isso não ocorreria numa empresa privada. A chefe era maravilhosa, mas havia chegado após as duas e pouco podia fazer com relação à situação, que contagiava todo o setor. As coisas só melhoraram quando uma das duas pediu remoção de lá.
ME passe por MP essa sua empresa. Quem sabe possa mudar alguma coisa.
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."
Abmael escreveu:- O problema é que grana só motiva até certo limite, sem contar que há também o limite que o patrão pode gastar com salário, daí a necessidade de outras formas de motivação, outro problema é que por mais que a pessoa ganhe, sempre vai reclamar do salário, então o salário não satisfaz completamente, então o patrão procura dar novas formas de satisfação ao empregado: cursos, novos desafios, certificações, etc..., isso é um assunto complicado.
Abraços,
Empresa que já paga pouco não dá treinamento para ninguém.
Além disso, é preciso ser um empresário muito burro para preparar um cara só para entrega-lo para outra empresa QUE PAGA MELHOR.
Gente, vamos esquecer bank Of Boston, Caixa Federal, BB, Petrobras.
Isso que vocês defendem é papinho que sai da cabeça do pessoal do RH dessas grandes empresas.
Vamos deixar de ser politicamente corretos. SEjamos sinceros. Dinheiro não é tudo, é claro. Mas é 100%.
- O problema é que você tem que manter seu empregado motivado, e há um limite para o dinheiro, Tú pode aumentar o salário do cara de R$ 350,00 para R$ 3.500,00, no início ele vai ser o empregado mais motivado do mundo, 6 meses depois aquilo já é passado e ele vai estar querendo ganhar R$ 350.000,00, aí tú vai pagar espertão?
Abraços,
Não.
Eu o mando à puta que pariu.
E que fique com o cafune de alguma fundição ou serviço de coleta de lixo.
Abmael escreveu: - O problema é que você tem que manter seu empregado motivado, e há um limite para o dinheiro, Tú pode aumentar o salário do cara de R$ 350,00 para R$ 3.500,00, no início ele vai ser o empregado mais motivado do mundo, 6 meses depois aquilo já é passado e ele vai estar querendo ganhar R$ 350.000,00, aí tú vai pagar espertão?
Abraços,
Não.
Eu o mando à puta que pariu.
E que fique com o cafune de alguma fundição ou serviço de coleta de lixo.
- Não era mais fácil você ter feito cafuné nele desde o começo?
- Está provado cientificamente que empregados preferem ganhar mal com cafuné a ganhar mal sem cafuné, aceite esta verdade e serás um empresário feliz....
Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades" Ben Parker
Discussão interessante, principalmente pelo fato de que todas as opiniões colocadas acima são corretas, desde que interpretadas dentro das realidades corporativas que todo mundo conhece e quase ninguém reconhece.
O Encosto está certo quanto ao "papinho de RH", uma vez que o discurso padrão desta área é frequentemente recheado de idealismos humanitários e assistencialistas. Só que a distância entre discurso e prática é determinada pela tirania das políticas orçamentárias, que no fim é quem dá a palavra final sobre quanto se pode gastar com a tal "satisfação do funcionário", independente de quão humanista e assistencialista seja o discurso.
As contradições surgem do fato de que o discurso serve aos interesses corporativos do RH, afinal, se a satisfação dos funcionários não é importante, por que onerar o custo fixo mantendo profissionais especialistas em garanti-la?
Qualquer empresário que tenha a competência mínima para se estabelecer sabe que nenhum funcionário se dedicará à obtenção dos resultados esperados por conta apenas dos belos olhos do patrão, mas sabe também que os resultados nascem de um ponto de equilíbrio entre satisfação do funcionário e coerção da empresa, que demitirá quem não produzir o mínimo exigido.
Este equilíbrio é conseqüência direta da insensível lei da oferta e da procura. Quanto maior as competências e a capacidade de gerar resultados do empregado, o tal "talento" no jargão do RH, mais difícil será substituí-lo sem prejuízos, sendo por isto lucrativo investir em sua satisfação e conseqüente retenção.
A viabilidade deste investimento em satisfação é inversamente proporcional à facilidade de substituição do empregado sem prejuízo dos resultados. Esta é uma lei conhecida por todos, mas que dificilmente você verá alguém por aí assumindo isto, pelo simples fato que admiti-lo não é do interesse de ninguém, nem da empresa que passaria a idéia de não valorizar seus empregados, nem dos próprios que teriam de renunciar à maioria de suas reivindicações usuais de maiores salários e benefícios e muito menos do RH, que é a quem cabe administrar este imbróglio e perderia o emprego se reconhecesse que ele não tem solução fora das duras leis do mercado.
Assim, como todos sabem como as coisas são, gostem ou não, a margem que resta ao RH para elevar a satisfação dos funcionários se limita aos aspectos afetivos da motivação, que os psicólogos conhecem tão bem, incluído o discurso citado no início. Dentro dos limites de sua possibilidade acabam produzindo algum resultado, uma vez que a maioria das pessoas reage positivamente a um discurso que as enalteça, mesmo que isto não lhe traga nenhum resultado prático. Os marketeiros políticos entendem bem disto.
Por fim, somado tudo isto, não é apenas mais dinheiro que motiva os empregados, pois a grande maioria conhece seus limites e sabe que se pudesse ganhar mais já teria arranjado outro emprego que pague melhor.
Quando diante de realidades duras, as pessoas reagem positivamente àquilo que lhes dá algum alívio ou esperança, lugar onde se encaixa boa parte do discurso dos Recursos Humanos sobre a importância da satisfação do funcionário.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!
O ENCOSTO escreveu:Vamos deixar de ser politicamente corretos. SEjamos sinceros. Dinheiro não é tudo, é claro. Mas é 100%.
Sem dúvidas!
Sem exageros de lado nenhum. Boas condições de trabalho (não estou falando em viadagem) ajudam sim... Pensem na situação contrária: Uma empresa que paga até muito bem, mas onde você seja vigiado o tempo todo, não possa nem respirar, o chefe peça tudo aos gritos ou mediante ameaças. Onde ninguém conversa com ninguém, sendo todos estimulados a competir nos mínimos detalhes e delatar qualquer falha do colega ao lado. Isso gera produtividade?
No ABC paulista existe uma indústria chamada Termomecânica, líder brasileira na transformação de metais não ferrosos.
O fundador da empresa, o falecido e folclórico Salvador Arena, impunha uma regra draconiana a seus funcionários - pagava salários muito superiores aos de mercado e exigia deles completa submissão às exigências da empresa e às suas esquisitices pessoais, o que incluía tratar subordinados aos gritos e repreendê-los em público. As tais exigências da empresa incluiam flagrantes violações das liberdades e direitos individuais, como impor punição coletiva aos funcionários por algum resultado indesejado ou proibir a entrada na fábrica de quem não estivesse barbeado ou com o cabelo cortado conforme o padrão instituído.
O ambiente na TM (para os íntimos) era simplesmente policial, sendo que funcionários podiam ser demitidos por falhas mínimas se cometidas na hora errada e diante dos olhos errados. É história repetida a ponto de quase se tornar lenda urbana industrial o caso do operário que deu uma rápida espreguiçada enquanto operava a máquina, foi visto pelo Arena fazendo isto e imediatamente despedido.
Pelos postulados sacrosantos do RH, a Termomecânica deveria ser uma empresa à beira da falência, com grande "evasão de talentos" e contra a qual os funcionários alimentam um terrível rancor que inevitavelmente se reflete nos resultados.
A verdade é que a TM é líder de mercado, lucrativa prá cacete, benchmarking nacional em tecnologia de não ferrosos, quando coloca um anúncio de vaga formam-se filas quilométricas de gente da mais alta qualificação que quer entrar em seus quadros e há relatos de funcionários que choram ao ser despedidos.
Claro que há um outro lado da moeda, a empresa chegou a pagar vinte e cinco salários para os funcionários em um determinado ano, os treze de lei e mais doze de bônus e prêmios por resultados.
Para TODOS os funcionários, não só os executivos, como é a regra.
Evidente que a Termomecânica não é regra de nada, por muito tempo ela foi uma empresa quase monopolista em alguns mercados e mesmo hoje enfrenta pouca concorrência que realmente a ameace.
A lição a tirar dali não é que as pessoas vendem suas almas por dinheiro, mas que talvez vendam suas almas por muito mais dinheiro.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!
Acauan escreveu:No ABC paulista existe uma indústria chamada ...
A AMBEV é mais ou menos assim. A diferença é que não tão nem aí se o o cara é roxo ou cruzereinse ou é gente, produzindo resultados...
"Quando LULLA fala, o mundo se abre, se ilumina e se esclarece."
Marilena Chauí, filósofa da USP.
O triste é saber que tal figura recebe do contribuinte para dizer tais asneiras.
Chamo de pervertido um animal, uma espécie, um indivíduo, quando esse ou essa perde seus instintos, quando escolhe, prefere o que lhe é prejudicial.
F. Nietzche
Acauan escreveu:No ABC paulista existe uma indústria chamada ...
A AMBEV é mais ou menos assim. A diferença é que não tão nem aí se o o cara é roxo ou cruzereinse ou é gente, produzindo resultados...
Vi recentemente em uma revista uma foto de funcionários da Ambev e embaixo a legenda: "Ambev, era hábito jogar tomates quando um funcionário dava um fora"
Fico imaginando os detalhes...
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!
O ENCOSTO escreveu:Vamos deixar de ser politicamente corretos. SEjamos sinceros. Dinheiro não é tudo, é claro. Mas é 100%.
Sem dúvidas!
Sem exageros de lado nenhum. Boas condições de trabalho (não estou falando em viadagem) ajudam sim... Pensem na situação contrária: Uma empresa que paga até muito bem, mas onde você seja vigiado o tempo todo, não possa nem respirar, o chefe peça tudo aos gritos ou mediante ameaças. Onde ninguém conversa com ninguém, sendo todos estimulados a competir nos mínimos detalhes e delatar qualquer falha do colega ao lado. Isso gera produtividade?
No ABC paulista existe uma indústria chamada Termomecânica, líder brasileira na transformação de metais não ferrosos.
O fundador da empresa, o falecido e folclórico Salvador Arena, impunha uma regra draconiana a seus funcionários - pagava salários muito superiores aos de mercado e exigia deles completa submissão às exigências da empresa e às suas esquisitices pessoais, o que incluía tratar subordinados aos gritos e repreendê-los em público. As tais exigências da empresa incluiam flagrantes violações das liberdades e direitos individuais, como impor punição coletiva aos funcionários por algum resultado indesejado ou proibir a entrada na fábrica de quem não estivesse barbeado ou com o cabelo cortado conforme o padrão instituído.
O ambiente na TM (para os íntimos) era simplesmente policial, sendo que funcionários podiam ser demitidos por falhas mínimas se cometidas na hora errada e diante dos olhos errados. É história repetida a ponto de quase se tornar lenda urbana industrial o caso do operário que deu uma rápida espreguiçada enquanto operava a máquina, foi visto pelo Arena fazendo isto e imediatamente despedido.
Pelos postulados sacrosantos do RH, a Termomecânica deveria ser uma empresa à beira da falência, com grande "evasão de talentos" e contra a qual os funcionários alimentam um terrível rancor que inevitavelmente se reflete nos resultados.
A verdade é que a TM é líder de mercado, lucrativa prá cacete, benchmarking nacional em tecnologia de não ferrosos, quando coloca um anúncio de vaga formam-se filas quilométricas de gente da mais alta qualificação que quer entrar em seus quadros e há relatos de funcionários que choram ao ser despedidos.
Claro que há um outro lado da moeda, a empresa chegou a pagar vinte e cinco salários para os funcionários em um determinado ano, os treze de lei e mais doze de bônus e prêmios por resultados.
Para TODOS os funcionários, não só os executivos, como é a regra.
Evidente que a Termomecânica não é regra de nada, por muito tempo ela foi uma empresa quase monopolista em alguns mercados e mesmo hoje enfrenta pouca concorrência que realmente a ameace.
A lição a tirar dali não é que as pessoas vendem suas almas por dinheiro, mas que talvez vendam suas almas por muito mais dinheiro.
Concordo que essa é a lição. Mas deve ser um dinheiro MUITO suado no fim do mês... E os empregados devem descontar em quem está abaixo, ou em casa. Enfim, para alguns isso pode parecer um "desafio".
*PS: Se você fosse crente, eu poderia dizer que isso foi uma evidência-anedota.
Se me perguntassem se eu preferiria que concertassem a droga do ar condicionado ao invés de me darem um bônus de 50 reais no trabalho do Arquivo Público por aqui, eu ficava com a primeira opção.
O pessoal é bem tranquilo, mas a estrutura pública é o cúmulo da insalubridade.
eu nao trabalharia numa empresa que desse bons salarios e, em compensaçao, uma relaçao superiores-subalternos indigna e rispida e que resultasse em insatisfaçao
nao achei minha dignidade no lixo pra vende-la ao preço do salario
mas tambem nao trabalharia numa que oferecesse todos os frufrus do mundo em compensaçao de um salario baixinho
Bem, hoje em dia não é necessário que uma empresa pague um salário alto para que se formem filas enormes (vide correios por exemplo entre outras principalmente na área de construção civil). Quanto ao sistema de quartel que o Acauan colocou sobre a Termomecânica não ouvi falar mas vou dar uma perguntada à alguns conhecidos. Agora, à primeira vista não faz sentido afinal o Falecido Arena possui uma fundação (grande por sinal) e que prega o contrário do que se colocou aqui, fora outras isntituições como a Faculdade de Tecnologia Termomecanica – FTT, Colégio Termomecanica – CTM, Escola de Educação Infantil Salvador Arena – EEISA, Espaço Gente Jovem Salvador Arena – EGJSA além do parque municipal Salvador Arena, claro.
Abraçoçs
.
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."
Hrrr escreveu:eu nao trabalharia numa empresa que desse bons salarios e, em compensaçao, uma relaçao superiores-subalternos indigna e rispida e que resultasse em insatisfaçao nao achei minha dignidade no lixo pra vende-la ao preço do salario
mas tambem nao trabalharia numa que oferecesse todos os frufrus do mundo em compensaçao de um salario baixinho
Trabalharia sim, basta a vida real exigir, e um lugar desses que "você não trabalharia" ser a sua única opção de emprego que você aceitaria o emprego instantaneamente.
Johnny escreveu:Bem, hoje em dia não é necessário que uma empresa pague um salário alto para que se formem filas enormes (vide correios por exemplo entre outras principalmente na área de construção civil). Quanto ao sistema de quartel que o Acauan colocou sobre a Termomecânica não ouvi falar mas vou dar uma perguntada à alguns conhecidos. Agora, à primeira vista não faz sentido afinal o Falecido Arena possui uma fundação (grande por sinal) e que prega o contrário do que se colocou aqui, fora outras isntituições como a Faculdade de Tecnologia Termomecanica – FTT, Colégio Termomecanica – CTM, Escola de Educação Infantil Salvador Arena – EEISA, Espaço Gente Jovem Salvador Arena – EGJSA além do parque municipal Salvador Arena, claro.
Abraçoçs .
Pois é Johnny,
De fato hoje não é preciso muito para atrair filas de desempregados à porta de quem oferece qualquer vaga. A diferença é que a Termomecânica consegue atrair multidões de profissionais altamente especializados quando abre um recrutamento, gente que teria alternativas, mas aceita se submeter às regras da empresa mesmo conhecendo bem sua reputação.
E a palavra quartel descreve a TM inclusive fisicamente. O prédio da fábrica era muito parecido com uma penitenciária, totalmente envolvido por muros altos que terminavam no telhado e que ocultam completamente seu interior. Para completar o aspecto, havia grandes guaritas de guarda no portão principal, altas e muito parecidas com as das prisões.
As iniciativas da Fundação Arena na área da educação também refletem a personalidade polêmica do fundador. Suas escolas são centros de excelência, totalmente gratuitas com as disputadas vagas distribuídas por sorteio aberto à todos os interessados, independente de qualquer restrição. Por outro lado, certa vez publicaram um anúncio no caderno de empregos no Estadão procurando professores universitários para atuar como preparadores das aulas do Colégio Termomecânica, onde diziam que os resultados apresentados pelos professores da casa eram no máximo sofríveis (usaram exatamente esta palavra) e que agora queriam que um acadêmico preparasse as aulas para que um "professor-ator bem mais encontradiço" (também usaram exatamente estes termo) as ministrasse.
Ou seja, uma verdadeira humilhação pública para todos os professores que atuavam no Colégio, taxados como totais incompetentes para qualquer um que lesse o jornal.
Hoje a Fundação é dona da TM, já que o folclórico Salvador não deixou herdeiros, mas parece que as coisas mudaram pouco com a morte dele por lá.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!