divagações da alma

[Sans nom]

Video, devolve a conta do emmmcri....

[emmmcri]

Video, devolve a conta do emmmcri....

[Azathoth]

Será que os estudos tipicamente etológicos e/ou skinerianos são confiáveis a este ponto?

Sim, nós apostamos no 'teste do espelho' como indicador de conteúdo mental consciente porque este indicaria ciência do seu próprio estado mental.

[Azathoth]

Um overview muito interessante da tese do Chalmers:

http://www.imprint.co.uk/chalmers.html

[Hymn]

Quem sabe o Universo, que é um sistema complexo, não poderia possuir uma autoconsciência e, daí, funções psíquicas, como razão e emoção, de modo a que fosse o gestor de sua própria evolução. Pode ser, e pode não ser. Penso que não. O Universo não é perfeito, muito pelo contrário. O acaso, governado pelas leis da física é que gerou tudo o que existe, inclusive nós mesmos (isto não impede que se possa dar um significado para a vida, só que ele não existe "a priori", nós é que temos que encontrá-lo). A gravitação, que é a interação dominante no Universo em larga escala, de modo diferente da interação eletromagnética responsável pelo funcionamento da química e dos circuitos cerebrais (e dos chips dos computadores) é extremamente fraca (um onzilhão de vezes mais fraca) e os corpos celestes estão extremamente afastados (um nonilhão de vezes mais longe) do que os neurônios. Considerando a velocidade finita da propagação das interações, um cérebro em que os neurônios seriam galáxias seria impossível de funcionar.

[Márcio]

A falsa dicotomia entre "vivo" e "não-vivo" já foi superada com o estudo de seres como vírus, príons e micoplasmas.

Uma nova supresa pode surgir se ultrapassarmos a dicotomia de "consciente" e "não-consciente" e mostrarmos que existem gradações nesse caso também.

Considerando que ambas as coisas devam ser interpretações diferentes de uma única forma estrutural que tem variações conforme a complexidade que possuem.

Podemos concluir que tudo é vida e consciência, variando apenas na complexidade de cada sistema?

Acho que isso é no mínimo demasiadamente "woo"/forçado, para não dizer errado.

Suponho que não se consiga definir a fronteira entre vida e não vida, pois a mais complexa forma que vive é composta de elementos mais simples, vivos. A consciência deriva dos processos da vida.

Uma célula qualquer faz parte do ser complexo, uma colônia de vida.
Um neurônio qualquer, ajuda a construir o ser mental.

Haveria então algo como um quantum de vida? Um quantum de consciência? Evidentemente como propriedades emergentes de sistemas dinâmicos.

[o anátema]

Eu vejo a questão de vida e não vida do ponto da teoria celular, a unidade mínima para a vida é a célula viva; componentes da célula, não são vivos, mesmo que em conjunto, formam uma entidade vida. Assim como uma célula minha, um braço ou um osso não meu é "eu", ou como peças de carro não são um carro, a menos que organizadas de forma a produzir um carro. Vírus não são vivos, são apenas replicadores, utilizando os processos vitais de uma célula hospedeira, mais ou menos como os genes, nao-vivos, "próprios" da mesma célula.

A partir de uma célula, já se tem vida; menos que isso, não considero assim... a coisa mais próxima seria atividade celular, metabolismo, acontecendo desprovida de um envólucro celular claramente definido, coisa que talvez tenha ocorrido nos primórdios da evolução, ou por outro lado, "supervírus", como mimivirus, que realizam algumas funções um pouco mais autonomamente. Nesse ponto apenas
que a fronteira entre vida e não vida é meio embaçada, quando já se tem "quase-células", mas mais para trás, moléculas ou compostos de pouca organização, não, apesar de terem suas reações e etc. Mais ou menos como um pneu de carro pode descer uma ladeira, mas dificilmente é uma grande questão se aquilo já pode ser considerado "automóvel".

Já com consciência, não sei.

[Tranca]

Nao acho que a consciencia tenha massa. Tem tanta massa com um Domingo.

[o matutador]

Tipicamente, nos domingos, muitas famílias fazem macarronada italiana, um prato composto de massa. Ora, dessa forma pode-se dizer que domingos tem massa, e logo que, pelo princípio da analogia, a consciência como uma pluridade multienergética polifatorial pluricausal auto-endoanacrônica complexamente irredutível, possui massa de raiz de 12 elevado à esfera vezes X (a massa do indivíduo). Logo, a alma existe, bem como seu criador original multidimensional, cinetica e potencialmente infinito vezes 2,7.

[/o matutador]

Perfeito.

[Najma]

A falsa dicotomia entre "vivo" e "não-vivo" já foi superada com o estudo de seres como vírus, príons e micoplasmas.

Uma nova supresa pode surgir se ultrapassarmos a dicotomia de "consciente" e "não-consciente" e mostrarmos que existem gradações nesse caso também.

Considerando que ambas as coisas devam ser interpretações diferentes de uma única forma estrutural que tem variações conforme a complexidade que possuem.

Podemos concluir que tudo é vida e consciência, variando apenas na complexidade de cada sistema?

Acho que isso é no mínimo demasiadamente "woo"/forçado, para não dizer errado.

Suponho que não se consiga definir a fronteira entre vida e não vida, pois a mais complexa forma que vive é composta de elementos mais simples, vivos. A consciência deriva dos processos da vida.

Uma célula qualquer faz parte do ser complexo, uma colônia de vida.
Um neurônio qualquer, ajuda a construir o ser mental.

Haveria então algo como um quantum de vida? Um quantum de consciência? Evidentemente como propriedades emergentes de sistemas dinâmicos.

O Damásio vinha fazendo um estudo bastante abrangente sobre a consciência. Nele, o médico desenha a origem da consciência na percepção corporal, o conjunto dos sentidos interpretando o mundo e a auto-consciência como um produto da reflexão dessa consciência corporal. E a "culpa" dessa reflexão seria do tamanho do cérebro e as conexões neurais. Animais com um cérebro grande em relação à massa corporal estariam mais predispostos a terem a noção de limite entre ele próprio e o mundo circundante.

Se isso se provar real, se a origem da consciência for mesmo decorrente da interação com o mundo circundante, então teríamos a percepção do "outro" até no mundo atômico, quando átomos necessitam partilhar seus elétrons para completarem suas camadas de valência e com isso permitirem a formação de moléculas. Isso não implica em "consciência" mas em percepção, em acusar a presença de outras partículas e involuntariamente "saber" o que fazer daí para frente.