Andre TJ escreveu:Ateismo enquanto uma postura é aceitavel, assim como qualquer postura, pois nesse campo reinam as especulaçoes, logo ninguém tem monopolio da verdade.Mas qualquer postura impositiva desrespeita a liberdade do outro de divergir.Verdade seja dita historicamente os ateus são relativamente novos nisso, e as religioes, tem muito mais história para contar em termos de perseguiçoes, e intolerancia.
a) todos têm a liberdade de divergir, assim como todos correm o risco de serem chamados de loucos por causa disto: "não acredito que o sol é quente,apenas seus esfeitos na Terra o são", "não importa o que a Nasa me diga; todas as luas de Júpter são feitas de maria-mole com côco", "acredito em um ser que criou o homem à sua imagem e semelhança, e não me importa se não há vestígios de prova para isto". Não sei quanto à vocês, mas para mim estas três frases são iguais. É claro que devemos respeitar e dar a chance de que falem: mas não iremos acatar como uma verdade tão boa quanto à que a ciência detém. Se encontrarmos melhores explicações do que a que já temos, isto virá pela ciência, como SEMPRE FOI.
b) ninguém tem o monopólio da verdade, mas a ciência está mais perto!
c) comum a todos: Einstein tocava violino muito mal, e era estúpido com sua mulher; Richard Feyman era fanfarrão e mulherengo; Newton era predominantemente esotérico (alquimia), escrevendo mais sobre isto do que sobre ciência. O que isto significa? Como disseram, significa que o cientista realmente não precisa ser ateu para ser um bom cientista, assim como não precisa saber tocar violino bem, ser comedido, ser gentil com sua mulher. São coisas paralelas. Mas que raios! Não quero repetir o que já disse, mas:
1)muitos cientistas (principalmente no passado) eram, não só teístas, como membros integrantes de igrejas (Copérnico, Mendelson);
2) ser teísta não impediu de fazerem o que fizeram;
3) ainda hoje certamente encontraresmos cientistas que acreditam que tudo (a começar pelo Big Bang) é obra do grande senhor;
4) E, AINDA ASSIM, DIGO QUE O CIENTISTA QUE NÃO É ATEU NÃO É COERENTE POR SUSTENTAR UM CONCEITO, QUE LHE FOI PASSADO POR SUA CULTURA, QUE NÃO É PASSÍVEL DE SER REFUTADO E, PORTANTO, A-CIENTÍFICO. A menos que estejam dispostos a questionar e deliberar sobre definições de ciência mais abrangentes que as que temos por K. Popper, T. Kuhn, P. Feyerabend, e cia.
Não quero fazer supor que um cientista teísta seja menos competente que um ateu, ou que sua posição (ou falta de) religiosa o impeça de produzir resultados mais coerentes (bem, algumas vezes não, como é o caso dos cientistas que recusam a evolução a a datação por carbono e potássio, por irem de encontro às escrituras!). Mas o cientista que passa a tentar justificar seu posicionamento religioso cairá,inexoravelmente, em contradições com os preceitos céticos, não imprescindíveis, mas VALIOSÍSSIMOS para um inquiridor honesto.
Resumindo: entre dois cientistas, um teísta e um ateu, qual é o mais competente? Impossível dizer. Qual é o mais sensato e coerente? Preciso dizer?
