Religião é Veneno. Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico.
Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico. Combate ao fanatismo e ao fundamentalismo religioso.
Vitor Moura escreveu:E se vc soubesse que no futuro essa criança seria um Adolf Hitler? Vc a mataria?
Eu não.
Se Hitler tivesse sido morto antes de adquirir influência política, algum outro doido teria conseguido essa influência no lugar dele.
Eu não sujaria minhas mãos e minha consciência à toa.
"Faça da tua vida um reflexo da sociedade que desejas." - Mahatma Ghandi "First they ignore you, then they laugh at you, then they fight you, then you win." - describing the stages of establishment resistance to a winning strategy of nonviolent activism
Jeanioz escreveu:Há alguma situação racionalmente imaginável em que um sacrifício de uma criança realmente vá ajudar a salvar o mundo??
Até há: suponha por exemplo que essa criança tem uma doença mortal, contagiosa, intratável e incurável.
Só que além de altamente hipotética, essa situação também não corresponde ao que foi perguntado pelo Vitor Moura. Pois nesse caso a criança vai morrer de qualquer jeito. Não é como se houvesse a escolha de deixá-la viver.
"Faça da tua vida um reflexo da sociedade que desejas." - Mahatma Ghandi "First they ignore you, then they laugh at you, then they fight you, then you win." - describing the stages of establishment resistance to a winning strategy of nonviolent activism
Vitor Moura escreveu:E se vc soubesse que no futuro essa criança seria um Adolf Hitler? Vc a mataria?
Eu não.
Se Hitler tivesse sido morto antes de adquirir influência política, algum outro doido teria conseguido essa influência no lugar dele.
Eu não sujaria minhas mãos e minha consciência à toa.
Mas você poderia sujar, depois teria a vida inteira para lavá-las...
E não se faz uma omelete sem quebrar alguns ovos
Acho que você não entendeu o que eu disse, Vitor. Vou tentar dizer de outra forma: matar um futuro Adolf Hitler (mesmo que eu soubesse com certeza que ele seguiria esse rumo na vida se sobrevivesse) só serviria para abrir espaço para algum outro tolo delirante que cumprisse o mesmo papel destrutivo.
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Usuário deletado escreveu:Pergunta bem intrigante. Mas definitivamente eu não mataria um inocente para salvar outros inocentes.
E se entre estes outros inocentes estivesse seu filho, com uma doença incurável? Ou mesmo vc? Ou ambos?
Essas questões são interessantíssimas. Bem ao estilo dos tópicos criados pelo Res. É claro que são, sempre, questões absurdas e, em sua maioria, inaplicáveis. Mas isso não importa. Importa mesmo é a proposta, o desafio, o grande conflito ético-moral. E quanto podemos aprender com esses pequenos exercícios.
Sua pergunta é pertinente, Vitor Moura. Se uma das crianças beneficiadas por esse inusitado sacrifício fosse nosso filho, certamente consideraríamos com mais atenção a proposta. E o outro lado da moeda é sempre bem vindo:
E se o nosso filho fosse, exatamente, aquele que deveria ser sacrificado? Milhões seriam salvos...
Se eu já não tivesse uma resposta, essa nova consideração bastaria para defini-la. Não! Não faria.
Usuário deletado escreveu:Pergunta bem intrigante. Mas definitivamente eu não mataria um inocente para salvar outros inocentes.
E se entre estes outros inocentes estivesse seu filho, com uma doença incurável? Ou mesmo vc? Ou ambos?
Não posso pôr a mão no fogo que a atitude na hora do vamos ver seria a mesma que eu considero adequada agora, falando em tese.
Dito isto, quero crer que nas circunstâncias extremas que você propõe, principalmente a doença incurável, sim, eu mataria.
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Em questão de Hitler, houve um filme em que uma moça viajava no tempo e ficou no lugar da babá de Hitler. Ela já estava quase se apegando ao bebê quando ela se lembrou de o porquê ela tinha viajado. Em uma noite que o pai de Adolf ia apresentar a criança, ela pega o bebê e corre até o rio, seguida de perto pela empregada da família. Ela chega no cais e pula no rio. A criança morre. A empregada, não conseguindo salvar a criança, vê uma mendiga judia e dá umas moedas em troca da criança. Ela aceita. a empregada volta para casa e limpa a criança. No fim, ela entrega a criança para o pai de Adolf e este o apresenta aos políticos da época.
Foi um filme da nova sagra de Além da Imaginação.
Agora, quanto à pergunta do post, a resposta moralmente mais simples é a seguinte.
A criança precisa morrer mas não é especificado como. Então injeta-se nela uma droga que paralisa o seu coração. Se o coração não bate, está tecnicamente morto. Depois, com um desfribilador e e um estimulante aplicado diretamente no coração (alguém se lembra de Pulp Fiction?) ela retorna e você fica com o poder.
Simples, não? E moralmente correto. O que é importante.
Lúcifer escreveu:Agora, quanto à pergunta do post, a resposta moralmente mais simples é a seguinte. A criança precisa morrer mas não é especificado como. Então injeta-se nela uma droga que paralisa o seu coração. Se o coração não bate, está tecnicamente morto. Depois, com um desfribilador e e um estimulante aplicado diretamente no coração (alguém se lembra de Pulp Fiction?) ela retorna e você fica com o poder. Simples, não? E moralmente correto. O que é importante.
Pombas, o Lúcifer é um capeta do bem...mas resolvi alterar a injeção letal pela serra elétrica no post anterior (Luis Dantas) (criança inocente)
Usuário deletado escreveu:Pergunta bem intrigante. Mas definitivamente eu não mataria um inocente para salvar outros inocentes.
E se entre estes outros inocentes estivesse seu filho, com uma doença incurável? Ou mesmo vc? Ou ambos?
Não posso pôr a mão no fogo que a atitude na hora do vamos ver seria a mesma que eu considero adequada agora, falando em tese.
Dito isto, quero crer que nas circunstâncias extremas que você propõe, principalmente a doença incurável, sim, eu mataria.
Finalmente alguém com coragem!!!
(Luis Dantas):emoticon258: (criança inocente)
Sempre quis usar esse emoticon!!!!
Pô, assim vc me ofende! Eu respondi a sua questão, na boa segundo meu entendimento, e só porque o cara disse que mataria a criança ele é corajoso? Desde de quando matar é ser corajoso? Não seria mais corajoso não matar e viver com esse drama na conciência pela sua opção?
Vitor Moura escreveu:Finalmente alguém com coragem!!!
(Luis Dantas):emoticon258: (criança inocente)
Sempre quis usar esse emoticon!!!!
Não vai se animando... eu ainda acho seu exemplo caricato a ponto de ser de utilidade duvidosa.
"Faça da tua vida um reflexo da sociedade que desejas." - Mahatma Ghandi "First they ignore you, then they laugh at you, then they fight you, then you win." - describing the stages of establishment resistance to a winning strategy of nonviolent activism
Usuário deletado escreveu:Pergunta bem intrigante. Mas definitivamente eu não mataria um inocente para salvar outros inocentes.
E se entre estes outros inocentes estivesse seu filho, com uma doença incurável? Ou mesmo vc? Ou ambos?
Não posso pôr a mão no fogo que a atitude na hora do vamos ver seria a mesma que eu considero adequada agora, falando em tese.
Dito isto, quero crer que nas circunstâncias extremas que você propõe, principalmente a doença incurável, sim, eu mataria.
Finalmente alguém com coragem!!!
(Luis Dantas):emoticon258: (criança inocente)
Sempre quis usar esse emoticon!!!!
Pô, assim vc me ofende! Eu respondi a sua questão, na boa segundo meu entendimento, e só porque o cara disse que mataria a criança ele é corajoso? Desde de quando matar é ser corajoso? Não seria mais corajoso não matar e viver com esse drama na conciência pela sua opção?
Vc foi zen, adotou uma filosofia já existente, o Lúcifer foi manhoso, esperto...mas coragem eu vi no Dantas. Drama na consciência haverá por qualquer opção que ele escolha, seja por matar um inocente, seja por deixar morrer bilhões de pessoas por doenças que ele poderia curar. É preciso coragem para lidar com ambas as questões.
Editado pela última vez por Vitor Moura em 18 Dez 2006, 19:30, em um total de 3 vezes.
Vitor Moura escreveu:Se ao matar uma criança inocente, vc ganhasse o poder de curar todas as doenças do mundo, vc mataria a criança ou os fins não justificam os meios? Essa pergunta tem no filme "Swordfish", que passou há pouco.
Eu me perguntaria de onde veio esse meu ridículo complexo messiânico...
qual é a resposta dada no filme? Ou por acaso no filme essa pergunta é de fato um delírio messiânico?
de onde veio o que? Vc é colocado perante uma situaçao concreta. Tem de decidir. Quem está numa encruzilhada tem de deciudir. E mesmo que fique mudo e quiento como Buda... nao deixa de tomar uma decisao.
Usuário deletado escreveu:Pergunta bem intrigante. Mas definitivamente eu não mataria um inocente para salvar outros inocentes.
E se entre estes outros inocentes estivesse seu filho, com uma doença incurável? Ou mesmo vc? Ou ambos?
Essas questões são interessantíssimas. Bem ao estilo dos tópicos criados pelo Res. É claro que são, sempre, questões absurdas e, em sua maioria, inaplicáveis. Mas isso não importa. Importa mesmo é a proposta, o desafio, o grande conflito ético-moral. E quanto podemos aprender com esses pequenos exercícios.
Sua pergunta é pertinente, Vitor Moura. Se uma das crianças beneficiadas por esse inusitado sacrifício fosse nosso filho, certamente consideraríamos com mais atenção a proposta. E o outro lado da moeda é sempre bem vindo:
E se o nosso filho fosse, exatamente, aquele que deveria ser sacrificado? Milhões seriam salvos...
Se eu já não tivesse uma resposta, essa nova consideração bastaria para defini-la. Não! Não faria.
Realmente interessante olhar as questões éticas sob uma perspectiva pessoal.... Olhando a minha realidade bem tangível ( tenho uma filha ) , sendo ela criança ou não...eu não a sacrificaria. Nem que me torturassem física ou moralmente. Talvez me enclausurasse numa dor profunda pela culpa em relação às demais vidas...mas não o faria.
Apocaliptica escreveu:Realmente interessante olhar as questões éticas sob uma perspectiva pessoal.... Olhando a minha realidade bem tangível ( tenho uma filha ) , sendo ela criança ou não...eu não a sacrificaria. Nem que me torturassem física ou moralmente. Talvez me enclausurasse numa dor profunda pela culpa em relação às demais vidas...mas não o faria.
Também tenho uma filha, e concordo com o que você escreveu. Mas estou tentando ir ainda mais além. Gosto de propor às pessoas que abandonem momentaneamente seus universos pessoais, permitindo que outras perspectivas se apresentem. Principalmente, é bom conhecer a perspectiva dos outros. Não da forma praticada em um ambiente de debates, mas com o real desejo de compreender.
Apocaliptica escreveu:Realmente interessante olhar as questões éticas sob uma perspectiva pessoal.... Olhando a minha realidade bem tangível ( tenho uma filha ) , sendo ela criança ou não...eu não a sacrificaria. Nem que me torturassem física ou moralmente. Talvez me enclausurasse numa dor profunda pela culpa em relação às demais vidas...mas não o faria.
Também tenho uma filha, e concordo com o que você escreveu. Mas estou tentando ir ainda mais além. Gosto de propor às pessoas que abandonem momentaneamente seus universos pessoais, permitindo que outras perspectivas se apresentem. Principalmente, é bom conhecer a perspectiva dos outros. Não da forma praticada em um ambiente de debates, mas com o real desejo de compreender.
Aí e que está , Avatar. Eu entendi plenamente a sua proposta. Quando postei a minha posição pessoal, o fiz depois de fazer uma análise verdadeira e nada egoísta a respeito. Empatizei com a humanidade inteira , me coloquei num tipo de redoma e tentei me afastar de minha filha e mergulhar numa condição extrema de despojamento total.
E, depois desse exercício, voltei ao ponto inicial : eu não sacificaria minha filha numa situação dessas. Pensei até em largar meu ceticismo de lado e acreditar numa futura solução mágica para a cura, que excluísse minha filha disso. Fazer o quê? Sou um ser humano limitado no minha capacidade de transcender a esse ponto...
Apocaliptica escreveu:Aí e que está , Avatar. Eu entendi plenamente a sua proposta. Quando postei a minha posição pessoal, o fiz depois de fazer uma análise verdadeira e nada egoísta a respeito. Empatizei com a humanidade inteira , me coloquei num tipo de redoma e tentei me afastar de minha filha e mergulhar numa condição extrema de despojamento total.
E, depois desse exercício, voltei ao ponto inicial : eu não sacificaria minha filha numa situação dessas. Pensei até em largar meu ceticismo de lado e acreditar numa futura solução mágica para a cura, que excluísse minha filha disso. Fazer o quê? Sou um ser humano limitado no minha capacidade de transcender a esse ponto...
Apocaliptica,
Não tenho muita coisa para dizer a você no momento. Por enquanto, permita-me resumir minha resposta em uma única frase: