Religião é Veneno. Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico.
Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico. Combate ao fanatismo e ao fundamentalismo religioso.
Hrrr escreveu:eu assistia As Aventuras de Tintin dez anos atras
Sim...mas era revistinha mesmo.
Eu gostava de ler, na casa de minha prima, as revistas do Asterix.
Pra falar a verdade, a primeira revista que eu li, quando finalmente aprendi a ler, foi uma revista do Drácula. Eu só via os desenhos. Não via a hora de aprender a ler para saber o que estava escrito.
Apocaliptica escreveu: Dos desenhos, lembro de curtir muito o Manda Chuva.
Os desenhos do Manda Chuva, além de contarem na grande maioria dos casos com uma excelente redação das histórias, ainda ganharam na versão brasileira um primor de dublagem. Para quem não sabia, quem dublava o Manda Chuva era o próprio Lima Duarte, que também fazia a voz do Espeto, o gato com sotaque nordestino, explícito no bordão "Oxente, Manda Chuva".
Todas as citações do desenho eram adaptadas para correspondentes brasileiros, assim, no episódio em que o Batatinha quis impressionar a mãe se dizendo prefeito da cidade, na versão nacional ele se faz passar por prefeito de Brasília. Personagens da história americana também eram substituídos por similares da história do Brasil.
E a musiquinha de abertura, também vertida e dublada por um grupo vocal bem competente, era muito legal...
E olha que, na maioria das vezes, não se tinha um curso de dublagem para ajudar ninguém. Foi feito na raça mesmo.
Desenho do Jambo e Ruivão, quem dublava o narrador e o Jambo era o grande comunicador Barros de Alencar.
Apocaliptica escreveu: Dos desenhos, lembro de curtir muito o Manda Chuva.
Os desenhos do Manda Chuva, além de contarem na grande maioria dos casos com uma excelente redação das histórias, ainda ganharam na versão brasileira um primor de dublagem. Para quem não sabia, quem dublava o Manda Chuva era o próprio Lima Duarte, que também fazia a voz do Espeto, o gato com sotaque nordestino, explícito no bordão "Oxente, Manda Chuva".
Todas as citações do desenho eram adaptadas para correspondentes brasileiros, assim, no episódio em que o Batatinha quis impressionar a mãe se dizendo prefeito da cidade, na versão nacional ele se faz passar por prefeito de Brasília. Personagens da história americana também eram substituídos por similares da história do Brasil.
E a musiquinha de abertura, também vertida e dublada por um grupo vocal bem competente, era muito legal...
O batatinha era demais...muita gente levou esse apelido...inclusive um amigo meu...hehe
Apocaliptica escreveu:O batatinha era demais...muita gente levou esse apelido...inclusive um amigo meu...hehe
Uma vantagem do Manda Chuva e outros desenhos da época é que os personagens eram muito simpáticos. O esperto Manda Chuva, o tapado do Gênio, o conquistador do Bacana e por ai afora, prá não falar no coração de ouro do Guarda Belo, sempre se ferrando por querer ajudar.
A turma do Manda Chuva no Brasil lembra, propositalmente ou não, o estereótipo do malandro carioca, gente que queria levar a vida sem trabalhar, mas que fazia isto sem prejudicar ninguém.
Pelo menos não seriamente, já que os golpes do Manda Chuva não eram lá muito honestos.
Alguém se lembra do "rapa carta por baixo da capa"?
Índio Velho lembra...
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!
Hrrr escreveu:eu assistia As Aventuras de Tintin dez anos atras
Sim...mas era revistinha mesmo.
Eu gostava de ler, na casa de minha prima, as revistas do Asterix.
Pra falar a verdade, a primeira revista que eu li, quando finalmente aprendi a ler, foi uma revista do Drácula. Eu só via os desenhos. Não via a hora de aprender a ler para saber o que estava escrito.
Não sei porque motivo...Asterix nunca cruzou meus caminhos nessa época...eu olhava mais era Giibis Disney mesmo...tinha também uns livrinhos dos contos de Grimm e Andersen...
Apocaliptica escreveu:O batatinha era demais...muita gente levou esse apelido...inclusive um amigo meu...hehe
Uma vantagem do Manda Chuva e outros desenhos da época é que os personagens eram muito simpáticos. O esperto Manda Chuva, o tapado do Gênio, o conquistador do Bacana e por ai afora, prá não falar no coração de ouro do Guarda Belo, sempre se ferrando por querer ajudar.
A turma do Manda Chuva no Brasil lembra, propositalmente ou não, o estereótipo do malandro carioca, gente que queria levar a vida sem trabalhar, mas que fazia isto sem prejudicar ninguém.
Pelo menos não seriamente, já que os golpes do Manda Chuva não eram lá muito honestos.
Alguém se lembra do "rapa carta por baixo da capa"?
Índio Velho lembra...
O estereótipo do malandro carioca caiu como uma luva mesmo....mas o que era " rapa a carta..."?
Alguém lembra dum seriado sinistro japonês do "National Kid"??? Um japonês bizarro de capa branca e máscara que voava mal para caramba ( efeito mal feito ...). Era preto e branco..e tinha uma musiquinha cantada por japonesinhos na abertura...lembram disso?
E " Comedy Capers" quem lembra???? Preto e Branco. A abertura era um tipo de bonde com um monte de caras correndo atrás, se pendurando e escorregando...velocidade de filme antigo...
National Kid praticamente foi o avô de Ultramam e a família ultra.
Quem pode esquecer os Inca-Venusianos. Se bem que, quem pegou essa fase foi a minha irmã. Eu só consegui assistir alugando fitas e quando a, então, Manchete, passou esses clássicos. A emissora manteve a dublagem original de National Kid mas fud...ram com a dublagem de Ultramam.
Curiosidade: A série National Kid foi um dos primeiros programas-séries a utilizar de merchadising (cara, alguém me corrige, eu odeio inglês) ao fazer propaganda dos primeiros radinhos transistores da marca National. O herói deu para os garotos entrarem em contato com ele quando estivessem em perigo.
Lúcifer escreveu:National Kid praticamente foi o avô de Ultramam e a família ultra. Quem pode esquecer os Inca-Venusianos. Se bem que, quem pegou essa fase foi a minha irmã. Eu só consegui assistir alugando fitas e quando a, então, Manchete, passou esses clássicos. A emissora manteve a dublagem original de National Kid mas fud...ram com a dublagem de Ultramam. Curiosidade: A série National Kid foi um dos primeiros programas-séries a utilizar de merchadising (cara, alguém me corrige, eu odeio inglês) ao fazer propaganda dos primeiros radinhos transistores da marca National. O herói deu para os garotos entrarem em contato com ele quando estivessem em perigo.
Merchandising...
Bom ...Ultraman veio bem depois...e não era tão patético...
Lúcifer escreveu:National Kid praticamente foi o avô de Ultramam e a família ultra. Quem pode esquecer os Inca-Venusianos. Se bem que, quem pegou essa fase foi a minha irmã. Eu só consegui assistir alugando fitas e quando a, então, Manchete, passou esses clássicos. A emissora manteve a dublagem original de National Kid mas fud...ram com a dublagem de Ultramam. Curiosidade: A série National Kid foi um dos primeiros programas-séries a utilizar de merchadising (cara, alguém me corrige, eu odeio inglês) ao fazer propaganda dos primeiros radinhos transistores da marca National. O herói deu para os garotos entrarem em contato com ele quando estivessem em perigo.
Merchandising...
Bom ...Ultraman veio bem depois...e não era tão patético...
Mas para as inocentes crianças da época, aquilo era o máximo.
Lúcifer escreveu:National Kid praticamente foi o avô de Ultramam e a família ultra. Quem pode esquecer os Inca-Venusianos. Se bem que, quem pegou essa fase foi a minha irmã. Eu só consegui assistir alugando fitas e quando a, então, Manchete, passou esses clássicos. A emissora manteve a dublagem original de National Kid mas fud...ram com a dublagem de Ultramam. Curiosidade: A série National Kid foi um dos primeiros programas-séries a utilizar de merchadising (cara, alguém me corrige, eu odeio inglês) ao fazer propaganda dos primeiros radinhos transistores da marca National. O herói deu para os garotos entrarem em contato com ele quando estivessem em perigo.
Merchandising...
Bom ...Ultraman veio bem depois...e não era tão patético...
Mas para as inocentes crianças da época, aquilo era o máximo.
Para os meninos...as meninas sempre acharam meio fake e meio gay...
Najma escreveu:Eu lembro do Nacional Kid... Eu lembro do Super Dínamo... queria voar como ele... Eu lembro do Urso do Cabelo Duro...
O Nationaro Kido era o máximo. Um tema que suscitava debates apaixonados era quem seria mais forte, Nationaro Kido ou o Super Homem, na época representado na série de TV por George Reeves, um típico grandalhão americano que, comparado, fazia seu franzino adversário nipônico parecer um anão. Só que nós, à época, não notávamos o quão raquítico era o super-herói japonês.
O mais engraçado é que a série só fez sucesso no Brasil. No Japão o personagem era um completo desconhecido, sendo que seu elenco era todo formado por amadores. O próprio ator que representava o Nationaro Kido era vendedor de seguros ou coisa parecida. Fazia a série como um bico e ficou espantado em saber que por aqui era uma celebridade cult.
Mas ninguém há de negar a mistura de criatividade e cara de pau dos roteiristas japoneses que tornou o personagem inesquecível. Quem mais no mundo iria criar um grupo de vilões alienígenas que eram japoneses incas do planeta Vênus? E a dança do líder Awika diante de sua paralisada tropa de incas venusianos (cara..., incas venusianos, não é genial?) é uma das cenas mais engraçadas (involuntariamente) da história da TV.
Já o Super Dínamo é um clássico sub-valorizado. Para mim é inesquecível o episódio em que Mitsu, após constatar que só acumulava problemas e nenhuma vantagem em ser um super-herói, resolve devolver a máscara e a capa (para quem não assistia, era o que lhe dava respectivamente super-força e poder de voar) ao alienígena que as deu e desistir de vez de sua identidade secreta.
Após passar um dia normal, sem as dificuldades de ser o Super Dínamo, Mitsu vê no noticiário que um desastre qualquer ameaçava um grupo de pessoas. Ele simplesmente se levanta, coloca a máscara e a capa e quando está para sair encontra o alienígena que lhe pergunta por que ele vai ajudar aquelas pessoas, se não ganha nada com isto. Super Dínamo responde "não sei" e segue para a missão.
Notável.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!
Lúcifer escreveu:National Kid praticamente foi o avô de Ultramam e a família ultra.
Episódio emblemático:
Segunda série do Ultraman.
Ultraman é capturado pelos alienígenas que amarram seus membros a quatro naves espaciais e vão esquartejá-lo para mostrar aos humanos o triste fim de seu campeão.
No último instante, o primeiro Ultraman e UltraSeven se unem para salvá-lo e juntos, claro, destroem a frota alienígena...
Acho que me empolguei demais...
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
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Apocaliptica escreveu:O estereótipo do malandro carioca caiu como uma luva mesmo....mas o que era " rapa a carta..."?
A expressão foi usada em um daqueles diálogos que caracterizavam bem a versão brasileira do personagem. No episódio um grupo de vigaristas dá um golpe no Batatinha, que perde um dinheiro extra que ganhou em um jogo de cartas que deveria ser só uma brincadeira familiar. Manda-Chuva orquestra o plano para recuperar o dinheiro:
Manda-Chuva: - Pois bem turma, vocês se lembram daquela vez que passamos três dias jogando cartas em Recife?
Chuchu: - Oh não, chefe! Você não está falando do "rapa carta debaixo da capa".
Manda-Chuva: - Exatamente Chuchu.
Chuchu: Mas chefe, isto não é honesto...
Digitado aqui soa meio esquisito, mas era hilária a cara de assombro do Chuchu quando lembra do "rapa carta debaixo da capa", que devia ser uma técnica de roubar no jogo tão elaborada que até os próprios malandros se preocupavam em usá-la. Desnecessário dizer que eles recuperam o dinheiro do Batatinha e o Guarda Belo prende os vigaristas.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!
Voltando ao Nationaro Kido, por trás de toda aquela ingenuidade fake, vez por outra pintava umas coisas meio estranhas, que só depois de muitos anos percebi que eram devidas às diferenças culturais entre japoneses e ocidentais.
Houve um episódio em que o Nationaro Kido atende ao pedido de um garoto paralítico que queria conhecê-lo e o leva para voar com ele. Até aí, tudo bem, afinal é o sonho de todo garoto voar com seu super-herói favorito. Realizar este sonho para um garoto que não podia andar mostrava o lado humano do Nationaro Kido.
Só que tudo isto muda no fim do vôo (feito com aqueles efeitos especiais fuleiros), quando Nationaro Kido simplesmente joga o garoto no chão e ordena que ele ande. O garoto chora e se arrasta no chão, enquanto o Nationaro Kido grita com ele, dizendo que detesta meninos sem vontade. No fim o garoto consegue andar e todo mundo fica feliz, só que a brutalidade da cena não passava despercebida nem às ingênuas crianças da época.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!