Samael escreveu:Então a matemática se postula por coerência interna e não por relação com a realidade? É isso?
Talvez a priori seja a palavra certa.
Samael escreveu:Então a matemática se postula por coerência interna e não por relação com a realidade? É isso?
Samael escreveu:Azathoth escreveu:Incógnito, você está confundindo magistério não-interferente gouldiano com paradigma kuhniano, paradigmas kuhnianos que se dispõe a explicar uma mesma classe de fenômenos inevitavelmente entram em confronto.
Exato.
Anna escreveu:Apocaliptica escreveu:Por mais que eu admire a mente brilhante e a obra deixada por Einstein, não posso concordar com a convivência possível ou até necessária entre Religião e Ciência.
É. E não é porque Einstein foi um físico importanmte do passado que devemos considerar como verdades aquilo que era opinião pessoal dele. Se assim fosse todos que sabem da importância das premissas de Newton deveriam se tornar evangélicos criacionistas.
Sr. Incógnito escreveu:Entendo. Talvez a palavra certa seja, ao invés de combatido, esclarecido. Esse é um caso de confusão da parte deles. No máximo eles poderiam dizer (e estou tentando "falar por eles".... Não que eu concorde com isso) que, embora a vacina cure, tal cura não se dá pelos motivos que os cientistas acham (sei lá, inventei aqui um ponto). Por exemplo: Sempre que alguém toma certa vacina, Deus cura essa pessoa (?!). Porém, que alguém tomou a vacina, por exemplo, e se curou, é algo factual.
Podemos fazer um exercício e inventar mais centenas de motivos, até mesmo "tirando a vacina" como causa imediata da cura (ex: 1.Uma Pessoa toma vacina. 2. Quando alguém toma vacina uma folha da árvore mais velha do mundo cai, e somente cai nesse caso (vamos supor que essa árvore exista e seja assim...isso é só uma "brincadeira). 3. Sempre que uma folha desa árvore cai, alguém se cura.)...
Porém, novamente, é importante notar que, até agora, (vamos supor) todos que tomaram a vacina se curaram. Isso é inegável. (assim como é inegável que todos os carpos que larguei no ar, na minha cidade, até hoje, caíram no chão. Note que o problema está no próximo objeto que largarei...). Consegui deixar claro meu ponto?
Sr. Incógnito escreveu:Quanto a minha posição sobre o motivo de ciência e religião não PODEREM conflitar, vide os outro post desse tópico (e naquele outro do Marcelo Greizler, acho que é esse o nome...).
Quanto a "ser provinciano", não é esse o caso. Se falo ou cito sobre cristianismo, mais especificamente, se quiser, catolicismo, é por conhecer melhor tal pensamento. Como é que vou falar de algo que não conheço?
Quanto a essa tribo, o juízo sobre o sêmem é religioso? Além disso, o que eles chamam de sêmem é exatamente a mesma coisa que nós chamamos? Vou inventar um exemplo, baseado em fatos reais: Certas tribos diziam que para fazer um tribal no corpo era preciso fazer um certo ritual (por exemplo: Dar três pulos de pé junto). Porém, chega um tatuador "civilizado" por lá, cercado por amigos cientistas,e constatam: "Estão errados! Pensam que para fazer um tribal é preciso dar três pulos".Pergunto: Os cientistas estão certos? Não. Tribal é uma homonímia, nesse caso.
Assim, vamos regular esses pontos para podermos seguir em frente. Ok?
Sr. Incógnito escreveu:O que você, talvez, não tenha notado (até porque eu não falei diretamente) é que essas explicações que eu dei acima...explicam tão bem quanto as outras.
Sr. Incógnito escreveu:O que eu disse cabe, sim, universalmente. O caso é que cito o catolicismo como exemplo por conhecer melhor. Como disse em outro post, pode haver alguma religião que faça algumas confusões. Porém, ela estará errrada, pois, quando faz isso, foge do seu campo e, como eu disse "trai a si mesma". Não é mais religião. Ou então é insensata.
Quanto ao conceito "suficientemente parecido", não serve. Se não estamos falando exatamente da mesma coisa, então naõ estamos falando da mesma coisa. Assim sendo, o problema que eu coloquei continua.
Res Cogitans escreveu:videomaker escreveu:Res Cogitans escreveu:video,Certamente, ninguém negará que a idéia da existência de um Deus pessoal, onipotente, justo e todo-misericordioso é capaz de dar ao homem consolo, ajuda e orientação; e também, em virtude de sua simplicidade, acessível as mentes menos desenvolvidas. Por outro lado, porem, esta idéia traz em si aspectos vulneráveis e decisivos, que se fizeram sentir penosamente desde o início da história. Ou seja, se esse ser é onipotente, então tudo o que acontece, aí incluídos cada ação, cada pensamento, cada sentimento e aspiração do homem, é também obra Sua; nesse caso, como é possível pensar em responsabilizar o homem por seus atos e pensamentos perante esse Ser 'todo-poderoso'? Ao distribuir punições e recompensas, Ele estaria, até certo ponto, julgando a Si mesmo. Como conciliar isso com a bondade e a justiça a Ele atribuídas?
vc concorda com esta passagem???
Essa é uma ideia de Deus das religiões ortodoxas! assim tambem pensava o grande fisico, se era sobre esse Deus que ele falava tenho que concordar!
Video, quais características a seguir vc considera que Deus possua:
justo
bom
onipotente
preocupado com o bem-estar de suas criaturas
Sr. Incógnito escreveu:1. A bom.... se você está usando alguma definição de religião que a faça conflitar com a ciência, aí haverá conflito. Porém, tal definição seria errada. Aí, o problema seria conceitual. Assim, o erro não estaria na minha parte, mas sim nessa possível definição (que talvez você defenda).
2. E o que vocÊ entende por "tribal"? Vou inventar: Um desenho na pele (tatuagem) com formas aparentemente aleatórias, quase como sendo fractais, com pontas bem agudas. Tudo bem? Não! Embora isso defina um aspecto do tribal, não podemos dizer, então, que o sentido dele é o mesmo para nós e na sua origem. Para a tribo que os fazia, tinha um sentido muito diferente (por isso, no meu exemplo, eles precisavam dar os 3 pulos... E por isso aquele tatuador imaginário estava errado). O problema permanece.
Sei onde vc quer chegar Res!, como contemplar Deus com estes atributos quando "aparentemente" existe injustiça, maldade e etc?
Entender o criador e seus atributos, é ter que esquecer o que se aprendeu sobre aquele Deus Cristão das religiões que tem a biblia como livro santo e infalivel!
Cobrar do criador a solução de imediato do mal e suas consequencias, acaba o sujeito esquecendo da sua responsabilidade, e quanto ele pode mudar isso!
O plano é perfeito, temos que trabalhar, e saber, que tudo é transitorio!o imperfeito hoje, se tornara melhor amanha, se aproximando do perfeito, que é inatingivel, se aproximando aos poucos do criador!
Apocaliptica escreveu:Anna escreveu:Apocaliptica escreveu:Por mais que eu admire a mente brilhante e a obra deixada por Einstein, não posso concordar com a convivência possível ou até necessária entre Religião e Ciência.
É. E não é porque Einstein foi um físico importanmte do passado que devemos considerar como verdades aquilo que era opinião pessoal dele. Se assim fosse todos que sabem da importância das premissas de Newton deveriam se tornar evangélicos criacionistas.
Exato...mas o que vejo em outros foruns menos esclarecidos é o argumento bobo de que se gênios como Einstein eram teístas , quem sou eu para achar que o ateísmo leva a algum lugar??? Argumento pesaroso esse...
mike escreveu:Anna escreveu:Apocaliptica escreveu:Por mais que eu admire a mente brilhante e a obra deixada por Einstein, não posso concordar com a convivência possível ou até necessária entre Religião e Ciência.
É. E não é porque Einstein foi um físico importanmte do passado que devemos considerar como verdades aquilo que era opinião pessoal dele. Se assim fosse todos que sabem da importância das premissas de Newton deveriam se tornar evangélicos criacionistas.
exatamente. O que nós temos é de aceitar como verdades o que Dawkins, Dennett e Harris dizem...
Sr. Incógnito escreveu:1. Evidente que não, Res. Isso é sem sentido. Diga, então, qual é essa definição de ciência (que pode ser tudo, menos ciência).
2. Não se segue essa sua conclusão. Argumento inválido por ser indutivo, meu amigo. Vejamos, então: O sêmen é aquilo que faz a mulher fecundar (digamos que seja isso o que nós entendemos como sendo). Para eles, "o sêmen é aquilo que deixa mostra aos deuses que um casal quer engravidar" (inventei). Assim sendo, essa noção de sêmen poderia implicar que cada homem devesse dar cinco pulos antes da relação sexual. O problema continua, sim.... Aqui o problema é puramente linguístico. Em cada caso, estamos falando de coisas diferentes. Vide o exemplo do tribal. Portanto, quando vc diz que os índios estavam errados ao pensarem que precisavam fazer aquilo para adquirirem o sêmen, é melhor ver se eles estão falando EXATAMENTE a mesma coisa que nós (coisa que vc mesmo disse que não era...