07/11/2004 - 09h35m
Mulher submetida à cirurgia para retirar seios continua internada
EPTV
SÃO PAULO - Angelita Talita da Silva, de 31 anos, continua internada na Santa Casa de Barretos. Ela foi submetida, em 26 de outubro, a uma cirurgia para retirada dos seios e parte do músculo de uma das mamas. O problema aconteceu depois que Angelita foi a uma clínica clandestina instalada na cidade para fazer a aplicação de silicone industrial. Ela disse que pagou R$ 200,00 para aplicar, em cada seio, dois copos de silicone utilizado para lubrificar peças automotivas.
- O silicone estava em um vidro sem rótulo. Depois, o líquido era jogado em um copo tipo americano e puxado para uma seringa. Foram aplicados dois copos de silicone em cada seio - disse Angelita.
Ela contou ainda que procurou a clínica porque não poderia pagar um tratamento normal.
- Foi um barato muito caro - completou.
Angelita fez um apelo para que ninguém utilize mais os serviços clandestinos. De acordo com o diretor clínico da Santa Casa de Barretos, Caio Monteiro de Barros, o silicone utilizado tem muita impureza e uma infecção é praticamente certa.
- É como aplicar água de torneira na veia - afirmou.
Barros disse ainda que os silicones aplicados em implantes de seios são puros, esterilizados e protegidos para o líquido não vazar para o organismo.
Para o representante regional da Associação de Cirurgia Plástica, Carlos Roberto Ferriani, quem precisar de uma cirurgia plástica deve, primeiro, consultar se o médico é credenciado pela associação e jamais freqüentar clínicas clandestinas. Além disso, é recomendável pedir indicação de um médico de confiança.
Duas pessoas estão presas e foram indiciadas por agressão corporal grave. Na clínica onde Angelita foi operada foram encontrados silicone, seringas e anestésicos, além de uma agenda e um caderno com nomes de possíveis clientes do estabelecimento clandestino.
Dois rapazes, um de Jales e outro de Fernandópolis, estão internados com infecção generalizada após aplicarem silicone industrial na região peitoral. Eles também aplicaram o produto na clínica de Barretos.
http://mivida.blogspot.com/2004_11_07_m ... chive.html
Sumaré, 20 de Novembro de 2004 - 11:47 hs
Anabolizante mata mais um estudante na Paraíba
O estudante Danilo Miguel da Silva, 18, morreu na semana passada em um hospital de João Pessoa, dois dias depois de tomar uma injeção de anabolizante de uso veterinário, provavelmente para a engorda de gado. Segundo a família, Silva pode ter injetado 30 mililitros do medicamento Adethor, uma concentração de vitaminas destinadas à engorda de cavalos, bois e porcos. No dia seguinte, segundo o tio de Danilo, Edvaldo José da Silva, ele começou a ter febre, dores e enjôos, e apareceram hematomas na perna direita.
Para se ter uma idéia do poder do anabolizante, a dose usada pelo estudante é recomendada para sete touros e deve ser aplicada no músculo, não na veia, como aconteceu com Silva. Ele teve parada cardíaca 24 horas após tomar o anabolizante.
A família acha que Silva injetou anabolizante por influência de amigos que freqüentavam uma academia no bairro de Mangabeira, onde fazia musculação. O adolescente, a exemplo do que ocorreu com outros jovens em setembro, em Goiás, teria recorrido ao uso de anabolizantes para tentar ficar musculoso mais rapidamente e sem precisar malhar. Pelo menos é nesta versão que a família de Silva acredita.
Depois de sua morte, pelo menos 11 rapazes deram entrada em três hospitais de João Pessoa com os mesmos sintomas que, segundo os médicos, são característicos do uso de anabolizantes para animais. Todos já tiveram alta. Nos últimos três dias, mais seis rapazes foram internados em hospitais de João Pessoa.F:TodoDia.
http://www.sumare.com.br/noticias/noticia.jsp?id=3079