O porque do meu desprezo pelo natal.

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Acauan escreveu:Um pequeno comentário sobre o tal do "consumismo do Natal".

Esta é uma acusação comum que vem de todos os lados, tanto dos religiosos que acusam este "consumismo" de atentar contra o que seria o verdadeiro espírito da festa, quanto dos que não o são, que reduzem o Natal a isto.

A questão que coloco é, qual é o problema quanto a pessoas que trabalharam duro durante o ano todo para ganhar honestamente seu dinheiro, no final do ano gastar um pouco deste dinheiro com as pessoas que ama e consigo mesmo?



Na verdade, o consumismo de Natal não me causa grande incômodo.

Apesar de não gostar de estacionamentos cheios de Shopping, ou pentelhação de comprar presentes para namorada, mãe, irmã, amigo oculto, etc.., é até legal o espírito da coisa. Até por ser uma ocasião que reúne pessoas com as quais você às vezes tem contato reduzido.

O que eu estava apontando é que a freqüente associação do Natal a uma injeção de ânimo na economia talvez seja apenas outra das várias confusões entre causa e efeito daqueles que costumam acreditar que uma canetada pode mudar o mundo.
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Samael escreveu:
user f.k.a. Cabeção escreveu:
Samael escreveu:Cabeça, você ignorou o fato dessa mesma grana também poder ser aplicada no mercado financeiro ou simplesmente acumulada, num investimento sem riscos. Nesse ponto, a curto prazo, a economia sairia perdendo sim.


Não entendi muito bem o conteúdo da objeção. Desenvolva melhor.


Ao invés de torrar a grana e fazer a economia girar, as pessoas poderiam simplesmente guardar o dinheiro ou investí-lo num mercado de ações, com maiores ou menores riscos, sendo que assim o tal nçao circularia na mesma quantidade no mercado e não geraria todo esse aquecimento econômico.


Investimentos financeiros e formação de poupança interna não são efeitos ruins para a economia, muito pelo contrário.
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user f.k.a. Cabeção escreveu:
Samael escreveu:
user f.k.a. Cabeção escreveu:
Samael escreveu:Cabeça, você ignorou o fato dessa mesma grana também poder ser aplicada no mercado financeiro ou simplesmente acumulada, num investimento sem riscos. Nesse ponto, a curto prazo, a economia sairia perdendo sim.


Não entendi muito bem o conteúdo da objeção. Desenvolva melhor.


Ao invés de torrar a grana e fazer a economia girar, as pessoas poderiam simplesmente guardar o dinheiro ou investí-lo num mercado de ações, com maiores ou menores riscos, sendo que assim o tal nçao circularia na mesma quantidade no mercado e não geraria todo esse aquecimento econômico.


Investimentos financeiros e formação de poupança interna não são efeitos ruins para a economia, muito pelo contrário.


Discordo em parte. A economia não é um campo de previsões muito óbvio. Esse capital pode ser acumulado num mercado de ações e, além de não gerar renda para o Estado, não ser revertido nem no capital industrial nem no comércio. Pode, ainda ser levado à outra nação.

Enfim, o problema é relativo. Só discordo absolutamente da sua primeira postagem no tópico.

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Re.: O porque do meu desprezo pelo natal.

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »



Samael, você não está falando coisa com coisa.

Se uma pessoa compra uma quantidade de ações com o seu dinheiro ela continua pagando imposto pela renda que este venha a gerar, e portanto em teoria continua a gerar renda para o Estado (não que isso me pareça algo tão necessário quanto é para você).

Outra coisa é que a formação de uma poupança interna é a base para o aumento do crédito, o que é requisito quando se quer falar em crescimento.

Termos como "fazer girar a economia" são apenas manobras retóricas vazias.

Além disso eu não disse nada quanto a economia ser um campo previsível. Eu apenas defendo que as decisões últimas sobre quando e quanto gastar devam caber as pessoas, e não a grupos iluminados de pensadores a serviço do Estado.
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Re: Re.: O porque do meu desprezo pelo natal.

Mensagem por Samael »

user f.k.a. Cabeção escreveu:

Samael, você não está falando coisa com coisa.

Se uma pessoa compra uma quantidade de ações com o seu dinheiro ela continua pagando imposto pela renda que este venha a gerar, e portanto em teoria continua a gerar renda para o Estado (não que isso me pareça algo tão necessário quanto é para você).

Outra coisa é que a formação de uma poupança interna é a base para o aumento do crédito, o que é requisito quando se quer falar em crescimento.

Termos como "fazer girar a economia" são apenas manobras retóricas vazias.

Além disso eu não disse nada quanto a economia ser um campo previsível. Eu apenas defendo que as decisões últimas sobre quando e quanto gastar devam caber as pessoas, e não a grupos iluminados de pensadores a serviço do Estado.


1- Sim, mas não há o imposto sobre mercadorias e, como você bem sabe, não se tributa o capital especulativo. Perde-se dinheiro da mesma forma.

2- Acho que uma economia em desenvolvimento é que propicia o aumento real do crédito. E tenho sérias dúvidas quanto ao crescimento sustentável de uma economia estar intrinsecamente relacionada a esse aumento. Neste ponto, prefiro comentar em outra ocasião.

3- Concordo plenamente. Mas, como já te afirmei, existem limites para tudo, e os meus estão um pouco acima dos seus: economias totalmente liberalizadas implodem.

Apocaliptica

Re.: O porque do meu desprezo pelo natal.

Mensagem por Apocaliptica »

Enfim o capitalismo versus as teorias socialistas.
Natal é apenas um detalhe.

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miguell
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Re: O porque do meu desprezo pelo natal.

Mensagem por miguell »

DarkWings escreveu:Natal é tempo de de festas. Tempo de consumismo e comilança. É tempo também dos hipócritas ficarem bonzinhos por umas 12 horas.


Se o natal faz de mim um hipócrita durante 12 horas... entao eu quero ser hipócrita.

É como a história de nos apaixonarmos: Se estar apaixonado faz de mim um tolo, entao eu quero ser um tolo... :emoticon19:

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miguell
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Re: Re.: O porque do meu desprezo pelo natal.

Mensagem por miguell »

Samael escreveu:Ganhei um mp3 player do meu pai. Estou feliz.


hehe... eu recebi um zen 8 Gigas da minha mae.

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Flavio Costa
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Mensagem por Flavio Costa »

user f.k.a. Cabeção escreveu:O Natal realmente oferece muitas oportunidades de empregos temporários, além de motivar um gasto maior da população e um aumento de vendas no comércio.

Isso não foi negado por mim.

Beleza.

user f.k.a. Cabeção escreveu:O que eu discuti foi se esse efeito é uma melhoria efetiva na economia ou decorre de um deslocamento da renda para o fim do ano.

É isso que você deveria objetar.

Na minha participação inicial nesse tópico apenas coloquei que "é bom para o comércio e para a economia", sendo que dizer que algo é "bom" me parece uma afirmação bem despretensiosa. Você é que trouxe novos elementos à discussão, como o deslocamento da renda causado pelo 13º. Eu nem estava pensando em 13º e não é por causa dele que acho que a época é boa para o comércio. Aliás, eu disse que o Natal é bom para o comércio e penso o mesmo do dia das mães, dos pais, das crianças, dos namorados, que ocorrem em meses sem o 13º.

Eu não vejo realmente porque deveria objetar a essa questão do deslocamento da renda, pois não é esse o foco das minhas colocações aqui.

user f.k.a. Cabeção escreveu:O simples fato de não surgir a necessidade de contratar um Papai Noel de fim de ano não significa uma perda econômica. Gerar um emprego não necessariamente significa gerar uma renda, e portanto, seu efeito na economia nem sempre é positivo.

A família do Papai Noel de shopping deve ficar feliz assim mesmo... Veja que eu mesmo comecei minha postagem anterior com "É verdade que os benefícios do Natal e do 13º para a Economia não são facilmente mensuráveis", então de fato eu não tenho como discordar da sua opinião, ainda que ache que ela tem um tom, digamos, dogmático, mas entendo que você tem suas razões.

user f.k.a. Cabeção escreveu:Os empregos temporários que surgem nesse período se devem praticamente a esse deslocamento da renda, que faz com que mais dinheiro seja gasto nessa época, mas que talvez pudesse ser gasto com mais parcimônia e estratégia em outros períodos do ano, se as pessoas e empresas pudessem optar pela forma que recebem e pagam os vencimentos.

Creio que mesmo sem o 13° se gastaria mais no Natal que em outras datas, por questões culturais. Provavelmente as compras seriam mais modestas, mas possivelmente continuariam sendo o maior pico de vendas anual.

user f.k.a. Cabeção escreveu:Como eu disse, se essas festas surtissem efeitos positivos na economia, nada impediria que a cada mês se fizesse um análogo correspondente do Natal, e então, na abobação conhecida por sabedoria convencional, a oferta de empregos seria melhor o ano inteiro. E isso eu acredito que não seja necessário mostrar que é absurdo.

O "Natal de cada mês" seria justamente o que você propõe, que o 13º seja distribuído ao longo do ano, o que traria um pequeno aumento do poder aquisitivo. Só que, enquanto os preços são inflacionados no final do ano, dependendo do comportamento do mercado com o aumento uniforme do poder aquisitivo, existe o risco da inflação corroer definitivamente o ganho obtido...
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Grande parte das pessoas pensam que elas estão pensando quando estão meramente reorganizando seus preconceitos.
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Samael escreveu:1- Sim, mas não há o imposto sobre mercadorias e, como você bem sabe, não se tributa o capital especulativo. Perde-se dinheiro da mesma forma.



Não existe isso de "capital especulativo". Isso é um termo artificial e pejorativo para o dinheiro que se investe no mercado financeiro, e essas transações são todas tributáveis.


Samael escreveu:2- Acho que uma economia em desenvolvimento é que propicia o aumento real do crédito. E tenho sérias dúvidas quanto ao crescimento sustentável de uma economia estar intrinsecamente relacionada a esse aumento. Neste ponto, prefiro comentar em outra ocasião.


E para uma economia crescer é necessário crédito. Dilema do tostines.

Samael escreveu:3- Concordo plenamente. Mas, como já te afirmei, existem limites para tudo, e os meus estão um pouco acima dos seus: economias totalmente liberalizadas implodem.


Defina "economia totalmente liberalizada".
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Flavio Costa escreveu:Na minha participação inicial nesse tópico apenas coloquei que "é bom para o comércio e para a economia", sendo que dizer que algo é "bom" me parece uma afirmação bem despretensiosa. Você é que trouxe novos elementos à discussão, como o deslocamento da renda causado pelo 13º. Eu nem estava pensando em 13º e não é por causa dele que acho que a época é boa para o comércio. Aliás, eu disse que o Natal é bom para o comércio e penso o mesmo do dia das mães, dos pais, das crianças, dos namorados, que ocorrem em meses sem o 13º.

Eu não vejo realmente porque deveria objetar a essa questão do deslocamento da renda, pois não é esse o foco das minhas colocações aqui.


Eu não realizei um ataque à você Flavio, eu apenas trouxe para discussão a idéia convencional de que o Natal é bom para a economia.

Eu peguei uma deixa sua para iniciar um debate do qual você poderia ou não tomar parte. Não há necessidade de se defender, e se eu compreendi errado o que você disse, que minha mensagem sirva então como um contra-argumento para àqueles que efetivamente pensem que o Natal traz benefícios reais para à economia.

Quando eu disse que você deveria objetar a questão do deslocamento de renda, estava apenas dizendo por onde você deveria refutar o meu argumento. Temos basicamente essa estrutura de debate:

1) Você afirmou que o natal é bom para a economia. Provavelmente em virtude dos índices econômicos do mês de dezembro serem superiores aos dos demais meses do ano.

2) Eu apontei que isso não se deve a uma maior produtividade, mas a um deslocamento compulsório de renda, principalmente. Fiz também uma inferência sobre a realidade sem o Natal e principalmente sem o deslocamento de renda compulsório.

A propósito, essa não é uma inferência absurda, basta comparar com nações de igual porte que não desloquem renda compulsoriamente para o Natal. Aliás, compare a taxa de crescimento de economias similares em países que comemoram e não comemoram o Natal, independente de deslocamentos de renda compulsórios (existem também os voluntários: pessoas que poupam para gastar no Natal).

3) Aqui entraria a tréplica.


Flavio Costa escreveu:A família do Papai Noel de shopping deve ficar feliz assim mesmo... Veja que eu mesmo comecei minha postagem anterior com "É verdade que os benefícios do Natal e do 13º para a Economia não são facilmente mensuráveis", então de fato eu não tenho como discordar da sua opinião, ainda que ache que ela tem um tom, digamos, dogmático, mas entendo que você tem suas razões.


O que seria o tom dogmático presente na minha opinião?

Flavio Costa escreveu:Creio que mesmo sem o 13° se gastaria mais no Natal que em outras datas, por questões culturais. Provavelmente as compras seriam mais modestas, mas possivelmente continuariam sendo o maior pico de vendas anual.


Concordo. Em vários países não há deslocamento compulsório de renda, e ainda sim se verifica um aumento no volume comercial na época do Natal.

Mas nesse caso, como eu disse, o deslocamento é voluntário, o que é não é ruim como o compulsório, mas ainda assim tem alguns efeitos econômicos parecidos, que não implicam necessariamente em efeitos positivos, a não ser se considerados localmente. Mas elimina os efeitos negativos do deslocamento compulsório.


Flavio Costa escreveu:O "Natal de cada mês" seria justamente o que você propõe, que o 13º seja distribuído ao longo do ano, o que traria um pequeno aumento do poder aquisitivo. Só que, enquanto os preços são inflacionados no final do ano, dependendo do comportamento do mercado com o aumento uniforme do poder aquisitivo, existe o risco da inflação corroer definitivamente o ganho obtido..


Exatamente. É o que o princípio mais básico teoria de preços diz.
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Anna
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Mensagem por Anna »

Eu não gosto do Natal. Não gosto de absolutamente nada, acho chato. Mas já gostei muito! Demais! Quando era menina. Até meus 16 anos ainda curti, acho que pq demorei bastante pra despedir da minha infância. Tive sindrome de Peter Pan. Quando a fantasia se retira o Natal perde a graça, a festa fica sem sentido, chata.

Minto! Há ainda muita graça em litros de whisky!

Mas não se compara a alegria da festa junto a meus familiares, tios e primos, muitos, todos brincando. A espera do papai Noel, os filmes infantis da época. Amava tudo. Mas crescer é uma lei natural. Não tive escolha.

Acho que mudamos de opinião sobre o natal se temos crianças presentes. Esse ano a filhinha de 4 anos de uma amiga passou conosco. Se houve graça e felicidade sincera naquela noite foi enquanto a Clarinha nós iluminou com sua alegria e sua inocência, emprestando a beleza e ingenuidade de seus sonhos de menininha pra um monte de adultos descrentes e rabujentos. Todo mundo riu e virou um pouco menino, todo mundo procurou ou deu pistas do local por onde o velhinho barbudo havia entrado. Todos procuraram presentes. Todos riram feito meninos de suas perguntas e suas carinhas a cada dica que alguém dava. E todos também brincaram no chão com ela e os brinquedos ganhos, pelo menos um pouquinho. Graças a Clarinha o Natal foi muito bom.

Acho que única forma de dar algum sentido ao Natal, que não seja o religioso, é ter descendentes, ou pelo menos sobrinhos, afilhados, filhos de amigos na noite de Natal.
Cérebro é uma coisa maravilhosa. Todos deveriam ter um.

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marta
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Re: O porque do meu desprezo pelo natal.

Mensagem por marta »

DarkWings escreveu:Natal é tempo de de festas. Tempo de consumismo e comilança. É tempo também dos hipócritas ficarem bonzinhos por umas 12 horas.

Natal é uma época estúpida. Natal é tempo da rainha dos 'hipocritinhas" bancar a boazinha e "miar" uma música natalina no playback enquanto distribui brinquedos de 5a categoria que nem seus cães ganhariam.

Natal é isso. É tempo de empresários gananciosos se vestirem de garoto propaganda da coca-cola e bancarem os bons velhinhos enchendo de esperança os miseráveis por algumas horas só para no dia seguinte estes lembrarem como é ter esperança.

Natal é tempo dos subdesnvolvidos tupiniquins sonharem em ser americanos e decorarem suas casas com tufos de algodão para parecer com neve.

Natal é momento de vermos os mesmos carcomidos apresentadores dA TV exibirem histórias pseudo-comoventes sobre a menina que ganhou a bicicleta que sonhava ou o menino que conseguiu um autógrafo deste ou daquele jogador de futebol.

Natal é mesmo um festival cretino, ou cristão. É quando padres, pedófilos ou não, falam em união e fraternidade, em compaixão e em ajudar ao próximo. Interessante, sobretudo vindo de sacerdotes de uma das mais obscurantistas entidades do mundo que sempre foi contra os direitos da mulher, contra o planejamento familiar e contra a prevenção de doenças como a AIDS.

O que acho mais hipócrita nisso tudo é que não haveria necessidade de amor ao próximo, caridade e toda essa papagaiada natalina se não houvesse miséria.
Mas miséria existe e sempre existirá enquanto houver religião, sobretudo as tres maiores mazelas deste planete: cristianismo, judaísmo e islamismo.

É uma questão matemática:onde há mais pessoas crentes? Nas camadas mais pobres. Onde há mais filhos não planejados? Bingo! Não preciso dizer mais nada.

Viva o natal! Vamos nos empanturrar (às custas dos outros é claro!)


Gente, 1000 desculpas pela ausência, mas dezembro, aqui na redação é..., bem deixa pra lá. Ainda estou exalando o esprito natalinho.

Baijão pra todos!!!

Calma Dark! Seus problemas se acabaram.

[center]MUDEI DE IDÉIA. LULLA É O CARA![/center]
Acho que o espírito de Natal baixou em mim, zifio. Já estou começando a mudar de idéia a respeito do nosso Babalullixá II. Elle é o cara.
Jamais vi um Natal com o povo tão farto. Depois que o nosso Babalullixá II se instalou no Palhaço do Planalto, Natal Sem Fome virou conto de livro de história.
Este ano será eternamente lembrado pela queda expressiva da encheção de saco daquela turma que pede tudo pra todo mundo. É brinquedo prascriançapobre, é cesta prasfamiliacarente, é roupa prosvelhinhoabandonado, é donativo prascreche, caxinhaprameiomundo, enfim...
Finalmente, os pobres agora têm um pai. A criançada, ao invés de mandar cartinha pro Papai Noel, prefere enviá-la pro Papai Lulla, lá no Palhaço do Planalto. Todas as cartinhas que forem acompanhadas de uma xérox autenticada do comprovante da última votação, estou convencida que ele, certamente, vai atender.
Cá pra nós, não faz nada mais do que a obrigação, afinal de contas os pobres o elegeram exatamente com essa finalidade. O bolsa-família é uma migalha se comparada ao bolsa-pra-lamentar, mas já dá pra turma ficar em casa de papo pro ar e fazendo mais nenéns, nas horas de folga.
Estamos vivendo a era do Lullasionismo e nunca, na história destepaiz, o Verde-Lindo foi tão feliz.
Hoje, quem tem 8 filhos no currículo e marido desempregado ganhou status social. É fashion! O nome do programa é auto-explicativo: Bolsa-família, que consiste numa abundante (no bom sentido, é claro!) remuneração para os casais ficarem em casa aumentando a família e produzindo novos eleitores, em escala industrial. Se assim não fosse, o nome não se justificaria. Seria assim... um bolsa-solteirão ou bolsa-balzaquiana ou mesmo, bolsa-encalhada.
Lá, em Brasilha da Fantasia, já está tudo preparado para atender aos pedidos. Só tem um problema. Não adianta escolher o brinquedo, pois já está tudo comprado. A turma lá de cima poderia se utilizar dos cartões de crédito corporativos para as compras naturalmente superfaturadas, como faz habitualmente, e depois justificar com um calhamaço de notas frias, mas para evitar que o TCU fique, depois, pegando no pé, eles preferiram pegar os brinquedos encalhados que apodrecem nos galinheiros do Palhaço da Arvorada.
Os meninos ganharão um aviãozinho, réplica do aero-lullinha. As meninas receberão bonequinhas Martaxa Suplicýnica, Idelicada Efetivamernte Salvatti e também da dona Marisa Estultícia.
O mais legal é que os brinquedos já vêm com muitos acessórios para a criançada se divertir. O aero-lullinha vem com vários super-heróis como o Controlador Infalível; um ministrinho da defezes, Waldir Pirex (que resiste do forno à geladeira) que arruma o brinquedo, caso ele despenque de algum penhasco e também com um ministrinho da justificativa, Super Malaço To+, para os casos em que a queda seja inevitável. Além dos 3 super-heróis que acompanham o brinquedo, a criança ainda ganha um CD pirata dos Filhos do Francisco para assistir à bordo.
As bonequinhas Idelicada, Martaxa e Marisa Estultícia vêm com um kit completo com mais de 500 roupinhas, botox, cremes de rejuvenescimento além de sapatinhos, jóias e acessórios. Elas também têm super-heróis: o personal tranyn, o Mus Culoso; o personal stilyst, Clô Não Viu e o cabeleireiro Super Chapinha. O mais completo é o da dona Estultícia que vem também com vários maiôs brancos com uma estrela vermelha aplicada em diferentes locais. Todas as crianças ganharão também um vale Canal 21- Play TV para assistirem por 60 dias, totalmente digrátis, todas as maravilhas produzidas pelo neogênio Lullorotinha da Filva.
As cestas de Natal também já estão prontas para todas as famílias cadastradas no programa e serão entregues com: 1 Manétone; 2 pacotes de bolacha Menas Zena; 1 pote (500 grs) desmaionese; 1 lombo (2 kgr) de vaca com febre aftosa; 1 pacote (500 grs) de casca de nozes; 1 pacote de macarrão tipo Ex-paguetti com a validade vencida; 1 lata de molho pronto Roubaretti; 1 pacote de babaca palha congelada, 1 pacote não contabilizado de Dá Asco seco da marca Delúbio Azul, 4 folhas de gelatina branca, sem sabor, 1 pacotinho de Requião ralado, 100 grs de babacalhau Genoíno da Norubrega, 2 garrafinhas de água poluída, e uma garrafa de sidra Se Rezar. Como brinde, a cesta traz ainda, 1 DVD da Dança da Pizza com afamada Ângela Pé de Vista, 2 rojões e uma caixa de fósforos, todos testados e aprovados, para festejar a entrada do próspero Ano Povo.
A distribuição das cestas e dos presentes também será inédita. Cada pra-lamentar ficará encarregado de levá-los até as famílias que residirem em suas bases.
MAS ATENÇÃO: Os pra-lamentar irão disfarçados de Papai Noel para não serem linchados no bairro. Então, ao receber os presentes, confira, item por item, no ato da entrega, pois o governo não aceitará reclamações posteriores e, menos ainda, tolerará e-mails mal criados em sua caixa bostal. Tenha em mente que quem está recebendo, desta vez, é você. Então tenha o cuidado de retirar os sapatinhos das janelas e todos os enfeites da casa. Trancar as chaminés também é recomendável. Esconda todas as bolsas e carteiras e não deixe dinheiro ou moedas esquecidas sobre móveis.
E pra vocês que me aturaram o ano inteiro, o mínimo que eu posso fazer é desejar que tenham todos, um ótimo Natal.
:emoticon105: :emoticon105: :emoticon105:
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Re.: O porque do meu desprezo pelo natal.

Mensagem por Nospheratu »

Nunca consegui realmente gostar do Natal pelos mesmos motivos apresentados pelo DarkWings, e com a adição de um novo motivo esse ano ; A programação do Adult Swim no Cartoon Network ficou uma merda, exibindo sem parar um chato especial de natal de autoria do azedo Adam Sandler.

Quanto aos dois dias de Noel, digo que há épocas piores, cito como forte exemplo o carnaval.

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Flavio Costa
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Mensagem por Flavio Costa »

user f.k.a. Cabeção escreveu:Eu não realizei um ataque à você Flavio, eu apenas trouxe para discussão a idéia convencional de que o Natal é bom para a economia.

Nem acho que você me "atacou", só estou lembrando que na minha argumentação eu nem pensei em 13º, sendo que esse foi o foco principal da sua argumentação.

user f.k.a. Cabeção escreveu:Eu peguei uma deixa sua para iniciar um debate do qual você poderia ou não tomar parte. Não há necessidade de se defender, e se eu compreendi errado o que você disse, que minha mensagem sirva então como um contra-argumento para àqueles que efetivamente pensem que o Natal traz benefícios reais para à economia.

Acho que nos entendemos sim.

user f.k.a. Cabeção escreveu:1) Você afirmou que o natal é bom para a economia. Provavelmente em virtude dos índices econômicos do mês de dezembro serem superiores aos dos demais meses do ano.

Na verdade eu deveria ter dito apenas comércio, pois estava pensando mais nele que na economia como um todo. Pode ser que haja benefícios para a economia também, mas não são tão claros quanto a melhora nos índices de transações comerciais.

user f.k.a. Cabeção escreveu:2) Eu apontei que isso não se deve a uma maior produtividade, mas a um deslocamento compulsório de renda, principalmente. Fiz também uma inferência sobre a realidade sem o Natal e principalmente sem o deslocamento de renda compulsório.

Creio que você tem razão quanto a isso, embora não seja exatamente sobre o que eu estava falando. Não acho que as pessoas fiquem mais ricas por causa do Natal, mas os comerciantes ficam mais felizes e suponho que o efeito na economia seja neutro ou talvez ligeiramente positivo.

user f.k.a. Cabeção escreveu:O que seria o tom dogmático presente na minha opinião?

Algumas afirmações categóricas que você faz, como "quanto mais liberdade, maior desenvolvimento". Como falei, é apenas um tom e não uma afirmação de que seja um dogma, pois você tem seus motivos para pensar assim. Eu já penso a economia como um sistema muito complexo e não consigo botar minha mão no fogo por esse tipo de afirmação categórica. Lembro que eu fiquei surpreso quando descobri que o curso de Economia é de Humanas, mas hoje em dia eu entendo porque. As conclusões sobre a economia são tão nebulosas e questionáveis quanto a de outras da área, como a Sociologia, Ciência Política, etc. Sempre se recorre a exemplo do país X, o outro fala do país Y, aí um argumenta que é uma realidade diferente por causa do fator Z. Você pode até querer colocar que a base para suas idéias é claríssima e comprovadíssima, mas isso não é consenso entre os estudiosos da área. Há muita ideologia envolvida também e eu não gosto de me meter nesse tipo de discussão, não acho tão produtivo.

No resto da mensagem, parece que expressamos bastante concordância.
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Re: Re.: O porque do meu desprezo pelo natal.

Mensagem por betossantana »

Nospheratu escreveu:Quanto aos dois dias de Noel, digo que há épocas piores, cito como forte exemplo o carnaval.


Não concordo, e não é por ser baiano, hehe. A psicose de Natal tende à universalidade, e pior, não se resume aos dois dias do Natal, e sim a toda a "época de natal", quase o mês de Dezembro inteiro. E ainda: SÓ É FERIADO no dia 25! Já o carnaval só vibra mesmo em alguns lugares, não é no Brasil inteiro que o Carnaval é uma febre, o Carnaval realmente se resume à semana em que é celebrado, já que não existe indução ao consumo de nada e, em Salvador :emoticon12:, são de 5 a 7 dias de feriado. A quantidade de dias de feriado no Carnaval varia nos outros estados, né?
É um problema espiritual, chupe pau!

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Flavio Costa
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Re.: O porque do meu desprezo pelo natal.

Mensagem por Flavio Costa »

Carnaval é um ótimo feriado. Tudo para viajar é caro, como no Natal e réveillon, mas é bem longo e quem pode viajar nem precisa conviver com a festa.
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os companheiros petistas certamente não vão fazer as burrices que fizeram neste primeiro mandato.
- Luis Inácio, 20/10/2006

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Samael
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Mensagem por Samael »

user f.k.a. Cabeção escreveu:Não existe isso de "capital especulativo". Isso é um termo artificial e pejorativo para o dinheiro que se investe no mercado financeiro, e essas transações são todas tributáveis.
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Então se lida com especulação financeira nesse nicho de mercado só de sacanagem, né? Saquei. E qual tributação? Não foi você, que há muitos tópicos atrás, atacou a idéia de se tributar as transações realizadas no mercado financeiro?

user f.k.a. Cabeção escreveu:E para uma economia crescer é necessário crédito. Dilema do tostines.


Não saquei essa sua lógica ainda, mas, já disse que prefiro me abster da questão temporariamente.

user f.k.a. Cabeção escreveu:Defina "economia totalmente liberalizada".


O dogma da brutal redução tributária, flexibilização das leis trabalhistas, diminuição do setor público nos serviços à sociedade, retirada do Estado da economia e outros fatores que estão englobados na política neo-liberal e que, segundo a sua ótica, geram desenvolvimento econômico.

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betossantana
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Mensagem por betossantana »

Samael escreveu:
user f.k.a. Cabeção escreveu:Não existe isso de "capital especulativo". Isso é um termo artificial e pejorativo para o dinheiro que se investe no mercado financeiro, e essas transações são todas tributáveis.

Então se lida com especulação financeira nesse nicho de mercado só de sacanagem, né? Saquei. E qual tributação? Não foi você, que há muitos tópicos atrás, atacou a idéia de se tributar as transações realizadas no mercado financeiro?


Essas transações NÃO são tão tributáveis assim, existem várias isenções para elas. Pffffff, que pena que eu odeio Tributário. Não lembro de nenhuma isenção específica agora.

Bem, achei isso aqui por agora:

http://clipping.planejamento.gov.br/Not ... Cod=290947

E a questão cambial?

A política cambial não é marcada, em nenhum lugar do mundo, pela liberdade de mercado. Nos Estados Unidos existe um fundo cambial à disposição do Banco Central. Nós posamos de liberais e deixamos o câmbio ao sabor do mercado, sem outras políticas que garantam a competitividade de nossos produtos. Sem articular o câmbio com a política monetária e a política fiscal, temos o desastre que estamos vivendo hoje. O cambio está agravando o déficit público. O Banco Central compra bilhões de dólares para segurar o real, com juros lá em cima, atraindo capital especulativo. O governo Lula deu isenção tributária para o capital especulativo.


Mas não conheço o entrevistado em questão e ele pode ser acusável de ser esquerdinha maluco e mentiroso, etc, etc.

Esse outro é de um site de um SINDICATO... esquerdinha total então, mas afinal são ELES que trabalham com isso, não é?

http://www.unafisco.org.br/noticias/bol ... 102003.htm

"Entregamos a maior parte do patrimônio nacional em troca de quatro anos de falsa estabilidade", denunciou. A abertura comercial se deu de várias formas, entre as quais a liberdade para o fluxo de capitais e a isenção tributária das remessas de lucros para o exterior.
É um problema espiritual, chupe pau!

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user f.k.a. Cabeção
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Mensagem por user f.k.a. Cabeção »



O Samael confundiu as bolas.

No outro tópico (muito antigo) se discutia um projeto específico para taxação de transações internacionais afim de conseguir 'fundos para o amparo de pessoas carentes'.

O nome do grupo que defende isso é ATTAC.

É totalmente diferente do vem sendo discutido nesse tópico.

"Let 'em all go to hell, except cave 76" ~ Cave 76's national anthem

Trancado