Socialismo e nazismo

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betossantana
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Re: Re.: Socialismo e nazismo

Mensagem por betossantana »

user f.k.a. Cabeção escreveu:O mecanismo intervencionista é algo cuja perversidão não permite que a prática capitalista se desenvolva, a menos de que certas violações da lei sejam toleradas, por baixo dos panos.


Hum... há de se diferenciar intervencionismo de intervenção pura e simples. Como eu disse ao Samael, já faz tempo que muitos fornecedores concluíram logicamente que mais vale a pena eles se unirem e explorarem mercados em conjunto, convencionando repartições de nichos de consumo e combinando preços, do que ficarem concorrendo entre si, anulando a livre concorrência, formando cartéis, trustes, e afins e massacrando o consumidor. A concorrência é decorrência natural do capitalismo mas atua contra o fornecedor em benefício do consumidor, e é lógico que algum dia alguém ia perceber que ela pode ser mitigada sem necessidade de oferecer o melhor dos serviços ou o melhor dos produtos: se não pode vencê-los, junte-se a eles. Somente o Estado tem mecanismos hábeis a coibir isso e a proteger o consumidor.
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Samael
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Re: Re.: Socialismo e nazismo

Mensagem por Samael »

betossantana escreveu:
user f.k.a. Cabeção escreveu:O mecanismo intervencionista é algo cuja perversidão não permite que a prática capitalista se desenvolva, a menos de que certas violações da lei sejam toleradas, por baixo dos panos.


Hum... há de se diferenciar intervencionismo de intervenção pura e simples. Como eu disse ao Samael, já faz tempo que muitos fornecedores concluíram logicamente que mais vale a pena eles se unirem e explorarem mercados em conjunto, convencionando repartições de nichos de consumo e combinando preços, do que ficarem concorrendo entre si, anulando a livre concorrência, formando cartéis, trustes, e afins e massacrando o consumidor. A concorrência é decorrência natural do capitalismo mas atua contra o fornecedor em benefício do consumidor, e é lógico que algum dia alguém ia perceber que ela pode ser mitigada sem necessidade de oferecer o melhor dos serviços ou o melhor dos produtos: se não pode vencê-los, junte-se a eles. Somente o Estado tem mecanismos hábeis a coibir isso e a proteger o consumidor.


Perfeito.

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betossantana
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Re: Re.: Socialismo e nazismo

Mensagem por betossantana »

Samael escreveu:Perfeito.


Aliás, alargando esse assunto, eu já li por aí, em mais de um lugar, que o planeta Terra simplesmente não dispõe de matéria-prima e recursos suficientes pra que todas as regiões do mundo sejam desenvolvidas como são as que já são desenvolvidas hoje. Assim, "país em desenvolvimento" seria um conceito inexistente na prática por impossibilidade física e material. Alguém mais já viu isso em algum lugar?
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Azathoth
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Mensagem por Azathoth »

A retórica socialista que infesta esse espaço não é apenas irritante, como demonstrado pelos longos e ardis discursos dos camaradas historiadores acima, é também muito perigosa. Sua ofuscação onagra de fatos procurando relativizar o empilhamento de crânios acumulado pelos regimes fascistas socialistas no último século só denuncia uma falha de caráter inerente a todo esquerdista, embora os próprios não tenham ciência desse mal que contaminou sua mente, até o mais solitário axônio.

Tenho certeza que todo nazi-socialista que se preza fica em casa em um constante treinamento, erguendo seu braço direito e promovendo salutações mentais para a Mãe Rússia, Mao, Che, Der Führer e o resto de seus heróis genocidas. Estão na verdade todos prontificados para no dia da Revolução poderem carregar seus fuzis e saudar a vitória vermelha.

No dia que o sorumbático ciclo historicista marxista der seu novo giro anunciando mais um experimento genocida, eu estarei de malas prontas para visitar a América. Os americanos criaram a única sociedade decente que existe no planeta, a única onde moral, humanitarismo e piedade ainda contam para alguma coisa, a única onde a terça parte do povo faz trabalhos voluntários para socorrer outros povos, a única que alimenta e ampara as nações que a combatem, a única onde os próprios direitos da cultura nacional são negados para dar mais espaço a imigrantes presunçosos, a única onde até terroristas estrangeiros sanguinários presos em combate têm os direitos dos cidadãos locais, a única que constantemente se coloca a si própria em questão com uma coragem intelectual inigualável, a única onde a luta pela justiça é a própria substância da vida nacional, a única que se condena a si mesma antes de jogar as culpas nos outros, a única que, vencedora numa guerra, retirou imediatamente suas tropas, deixando que os derrotados reconquistassem sua liberdade e dignidade. É por isso que sou grato à América. Meu coração pertence a essa grande nação.

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André
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Mensagem por André »

Azathoth escreveu:A retórica socialista que infesta esse espaço não é apenas irritante, como demonstrado pelos longos e ardis discursos dos camaradas historiadores acima, é também muito perigosa. Sua ofuscação onagra de fatos procurando relativizar o empilhamento de crânios acumulado pelos regimes fascistas socialistas no último século só denuncia uma falha de caráter inerente a todo esquerdista, embora os próprios não tenham ciência desse mal que contaminou sua mente, até o mais solitário axônio.

Tenho certeza que todo nazi-socialista que se preza fica em casa em um constante treinamento, erguendo seu braço direito e promovendo salutações mentais para a Mãe Rússia, Mao, Che, Der Führer e o resto de seus heróis genocidas. Estão na verdade todos prontificados para no dia da Revolução poderem carregar seus fuzis e saudar a vitória vermelha.

No dia que o sorumbático ciclo historicista marxista der seu novo giro anunciando mais um experimento genocida, eu estarei de malas prontas para visitar a América. Os americanos criaram a única sociedade decente que existe no planeta, a única onde moral, humanitarismo e piedade ainda contam para alguma coisa, a única onde a terça parte do povo faz trabalhos voluntários para socorrer outros povos, a única que alimenta e ampara as nações que a combatem, a única onde os próprios direitos da cultura nacional são negados para dar mais espaço a imigrantes presunçosos, a única onde até terroristas estrangeiros sanguinários presos em combate têm os direitos dos cidadãos locais, a única que constantemente se coloca a si própria em questão com uma coragem intelectual inigualável, a única onde a luta pela justiça é a própria substância da vida nacional, a única que se condena a si mesma antes de jogar as culpas nos outros, a única que, vencedora numa guerra, retirou imediatamente suas tropas, deixando que os derrotados reconquistassem sua liberdade e dignidade. É por isso que sou grato à América. Meu coração pertence a essa grande nação.


Em nenhum momento relativizei "o empilhamento de crânios acumulado pelos regimes fascistas socialistas no último século só denuncia uma falha de caráter inerente a todo esquerdista, embora os próprios não tenham ciência desse mal que contaminou sua mente, até o mais solitário axônio".

O Samuel e eu condenamos fortemente as praticas que levaram a esses massacres, e os regimes que os perpetraram.VC dizer que a gente minimiza isso, pq defende um outro tipo de socialismo demonstra sua incapacidade de ver o que o outro defende.Assim distorcendo completamente ao ponto de ser uma falsidade completa acerca da posição do outro, uma inversão absoluta.

Nos condenamos,pessoalmente é uma tragedia terrivel em termos de perdas humanas e que inclusive prejudica o que de fato defendo, e vc faz parecer que compactuamos com esses atos terriveis.Nada mais absurdo,falso distante do que postei aqui repetidas vezes.

Se defende moral, deve saber que se eu dissece que vc apoia sanguinarios homicidas, e aplaude o terrorismo islamico, quando vc é radicalmente contra, seria nada moral, nada honesto da minha parte.Não faço isso, mas vc fez conosco exatatamente isso.Aguardo suas desculpas se por acaso a moral que vc falou não foi da boca pra fora.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

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Hugo
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Mensagem por Hugo »

Azathoth escreveu:sorumbático ciclo historicista marxista


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user f.k.a. Cabeção
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Mensagem por user f.k.a. Cabeção »

Samael escreveu:A crise de 29 se sucedeu após um crescimento vertiginoso da produção agrícola e industrial (uma crise de superprodução) pós-guerra. Após o enriquecimento alarmante que os EUA puderam ostentar depois da grande Guerra, sua economia entrou num boom de enriquecimento geral, sendo que mesmo as classes mais baixas podiam comprar ações com facilidade.

O ponto é que: com a superprodução de mercadorias, não havia inflação. Paralelamente, os salários também não subiam. Da mesma forma, a Europa gradativamente se recuperava do baque e voltava a produzir, deixando de consumir mais e mais produtos americanos, enfatizando ainda mais a superprodução. O poder de compra decaiu até que as ações pararam de ser procuradas e desvalorizaram ao ponto de desencadear a crise.

Até porque, quem estuda economia bem sabe. Crises de superprodução são bem pautadas e ocorrerm em intervalos de tempo quase que regulares. O Keynesianismo veio justo para tentar suprir isto.


O que se sucedeu na crise de 29 e que acarretou em alguns desses efeitos que você está citando foi na verdade uma sucessão de lambanças do governo de vários países, mas sobretudo do governo americano. Isso se explica mediante a crença comum na época, que era a do Intervencionismo.

O Intervencionismo estava plenamente em voga, era propalado pela escola instituicionalista americana e pela historicista alemã. A economia perdera completamente seu crédito de ciência, parecia estar superada e o clima era o de que o antigo pensamento liberal de Smith, Ricardo, Humboldt, Jean Baptiste Say estava acabado. Seus defensores eram chamados de conservadores e antiquados.

O lastro ouro era tachado de um resquício bárbaro, e a crença geral era de que o governo poderia fazer crescimento com base em simples decretos.

A inflação pode ser causada em geral por dois motivos: emissão de moeda ou aumento no crédito. Além da mecânica inflacionária ser prejudicial para maioria dos setores da economia que apenas experimentaram aumentos de rendimentos depois do aumento de gastos, a simples expectativa de inflação joga os juros para as nuvens. Isso da perspectiva monetarista liberal. Ou seja, um liberal nunca pode ser a favor de um decreto governamental que aumente o volume de dinheiro ou que jogue o crédito artificialmente para cima.

Mas foi exatamente isso que o governo americano fez durante toda década de 20. Durante o período de crescimento dos anos 20, o governo emitiu quase 30 bilhões de dólares, num aumento de mais de 60% da oferta enquanto que o correspondente em ouro no FED cresceu apenas 15%. Assim como reduziu as reservas compulsórias estimulando o crédito. Tentando principalmente oferecer crédito a agricultura, o governo incorporou uma nova política de redesconto que ao invés de apresentar taxas punitivas para os devedores perdulários, estimulava novas captações, devido aos juros mais baixos que os de mercado. O problema é que qualquer aumento inflacionário que vise atingir apenas um setor acaba por se alastrar na economia como um todo, pois o "dinheiro não tem carimbo". Enquanto a economia experimentava um crescimento alavancado pela reconstrução da Europa no pós-guerra, a coisa foi relativamente absorvida, e os efeitos inflacionários não estavam sendo percebidos ainda .

Contudo, a inflação não é o único efeito do aumento de dinheiro e crédito. Nesse cenário principalmente, ela foi responsável por estimular as pessoas a investir seu dinheiro em qualquer coisa, levando a projetos que não teriam qualquer sentido numa economia de mercado, mas que apareciam apenas porque muitas pessoas queriam se aproveitar da política do governo para fazer um dinheirinho a partir do nada. Milhares de "empreendimentos" de papel apareceram, com registros contábeis falsos, esperando lucrar com a bolha que se formava em Wall Street. Os discursos do presidente Coolidge estimulavam ainda mais esse frenezi, pois para todos parecia que o clima era sustentável, quando na verdade era uma rota traçada para o precipício.

Em geral esses efeitos eufóricos são sempre renormalizados por uma recessão subseqüente, onde aquilo que havia sido produzido de supérfluo é liquidado, mas esse reajuste natural não ocorre rapidamente quando existe um banco central interventor estimulando ainda mais a expansão da bolha. A política monetária adotada simplesmente estimulou que os investimentos seguissem, e que o frenezi se retro-alimentasse, para que o final fosse aquilo que conhecemos.

A crise de super-produção é resultado do fato do governo tentar adiar esse processo. Ao tentar evitar a liquidação do excesso, o governo procura por meios artificiais manter os preços altos, mas isso apenas estimula a produção a continuar e os estoques a aumentarem, intensificando ainda mais o problema. Mas uma hora eles precisam ser vendidos e entra em cena a deflação. Ocorre que a deflação é problemática também de uma economia intervencionista, uma vez que os salários são mantidos por lei, e não podem ser baixados junto com os preços, de modo que a única alternativa para o empresário é começar a cortar pessoal. Desemprego.

Claro que isso não impediu que uma solução mais intervencionista ainda fosse adotada, beirando o socialismo prático. Aos problemas criados por excesso de governo, buscou-se uma solução ainda mais governamental. Retardando ainda mais o reajuste natural, consumindo as poupanças e a iniciativa privada, a depressão se alastrou por uma década inteira. Mas nada que impedisse o governo de tomar medidas populistas e os acadêmicos, como os da escola fabiana cujo maior expoente é Lord Keynes, de culpar os "males capitalistas" pelo problema que foi causado tão somente porque o mercado foi obstruído pelas idéias de governantes que pensavam ser capazes de gerar riqueza na ponta da caneta.

Digo e repito, nunca houve período em que as teorias liberais estivessem em mais em descrédito do que no prelúdio da crise de 29. Isso pode ser muito bem ilustrado pelo livro de Ludwig von Mises, Uma Crítica ao Intervencionismo, desse mesmo ano, embora contenha uma coletânea de artigos publicados antes do crack da bolsa, onde ele lança severas críticas ao que se estava fazendo nos EUA, na Inglaterra e sobretudo na Alemanha da república de Weimar.

Outra bibliografia recomendável é "America's Great Depression", de M. Rothbard. Leia, é de graça: http://www.mises.org/rothbard/agd.pdf

É bastante importante afastar essa crença convencional de que o liberalismo causou a crise, pois nada é mais distante da verdade. Essas teorias começaram a ser disseminadas por pessoas que ou desconheciam os fatos, ou tinham uma compreensão equivocada dos processos econômicos. Ou eram simplesmente mal intencionadas.

Nas suas análises revela-se muito mais uma tentativa tosca de impugnar ao capitalismo desenfreado uma culpa que não lhe pertence, sem que qualquer correlação de causa e efeito seja examinada, muito menos qualquer menção as políticas adotadas pelos países que vieram a ser afetados pela crise.

As tais crises de superprodução são efeitos puro e simples de "engenharias econômicas" que alguns governos procuram empregar afim de acelerar o desenvolvimento econômico com soluções artificiais, ou seja, correr mais do que as próprias pernas. Numa economia desobstruída, os fatores de mercado tendem a regular a produção de forma que essa nunca exceda demais o consumo, e caso exceda, retorne ao patamar que lhe pertence através da liquidação de estoques.

Inventar que euforias coletivos emergem do nada no sistema capitalista desobstruído nada mais é do que um pensamento místico e totalmente equívoco, que supõe que um efeito completamente alheio a dinâmica natural do mercado apareça simplesmente porque deve aparecer a fim de podermos criticar a teoria deles e poder implantar o "nosso programa de planejamento", que nada mais é do que uma severa restrição das liberdades individuais e uma auto-estrada rumo à servidão.
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user f.k.a. Cabeção
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Mensagem por user f.k.a. Cabeção »

Andre TJ escreveu:
Azathoth escreveu:A retórica socialista que infesta esse espaço não é apenas irritante, como demonstrado pelos longos e ardis discursos dos camaradas historiadores acima, é também muito perigosa. Sua ofuscação onagra de fatos procurando relativizar o empilhamento de crânios acumulado pelos regimes fascistas socialistas no último século só denuncia uma falha de caráter inerente a todo esquerdista, embora os próprios não tenham ciência desse mal que contaminou sua mente, até o mais solitário axônio.

Tenho certeza que todo nazi-socialista que se preza fica em casa em um constante treinamento, erguendo seu braço direito e promovendo salutações mentais para a Mãe Rússia, Mao, Che, Der Führer e o resto de seus heróis genocidas. Estão na verdade todos prontificados para no dia da Revolução poderem carregar seus fuzis e saudar a vitória vermelha.

No dia que o sorumbático ciclo historicista marxista der seu novo giro anunciando mais um experimento genocida, eu estarei de malas prontas para visitar a América. Os americanos criaram a única sociedade decente que existe no planeta, a única onde moral, humanitarismo e piedade ainda contam para alguma coisa, a única onde a terça parte do povo faz trabalhos voluntários para socorrer outros povos, a única que alimenta e ampara as nações que a combatem, a única onde os próprios direitos da cultura nacional são negados para dar mais espaço a imigrantes presunçosos, a única onde até terroristas estrangeiros sanguinários presos em combate têm os direitos dos cidadãos locais, a única que constantemente se coloca a si própria em questão com uma coragem intelectual inigualável, a única onde a luta pela justiça é a própria substância da vida nacional, a única que se condena a si mesma antes de jogar as culpas nos outros, a única que, vencedora numa guerra, retirou imediatamente suas tropas, deixando que os derrotados reconquistassem sua liberdade e dignidade. É por isso que sou grato à América. Meu coração pertence a essa grande nação.


Em nenhum momento relativizei "o empilhamento de crânios acumulado pelos regimes fascistas socialistas no último século só denuncia uma falha de caráter inerente a todo esquerdista, embora os próprios não tenham ciência desse mal que contaminou sua mente, até o mais solitário axônio".

O Samuel e eu condenamos fortemente as praticas que levaram a esses massacres, e os regimes que os perpetraram.VC dizer que a gente minimiza isso, pq defende um outro tipo de socialismo demonstra sua incapacidade de ver o que o outro defende.Assim distorcendo completamente ao ponto de ser uma falsidade completa acerca da posição do outro, uma inversão absoluta.

Nos condenamos,pessoalmente é uma tragedia terrivel em termos de perdas humanas e que inclusive prejudica o que de fato defendo, e vc faz parecer que compactuamos com esses atos terriveis.Nada mais absurdo,falso distante do que postei aqui repetidas vezes.

Se defende moral, deve saber que se eu dissece que vc apoia sanguinarios homicidas, e aplaude o terrorismo islamico, quando vc é radicalmente contra, seria nada moral, nada honesto da minha parte.Não faço isso, mas vc fez conosco exatatamente isso.Aguardo suas desculpas se por acaso a moral que vc falou não foi da boca pra fora.



Só para esclarecer, apesar da coloração da letra ser a mesma que eu uso para distinguir as minhas mensagens, o texto é todo de autoria do usuário Azathoth, que em particular não sou eu.
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O ENCOSTO
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Mensagem por O ENCOSTO »

betossantana escreveu:
O ENCOSTO escreveu:Eu não gostaria de pagar R$700,00 por cadeira no semestre (...)


CARAAAAAAAAAAAAAAAAALHOOOOO!!!!!!!!! Entendi porque você é contra a Universidade Pública. Não consegue SUPORTAR ver gente estudando de graça e você pagando um rim e um pulmão por cada matéria, hein.



Não é só por causa disso. É também porque a grande maioria que está lá tem plenas condições de bancar um curso privado, como eu tenho.

Tem também o passivo trabalhista.

E quem paga a conta disso tudo é o contribuinte. Pagar para rico estudar de graça é coisa que nem o comunistinha mais bundão e babaca deve gostar.
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Re: Re.: Socialismo e nazismo

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betossantana escreveu:
user f.k.a. Cabeção escreveu:O mecanismo intervencionista é algo cuja perversidão não permite que a prática capitalista se desenvolva, a menos de que certas violações da lei sejam toleradas, por baixo dos panos.


Hum... há de se diferenciar intervencionismo de intervenção pura e simples. Como eu disse ao Samael, já faz tempo que muitos fornecedores concluíram logicamente que mais vale a pena eles se unirem e explorarem mercados em conjunto, convencionando repartições de nichos de consumo e combinando preços, do que ficarem concorrendo entre si, anulando a livre concorrência, formando cartéis, trustes, e afins e massacrando o consumidor. A concorrência é decorrência natural do capitalismo mas atua contra o fornecedor em benefício do consumidor, e é lógico que algum dia alguém ia perceber que ela pode ser mitigada sem necessidade de oferecer o melhor dos serviços ou o melhor dos produtos: se não pode vencê-los, junte-se a eles. Somente o Estado tem mecanismos hábeis a coibir isso e a proteger o consumidor.



Essa idéia muito comum de proteção à livre concorrência emerge de uma leitura errada do que diziam os liberais clássicos.

A sua teoria, construída sobre a propriedade privada, mencionava que a mesma tinha como um efeito a existência de uma concorrência entre diferentes agentes que levava a uma queda de preços e a uma procura pelo melhor serviço.

Então, compreendeu-se errôneamente que o que deveria ser protegido não era a propriedade privada, mas o efeito da livre-concorrência. Mas essa é uma idéia estúpida nas suas implicações.

A livre-concorrência é uma ficção se a propriedade privada sofrer obstruções. Imagine que uma empresa venha ganhando sucessivamente da outra, de modo a crescer demasiadamente seu market-share. Quando o governo intercede em favor da menor, fracionando a empresa que se agigantou, ele está na verdade é interferindo na livre concorrência, pois foi a partir dela que a primeira empresa cresceu e a segunda diminuiu.

A título de manter vários players operando no mercado, o governo impede que um servidor do público ofereça seus serviços de forma livre por conta da inépcia dos demais em acompanhar-lhes.

E a noção de que acaso uma empresa "predatória" cresça demais e monopolize o mercado, de modo a criar efeitos danosos, é totalmente desqualificada quando se pensa em uma economia desobstruída, onde sempre novos players podem aparecer, e outros produtos podem vir a competir. É o caso das grandes corporações ferroviárias do século XIX. Todos achavam que ninguém podia com aqueles monopolistas, mas o engenho humano desenvolveu o automóvel e o avião, além do telégrafo e do telefone, tornando os serviços prestados pelos tais monopolistas muito menos necessários e totalmente substituíveis.

Quanto aos trustes e cartéis, eles também só podem se formar quando mecanismos de obstrução da economia são vigentes. Se se permite que, por exemplo mercadorias estrangeiras compitam em pé de igualdade, isto é, sem tributação adicional, com mercadorias nacionais, a única possibilidade de sucesso de uma agenda de truste é a de um truste global.

Isso não é de todo impossível, temos um exemplo na Opep. Mas só é realizável porque o commodity controlado por eles é encontrado apenas em determinados lugares, e em geral não possui substitutos viáveis por enquanto, mas nada impede de que esses venham a ser desenvolvidos pelas pessoas. Ainda assim seu poder é limitado pelas agendas comerciais internacionais, o que impede esses países de subjugar as economias das quais dependem.
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Re.: Socialismo e nazismo

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »

betossantana escreveu:CARAAAAAAAAAAAAAAAAALHOOOOO!!!!!!!!! Entendi porque você é contra a Universidade Pública. Não consegue SUPORTAR ver gente estudando de graça e você pagando um rim e um pulmão por cada matéria, hein.



No meu caso, não, pois eu estudo numa universidade pública, e ainda assim sou contra a sua existência.

Agora já sei, você vai me chamar de hipócrita por me aproveitar de um serviço do qual sou contra. É a velha história do cara eu ganho, coroa você perde. Se o sujeito estuda numa particular ou em nenhuma, ele é um ressentido por ter de pagar ou não ter onde estudar. Se estuda na pública, é um hipócrita.

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Mensagem por O ENCOSTO »

Hrrr escreveu:
O ENCOSTO escreveu:
Hrrr escreveu:
user f.k.a. Cabeção escreveu:Realmente, eu sou contra a Universidade pública.


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pq?


Basicamente porque gera um passivo trabalhista enorme.

E há soluções mais baratas para garantir o acesso a pessoas de baixa renda: crédito educativo.

Mais alguma duvida?


a educaçao publica em geral tambem gera um grande "passivo trabalhista" se for olhar desse lado

e como eh esse credito educativo? eh tipo o Prouni ou eh aquele metodo de pedir financiamento bancario de uma vaga de faculdade paga?


Como o nome diz, ensino básico é básico. Eu não defendo o fim do estado. Creio ser tão utopico quanto o comunismo. O Estado é a única instituição que poderia garantir as mesmas oportunidades para todos.

Um ensino básico de qualidade é muito mais barato dado a qualificação dos professores. Não é preciso manter laboratórios como um curso de eng. mecanica ou eletricidade.
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Mensagem por O ENCOSTO »

user f.k.a. Cabeção escreveu:

Só para esclarecer, apesar da coloração da letra ser a mesma que eu uso para distinguir as minhas mensagens, o texto é todo de autoria do usuário Azathoth, que em particular não sou eu.


Prove.
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Mensagem por André »

user f.k.a. Cabeção escreveu:
Andre TJ escreveu:
Azathoth escreveu:A retórica socialista que infesta esse espaço não é apenas irritante, como demonstrado pelos longos e ardis discursos dos camaradas historiadores acima, é também muito perigosa. Sua ofuscação onagra de fatos procurando relativizar o empilhamento de crânios acumulado pelos regimes fascistas socialistas no último século só denuncia uma falha de caráter inerente a todo esquerdista, embora os próprios não tenham ciência desse mal que contaminou sua mente, até o mais solitário axônio.

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No dia que o sorumbático ciclo historicista marxista der seu novo giro anunciando mais um experimento genocida, eu estarei de malas prontas para visitar a América. Os americanos criaram a única sociedade decente que existe no planeta, a única onde moral, humanitarismo e piedade ainda contam para alguma coisa, a única onde a terça parte do povo faz trabalhos voluntários para socorrer outros povos, a única que alimenta e ampara as nações que a combatem, a única onde os próprios direitos da cultura nacional são negados para dar mais espaço a imigrantes presunçosos, a única onde até terroristas estrangeiros sanguinários presos em combate têm os direitos dos cidadãos locais, a única que constantemente se coloca a si própria em questão com uma coragem intelectual inigualável, a única onde a luta pela justiça é a própria substância da vida nacional, a única que se condena a si mesma antes de jogar as culpas nos outros, a única que, vencedora numa guerra, retirou imediatamente suas tropas, deixando que os derrotados reconquistassem sua liberdade e dignidade. É por isso que sou grato à América. Meu coração pertence a essa grande nação.


Em nenhum momento relativizei "o empilhamento de crânios acumulado pelos regimes fascistas socialistas no último século só denuncia uma falha de caráter inerente a todo esquerdista, embora os próprios não tenham ciência desse mal que contaminou sua mente, até o mais solitário axônio".

O Samuel e eu condenamos fortemente as praticas que levaram a esses massacres, e os regimes que os perpetraram.VC dizer que a gente minimiza isso, pq defende um outro tipo de socialismo demonstra sua incapacidade de ver o que o outro defende.Assim distorcendo completamente ao ponto de ser uma falsidade completa acerca da posição do outro, uma inversão absoluta.

Nos condenamos,pessoalmente é uma tragedia terrivel em termos de perdas humanas e que inclusive prejudica o que de fato defendo, e vc faz parecer que compactuamos com esses atos terriveis.Nada mais absurdo,falso distante do que postei aqui repetidas vezes.

Se defende moral, deve saber que se eu dissece que vc apoia sanguinarios homicidas, e aplaude o terrorismo islamico, quando vc é radicalmente contra, seria nada moral, nada honesto da minha parte.Não faço isso, mas vc fez conosco exatatamente isso.Aguardo suas desculpas se por acaso a moral que vc falou não foi da boca pra fora.



Só para esclarecer, apesar da coloração da letra ser a mesma que eu uso para distinguir as minhas mensagens, o texto é todo de autoria do usuário Azathoth, que em particular não sou eu.


Eu sei cara.Reparei isso.Quero até agradecer ao pessoal que continuou o bebate sem mim.Cansei realmente.
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Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

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O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

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user f.k.a. Cabeção
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Não que acrescente muito ao que eu já venho dizendo, mas apenas para fazer o tópico voltar ao tema original, posto esse interessante e bem resumido texto do Rodrigo Constantino:



Socialismo e Nazismo


ImagemRodrigo Constantino

"Que significa ainda a propriedade e que significam as rendas? Para que precisamos nós socializar os bancos e as fábricas? Nós socializamos os homens." (Adolf Hitler, citado por Hermann Rauschning, Hitler m´a dit, Coopération, Paris 1939, pg 218-219)

Ensinada desde os tempos de Lênin, muitos socialistas usam a tática de acusar os opositores daquilo que eles mesmos são ou fazem. Tudo que for contrário ao socialismo, vira assim “nazismo”, ainda que o nacional-socialismo tenha inúmeras semelhanças com o próprio socialismo. Tanto o nazismo como o marxismo compartilharam o desejo de remodelar a humanidade. Marx defendia a “alteração dos homens em grande escala” como necessária. Hitler pregou “a vontade de recriar a humanidade”. Qualquer pesquisa séria irá concluir que nazistas e socialistas não eram, na prática e no ideal coletivista, tão diferentes assim.

Não obstante, para os socialistas, aquele que não for socialista é automaticamente um “nazista”, como se ambos fossem grandes opostos. Assim, os liberais, que sempre condenaram tanto uma forma de coletivismo como a outra, e foram alvos de perseguição dos dois regimes, acabam sendo rotulados de “nazistas” pelos socialistas, incapazes de argumentar além dos tolos rótulos de “extrema-esquerda” e “extrema-direita”. Tal postura insensata coloca, na cabeça dos socialistas, uma “direitista” como Margaret Thatcher mais próxima ideologicamente de um Hitler que este de Stalin, ainda que Thatcher tenha lutado para defender as liberdades individuais e reduzir o poder do Estado, enquanto Hitler e Stalin foram na linha oposta. O fim da propriedade privada de facto foi um objetivo perseguido tanto pelo nazismo como pelo socialismo, que depositaram no Estado o poder total. O Liberalismo, em sua defesa pela liberdade individual cujo pilar básico é o direito de propriedade privada, é radicalmente oposto tanto ao nazismo como ao socialismo, que em muitos aspectos parecem irmãos de sangue.

A conexão ideológica entre socialismo marxista e nacional-socialismo não é fruto de fantasia, e Hitler mesmo leu Marx atentamente quando vivia em Munique, tendo enaltecido depois sua influência no nazismo. Para os nazistas, os grupos eram as raças; para os marxistas, eram as classes. Para os nazistas, o conflito era o darwinismo social; para os marxistas, a luta de classes. Para os nazistas, os vitoriosos predestinados eram os arianos; para os marxistas, o proletariado. Além da justificativa direta para o conflito, a ideologia de luta entre grupos desencadeia uma tendência perversa a dividir as pessoas em parte do grupo e excluídos, tratando estes como menos que humanos. O extermínio dessa “escória” passa a ser desejável seja para o paraíso dos proletários ou da “raça” superior. Os individualistas, entrave para ambas ideologias coletivistas, acabam num campo de concentração de Auchwitz ou num Gulag da Sibéria, fazendo pouca diferença na prática.

A acusação de que a Alemanha nazista era uma forma de capitalismo não se sustenta com um mínimo de reflexão. O “argumento” usado para tal acusação é de que os meios de produção estavam em mãos privadas na Alemanha. Mas como Mises demonstrou, isso era verdade somente nas aparências. A propriedade era privada de jure, mas era totalmente estatal de facto, da mesma forma que na União Soviética. O governo não só nomeava dirigentes de empresas como decidia o que seria produzido, em qual quantidade, por qual método, e para quem seria vendido, assim como os preços exercidos. Para quem tem um mínimo de conhecimento sobre os pilares de uma sociedade capitalista-liberal, não é difícil entender que o nazismo é o oposto deste modelo. Para os nazistas, assim como para os socialistas, é o “bem-comum” que importa, transformando indivíduos de carne e osso em simples meios sacrificáveis para tal objetivo.

Existem, na verdade, vários outros pontos que podemos listar para mostrar que o nazismo e o socialismo são muito parecidos, e não opostos como tantos acreditam. O fato de comunistas terem entrado em guerra com nazistas nada diz que invalide tal tese, posto que comunistas brigaram sempre entre si também, e irmãos brigam uns com outros, ainda mais por poder. Apesar do Liberalismo se opor com veemência a ambos os regimes, os socialistas adoram repetir, como autômatos, que liberais são parecidos com nazistas, apenas porque associam erradamente nazismo a capitalismo. Se ao menos soubessem como é o próprio socialismo que tanto se assemelha ao nazismo!

fonte: http://rodrigoconstantino.blogspot.com/ ... zismo.html
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RicardoVitor
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Re.: Socialismo e nazismo

Mensagem por RicardoVitor »

Ótimo texto, perfeito.
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André
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Mensagem por André »

user f.k.a. Cabeção escreveu:Não que acrescente muito ao que eu já venho dizendo, mas apenas para fazer o tópico voltar ao tema original, posto esse interessante e bem resumido texto do Rodrigo Constantino:



Socialismo e Nazismo


ImagemRodrigo Constantino

"Que significa ainda a propriedade e que significam as rendas? Para que precisamos nós socializar os bancos e as fábricas? Nós socializamos os homens." (Adolf Hitler, citado por Hermann Rauschning, Hitler m´a dit, Coopération, Paris 1939, pg 218-219)

Ensinada desde os tempos de Lênin, muitos socialistas usam a tática de acusar os opositores daquilo que eles mesmos são ou fazem. Tudo que for contrário ao socialismo, vira assim “nazismo”, ainda que o nacional-socialismo tenha inúmeras semelhanças com o próprio socialismo. Tanto o nazismo como o marxismo compartilharam o desejo de remodelar a humanidade. Marx defendia a “alteração dos homens em grande escala” como necessária. Hitler pregou “a vontade de recriar a humanidade”. Qualquer pesquisa séria irá concluir que nazistas e socialistas não eram, na prática e no ideal coletivista, tão diferentes assim.

Não obstante, para os socialistas, aquele que não for socialista é automaticamente um “nazista”, como se ambos fossem grandes opostos. Assim, os liberais, que sempre condenaram tanto uma forma de coletivismo como a outra, e foram alvos de perseguição dos dois regimes, acabam sendo rotulados de “nazistas” pelos socialistas, incapazes de argumentar além dos tolos rótulos de “extrema-esquerda” e “extrema-direita”. Tal postura insensata coloca, na cabeça dos socialistas, uma “direitista” como Margaret Thatcher mais próxima ideologicamente de um Hitler que este de Stalin, ainda que Thatcher tenha lutado para defender as liberdades individuais e reduzir o poder do Estado, enquanto Hitler e Stalin foram na linha oposta. O fim da propriedade privada de facto foi um objetivo perseguido tanto pelo nazismo como pelo socialismo, que depositaram no Estado o poder total. O Liberalismo, em sua defesa pela liberdade individual cujo pilar básico é o direito de propriedade privada, é radicalmente oposto tanto ao nazismo como ao socialismo, que em muitos aspectos parecem irmãos de sangue.

A conexão ideológica entre socialismo marxista e nacional-socialismo não é fruto de fantasia, e Hitler mesmo leu Marx atentamente quando vivia em Munique, tendo enaltecido depois sua influência no nazismo. Para os nazistas, os grupos eram as raças; para os marxistas, eram as classes. Para os nazistas, o conflito era o darwinismo social; para os marxistas, a luta de classes. Para os nazistas, os vitoriosos predestinados eram os arianos; para os marxistas, o proletariado. Além da justificativa direta para o conflito, a ideologia de luta entre grupos desencadeia uma tendência perversa a dividir as pessoas em parte do grupo e excluídos, tratando estes como menos que humanos. O extermínio dessa “escória” passa a ser desejável seja para o paraíso dos proletários ou da “raça” superior. Os individualistas, entrave para ambas ideologias coletivistas, acabam num campo de concentração de Auchwitz ou num Gulag da Sibéria, fazendo pouca diferença na prática.

A acusação de que a Alemanha nazista era uma forma de capitalismo não se sustenta com um mínimo de reflexão. O “argumento” usado para tal acusação é de que os meios de produção estavam em mãos privadas na Alemanha. Mas como Mises demonstrou, isso era verdade somente nas aparências. A propriedade era privada de jure, mas era totalmente estatal de facto, da mesma forma que na União Soviética. O governo não só nomeava dirigentes de empresas como decidia o que seria produzido, em qual quantidade, por qual método, e para quem seria vendido, assim como os preços exercidos. Para quem tem um mínimo de conhecimento sobre os pilares de uma sociedade capitalista-liberal, não é difícil entender que o nazismo é o oposto deste modelo. Para os nazistas, assim como para os socialistas, é o “bem-comum” que importa, transformando indivíduos de carne e osso em simples meios sacrificáveis para tal objetivo.

Existem, na verdade, vários outros pontos que podemos listar para mostrar que o nazismo e o socialismo são muito parecidos, e não opostos como tantos acreditam. O fato de comunistas terem entrado em guerra com nazistas nada diz que invalide tal tese, posto que comunistas brigaram sempre entre si também, e irmãos brigam uns com outros, ainda mais por poder. Apesar do Liberalismo se opor com veemência a ambos os regimes, os socialistas adoram repetir, como autômatos, que liberais são parecidos com nazistas, apenas porque associam erradamente nazismo a capitalismo. Se ao menos soubessem como é o próprio socialismo que tanto se assemelha ao nazismo!

fonte: http://rodrigoconstantino.blogspot.com/ ... zismo.html


Como essa é uma estrategia velha da direita de tentar associar o socialismo a algo nefasto como nazismo para condenalo é fruto de odio irracional a algo, não merece maiores consideraçoes.E o texto não diz nada que já não tenha sido dito, na minha opinião refutado, na de vcs não.Como dito o debate não vai andar enquanto não entenderem de fato os social democratas e socialistas democratas, que na Europa por muito tempo eram a mesmissima coisa.Apenas o termo socialista passou a ter nos olhos da direita algo cada vez mais temido, e o social democrata a ser um termo mais aceito, embora em termos de defesa histórica por muito tempo não terem se diferenciado quase nada, e somente mais recentemente os que ainda se dizem socialistas estarem apenas mais propensos a defender medidas para melhor distribuição de riqueza, mais veementes que os social democratas nessa defesa, e mesmo essa generalização tem sua dose de exceçoes e não pode ser vista de forma absoluta.Tanto que se me disser social democrata em nada muda o que defendo, muda apenas o rotulo.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

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Samael
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Mensagem por Samael »

A idéia de auto-regulação no capitalismo é tão ridícula quanto estúpida.

Cabeção, você ignorou completamente as noções de ciclos econômicos. Amanhã, com mais tempo, respondo sua postagem com calma.

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André
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Mensagem por André »

Samael escreveu:A idéia de auto-regulação no capitalismo é tão ridícula quanto estúpida.

Cabeção, você ignorou completamente as noções de ciclos econômicos. Amanhã, com mais tempo, respondo sua postagem com calma.


Boa sorte.E nessa discussão eu deixo mais para vc.
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user f.k.a. Cabeção
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Mensagem por user f.k.a. Cabeção »

Samael escreveu:A idéia de auto-regulação no capitalismo é tão ridícula quanto estúpida.

Cabeção, você ignorou completamente as noções de ciclos econômicos. Amanhã, com mais tempo, respondo sua postagem com calma.



Os ciclos econômicos são discutidos no primeiro capítulo do livro de Rothbard que eu lhe recomendei.

Quanto ao seu chiste, espero que você acrescente a ele argumentos, e não aja como seu colega Andre TJ que se limitou a qualificar minhas bases de "equivocadas e nefastas" sem fundamentação alguma para tanto.
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betossantana
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Re: Re.: Socialismo e nazismo

Mensagem por betossantana »

user f.k.a. Cabeção escreveu:
No meu caso, não, pois eu estudo numa universidade pública, e ainda assim sou contra a sua existência.
Se o sujeito estuda numa particular ou em nenhuma, ele é um ressentido por ter de pagar ou não ter onde estudar. Se estuda na pública, é um hipócrita.


Hum... mais ou menos isso... você não explicou PORQUE não é um hipócrita.
É um problema espiritual, chupe pau!

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André
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Mensagem por André »

user f.k.a. Cabeção escreveu:
Samael escreveu:A idéia de auto-regulação no capitalismo é tão ridícula quanto estúpida.

Cabeção, você ignorou completamente as noções de ciclos econômicos. Amanhã, com mais tempo, respondo sua postagem com calma.



Os ciclos econômicos são discutidos no primeiro capítulo do livro de Rothbard que eu lhe recomendei.

Quanto ao seu chiste, espero que você acrescente a ele argumentos, e não aja como seu colega Andre TJ que se limitou a qualificar minhas bases de "equivocadas e nefastas" sem fundamentação alguma para tanto.


Eu não fiz so isso.Isso foi uma conclusão a partir de comentarios.Vc simplismente dicorda dos argumentos que usei, e nem os considera argumentos válidos.Está no seu direito.Mas dizer que somente fiz isso não correponde ao que aconteceu.
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Re: Re.: Socialismo e nazismo

Mensagem por O ENCOSTO »

betossantana escreveu:
user f.k.a. Cabeção escreveu:
No meu caso, não, pois eu estudo numa universidade pública, e ainda assim sou contra a sua existência.
Se o sujeito estuda numa particular ou em nenhuma, ele é um ressentido por ter de pagar ou não ter onde estudar. Se estuda na pública, é um hipócrita.


Hum... mais ou menos isso... você não explicou PORQUE não é um hipócrita.


Diria que é um aproveitador.

E ele está certo.
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http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.

"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”

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Re: Re.: Socialismo e nazismo

Mensagem por betossantana »

user f.k.a. Cabeção escreveu:Quanto aos trustes e cartéis, eles também só podem se formar quando mecanismos de obstrução da economia são vigentes. Se se permite que, por exemplo mercadorias estrangeiras compitam em pé de igualdade, isto é, sem tributação adicional, com mercadorias nacionais, a única possibilidade de sucesso de uma agenda de truste é a de um truste global.


É... resposta PRA TUDO mesmo, hein. Mas é aí que não vejo diferença na utopia capitalista e na utopia socialista, as duas têm resposta PRA TUDO. Pressupõe-se sempre que, aplicadas em sua integralidade, elas serão perfeitas e auto-suficientes. O socialista defende que o socialismo não deu certo porque seu modo de instituição e manutenção foi equivocado; o capitalista diz que o capitalismo não rende todos os resultados esperados porque nunca foi desenvolvido completamente, sem as rédeas da mentalidade socialista e esquerdista. Já reparou que TODO MUNDO tem uma "compreensão equivocada" dos processos ecnômicos, do mercado, da teoria liberal, da livre concorrência, etc, etc, EXCETO você E os autores que você cita? Isso me assusta. Mas também você pode simplesmente retorquir que isso é porque esses autores (e você) é que ESTÃO certos. É um beco sem saída, afinal de contas.
Editado pela última vez por betossantana em 31 Dez 2006, 16:25, em um total de 1 vez.
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Re: Re.: Socialismo e nazismo

Mensagem por betossantana »

O ENCOSTO escreveu:Diria que é um aproveitador.
E ele está certo.


Ora, só os esquerdinhas são aproveitadores e parasitas, a VIDA não lhe ensinou isso? :emoticon12:
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Trancado