Para os abortistas insensíveis

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betossantana
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Re: Re.: Para os abortistas insensíveis

Mensagem por betossantana »

ímpio escreveu:qual é a organização cerebral desses casos de craniopagus parasiticus?


Não sei, só sei que PODEM ser dois cérebros completos, nos links que abri. Repetindo:

http://www.livejournal.com/go.bml?journ ... 1&dir=prev
It's interesting to note that in the case of Manar and the Bengali boy, the heads were extremely well-developed and had fully-functioning second brains - in essence, possibly a separate person.

Segundo o autor da página, pelo menos nesses dois casos, os cérebros das cabeças parasitárias tinham todas as funções de um cérebro normal. Os outros casos, que se ponde contar nas mãos, já que é uma teratologia raríssima, supõem-se, então, com cérebros no mínimo menos do que plenamente funcionais. Scaaaaaaaaary!
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o anátema
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Re.: Para os abortistas insensíveis

Mensagem por o anátema »

Interessante, ainda que meio macabro. Me perguntava se não poderia ser uma organização mais superficial, apenas aparente, ou sem ser tão organizada quanto o necessário para de fato formar um outro cérebro funcional. Meio como teratomas altamente organizados que se desenvolvem paralelamente a bebês normais, as vezes criando meio que "pseudo-gêmeos", cujo nível de organização eu não estou bem certo, mas ao menos parecem que podem ser confundidos com gêmeos em ultrassom até certo estágio.

Teratomas "normais" são como uma bola de tecidos, e órgãos mais ou menos incompletos espalhados (inclusive tecido nervoso), mas quando ocorrem junto com uma gravidez normal parece que de algum modo eles conseguem se desenvolver mais organizadamente que o "normal" para os teratomas, não sei por que.

Acho que já tinha visto um caso desses ou quase, no "isto é incrível", um chinês com uma segunda cara, que também tinha um pouco de um segundo cérebro independente.
Sem tempo nem paciência para isso.

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www.talkorigins.org
Todos os tipos de criacionismos, Terra jovem, velha, de fundamentalistas cristãos, islâmicos e outros.

Série de textos sugerida: 29+ evicences for macroevolution

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betossantana
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Re: Re.: Para os abortistas insensíveis

Mensagem por betossantana »

ímpio escreveu:Acho que já tinha visto um caso desses ou quase, no "isto é incrível", um chinês com uma segunda cara, que também tinha um pouco de um segundo cérebro independente.


Parece diprosopus.

http://community.livejournal.com/freaks ... /5039.html
Conversely, an abundance of Sonic Hedgehog produces opposite results. The baby may be born with eyes that are far apart, an abnormally wide nose, or even duplicated facial features, called diprosopus. This can range from only two noses, to a complete full second face with two mouths, two noses, and up to four eyes (though this is very rare and most often seen in animals as opposed to humans).
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betossantana
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Re.: Para os abortistas insensíveis

Mensagem por betossantana »

Ai, que horrível!!! Essa mulher não só gestou e pariu uma menina anencefálica como botou roupinha com touquinha e tudo nela, pra disfarçar a ausência da parte de cima do crânio!!!

Imagem
(...)We knew that God’s grace would be sufficient.(...)
(...)Our church family turned out in mass as well as many coworkers. We felt very at peace that day. We cried a lot, but knew that Jenna was already in the arms of Jesus.(...)
(...)We have experienced many blessings despite the ongoing crisis for us.(...)


Olha só a CARA desse pessoal, white trash brabíssimo!! (Ou estou sendo RACISTA?)

Coitadinha! Só fico me lembrando daquele filme das navezinhas inteligentes, O milagre veio do espaço, sei lá, quando a nave mãe pare uma terceirinha navezinha e uma mulher reclama da insensibilidade de um dos moradores do prédio, "essa pobre criaturarinha que nem ao menos teve uma chance!" E de uma história do Homem-Animal em que a mulher dele tenta salvar uns gatinhos e a vizinha diz "coitadinhos, Ellen, não dá pra fazer mais nada por eles"!

Mas esse casal deve ser meio louco, dá pra ver nos OLHOS deles. Absolutamente TÉTRICOS. Vestir roupinhas, dar um ursinho a ela (na página tem mais duas fotos do bebê), e depois dizerem que ela está "nos braços de Jesus", isso é tão perturbador. Quer dizer, ela praticamente não tinha ENCÉFALO, então nunca ganharia consciência, não seria isso um sinal de que ela não tinha nem ALMA, pra um cristão??? E a despeito de tudo, ela ainda acha que houve "blessings" pela decisão de gestá-la até o fim. Horror, horror.

EDITADO:

Mais um casal que gerou um anencefálico e tinha fé em "milagres":

Imagem
(...)Before the second ultrasound, we began researching anencephaly and neural tube defects, and praying that the first ultrasound was wrong.(...)
(...)However, the second ultrasound revealed nothing new - the baby's brain had not formed. We still prayed for a miracle.(...)
(...)We could now pray for our Mary Elizabeth.(...)
(...)We packed a suitcase with our camera, extra film, our camcorder, extra tapes, a plaster hand print kit, some baby outfits, a doll, a baby book, and a bible.(...)
(...)During this time the hospital chaplain, a local priest, and a deacon from our parish were by our side.(...)
(...)We had placed a rosary (a gift from my mom), a small white bible, a guardian angel pin that Patricia had worn during her pregnancy, a stuffed angel bear from Aunt Denise, a porcelain angel from Patricia's Aunt Marie, and a family photo in the casket with her.(...)
(...)I feel very blessed to be Mary Elizabeth's mother.(...)
(...)I know that my daughter is safe and is in heaven now.(...)
(...)I feel comfort in knowing that one day I will hold her again in heaven.(...)


Esse até Bíblia pro hospital levou... hum... de repente penso se não sou eu o desumano aqui, afinal essas crianças eram filhas deles, por quê não tratá-las como tais nas poucas horas, ou menos, de vida que elas iriam ter? Mas será que não é CRUEL deixar que a gestação venha a termo e que o bebê tenha que passar algumas lentas horas só respirando e praticando algumas ações reflexas só pra morrer?? Como é que eles conseguem viver com o fato de que deixaram o neném nascer SOMENTE pra morrer??

Como é que se há de considerar que ter um filho anenfélo é uma BENÇÃO, e que a criança tem uma beautiful face? É isso uma das coisas mais irritantemente nojentas de qualquer religião, a capacidade de torcer a mente das pessoas de modo a elas considerarem que uma DESGRAÇA é uma benção, que mentalidade!
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Steve
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Re: Para os abortistas insensíveis

Mensagem por Steve »

King In Crimson escreveu:Até o coração mais pétreo do mais assassino dos abortistas comunistas não pode resistir a isso.

http://www.zonicweb.net/badalbmcvrs/badmusicradio.htm

Selecionem a faixa: Lil' Markie - Diary of an unburn Child

pra t calar existe abortista de direita!!!! até os EUA permitem aborto!

Steve
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Re: Re.: Para os abortistas insensíveis

Mensagem por Steve »

ímpio escreveu:
Apocaliptica escreveu:Apelativo.

APELATIVO 1 OVA AKILO FOI GRAVADO COM UTRAÇOM!!!!!!!!!!!!!!11111


q desespero hein sr. anti-aborto

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King In Crimson
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Re: Para os abortistas insensíveis

Mensagem por King In Crimson »

Steve escreveu:
King In Crimson escreveu:Até o coração mais pétreo do mais assassino dos abortistas comunistas não pode resistir a isso.

http://www.zonicweb.net/badalbmcvrs/badmusicradio.htm

Selecionem a faixa: Lil' Markie - Diary of an unburn Child

pra t calar existe abortista de direita!!!! até os EUA permitem aborto!
Errr... e daí?

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Rui
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Re.: Para os abortistas insensíveis

Mensagem por Rui »

Era para te calar King. Nao deveria ter respondido... :emoticon19:

Apocaliptica

Re.: Para os abortistas insensíveis

Mensagem por Apocaliptica »

Volto a dizer que é apelativo.

Não se discute vida, consciência, sentimentos e decisões com esse tipo de coisa.

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user f.k.a. Cabeção
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Re: Re.: Para os abortistas insensíveis

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »

Ateu Tímido escreveu:Eu já disse por aí que, nesse campo, toda definição é arbitrária e sujeita a mudança de acordo com a evolução da ciência. Por um lado, acho arbitrário obrigar alguém a ser mãe só por ter um bolo celular na barriga. Por outro, acho que merece proteção a vida de um ser que já começa a ter consciência de si. Entre esses dois extremos deve ser estabelecido o ponto de tolerância. A ciência atual parece indicar o prazo máximo como sendo o início da formação do sistema nervoso central.


Uma definição pode se dar ao luxo de ser arbitrária quando o litígio em questão é a posse de uma galinha.

Não quando entra no âmbito da vida humana.
"Let 'em all go to hell, except cave 76" ~ Cave 76's national anthem

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o anátema
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Re.: Para os abortistas insensíveis

Mensagem por o anátema »

Só que não tem como não ser arbitrária mesmo assim. Há diversas outras células e conjuntos de células, vivas, com cadeias de ácidos nucléicos que as tornam qualificáveis como portadores do genoma humano, que no entanto podem morrer ou serem mortas sem suscitar questões morais.
Sem tempo nem paciência para isso.

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Apocaliptica

Re.: Para os abortistas insensíveis

Mensagem por Apocaliptica »

Eu admito a existência de um ser humano a partir da existência de um sistema nervoso central.
Mas...ele não surge de repente...uma única célula inicia o processo. Que momento é esse? E a consciência se instala quando? Quando um ser humano é um ser humano? Seres humanos com lesão cerebral extensa, não são seres humanos também, por exemplo? Podem ser mortos?

Isso é muito complicado.

Não estou discutindo agora aqui as questões referentes a ética e e moral do aborto.
Sou a favor do aborto em vários casos. Mas não vou discutir agora.

Houve tempo ( e não faz muito...tipo década de 50) em que bebês recém nascidos não eram nem anestesiados em cirurgias, pois se acreditavam que a dor não era consciente e que não tinham memória.

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user f.k.a. Cabeção
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Re: Re.: Para os abortistas insensíveis

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »

ímpio escreveu:Só que não tem como não ser arbitrária mesmo assim. Há diversas outras células e conjuntos de células, vivas, com cadeias de ácidos nucléicos que as tornam qualificáveis como portadores do genoma humano, que no entanto podem morrer ou serem mortas sem suscitar questões morais.


Contudo, não são destruídas deliberadamente com a finalidade de evitar que o indivíduo caracterizado pelas mesmas se desenvolva.

O potencial de um espermatozóide não é um ser humano, a menos que ele encontre um óvulo, e para que isso ocorra é necessário um intercurso decidido por duas pessoas (ou uma, no caso de estupro). Já um embrião não precisa da decisão de ninguém para se desenvolver num ser humano, exceto se considerarmos como decisão de sua mãe não assassiná-lo.

Mas aí, nesse caso, todas as outras pessoas vivem por decisões de outras em não assassiná-las. E o "direito de escolha" deveria portanto estender a todo indivíduo um conteúdo de "liberdade" que autorizasse uns a matarem os outros.

O fato é que o embrião é uma vida humana e deve ser protegida e respeitada como tal.

Todos os argumentos, seja o de "direito de opção" da mãe, seja o do "caos social" decorrente do excesso de população pobre, são rasos e imorais sob qualquer perspectiva que considere inconcebível a relativização da vida humana.

"Let 'em all go to hell, except cave 76" ~ Cave 76's national anthem

Apocaliptica

Mensagem por Apocaliptica »

Embora eu ache que "vida humana" é um conceito absolutamente relativo. Assim como manter um ser humano em estado de sofrimento por não aceitar a eutanásia ou a morte assistida.

"Vida humana" sem dignidade não me parece uma opção muito aceitável;.

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Ateu Tímido
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Re: Re.: Para os abortistas insensíveis

Mensagem por Ateu Tímido »

user f.k.a. Cabeção escreveu:
Ateu Tímido escreveu:Eu já disse por aí que, nesse campo, toda definição é arbitrária e sujeita a mudança de acordo com a evolução da ciência. Por um lado, acho arbitrário obrigar alguém a ser mãe só por ter um bolo celular na barriga. Por outro, acho que merece proteção a vida de um ser que já começa a ter consciência de si. Entre esses dois extremos deve ser estabelecido o ponto de tolerância. A ciência atual parece indicar o prazo máximo como sendo o início da formação do sistema nervoso central.


Uma definição pode se dar ao luxo de ser arbitrária quando o litígio em questão é a posse de uma galinha.

Não quando entra no âmbito da vida humana.


Nesse domínio, não há como uma definição não ser arbitrária. A própria definição de vida o é. Se você estabelece o momento da concepção como início da vida, livra da responsabilidade os assassinos masturbadores, que eliminam milhões de espermatozóides vivos...

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o anátema
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Re: Re.: Para os abortistas insensíveis

Mensagem por o anátema »

user f.k.a. Cabeção escreveu:
ímpio escreveu:Só que não tem como não ser arbitrária mesmo assim. Há diversas outras células e conjuntos de células, vivas, com cadeias de ácidos nucléicos que as tornam qualificáveis como portadores do genoma humano, que no entanto podem morrer ou serem mortas sem suscitar questões morais.


Contudo, não são destruídas deliberadamente com a finalidade de evitar que o indivíduo caracterizado pelas mesmas se desenvolva.

O potencial de um espermatozóide não é um ser humano, a menos que ele encontre um óvulo, e para que isso ocorra é necessário um intercurso decidido por duas pessoas (ou uma, no caso de estupro). Já um embrião não precisa da decisão de ninguém para se desenvolver num ser humano, exceto se considerarmos como decisão de sua mãe não assassiná-lo.

Mas aí, nesse caso, todas as outras pessoas vivem por decisões de outras em não assassiná-las. E o "direito de escolha" deveria portanto estender a todo indivíduo um conteúdo de "liberdade" que autorizasse uns a matarem os outros.


Considero essa argumentação tão válida quanto a de que um óvulo é uma vida humana num estágio que depende da fecundação para continuar a viver e se desenvolver, não diferentemente de um bebê recém-nascido precisa da nutrição fornecida pelos pais.

Mesmo que se possa dizer que a sobrevivência do óvulo depende da decisão das pessoas, o mesmo vale para a alimentação de crianças recém nascidas. E não é por elas não serem autônomas e provavelmente morrerem de fome se forem deixadas por elas mesmas, que se pode fazer isso, optar por deixá-las morrerem de fome. Assim a fecundação do óvulo poderia ser vista como obrigação moral da mesma forma.






O fato é que o embrião é uma vida humana e deve ser protegida e respeitada como tal.

Na prática não é assim; embriões morrem em abortos espontêneos em uma quantidade aproximadamente igual (ou uma quantidades considerável, de qualquer forma) a daqueles que vingam, e no entanto essas mortes todas são bastante negligenciadas pelos pró-vida. Se a vida humana nesse estágio é tão valiosa quanto em qualquer outro estágio posterior, seria de se esperar que as pessoas só tentassem engravidar depois de baterias e baterias de exames médicos tentando eliminar ao máximo a possibilidade de matar vários filhos em tentativas.

Isso é "desculpado" pelas pessoas geralmente não terem consciência nem intenção de causarem essas mortes, sendo meio comparável a homicídio culposo (sem intenção) e negligência. Mas a indulgência é bem maior do que com qualquer outra coisa que se pudesse imaginar na qual se matasse acidentalmente tantas outras pessoas, como num hipotético caso de um cego que quisesse simplesmente se divertir - e não matar - atirando a esmo com uma arma de fogo.


Todos os argumentos, seja o de "direito de opção" da mãe, seja o do "caos social" decorrente do excesso de população pobre, são rasos e imorais sob qualquer perspectiva que considere inconcebível a relativização da vida humana.[/b]

O meu argumento é talvez apenas um "acessório" (ainda que eu pessoalmente considere a parte fundamental) desse do direito da mãe. Sob a minha perspectiva, que não sei o quanto relativizaria a vida humana, mas não me parece fazer isso além do razoável, ou até inevitável, não é mais imoral que aborto espontâneo, menstruação/não-fecundação voluntária, transfusão de sangue ou transplante de órgãos.

Considero inversamente, imoral defender-se um apanhado de células por causa do genoma (seqüências de nucleotídeos) que tiverem, implicando isso no que implicar, desde o nascimento de bebês em situações que podem não ser as mais adequadas tanto para eles próprios quanto para os pais ou a mãe solteira (indo desde inconveniente, até à pior situação possível, mas não há necessidade de exagerar), até a negação de um leque de possibilidades de pesquisas de tratamento de diversas condições que afetam a vida de outras pessoas já bem mais formadas que embriões, as quais julgo serem bem mais merecedoras de preocupação.

Mas novamente, poderia se dizer que isso é relativizar, e comparar com aquele filme com o Gene Hackman em que ele mata e/ou aleija mendigos para pesquisas de tratamentos médicos porque ninguém liga para eles, ou que poderia se cometer genocídios como meio para o fim da pobreza ou qualquer outra inconveniência. Aí voltamos a que eu acho que o mesmo poderia ser dito da defesa da não-fecundação voluntária do óvulo, que só não é algo defendido de veradade porque a fecundação é culturalmente overrated. E a partir daí provavelmente só se andaria em círculos na discussão, como parece ser sempre o caso...
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videomaker
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Re: Re.: Para os abortistas insensíveis

Mensagem por videomaker »

Considero essa argumentação tão válida quanto a de que um óvulo é uma vida humana num estágio que depende da fecundação para continuar a viver e se desenvolver, não diferentemente de um bebê recém-nascido precisa da nutrição fornecida pelos pais.



Ovulo = Rescem-nascido :emoticon5: , parei com vc!
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)

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King In Crimson
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Mensagem por King In Crimson »

Apocaliptica escreveu:"Vida humana" sem dignidade não me parece uma opção muito aceitável;.
Muitas pesssoas vivem sem dignidade (principalmente nesse país) e ainda preferem a vida à morte.

Cabe a nós decidir?

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o anátema
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Re.: Para os abortistas insensíveis

Mensagem por o anátema »

videomaker escreveu:
Considero essa argumentação tão válida quanto a de que um óvulo é uma vida humana num estágio que depende da fecundação para continuar a viver e se desenvolver, não diferentemente de um bebê recém-nascido precisa da nutrição fornecida pelos pais.



Ovulo = Rescem-nascido :emoticon5: , parei com vc!


E o zigoto, óvulo recém fecundado? Esse é igual a recém-nascido, não? :emoticon122:
Sem tempo nem paciência para isso.

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Mensagem por o anátema »

King In Crimson escreveu:
Apocaliptica escreveu:"Vida humana" sem dignidade não me parece uma opção muito aceitável;.
Muitas pesssoas vivem sem dignidade (principalmente nesse país) e ainda preferem a vida à morte.

Cabe a nós decidir?


Não, por isso devemos obrigar as mulheres a terem fecundados todos óvulos que ovularem, a despeito das condições em que estiverem de ter filhos.

Todos que forem fecundados e nascerem preferirão a vida à morte, logo não nos cabe escolher qual óvulo será fecundado e qual não.
Sem tempo nem paciência para isso.

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videomaker
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Re: Re.: Para os abortistas insensíveis

Mensagem por videomaker »

ímpio escreveu:
videomaker escreveu:
Considero essa argumentação tão válida quanto a de que um óvulo é uma vida humana num estágio que depende da fecundação para continuar a viver e se desenvolver, não diferentemente de um bebê recém-nascido precisa da nutrição fornecida pelos pais.



Ovulo = Rescem-nascido :emoticon5: , parei com vc!


E o zigoto, óvulo recém fecundado? Esse é igual a recém-nascido, não? :emoticon122:



Ovulo(não fencundado)=zigoto=recem-nascido???????????
Estamos falando do ovulo lá no ovario via ir para as trompas né?
:emoticon5:
Editado pela última vez por videomaker em 03 Jan 2007, 09:30, em um total de 1 vez.
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)

Apocaliptica

Mensagem por Apocaliptica »

King In Crimson escreveu:
Apocaliptica escreveu:"Vida humana" sem dignidade não me parece uma opção muito aceitável;.
Muitas pesssoas vivem sem dignidade (principalmente nesse país) e ainda preferem a vida à morte.

Cabe a nós decidir?


Falei de casos extremos mesmo. Casos médicos onde a vida é uma tortura e o ser humano já não está mais em condição de suportar tanto sofrimento. É preciso ter compaixão.

Apocaliptica

Re.: Para os abortistas insensíveis

Mensagem por Apocaliptica »

Óvulo fecundado não é mais óvulo.

É ovo ou zigoto. Nem embrião é ainda.

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user f.k.a. Cabeção
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Mensagem por user f.k.a. Cabeção »

ímpio escreveu:Considero essa argumentação tão válida quanto a de que um óvulo é uma vida humana num estágio que depende da fecundação para continuar a viver e se desenvolver, não diferentemente de um bebê recém-nascido precisa da nutrição fornecida pelos pais.

Mesmo que se possa dizer que a sobrevivência do óvulo depende da decisão das pessoas, o mesmo vale para a alimentação de crianças recém nascidas. E não é por elas não serem autônomas e provavelmente morrerem de fome se forem deixadas por elas mesmas, que se pode fazer isso, optar por deixá-las morrerem de fome. Assim a fecundação do óvulo poderia ser vista como obrigação moral da mesma forma.


Existem diferenças irreconciliáveis entre a sua analogia e a realidade.

Um recém-nascido precisa de nutrição, e embora essa tarefa usualmente caiba a seus pais, não necessariamente precisa ser realizada por eles.

Mas a diferença é que o recém-nascido tem todas as propriedades de indivíduo singular e dotado de potencial asseguradas, ainda que decida-se por não nutri-lo. Sua morte por inanição é compreendida como assassinato culposo ou crime de negligência, em virtude de consistir num atentado contra o seu potencial. Já um óvulo não fecundado é um simples óvulo não fecundado.

A questão é: na medida que ambos consideramos a vida de um ser humano um item valioso e que deve ser preservado, e que a morte de um indivíduo é um crime obsceno, é cabível valer-se de critérios nebulosos e arbitrários para se decidir quando é que esse conteúdo de dignidade se insere no indivíduo e a partir de que momento devemos respeitar sua vida?

Por mais que um aglomerado de células não inspire muito respeito, no final das contas, todos nós somos aglomerados de células, diferentes apenas em tamanho e grau de maturidade. Mas como não admitimos qualquer caráter gradiente que estabeleça diferentes níveis de dignidade humana, por sermos democratas e seguirmos à tradição filosófica oriunda da Cristandade, independentes de credos pessoais específicos, devemos estender esse reconhecimento até os níveis mais primordiais de humanidade existentes em um embrião de homem.

E a simples distinção de uma analogia se ilustra nas conseqüências de cada ato descrito. No seu exemplo, uma lei que visasse salvar todo óvulo de seu quase certo fim, além de inócua, seria absurda em suas implicações, e portanto qualquer defesa da preservação desses óvulos está fora de questão em qualquer debate racional. Por quanto uma lei que procure preservar um embrião de ser vilipendiado pelos interesses mesquinhos de alguns ainda que estes alguns sejam seus pais, não é nem a absurda nem inócua ( mesmo que certas pessoas insistam que violações particulares da mesma devam depor contra a sua conservação. Estas mesmas pessoas devem considerar válida a anulação da legislação vigente com relação ao roubo, uma vez que violações particulares dessa lei ocorrem diariamente). Logo, como um dos princípios filosóficos mais banais é o de que uma coisa absurda não pode ser análoga a uma coisa não absurda, percebemos que a suposta analogia só pode ser falha em alguma instância.



ímpio escreveu:Na prática não é assim; embriões morrem em abortos espontêneos em uma quantidade aproximadamente igual (ou uma quantidades considerável, de qualquer forma) a daqueles que vingam, e no entanto essas mortes todas são bastante negligenciadas pelos pró-vida. Se a vida humana nesse estágio é tão valiosa quanto em qualquer outro estágio posterior, seria de se esperar que as pessoas só tentassem engravidar depois de baterias e baterias de exames médicos tentando eliminar ao máximo a possibilidade de matar vários filhos em tentativas.


Abortos espontâneos não precisam ser fruto da negligência nem da intenção dos pais. São fatalidades. Fatalidades ocorrem com seres humanos "formados" o tempo todo, e em algumas regiões ou mesmo em algumas famílias elas são mais constantes do que em outras.

A simples ocorrência de fatalidades, em maior ou menor grau do que qualquer padrão arbitrário, jamais deve endossar a prática de brutalidades.


ímpio escreveu:Isso é "desculpado" pelas pessoas geralmente não terem consciência nem intenção de causarem essas mortes, sendo meio comparável a homicídio culposo (sem intenção) e negligência. Mas a indulgência é bem maior do que com qualquer outra coisa que se pudesse imaginar na qual se matasse acidentalmente tantas outras pessoas, como num hipotético caso de um cego que quisesse simplesmente se divertir - e não matar - atirando a esmo com uma arma de fogo.


Completamente improcedente, conforme respondi acima.

Um cego atirando a esmo com uma arma de fogo é um perigo potencial e consciente de sua condição. Já uma potencial gravidez de risco não pode ser considerada como uma ameaça a uma vida que ainda não existe.

Logo, é incorreto afirmar que uma mulher não pode ter a chance de engravidar por não dispor de segurança suficiente para a vida em seu útero, uma vez que essa vida ainda nem existe. Se por acaso a gestação for interrompida em virtude das más condições intra-uterinas ou outras pré-disposições quaisquer que a mãe venha a apresentar com relação ao aborto instantâneo, ela não terá feito mal a um indivíduo que ocorreu de se originar num ambiente hostil. Ela terá provavelmente feito de tudo para salvar aquela vida, mas acabou frustrando-se.

É diferente de uma mãe que aja deliberadamente contra o indivíduo que se encontra dentro dela.


ímpio escreveu:O meu argumento é talvez apenas um "acessório" (ainda que eu pessoalmente considere a parte fundamental) desse do direito da mãe. Sob a minha perspectiva, que não sei o quanto relativizaria a vida humana, mas não me parece fazer isso além do razoável, ou até inevitável, não é mais imoral que aborto espontâneo, menstruação/não-fecundação voluntária, transfusão de sangue ou transplante de órgãos.



O seu contra-argumento basicamente permitiria que tudo aquilo que fosse formado por átomos que poderiam potencialmente pertencer a um ser humano deveria ser respeitado, o que basicamente se estenderia a todos os tipos de coisa existentes.

Além disso, já mostrei anteriormente que assim como a proteção a óvulos é absurda, a proteção a embriões não é, logo, qualquer tentativa de aproximação análoga esbarra nessa dificuldade intransponível.

Não é o mesmo que dizer que um embrião caracteriza-se como indivíduo humano e portanto a ele também deve ser estendido a noção de dignidade humana.


ímpio escreveu:Considero inversamente, imoral defender-se um apanhado de células por causa do genoma (seqüências de nucleotídeos) que tiverem, implicando isso no que implicar, desde o nascimento de bebês em situações que podem não ser as mais adequadas tanto para eles próprios quanto para os pais ou a mãe solteira (indo desde inconveniente, até à pior situação possível, mas não há necessidade de exagerar), até a negação de um leque de possibilidades de pesquisas de tratamento de diversas condições que afetam a vida de outras pessoas já bem mais formadas que embriões, as quais julgo serem bem mais merecedoras de preocupação.


Ou seja, por causar consternação e transtorno a algumas pessoas, o assassinato deve ser tolerado.

Não sou de um todo contra a pesquisa com células tronco, não vejo necessariamente a vinculação entre a legalização do aborto contraceptivo (que considero imoral) e o uso de material coletado de embriões que não foram aproveitados nas clínicas de fertilização.

Ainda que se possa dizer que aqueles embriões são indivíduos únicos, o processo de seleção que colocou um de seus "irmãos" no útero da mãe e legou os outros ao congelamento e posterior descarte, condenou-os a não desenvolverem seus potenciais, e portanto o seu aproveitamento com fins médicos não me parece imoral. Da mesma forma, uma pessoa que se encontre em estado vegetativo permanente, devido a lesões irreversíveis, podendo ser autorizada pela família a sua eutanásia e eventual aproveitamento dos órgãos para transplantes.

A questão da moralidade está no meu entender do que é morte e do que é assassinato. Numa clínica de fertilização, quando se inicia um processo de fertilização in vitro a intenção é produzir uma vida, e mesmo que alguns subprodutos individuais desse processo não possam vingar como seres humanos, seu descarte não se deveu a uma decisão imoral de interrupção de desenvolvimento, mas a uma seleção daqueles com mais propensão para desenvolver-se. Se ainda podem ser usados em pesquisas e aplicações médicas, considero viável e uma forma inclusive de aproveitar seu potencial que de outra maneira estaria condenado. Sem o processo de fertilização in vitro, esses embriões sequer existiriam.

Já a questão do o aborto intencional é toda ela visando a interrupção daquilo que seria o desenvolvimento natural daquele indivíduo, e portanto um atentado explícito contra o seu potencial.

E nenhum argumento "social" que considere as limitações existentes na vida de uma pessoa em um ambiente familiar impróprio poderia equalizar o potencial de uma criança carente com o de um feto abortado.


ímpio escreveu:Mas novamente, poderia se dizer que isso é relativizar, e comparar com aquele filme com o Gene Hackman em que ele mata e/ou aleija mendigos para pesquisas de tratamentos médicos porque ninguém liga para eles, ou que poderia se cometer genocídios como meio para o fim da pobreza ou qualquer outra inconveniência. Aí voltamos a que eu acho que o mesmo poderia ser dito da defesa da não-fecundação voluntária do óvulo, que só não é algo defendido de veradade porque a fecundação é culturalmente overrated. E a partir daí provavelmente só se andaria em círculos na discussão, como parece ser sempre o caso...


O caso é sempre dos princípios que orientam cada um.

Alguns consideram uma vida humana com potencial de desenvolver-se algo sagrado, e qualquer atentado deliberado contra esse potencial um crime. Outros admitem gradações.

É importante ressaltar que o potencial da vida humana não permite leituras relativas. Um exemplo clássico seria o de uma pessoa em estado terminal de câncer, mas ainda viva e ativa. O potencial da vida dela só pode ser mensurado por ela própria, e mesmo que lhe reste pouco tempo, este tempo pode ser tudo a que ela se apegue, e esse simples fato não permite que consideremos sua vida desprezível.

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user f.k.a. Cabeção escreveu:Ainda que se possa dizer que aqueles embriões são indivíduos únicos, o processo de seleção que colocou um de seus "irmãos" no útero da mãe e legou os outros ao congelamento e posterior descarte, condenou-os a não desenvolverem seus potenciais, e portanto o seu aproveitamento com fins médicos não me parece imoral.
A questão da moralidade está no meu entender do que é morte e do que é assassinato. Numa clínica de fertilização, quando se inicia um processo de fertilização in vitro a intenção é produzir uma vida, e mesmo que alguns subprodutos individuais desse processo não possam vingar como seres humanos, seu descarte não se deveu a uma decisão imoral de interrupção de desenvolvimento, mas a uma seleção daqueles com mais propensão para desenvolver-se. Se ainda podem ser usados em pesquisas e aplicações médicas, considero viável e uma forma inclusive de aproveitar seu potencial que de outra maneira estaria condenado. Sem o processo de fertilização in vitro, esses embriões sequer existiriam.


Vários óvulos fecundados podem ter bastante propensão para se desenvolver, por isso é que nas fertilizações in vitro normalmente são colocados no útero mais de um zigoto, o que frequentemente causa o nascimento de gêmeos. Óvulos não aproveitados podem ter tanto potencial pra se desenvolver quanto os aproveitados. Eles não são gestados simplesmente porque pertencem ao casal que os produziu com ajuda médica, e uma vez que eles tenham ficado satisfeitos com o resultado do serviço, não têm mais interesse nos outros produtos da fertilização. Se esses óvulos fossem colocados em um útero receptivo, muitos deles se desenvolveriam da mesma forma que se desenvolveram os aproveitados, o que significa que a escolha de qual ou quais deles se tornará um ser humano cabe ao profissional de fertilização e ao curso da natureza, que no útero "decidirá" qual ou quais chegará a termo. Da mesma forma que ele implantou no útero da cliente os produtos X,Y,Z e W, poderia ter implantado os produtos A,B,C e D, que partilham da mesma qualidade como óvulos fecundados. Quem considera que óvulo fecundado é vida humana então estaria sendo coerente adicionando ao conceito de vida humana a vida intra-uterina, o que deixaria de fora os produtos não aproveitados da fertilização aritificial e o ovo que é destruído pelo efeito da pílula do dia seguinte. Se torna apenas, mais uma vez, uma questão de ESCOLHER o momento a partir do qual se considera que uma vida humana existe e faz jus à proteção.
É um problema espiritual, chupe pau!

Trancado