Ideologia Liberal

Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico. Combate ao fanatismo e ao fundamentalismo religioso.

Você concorda com a visão liberal?

sim
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60%
não
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40%
 
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rapha...
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Mensagem por rapha... »

betossantana escreveu:
RicardoVitor escreveu:http://www.heritage.org/index/countries.cfm
Através do que pode ser visto nesse site, poderia explicar o fato de que quanto mais repressor for o governo, mais atrasado e pobre é o país?
Coincidência?


O que eu AINDA não entendi é o exemplo da Suécia. Afinal a carga tributária sueca é de 60% sobre o PIB ou não é?


A Suécia aparece na décima segunda posição no ranking de liberdade econômica.

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Storydor
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Mensagem por Storydor »

Jack Torrance escreveu:
betossantana escreveu:Imagem


Curtindo a Vida Adoidado.

Tempos da Sessão da Tarde.



Bem legalzinho...
"E quem era inocente, hoje já virou bandido, só para comer um pedaço de pão fudido" Chico Science
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Hrrr
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Re: Re.: Ideologia Liberal

Mensagem por Hrrr »

Apáte escreveu:Hrrr, sei que você está fazendo de tudo pra substituir o Loredo, mas tá longe ainda.
E ele já arrumou a não-profissional dele.


:emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:
JINGOL BEL, JINGOL BEL DENNY NO COTEL... :emoticon266:

i am gonna score... h-hah-hah-hah-hah-hah...

plante uma arvore por dia com um clic

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betossantana
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Mensagem por betossantana »

rapha... escreveu:
betossantana escreveu:O que eu AINDA não entendi é o exemplo da Suécia. Afinal a carga tributária sueca é de 60% sobre o PIB ou não é?

A Suécia aparece na décima segunda posição no ranking de liberdade econômica.


Sim, e...??????????

A-haaaaaaaaaaaaaaaa! Esse pdf abaixo, baixado no próprio SITE DO GOVERNO DA SUÉCIA e datado de 2003, mostra uma tax ratio nunca abaixo dos 50% do country's gross domestic product nos anos de 2001 a 2004. Os valores são:

2001 - 51,9%
2002 - 50,8%
2003 - 51,6%*
2004 - 51,3%*

*Estimativas.

Depois vou ler ele inteiro direitinho, quero efetivamente me inteirar desse mistério sueco, é liberal e arrecada HORRORES de renda tributária, qual será o segredo?

http://www.sweden.gov.se/download/740c9 ... attachment
Editado pela última vez por betossantana em 05 Jan 2007, 13:12, em um total de 3 vezes.
É um problema espiritual, chupe pau!

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betossantana
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Mensagem por betossantana »

Jack Torrance escreveu:
betossantana escreveu:Imagem

Curtindo a Vida Adoidado.
Tempos da Sessão da Tarde.


Ferris, Sloane e Cameron, esses arquétipos malditos do vagabundo pop! :emoticon12:
É um problema espiritual, chupe pau!

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user f.k.a. Cabeção
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Mensagem por user f.k.a. Cabeção »

betossantana escreveu:
RicardoVitor escreveu:http://www.heritage.org/index/countries.cfm
Através do que pode ser visto nesse site, poderia explicar o fato de que quanto mais repressor for o governo, mais atrasado e pobre é o país?
Coincidência?


O que eu AINDA não entendi é o exemplo da Suécia. Afinal a carga tributária sueca é de 60% sobre o PIB ou não é?



No relatório sobre a Suécia, no quesito Fiscal Burden ela recebeu 3.6 (onde 1.0 é a melhor nota e 5.0 é a pior). O quesito avalia o peso tributário e os gastos governamentais.

Sobre os 60%, acho que você deve ter confundido com o imposto de renda máximo pago por lá, que adota o mesmo modelo de imposto de renda que aqui, onde a mordida máxima é 27.5% .

Mas como não tenho o dado preciso, não sei dizer se são 60% do PIB ou não.

Para você obter um pequeno dossiê de cada país, explicando sua situação em cada um dos quesitos avaliados, basta clicar no nome deles na lista.

Não é só a política fiscal que determina o grau da liberdade econômica. Da FAQ oferecida por eles:

Index of Economic Freedom 2006 - FAQs escreveu:
# Q.2. How do you measure economic freedom?
To measure economic freedom and rate each country, the authors of the Index study 50 independent economic variables. These variables fall into 10 broad categories, or factors, of economic freedom:

* Trade policy
* Fiscal burden of government,
* Government intervention in the economy,
* Monetary policy,
* Capital flows and foreign investment,
* Banking and finance,
* Wages and prices,
* Property rights,
* Regulation,
* Informal market activity.




http://www.heritage.org/research/features/index/faq.cfm
"Let 'em all go to hell, except cave 76" ~ Cave 76's national anthem

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clara campos
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Mensagem por clara campos »

Algumas questões, porventura básicas...
agradeço a quem se disponibilizar a ensaiar algumas respostas

O liberalismo defende a abertura das fronteiras?

Como se posicionam os liberais em relação à deslocação de empresas?

Como se posicionam os liberais em relação ao estabelecimento legal de um salário mínimo?

Qual a posição liberal em relação ao estabelecimento legal de escalões salariais?

Quais propostas liberais almejam garantir a todos os indivíduos igualdade de oportunidades, por forma a estes desenvolverem as sus potencilidades e atingirem a sua realização plena?
Só por existir, só por duvidar, tenho duas almas em guerra e sei que nenhuma vai ganhar... (J.P.)

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Edson Jr
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Re.: Ideologia Liberal

Mensagem por Edson Jr »

Boas questões para os liberais de plantão tentarem responder!
"Três paixões, simples mas irresistivelmente fortes, governam minha vida: o desejo imenso de amar, a procura do conhecimento e a insuportável compaixão pelo sofrimento da humanidade." (Bertrand Russel)

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clara campos
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Re.: Ideologia Liberal

Mensagem por clara campos »

Não pretendi ser provocadora, apenas sou bastante ignorante do tema
Só por existir, só por duvidar, tenho duas almas em guerra e sei que nenhuma vai ganhar... (J.P.)

Washington
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Mensagem por Washington »

clara campos escreveu:O liberalismo defende a abertura das fronteiras?


Sim. Livre movimentação de pessoas, produtos e capitais.

clara campos escreveu:Como se posicionam os liberais em relação à deslocação de empresas?


Idem respostas anterior


clara campos escreveu:Como se posicionam os liberais em relação ao estabelecimento legal de um salário mínimo?


Contra. O estabelecimento de um salário mínimo legal pode alijar do mercado trabalhadores dispostos a trabalhar por um valor abaixo do mínimo estabelecido, da mesma forma tira do mercado empregadores que não conseguem contratar dentro do mínimo estipulado.

clara campos escreveu:Qual a posição liberal em relação ao estabelecimento legal de escalões salariais?


Contra. Assalariados e empregadores devem ter total liberdade para negociar os termos do contrato de trabalho.

clara campos escreveu:Quais propostas liberais almejam garantir a todos os indivíduos igualdade de oportunidades, por forma a estes desenvolverem as sus potencilidades e atingirem a sua realização plena?


Fim de todos os privilégios, respeito aos contratos, respeito ao Estado de direito, educação, assistência à saúde e segurança para todos. Redução ao mínimo indispensável do aparato estatal; redução da burocracia; regras claras e estáveis.
"Quando LULLA fala, o mundo se abre, se ilumina e se esclarece."
Marilena Chauí, filósofa da USP.

O triste é saber que tal figura recebe do contribuinte para dizer tais asneiras.


Chamo de pervertido um animal, uma espécie, um indivíduo, quando esse ou essa perde seus instintos, quando escolhe, prefere o que lhe é prejudicial.
F. Nietzche

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Apáte
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Re.: Ideologia Liberal

Mensagem por Apáte »

* Informal market activity.

Nisso o Brasil tem nota 10 :emoticon12:
"Da sempre conduco una attività ininterrotta di lavoro, se qualche volta mi succede di guardare in faccia qualche bella ragazza... meglio essere appassionati di belle ragazze che gay" by: Silvio Berlusconi

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Acauan
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Mensagem por Acauan »

Edson Jr escreveu:
Acauan escreveu:Nosso sistema educacional é a porcaria que é, o lixo que produz analfabetos funcionais em linha de montagem, simplesmente porque pedagogos marxistas anti-liberais dominam as políticas educacionais públicas há quarenta anos, tendo mantido tal hegemonia desde o tempo do regime militar.


O sistema é essa porcaria simplesmente porque não há interesse político em investir na educação. Afinal, nosso país é fundamentalmente exportador de matéria-prima e, para isso, é necessário que muitas pessoas trabalhem como mão-de-obra-barata. Para que investir em cérebros se isso não interessa ao mercado atual?


Edson,

Terei que ser um pouco crítico com você.
Como professor você tem a obrigação de formar o melhor possível os jovens que são postos em suas mãos.
Assim, não lhe é permitida a mesma condescendência dada à maioria da população ignorante que repete lugares comuns apenas porque, de tanto ouvi-los, acredita que eles tem de ser verdade.

Primeiro, o principal problema da educação no Brasil não tem nada a ver com a quantidade de investimentos.
O Brasil gasta em educação mais de 4% de seu Produto Interno Bruto, o que, se não é o ideal é um índice bastante significativo.
Ocorre que nações que em termos absolutos e proporcionais gastam muito menos que o Brasil tem resultados incomparavelmente melhores neste campo.

Pode-se dizer que o Brasil gasta muito e gasta mal, o que é verdade. Isto nos leva de volta à questão da incompetência do Estado como gestor.

Mas não é este o ponto principal.

Dizer que o problema da Educação é a falta de vontade política de sei-lá-quem ou por que o mesmo sei-lá-quem decidiu que temos que ser ignorantes para produzir matérias primas, nada mais é que transferir o problema para um responsável indefinido.

Professores que repetem isto se sentem muito confortáveis, pois afastam deles qualquer discussão sobre suas próprias responsabilidades, principalmente os preguiçosos e incompetentes, infelizmente tão comuns hoje nesta profissão que deveria ser ocupada apenas pelos melhores.
Depois vem os pedagogos públicos, que adoram fazer experimentos com os alunos e quando o futuro deles é jogado na lata de lixo simplesmente fingem que não tem nada a ver com a história, culpam a tal vontade política e continuam fazendo merda.

Todo este discurso é bobagem. Mesmo que houvesse alguma conspiração internacional para manter o Brasil como produtor de matérias-primas, o que, obviamente ninguém nunca apresentou uma única evidência objetiva de que de fato há, ainda assim seria vantajoso educar a população, pois seríamos produtores de matérias-primas mais produtivos, eficientes e lucrativos.

Uma regra mais que comprovada no mundo todo é que trabalhadores educados aumentam a produtividade e o lucro das empresas. Me diga, porque diabos alguém quereria empregados estúpidos se tudo que isto lhe traz é prejuízos, perda de competitividade e de mercados?


Edson Jr escreveu: E para que isso continue é necessário que a qualidade do ensino caia ou que nem todos tenham acesso à educação.
É nesse sentido que a escola atua apenas como reprodutora desse sistema. A pedagogia mais aceita, ao meu ver, é a crítico social dos conteúdos. Tal pedagogia prega que o professor deve, sempre que possível, relacionar sua matéria com a realidade social de cada um. O professor, na ótica dessa tendência pedagógica, teria um papel importantíssimo na formação do aluno, tornando-o cônscio da realidade social e do sistema no qual ele está inserido.


Edson, não sou de dar conselhos, mas por amizade e dada relevância da missão que lhe foi confiada vou abrir uma exceção.

Fuja do tipo de gente que está lhe influenciando a pensar assim.

Se posso usar o termo, tal ideologia aplicada à educação é diabólica, pois subverte e corrompe tudo que o ensino tem de mais nobre.

O papel da Escola e do professor NUNCA pode ser relacionar sua matéria com a realidade social do aluno.
O objetivo da educação é promover o crescimento intelectual do aluno, dar vazão aos seus potenciais para que no fim a grandeza humana que reside dentro deles se expresse no máximo de que cada um é capaz.

Seu dever como professor é fazer com que este potencial floresça nos medíocres para que deixem de sê-lo e exploda nos talentosos para que libertem seu gênio.
Não pode e não deve ser menos que isto.

Agora me diga, como realizar tal tarefa inspirando-se nas realidades cotidianas, medíocres e violentas de pessoas da periferia?
Elas não vão à Escola para que seu mundinho seja trazido para a sala de aula.
Elas vão à Escola para alargar as fronteiras deste mundinho.

Para isto existe a História como disciplina escolar, com sua lista enorme de homens de grandeza e gênio que lutaram contra a pobreza e a adversidade, mas que com coragem e perseverança mudaram o mundo.
É o mundo destes homens que deve ser apresentado aos seus alunos como modelo.

O que seria se Machado de Assis, um menino mulato e pobre do Brasil do século XIX, se sua educação tivesse se resumido a torná-lo consciente de sua realidade social?
Teria ele se tornado o maior intelectual brasileiro de seu tempo, nosso maior escritor, o mestre da língua que dominava outras tantas, inclusive latim e grego?

E por que Machado de Assis aprenderia latim e grego se tal conhecimento não contribuía em nada para torná-lo cônscio do sistema no qual estava inserido?

Pense nisto.
Professores devem dar asas aos seus alunos.
Não ouça as serpentes que querem condená-los a arrastar o ventre pelo pó da Terra junto com elas.


Edson Jr escreveu:É também ressaltado a importância em transmitir todo o conteúdo programático, mas, na medida do possível, relacioná-lo com outras disciplinas. Ou seja, o professor não precisa ficar limitado tão-somente na sua matéria. Ele seria um investigador, um pesquisador, um formador crítico de opinião.


É por isto que as escolas estão cheias de professores vagabundos e incompetentes.

O grande problema destas filosofias é que não estabelecem critérios objetivos para que os professores sejam avaliados e cobrados.
Na iniciativa privada se trabalha com objetivos e metas claramente definidos, que sobem de patamar toda vez que são atingidos e cabeças rolam quando não o são.

Basta aos alunos um teste de leitura e interpretação de texto ou de aritmética básica para saber se um professor do ensino fundamental está fazendo um bom trabalho dentro de critérios objetivos.

Mas como constatar se o professor está sendo um bom formador crítico de opinião?
Cômodo, não?

Legal que professores de física correlacionem disciplinas, sejam investigadores e pesquisadores. Mas só depois de dominarem cálculo diferencial integral, saber explicar comparativamente os modelos de Copérnico e Kepler e poder responder de pronto qual é a diferença entre gravidade e gravitação.
Quantos atendem a estes requisitos?


Edson Jr escreveu:E é justamente o contrário que ocorre. Tal pedagogia não funciona simplesmente porque não existe interesse político.

É um engano achar que a coisa está assim por causa de uma ou outra corrente pedagógica. O que ocorre é que a tendência crítico social dos conteúdos (por exemplo), simplesmente não existe na prática. O que existe são distorções grosseiras que fazem dessa tendência pedagógica, fingindo que ela está sendo realmente aplicada, dando a impressão dela ser culpada desse caos educacional.


A maior parte do problema está dentro da sala de aula e não fora. É um Iceberg ao contrário, com a parte maior fora d'água e visível, mas todo mundo finge que não vê.

Enquanto não se encarar esta verdade óbvia a educação no Brasil nunca melhorará.

Alunos da rede pública têm aulas de inglês durante sete anos, ao fim dos quais não sabem dizer "good morning" ou conjugar o verbo "to Be".

Me diga, que diabos estes professores de inglês fizeram com estes alunos durante sete anos e como podem transferir a responsabilidade de seu fracasso para uma tal tendência crítica social, que certamente nunca fez nada para impedir que fizessem o mínimo esperado, que é ensinar aos alunos ao menos os fundamentos da língua?

O mesmo se repete em todas as áreas.

O dia que o professor, dentro da sala de aula fizer sua parte – e aqueles que o fazem têm bons resultados – então metade do problema estará resolvido.
Como fazer para que isto ocorra, aí sim entramos nas questões políticas, administrativa e pedagógicas.

Mas o centro do problema é que todo professor reconhece que a Educação brasileira é uma merda e nenhum admite que suas aulas são ruins.
Um contrasenso óbvio.

São como os motorista que reclamam dos abusos cometidos no trânsito, mas ninguém reconhece que os comete. Se ninguém os comete, de onde os abusos vêm?

Bem Brasil.

É isto Edson.

Espero que entenda minhas intenções e só lhe digo isto por lhe ter como exceção e como esperança.

ANAUË!

Nós, Índios.

Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

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zencem
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Re: Re.: Ideologia Liberal

Mensagem por zencem »

betossantana escreveu:
Washington escreveu:Isso vale para os países livres, não é o caso do Brasil.


O Brasil é um país o quê? Comunista?

Pior!!!

É um pais de comunista arrependido.

Ou seja: Um pais de ladrões, golpistas e assassinos.

Não me peça pra dar nomes.


Sócrates, o pai da sabedoria, 470 aC, dizia:

- "Conhece-te a ti mesmo;
O 'Eu' é o caminho (da sabedoria)".


500 anos depois, um cara estragou tudo, tascando essa, num gesto de egolatria e auto-contemplação patológica:

- "EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".

Deu no que deu !!! ... :emoticon147:


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Edson Jr
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Re.: Ideologia Liberal

Mensagem por Edson Jr »

Acauan escreveu:Edson,

Terei que ser um pouco crítico com você.
Como professor você tem a obrigação de formar o melhor possível os jovens que são postos em suas mãos.
Assim, não lhe é permitida a mesma condescendência dada à maioria da população ignorante que repete lugares comuns apenas porque, de tanto ouvi-los, acredita que eles tem de ser verdade.


Acauan;

Primeiramente devo agradecê-lo por sua crítica, pois tenho certeza que foi feita por consideração e com a melhor das intenções.

Como retribuição, vou procurar expor minhas opiniões da forma mais sincera e honesta que puder.

Hoje, poderia ser piloto da FAB (Força Aérea da Aeronáutica), pois sou ex-aluno da EPCAR (Escola Preparatória de Cadetes da Aeronáutica). Abandonei a aeronáutica por não conseguir encontrar nada dentro dela que se encaixasse com meus mais profundos ideais. Em meu íntimo, sempre tive o desejo em dar minha contribuição para a sociedade. E entendi o magistério como a profissão mais nobre e importante dentre todas as outras, apesar dos baixos salários. É claro que meus critérios de avaliação e ideais de nobreza são de caráter puramente pessoal e subjetivo.

Com isso, quero ao menos demonstrar meu absoluto interesse e comprometimento em ter uma formação cada vez mais aprofundada, justamente para oferecer aos jovens a oportunidade de terem uma boa formação. Estou nessa área por vocação, por desejo em dar minha parcela de contribuição positiva. Não apenas por dinheiro. Se fosse por isso, certamente tentaria outra coisa.

Agora, percebo a possibilidade de estar cometendo um erro grave, apesar de não ter tido intenção. É que, TODOS os livros pedagógicos de referência bibliográfica para os concursos públicos do magistério são de caráter não-liberal. Nada do que disse é essencialmente diferente de tudo o que li sobre o assunto. Na verdade, tais livros, primeiro criticam a visão liberal e, apesar de não falarem abertamente, deixam implícita a visão marxista como opção mais justa e humana.

Não somente os livros, mas TODOS os meus ex-professores de sociologia da faculdade tendiam à visão socialista.

Não que queira atribuir a responsabilidade para outros, até mesmo porque acredito que cometi o erro em não consultar outras fontes (apesar de não haver nenhum incentivo externo para isso).

Quero dizer com tudo isso que, caso tudo que você disse sobre liberalismo seja realmente verdadeiro, os livros pedagógicos voltados para o magistério são absolutamente criminosos, pois dizem que o liberalismo é, o que, na verdade, não é, para depois atacá-lo. Seria uma espécie de falácia do espantalho.

Pior que isso, atacam o liberalismo e, depois de esmagá-lo, exaltam sutilmente a visão marxista.

E é isso que preciso estudar para os concursos! São essas minhas fontes!

Outro detalhe é que NENHUM professor de escola pública que conheço (sei que deve ter), me falaram sobre o liberalismo de forma parecida com a sua. Ao contrário, TODOS que conheço falavam sobre o liberalismo da mesma forma como está escrito nos livros que li. Tudo isso só veio a reforçar ainda mais minha opinião. Nem estou considerando os professores que nem sabem o que significam liberalismo, pois a maioria (parece engraçado, mas é verdade), pensa que liberalismo é um estilo de vida liberal (no sentido de descolado) que algumas pessoas adotam.

Em outras palavras, TUDO o que você está me dizendo sobre doutrina liberal é, para mim, novidade. Todo meu ambiente de trabalho, inclusive materiais de estudo para concursos é de caráter anti-liberal.

Dessa forma, espero que me permita abusar um pouquinho de sua boa vontade. Gostaria de pedir para você me indicar alguns sites ou livros onde eu possa ler e entender melhor sobre a visão liberal, tal como ela realmente é. Somente assim irei tomar uma posição mais sólida e segura. Para isso, conto com sua ajuda, pois é bem possível que surjam dúvidas no caminho. E não conheço ninguém no meu ambiente de trabalho que demonstre conhecimento suficiente para me ajudar nesse sentido.

No mais, meu amigo, pode confiar em mim, pois apesar dos muitos erros, meu senso de valores aponta para o bem, seguindo, mesmo aos tropeços, a trilha dos guerreiros.

Anauê Acauan!

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clara campos
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Mensagem por clara campos »

Acauan escreveu:

O papel da Escola e do professor NUNCA pode ser relacionar sua matéria com a realidade social do aluno.
O objetivo da educação é promover o crescimento intelectual do aluno, dar vazão aos seus potenciais para que no fim a grandeza humana que reside dentro deles se expresse no máximo de que cada um é capaz.


Acauan
A Escola básica, ou obrigatória não tem somente um objectivo. Ainda que o fim da segunda afirmação vá bastante de encontro a um dos grandes objectivos da educação, ele não é atingível somente pelo desenvolvimento intelectual.
Pessoas não são computadores em, após a inserção de determinados inputus, os outputs são homogénios, determinados e lineares.

A primeira afirmação é não só falsa como perniciosa. Um miúdo oriundo duma família paurrérima, sem qualquer tipo de tradição literária, sofredor de maus tratos, negligência ou inserido numa família disfuncional não tem a mesma facilidade em progredir intelctualmente que um colega oriundo duma família estável, de classe média e com tradição académica.

Ignorar a esfera particular de cada aluno é anular a individualidade de cada estudante na escola e é meio caminho andado para lhe fornecer uma educação insatisfatória.




Acauan escreveu:

Seu dever como professor é fazer com que este potencial floresça nos medíocres para que deixem de sê-lo e exploda nos talentosos para que libertem seu gênio.
Não pode e não deve ser menos que isto.

Agora me diga, como realizar tal tarefa inspirando-se nas realidades cotidianas, medíocres e violentas de pessoas da periferia?
Elas não vão à Escola para que seu mundinho seja trazido para a sala de aula.
Elas vão à Escola para alargar as fronteiras deste mundinho.



Um educador ou agente educativo não deve jamais desprezar a realidade dos alunos, o seu "mundinho".
A consciência de si, a vontade de empenho e de progressão são atitudes que a Escola deve trabalhar nos alunos. Entender o seu próprio mundo, explorará-lo e ter oportunidades de reflectir sobre ele são "tarefas" bastante difíceis de se realizar sem o acompanhamento apropriado.
Antes de alargarmos as nossas fronteiras, devemos ter consciência do que nos rodeia, e esse é efectivamente um dos principais objectivos da Escola, educar socialmente os futuros cidadãos, oferecer condições de efectivamente iqualitárisa de progressão social, profissional e intelectual.

O mundo dos alunos deve sim ser explorado, estudado, incentivado à análise. A escola não´deve ser um sistema isolado, alheia às realidades sociais, quer locais, quer globais, deve antes ser um sistema aberto em que as permutas permitam aos educadores conhecer melhor os seus educandos, bem como oferecer aos alunos oportunidades de autoreflexão e crítica, mas também apoio um apoio que vai muito alem da transmissão de conhecimentos académicos.


Acauan escreveu:

Para isto existe a História como disciplina escolar, com sua lista enorme de homens de grandeza e gênio que lutaram contra a pobreza e a adversidade, mas que com coragem e perseverança mudaram o mundo.
É o mundo destes homens que deve ser apresentado aos seus alunos como modelo.


Pense nisto.
Professores devem dar asas aos seus alunos.
Não ouça as serpentes que querem condená-los a arrastar o ventre pelo pó da Terra junto com elas.

Não cabe apenas à História alargar os horizontes dos alunos, esse é um objectivo que deve comprometer todo o sistema educativo, e deve ser trabbalhado de forma articulada e transversal, ou não produzirá frutos, ou pelo menos tantos.

Professores devem si dar asas aos seus alunos, mas asas fortes e bem construídas e para tal, sempre que necessário, o mundinho dos alunos deve ser trazido à aula.


Acauan escreveu:

Basta aos alunos um teste de leitura e interpretação de texto ou de aritmética básica para saber se um professor do ensino fundamental está fazendo um bom trabalho dentro de critérios objetivos.

Mas como constatar se o professor está sendo um bom formador crítico de opinião?
Cômodo, não?

Legal que professores de física correlacionem disciplinas, sejam investigadores e pesquisadores. Mas só depois de dominarem cálculo diferencial integral, saber explicar comparativamente os modelos de Copérnico e Kepler e poder responder de pronto qual é a diferença entre gravidade e gravitação.
Quantos atendem a estes requisitos?



Discordo que bons alunos sejam sempre um reflexo de de bons professores e vice-versa.
Há (muitos) bons professores que, perante turmas com imensas e acumuladas deficiências de aprendizagem, não possuem os meios necesários para obter bons resultados com os garotos.

Concordo que muitos problemas residem efectivamente dentro da sala de aula, e que muitos professores ficam muito aquém do desejável, ou até aceitável.

Ainda assim, a sala de aula é realmente apensa a ponta do iceberg.
Professores e escolas sem meios, disciplinas desarticulas, fragmentadoras do saber, programas extensos e ridiculamente específicos, turmas lotadas, escolas com incríveis deficiências de material e condições, horários extenuantes, kilómetros de burocracias para realizar determinadas actividades ou experiências, as também má formação e execução docente são alguns dos grandes problemas do sistema cá,e daí também, parece-me.

Sei que o objectivo deste tópico não era discutir politicas educativas ou teorias pedagógicas, pelo que não me delongarei mais sobre este tema.
Ando contudo a pensar há algum tempo abrir um tópico sobre este assunto, caso ele te interesse, e outros foristas demonstrei também interesse, pensarei em fazê-lo brevemente.
Só por existir, só por duvidar, tenho duas almas em guerra e sei que nenhuma vai ganhar... (J.P.)

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Acauan
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Mensagem por Acauan »

Jack Torrance escreveu:Só por curiosidade, Acauan, qual é a história revisionada e a verdade da Guerra do Paraguai?


O revisionismo histórico Lopizta foi inaugurado pela vagabunda da viúva de Solano Lopez, algum tempo depois da guerra, visando facilitar reivindicações de herança que seriam mais facilmente atendidas se a lembrança do ditador inconseqüente que levou seu país à ruína fosse substituída por um novo e recriado Solano Lopez, o propagandeado líder nacionalista que bravamente defendeu seu país do ataque de potências estrangeiras.

Esta versão, nascida de interesses particulares mesquinhos, foi comprada por nacionalistas paraguaios interessados em reconstruir a auto-estima de um povo derrotado de um país destruído.

Mais ou menos um centênio depois, a versão revisionista da guerra foi requentada com tempero esquerdista, especialmente montada para corroer o prestígio dos ícones do regime militar que dominava o país então.
Esta versão foi apresentada no livro "Genocídio Americano: A Guerra do Paraguai", de Julio Chiavenatto, uma obra jornalística repleta de erros de método na pesquisa historiográfica e de distorções propositais grotescas visando desconstruir as imagens de Caxias, Osório e Tamandaré e assim abalar os modelos morais das Forças Armadas Brasileiras.

Segundo esta nova versão, o Paraguai seria uma potência industrial emergente na América do Sul, que ameaçava os interesses da potência imperialista da época, a Inglaterra, que por conta disto teria lançado seu peão, o Brasil, para destruir aquele concorrente.

As pernas curtas desta mentira se revelam na comparação de apenas um grupo de números.
Às vésperas da guerra, o coitadinho do Paraguai tinha quatrocentos mil habitantes e oitenta mil homens em suas forças armadas. Vinte por cento da população total do país estava alistado, algo próximo da totalidade da população masculina apta.
Na mesma época, o Império do Brasil contava nove milhões de habitantes e vinte mil homens em suas forças armadas.
O Paraguai, um país com menos de cinco por cento da população brasileira, possuía um exército quatro vezes maior.

Basta isto para saber quem tinha pretensões imperialistas.

Iniciada a guerra com a agressão paraguaia aos territórios brasileiros do Mato Grosso e do Rio Grande do Sul, o império teve que mobilizar às pressas uma força militar para impedir que Lopez realizasse sua ambição de dominar a bacia do Prata.

Graças à competência, coragem e decisão de Caxias, Osório, Tamandaré, Pedro II e Mitre, presidente da Argentina que honrou até o fim sua aliança com o Império, a ambição de Lopez foi detida, sua ditadura destituída e seu país devolvido em sua completa integridade territorial ao seu povo, quando poderia ter sido dividido e anexado pelos vencedores, já que a derrota fora tão completa que seria impossível impor qualquer resistência.

Na versão revionista, alguns dos melhores homens de nossa História são mostrados como assassinos sanguinários, comparáveis aos nazistas, sem que uma única evidência histórica minimamente confiável fosse apresentada para justificar tal inversão.

E é esta inversão que professores de História do Brasil ensinam aos seus alunos.

Os soldados brasileiros que lutaram no Paraguai eram homens comuns, que levados para longe de suas casas e famílias enfrentaram o frio, a doença, o ambiente hostil e o feroz combate dos valorosos guerreiros guaranis.

Tendo todas as oportunidades de desertar, aqueles homens permaneceram leais à bandeira do Império, defenderam seu país e tombaram com glória, no campo da honra.

É uma questão de justiça à memória destes bravos que eles sejam lembrados como tal.
Nós, Índios.

Acauan Guajajara
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RicardoVitor
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Re.: Ideologia Liberal

Mensagem por RicardoVitor »

Liberalismo é inbom... Liberalismo é crimidéia. Liberdade é Escravidão.
Editado pela última vez por RicardoVitor em 05 Jan 2007, 22:01, em um total de 1 vez.
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Mr. Crowley
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Mensagem por Mr. Crowley »

Washington escreveu:
clara campos escreveu:O liberalismo defende a abertura das fronteiras?


Sim. Livre movimentação de pessoas, produtos e capitais.


os EUA devem ser um país comunista então. :emoticon16:

Washington escreveu:
clara campos escreveu:Como se posicionam os liberais em relação ao estabelecimento legal de um salário mínimo?


Contra. O estabelecimento de um salário mínimo legal pode alijar do mercado trabalhadores dispostos a trabalhar por um valor abaixo do mínimo estabelecido, da mesma forma tira do mercado empregadores que não conseguem contratar dentro do mínimo estipulado.


É, só que sabemos que se não estipular um salário minimamente decente e se não forem criadas leis trabalhistas sérias, teremos pessoas trabalhando em regime de semi-escravidão, como acontecia no início da Revolução Industrial.
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Hrrr
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Mensagem por Hrrr »

Mr. Crowley escreveu:
Washington escreveu:
clara campos escreveu:O liberalismo defende a abertura das fronteiras?


Sim. Livre movimentação de pessoas, produtos e capitais.


os EUA devem ser um país comunista então. :emoticon16:

Washington escreveu:
clara campos escreveu:Como se posicionam os liberais em relação ao estabelecimento legal de um salário mínimo?


Contra. O estabelecimento de um salário mínimo legal pode alijar do mercado trabalhadores dispostos a trabalhar por um valor abaixo do mínimo estabelecido, da mesma forma tira do mercado empregadores que não conseguem contratar dentro do mínimo estipulado.


É, só que sabemos que se não estipular um salário minimamente decente e se não forem criadas leis trabalhistas sérias, teremos pessoas trabalhando em regime de semi-escravidão, como acontecia no início da Revolução Industrial.


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Acauan
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Re.: Ideologia Liberal

Mensagem por Acauan »

clara campos escreveu:
Acauan escreveu:O papel da Escola e do professor NUNCA pode ser relacionar sua matéria com a realidade social do aluno.
O objetivo da educação é promover o crescimento intelectual do aluno, dar vazão aos seus potenciais para que no fim a grandeza humana que reside dentro deles se expresse no máximo de que cada um é capaz.


Acauan
A Escola básica, ou obrigatória não tem somente um objectivo. Ainda que o fim da segunda afirmação vá bastante de encontro a um dos grandes objectivos da educação, ele não é atingível somente pelo desenvolvimento intelectual.
Pessoas não são computadores em, após a inserção de determinados inputus, os outputs são homogénios, determinados e lineares.


Clara,

Temos aqui um desencontro de interpretações.
Claro que pessoas não são computadores, mesmo porque computadores não são capazes de desenvolver seu intelecto, pelos simples fato de que não o possuem.
É esta posse e capacidade que nos difere dos computadores, dos animais e tudo mais que conhecemos no Universo que nos torna seres notáveis.
Se a missão da Escola é desenvolver estes potenciais, isto implica que ela está desenvolvendo nossa humanidade, o que, com certeza, não é pouca coisa.


clara campos escreveu: A primeira afirmação é não só falsa como perniciosa. Um miúdo oriundo duma família paurrérima, sem qualquer tipo de tradição literária, sofredor de maus tratos, negligência ou inserido numa família disfuncional não tem a mesma facilidade em progredir intelctualmente que um colega oriundo duma família estável, de classe média e com tradição académica.


Bem, não tenho nenhuma experiência quanto a maus tratos, negligência ou famílias disfuncionais, mas pertenço à primeira geração urbana de um clã de Índios que veio para cidade com nada mais que suas malas de roupas.
Deixo para você julgar meu progresso intelectual em comparação aos filhos de famílias de classe média e com tradição acadêmica.


clara campos escreveu: Ignorar a esfera particular de cada aluno é anular a individualidade de cada estudante na escola e é meio caminho andado para lhe fornecer uma educação insatisfatória.


A esfera particular de cada aluno se revela na expressão de suas competências e talentos, uma manifestação da individualidade que ignora fatores externos ao brilho das almas que os contém.

clara campos escreveu:
Acauan escreveu:Seu dever como professor é fazer com que este potencial floresça nos medíocres para que deixem de sê-lo e exploda nos talentosos para que libertem seu gênio. Não pode e não deve ser menos que isto. Agora me diga, como realizar tal tarefa inspirando-se nas realidades cotidianas, medíocres e violentas de pessoas da periferia?
Elas não vão à Escola para que seu mundinho seja trazido para a sala de aula. Elas vão à Escola para alargar as fronteiras deste mundinho.


Um educador ou agente educativo não deve jamais desprezar a realidade dos alunos, o seu "mundinho".
A consciência de si, a vontade de empenho e de progressão são atitudes que a Escola deve trabalhar nos alunos. Entender o seu próprio mundo, explorará-lo e ter oportunidades de reflectir sobre ele são "tarefas" bastante difíceis de se realizar sem o acompanhamento apropriado.
Antes de alargarmos as nossas fronteiras, devemos ter consciência do que nos rodeia, e esse é efectivamente um dos principais objectivos da Escola, educar socialmente os futuros cidadãos, oferecer condições de efectivamente iqualitárisa de progressão social, profissional e intelectual.


A realidade dos alunos deve ser desprezada no estrito limite da fração desta realidade que é desprezível.
Clara, estas coisas não existem em Portugal, mas no Brasil, crianças faveladas que vivem cercadas pela violência das quadrilhas de traficantes de drogas devem ser segregadas deste mundo e inspiradas a acreditar que sua realidade é uma exceção social, não uma regra. Caso contrário não haverá esperança e nossa triste experiência tem provado isto, embora demagogos achem que é melhor dizer que o feio é bonito, para não ser Politicamente Incorreto com o feio.
Só para constar, "Feio não é bonito" é uma canção de Carlos Lira, que foi interpretada por Elis Regina e, no resumo, diz que a favela é uma merda.

O que deve ser preservado do mundo dos alunos são seus valores mais nobres, que sobrevivem mesmo nos ambientes mais rudes. O simples fato de estarem na Escola já indica que seus pais ou responsáveis se preocuparam em matriculá-los e encaminha-los para as aulas. Já é um bom começo.


clara campos escreveu: O mundo dos alunos deve sim ser explorado, estudado, incentivado à análise. A escola não´deve ser um sistema isolado, alheia às realidades sociais, quer locais, quer globais, deve antes ser um sistema aberto em que as permutas permitam aos educadores conhecer melhor os seus educandos, bem como oferecer aos alunos oportunidades de autoreflexão e crítica, mas também apoio um apoio que vai muito alem da transmissão de conhecimentos académicos.


O que vai além dos conhecimentos acadêmicos?
Por que estes valores que você defende que a Escola deve transmitir aos alunos não podem estar incluídos entre os valores acadêmicos, se é que há alguma forma de o academismo ter algum valor se aqueles não estiverem incluídos.

O que é possível que você não tenha entendido é que eu não defendo a alienação da comunidade escolar em relação à realidade de seus alunos.
O que eu condeno é a ideologia vigente no Brasil que tenta submeter o conhecimento a uma funcionalidade ideológica de adaptação do educando ao seu mundo.

Ora, não queremos que o educando se adapte ao seu mundo. Queremos que o educando atinja o máximo de seu potencial como indivíduo e assim contribua para o progresso de seu mundo por vias construtivas.


clara campos escreveu:
Acauan escreveu:
Para isto existe a História como disciplina escolar, com sua lista enorme de homens de grandeza e gênio que lutaram contra a pobreza e a adversidade, mas que com coragem e perseverança mudaram o mundo.
É o mundo destes homens que deve ser apresentado aos seus alunos como modelo. Pense nisto. Professores devem dar asas aos seus alunos.
Não ouça as serpentes que querem condená-los a arrastar o ventre pelo pó da Terra junto com elas.


Não cabe apenas à História alargar os horizontes dos alunos, esse é um objectivo que deve comprometer todo o sistema educativo, e deve ser trabbalhado de forma articulada e transversal, ou não produzirá frutos, ou pelo menos tantos.


Não disse que este papel cabe apenas à História, disse que este é um dos motivos pelos quais a História consta dos currículos escolares.

clara campos escreveu: Professores devem si dar asas aos seus alunos, mas asas fortes e bem construídas e para tal, sempre que necessário, o mundinho dos alunos deve ser trazido à aula.


O que deve ser trazido às aulas é o mundão dos alunos. Aquele que apesar de toda a pequenez à sua volta conserva a grandeza da imaginação, da criatividade, da curiosidade e do desejo de aprender.

clara campos escreveu:
Acauan escreveu:Basta aos alunos um teste de leitura e interpretação de texto ou de aritmética básica para saber se um professor do ensino fundamental está fazendo um bom trabalho dentro de critérios objetivos. Mas como constatar se o professor está sendo um bom formador crítico de opinião? Cômodo, não?
Legal que professores de física correlacionem disciplinas, sejam investigadores e pesquisadores. Mas só depois de dominarem cálculo diferencial integral, saber explicar comparativamente os modelos de Copérnico e Kepler e poder responder de pronto qual é a diferença entre gravidade e gravitação.
Quantos atendem a estes requisitos?


Discordo que bons alunos sejam sempre um reflexo de de bons professores e vice-versa.
Há (muitos) bons professores que, perante turmas com imensas e acumuladas deficiências de aprendizagem, não possuem os meios necesários para obter bons resultados com os garotos.


O exemplo de Machado de Assis que citei prova isto, dado que ele foi um auto-didata.
Mas se bons professores não podem fazer tudo, podem fazer o melhor possível e o melhor possível que bons professores podem fazer nunca é pouca coisa.


clara campos escreveu: Concordo que muitos problemas residem efectivamente dentro da sala de aula, e que muitos professores ficam muito aquém do desejável, ou até aceitável.

Ainda assim, a sala de aula é realmente apensa a ponta do iceberg.
Professores e escolas sem meios, disciplinas desarticulas, fragmentadoras do saber, programas extensos e ridiculamente específicos, turmas lotadas, escolas com incríveis deficiências de material e condições, horários extenuantes, kilómetros de burocracias para realizar determinadas actividades ou experiências, as também má formação e execução docente são alguns dos grandes problemas do sistema cá,e daí também, parece-me.

Sei que o objectivo deste tópico não era discutir politicas educativas ou teorias pedagógicas, pelo que não me delongarei mais sobre este tema.
Ando contudo a pensar há algum tempo abrir um tópico sobre este assunto, caso ele te interesse, e outros foristas demonstrei também interesse, pensarei em fazê-lo brevemente.


Alguns dos maiores gênios da Humanidade estudaram a luz de velas, por vezes às escondidas daqueles que consideravam inútil ou criminoso aquele ímpeto por aprender.

Reforçar estas pequenas lembranças pode motivar quem dispõe de recursos não ideais, mas muitos melhores dos que aqueles disponíveis a um Machado de Assis.
Nós, Índios.

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spink
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Fonte


O Estado do bem-estar social basicamente não passa de um cartel. A diferença entre esse tipo de sistema de proteção e os monopolistas normalmente encontrados nas salas de diretoria da indústria privada é que o Estado do bem-estar social não beneficia apenas algumas pessoas, ele ajuda a muitas.

Na verdade, beneficia quase todos os cidadãos que vivem dentro de suas fronteiras. Colocado simplesmente: o Estado do bem-estar social transformou todos nós em monopolistas. Nós lucramos com suas proteções e com a maneira como ele distribui a riqueza. Vejam, por exemplo, os banheiros separados para homens e mulheres que, segundo os regulamentos alemães, são obrigatórios nos locais de trabalho.

Também esperamos férias previstas em lei, proteção contra demissão e licenças-médicas. Se tudo der errado na vida, contamos com o auxílio-desemprego, que juntamente com os subsídios para habitação e educação dos filhos pode facilmente se equiparar a um salário de vendedor.
E aí está o problema: com seus custos excedentes para financiar a rede de proteção social, o cartel protetor aumenta significativamente os custos trabalhistas de cada empregado. Mas quando esse cartel é obrigado a competir com um mercado que não tem proteções nem rede de segurança torna-se uma ameaça, em vez de um escudo defensivo. Isso ocorre porque um dos principais motivos das diferenças de preços entre novos e antigos membros do mercado de trabalho mundial é o Estado do bem-estar social. Seus frutos beneficiam as pessoas em seu interior, mas as que estão fora apenas ouvem falar deles.

Muitos membros da fraternidade social correm o risco de não ter uma oportunidade de ganhar a vida. O que já foi considerado uma importante conquista da civilização ocidental tornou-se hoje uma pedra amarrada ao seu pescoço.

Ataque amistoso

Mas os adversários do Estado do bem-estar social vêem de bom grado a grande oferta mundial de trabalhadores, que já se mostrou o método mais eficaz para destruir a rede de segurança social. Não é mais necessário clamar por sua destruição ou instigá-la - ela parece estar ocorrendo por conta própria.

Pode-se simplesmente ignorar o Estado do bem-estar social encomendando produtos de países da Ásia que não têm rede de segurança social. Mas essa opção equivale a defender salários menores e opor-se às proteções que o Estado nos oferece.

Por outro lado, os amigos do bem-estar social ainda não aceitam que estão sofrendo um efeito colateral da globalização. Mesmo alguém inteligente como lorde Dahrendorf, esperando defender o país contra os ataques dos tempos modernos, fechou os olhos para a verdade. Existe uma esfera pública legítima que não compete diretamente com outros países e regiões, ele escreve. Nessa esfera recaem a educação, os impostos e as contribuições sociais. Não podemos citar o mercado global como panacéia.

Que tolice. Ninguém está derrubando o Estado do bem-estar social. Ele caiu há um bom tempo, derrubado pelos ventos da modernidade. A tolice só pode ser explicada pelo fato de que os países agressores não perseguem o Estado do bem-estar social para vingar-se. Sobretudo, o ataque é delicado e ocorre principalmente em uma atmosfera amigável, impedindo que muitos compreendam a verdade.

Os atacantes não são estranhos: nos mercados livres com consumidores livres, o golpe final da faca é dado por amigos. O coração do consumidor pode bater à esquerda ou à direita, mas no momento em que ele pisa num supermercado ou shopping center ele se recusa a pagar uma contribuição à previdência social.

O consumidor normal em uma loja de departamentos alemã como Karstadt, na varejista Metro ou no supermercado de descontos Lidl é um fanático pela globalização. Ele compara preços e serviços, mas não nacionalidades ou sistemas de seguridade social. Ele quer seus descontos e não quer despesas adicionais. Ele está interessado no bom negócio, e não nos negócios sujos que acontecem em outros lugares do mundo.

Mesmo que ele se considere um romântico, na verdade é um materialista consumado. É somente fora do horário comercial que ele às vezes tem dúvidas idealistas. E somente então começa a se perguntar como é possível obter tapetes tão grandes por preços tão baixos ou por que os computadores e telefones celulares hoje estão tão baratos.

A cada compra de um produto do Extremo Oriente, o consumidor dá um golpe no cartel social doméstico e seus termos de venda. Os consumidores comparam o preço e a qualidade de um produto, mas não consideram o preço e a qualidade do país que o produz. Assim, consumidores de todo o mundo ocidental tornam-se executores da globalização. Na guerra mundial pela riqueza, eles são as tropas de combate mais importantes para os países agressores. Embora não carreguem armas, destroem a produção doméstica com suas frias decisões de compra. Hoje em dia quase tudo o que o dinheiro pode comprar pode ser produzido sem o ingrediente extra que chamamos de Estado do bem-estar social.

Qualquer um pode encomendar um carro da General Motors; o preço inclui US$ 1.500 em custos sociais, segundo cálculos recentes que o presidente do conselho forneceu a seus funcionários. Seria mais econômico ir até a revendedora Hyundai, já que os empregados coreanos não recebem um suplemento previdenciário comparável. Em toda esquina existem máquinas de lavar com um Estado do bem-estar social embutido; elas vêm da AEG em Nurembergue, produzidas em um ritmo semanal de 38 horas, por salários mais altos e sob a supervisão do conselho de trabalhadores da empresa. Mas na loja vizinha existe a máquina de lavar feita em Taiwan, China ou Polônia, onde as semanas de trabalho são longas e os salários, baixos. Nosso bom e velho Estado do bem-estar social não existe lá.

Na verdade, 75% da população mundial não têm seguro-desemprego. Embora isso possa colocar os trabalhadores em desvantagem, certamente dá um empurrão nas vendas de seus produtos. São somente os trabalhadores - e não os produtos que eles geram - que devem suportar o risco de doença, pobreza e envelhecimento. No Ocidente ocorre exatamente o contrário.

De volta às origens

No Extremo Oriente, em vez de conselho de trabalhadores existe um capataz mandão, que na melhor das circunstâncias é um pouco indulgente. Isso porque a justiça não é amiga do empregado no piso de fábrica da concorrência barata. Os empregados têm permissão para trabalhar, mas não para protestar.

Seu salário é fixo, e não discutido. E é a família, e não a empresa, que oferece proteção social - uma situação que beneficia enormemente as vendas de seus produtos.

Cerca de 60% de todos os eletrodomésticos vendidos na Alemanha hoje são produzidos no exterior. Os 40% restantes provavelmente terão o mesmo destino num futuro previsível. A líder de mercado mundial Electrolux está planejando fechar a metade de suas fábricas que ainda funcionam na Europa, América e Austrália. Uma fábrica do tamanho da AEG em Nurembergue pode economizar 48 milhões de euros (US$ 61 milhões) por ano se transferir sua produção para a Polônia. Durante meses o conselho hesitou em fechar a fábrica de Nurembergue, que tem uma antiga tradição na Alemanha. O presidente da companhia, Hans Straberg, diz francamente que além de suas preocupações pelas pessoas ele teme que "o fechamento também destrua muito capital.".

É o mesmo jogo na Continental em Hanôver, um dos maiores produtores de pneus do mundo. Lá, a mão-de-obra representa 30% dos custos de produção, mas na Europa do Leste essa porcentagem é significativamente menor. Quando a companhia ameaçou fechar sua produção de pneus para carros na cidade no oeste da Alemanha, os trabalhadores reagiram oferecendo-se para ampliar sua semana de trabalho sem remuneração.

Afinal a oferta não compensou e os empregos foram cortados. "Os trabalhadores fizeram sua parte, mas não foi suficiente", sugere o presidente Manfred Wennemer. Os primeiros a ser atingidos pelas demissões são os trabalhadores simples da produção, mas os que têm formação acadêmica podem segui-los rapidamente. "Empregamos cerca de
5 mil engenheiros hoje na Continental; a maioria deles vive em países de altos salários", diz Wennemer. "Essas certamente serão as próximas arenas em que teremos de examinar os custos."

Mas, antes de culpar os diretores de empresas e caçadores de ofertas, devemos fazer uma pausa e refletir. Seria errado censurá-los por egoísmo. Foi uma dupla vontade política que ligou os países asiáticos e da Europa Oriental à cadeia de trabalho internacional - a vontade deles e a nossa. Eles quiseram fazer parte da rede de produção ocidental e unir a deles à nossa. E nós os incentivamos, apoiamos e muitas vezes também aplaudimos.

A questão aqui não é o que está errado ou certo. O que importa neste momento é simplesmente a percepção de que o mercado de trabalho global, como o inventamos até agora, criou um território de soberania unificada para os produtores de bens. Hoje a demanda de mão-de-obra muda de uma terra para outra, e naturalmente prefere os países com os menores custos sociais.

Muitos que consideram a economia social de mercado como o estágio final da história agora estão sendo obrigados a admitir que cometeram um enorme erro.

O capitalismo, graças a uma mão-de-obra e um mercado financeiro globais, ampliou seu alcance, enquanto a rede de segurança social perdeu terreno. O mercado ganhou poder, velocidade e aparentemente também inevitabilidade. Mas a vitória social de ontem empalideceu. Na verdade, o capitalismo está voltando às suas origens.
"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma." (Joseph Pulitzer).

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zencem
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Mensagem por zencem »

carlos escreveu:Fonte


O Estado do bem-estar social basicamente não passa de um cartel. A diferença entre esse tipo de sistema de proteção e os monopolistas normalmente encontrados nas salas de diretoria da indústria privada é que o Estado do bem-estar social não beneficia apenas algumas pessoas, ele ajuda a muitas.

...


Muito esclarescedora essa análise, Carlos, e que nos remete à verdade de que o benefício de hoje, pode se tornar no lixo que vai atravancar o curso do rio, por onde estão navegando os cidadãos de amanhã.

Prova mais uma vêz que, muito além das ideologias, precisamos mesmo é de estar mais conscientes da verdade.

O que sei é que, quando for preciso tirar esse lixo, o grito de protesto dos que se beneficiam dele, ensurdecerá os que já não podem mais suportar a desdita de ter de carregá-los em suas liteiras ideológicas.

Como diz O Encosto: Pobre Brasil!!! Até quando???



Sócrates, o pai da sabedoria, 470 aC, dizia:

- "Conhece-te a ti mesmo;
O 'Eu' é o caminho (da sabedoria)".


500 anos depois, um cara estragou tudo, tascando essa, num gesto de egolatria e auto-contemplação patológica:

- "EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".

Deu no que deu !!! ... :emoticon147:


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Mensagem por zencem »

Acauan escreveu:
Jack Torrance escreveu:Só por curiosidade, Acauan, qual é a história revisionada e a verdade da Guerra do Paraguai?


O revisionismo histórico Lopizta foi inaugurado pela vagabunda da viúva de Solano Lopez, algum tempo depois da guerra, visando facilitar reivindicações de herança que seriam mais facilmente atendidas se a lembrança do ditador inconseqüente que levou seu país à ruína fosse substituída por um novo e recriado Solano Lopez...

***

O Paraguai, um país com menos de cinco por cento da população brasileira, possuía um exército quatro vezes maior.


Houve um tempo, lá pelos idos de 1965, que eu era vendedor viajante da Colgate Palmolive, no antigo Mato Grosso.
No final do dia, os diversos viajantes costumavam se reunir no hotel e fazer "troça" da vida.

Numa dessas, me lembro de uma gozação, em que se dizia que, numa cidade paraguaia próxima da fronteira, havia um marco, com uma placa relativa à guerra do Paraguai, com os seguintes dizeres:

(Perdoem o incrivel portunhol! :emoticon16:)

"Aquí se quedaram 6.000 valientes paraguajos, que tombaram heroicamiente, muertos por 8 cobardes brasilenos".

Era de morrer de tanto rir, mas ja devia ser um retrato das reações aos objetivos da patriótica senhora.
:emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:


Sócrates, o pai da sabedoria, 470 aC, dizia:

- "Conhece-te a ti mesmo;
O 'Eu' é o caminho (da sabedoria)".


500 anos depois, um cara estragou tudo, tascando essa, num gesto de egolatria e auto-contemplação patológica:

- "EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".

Deu no que deu !!! ... :emoticon147:


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Mensagem por Jack Torrance »

zencem escreveu:"Aquí se quedaram 6.000 valientes paraguajos, que tombaram heroicamiente, muertos por 8 cobardes brasilenos".

Era de morrer de tanto rir, mas ja devia ser um retrato das reações aos objetivos da patriótica senhora.
:emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:


Caralho! 8 brasileiros para 6.000 paraguaios... :emoticon16:
“No BOPE tem guerreiros que matam guerrilheiros, a faca entre os dentes esfolam eles inteiros, matam, esfolam, sempre com o seu fuzil, no BOPE tem guerreiros que acreditam no Brasil.”

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Mensagem por zencem »

Edson Jr. escreveu:Porém, o capitalismo é bem mais do que isso. O sistema capitalista só existe porque se apóia em idéias que orientam nossos pensamentos e ações. Tais idéias se desenvolvem gradativamente, justificando e dando ainda mais força ao sistema capitalista. Esse conjunto de idéias que alimentam o sistema capitalista é chamado de liberalismo.

Não me sinto à vontade, em ver o liberalismo como uma ideologia.

Acho que isto é mais uma repetição do fenômeno confusional, por uma verdade também ser vista como ideologia, por outra ideologia, pelo simples fato de a contrapor.

Não há, portanto, o benefício de ser verdade.

Explico: Os utópicos generalizam na visão de seus antagonistas, como utópicos também, e não se dão ao trabalho de verificar que uma utopia é no máximo uma verdade relativa e, portanto, como antagonistas, terão apenas as utopias derivadas de outras verdades relativas.

O liberalismo pra mim seria apenas um conjunto de regras que teria a mesma função do propósito científico, ou filosófico, e que, basicamente, contemplam a liberdade e a verdade, como suportes da importância da individualidade, na composição de uma ação racional, humana e correta.

Achar que uma instituição ideológica teria mais capacidade do que a síntese da ação de seus indivíduos é uma tremenda ilusão, que normalmente acaba dando com os burros n'agua, até porque, mesmo com o controle, continuará sendo a síntese de seus indivíduos, agora agravados pelo mergulho no obscurantismo.

O liberalismo é portanto um conceito filosófico que não se identifica com nenhuma doutrina que costuma olhar os seus filiados como ovelhas ideais, nascidas pra ser peças de uma massa obediente e parva.

Tanto assim que, num sistema liberal, pode ser eleito um governo com fins ideológicos, como de verdade, até hoje, todos são, o que não se pode ver em sistemas ideológicos geralmente controlados por uma trupe só.

A ideologia trái e fere a democracia, o que não se pode dizer do liberalismo que a acha essencial.


Sócrates, o pai da sabedoria, 470 aC, dizia:

- "Conhece-te a ti mesmo;
O 'Eu' é o caminho (da sabedoria)".


500 anos depois, um cara estragou tudo, tascando essa, num gesto de egolatria e auto-contemplação patológica:

- "EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".

Deu no que deu !!! ... :emoticon147:


Trancado