É possível crescermos a taxas chinesas?

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Ateu Tímido
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Re: Re.: É possível crescermos a taxas chinesas?

Mensagem por Ateu Tímido »

user f.k.a. Cabeção escreveu:
Bruno,

O exemplo chileno, segundo os dados que você colocou e que eu não tive a chance de conferir, mostra que é possível se desenvolver econômica e socialmente sendo majoritariamente exportador de matérias primas, o que já é um cala-boca para uma considerável porção da retórica esquerdista sobre desenvolvimento.

A introdução das técnicas e idéias liberais tornaram o Chile mais eficiente, e o trabalhador chileno mais produtivo, com a abolição de boa parte da burocracia e dos empecilhos, além da privatização da maior parte das prestadoras de serviços. E quando se aumenta a produtividade, pouco se importa qual é o bem que se está exportando, já que o crescimento do capital é o mesmo.

Quanto a alta do preço do cobre, a ela não pode ser atribuído todo o desenvolvimento chileno, caso contrário teríamos então que os países exportadores de petróleo deveriam ter seguido no mesmo rumo de crescimento e reinvestimento de capital que desenvolveu o Chile, o que não é verdade na maioria dos casos.

E isso em grande parte se explica pelo fato dos exportadores de petróleo terem posturas muito mais hostis ao liberalismo, o que inclui as condutas beligerantes e autocráticas dos déspotas nos seus governos.

Sobre a Rússia, apesar do governo ainda ser extremamente burocratizado, interventor e corrupto e do gigantismo estatal não ter sido abolido, alguns progressos consideráveis foram conseguidos. Sobretudo no quesito tributação, a Rússia, assim como muitos países do leste europeu, adotou o modelo de taxação planificada, que é defendido por muitos autores liberais, Milton Friedman era um deles.


Cabeça,

Você está partindo do pressuposto que o Chile "se desenvolveu", inclusive socialmente. Eu não conheço dados que sustentem isso. Afirmo que passa apenas por uma fase de crescimento acelerado, beneficiado por uma conjuntura favorável. Se o Chile vai ou não se aproveitar dela para se desenvolver, poderemos ver quando a conjuntura favorável tiver passado.
O Brasil teve taxas de crescimento semelhantes entre a metade da década de 50 e a metade da década de 70. Não foi suficiente. Países produtores de petróleo tiveram ou têm seus petrodólares mas, na maioria, nem possuem um Estado ou uma classe empresarial capazes de promover o desenvolvimento.
O que eu digo é que o crescimento do Chile não é consistente. Ele não se tornou um "país desenvolvido", assim como não se tornaram a maioria dos "tigres" asiáticos, o México de Salinas de Gortari, a Argentina de Menen e tantos modelos "liberais" que nos têm tentado impingir.
Eu não defendo o fim da economia de mercado como regra geral, simplesmente porque não vejo nada melhor. Concordo que economia planificada centalizadamente não funciona. Só não vou a extremos do liberalismo, até porque esse é uma "receita de exportação", dificilmente praticada de forma integral pelos países que fazem propaganda.
Acho também que o Brasil é uma economia muito mais complexa que a do Chile, com um PIB incomparavelmente maior e exportadora importante de muitos produtos que competem diretamente com os das economias mais desenvolvidas. Nessas condições, crescer depende de algo mais que uma receita de bolo.

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Aranha
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Re: Re.: É possível crescermos a taxas chinesas?

Mensagem por Aranha »

Ateu Tímido escreveu:[ crescer depende de algo mais que uma receita de bolo.


- Eis aí a grande verdade que poucos aqui enxergam, é óbvio que não existe receita para o sucesso, se fosse assim seria fácil.

Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
Ben Parker

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spink
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Mensagem por spink »

The New York Times

Já que estão falando sobre o Chile, notícias fresquinas de lá...


07/01/2007
Alta receita do cobre no Chile força escolhas difíceis em gastos

Larry Rohter
em Santiago, Chile

A presidente Michelle Bachelet está aprendendo do modo difícil que é realmente possível ter problemas com algo bom em excesso. Os preços recordes do cobre, a principal exportação do Chile, deram ao seu governo uma acréscimo multibilionário de receita, mas também estão produzindo efeitos colaterais econômicos inesperados e provocando um forte debate político sobre como usar o dinheiro.

Dentro da coalizão de centro-esquerda de Bachelet - principalmente seu Partido Socialista e o Partido Democrata Cristão - cresce a pressão para aplicação do excedente na "agenda de igualdade" que ela prometeu. Mas a presidente e seu ministros estão hesitantes em fazer qualquer coisa que mine a reputação do Chile de administração fiscal cautelosa.

O Chile deve fazer uso da receita inesperada apenas "de forma ética e economicamente segura", disse Paulina Veloso, a chefe de Gabinete do Chile, em uma entrevista. "Você não pode gastar um lucro casual da forma que gasta uma renda permanente."

Durante a campanha que precedeu sua eleição à presidência em janeiro do ano passado, Bachelet, uma ex-ministra das pastas da Saúde e Defesa, prometeu que seu governo seria ainda mais comprometido com o investimento social que os de seus antecessores. Os eleitores acreditaram nela, e quando sinais de mudança não surgiram na metade do ano, centenas de milhares de estudantes foram às ruas para exigir uma reforma imediata do sistema educacional.

"Os chilenos são pacientes, mas ninguém deve abusar de tal paciência", disse Ricardo Ffrench-Davis, um economista proeminente que escreveu "Economic Reforms in Chile: From Dictatorship to Democracy" (reformas econômicas no Chile: da ditadura à democracia). "Nosso país possui grandes desigualdades e a percepção dos chilenos é de que precisamos de mais justiça social", ele disse.

Impulsionado em grande parte pela demanda aparentemente insaciável da China por todos os tipos de metais, o preço do cobre quadruplicou de 2003 a 2006, atingindo níveis recordes na metade do ano, antes de cair abaixo de US$ 3 a libra no final do ano. Tal aumento ajudou o Chile a reforçar suas reservas de moeda estrangeira e sustentar um superávit orçamentário, que por sua vez levaram a uma valorização do peso frente ao dólar.

Mas isto tornou as exportações do Chile relativamente mais caras e menos competitivas, gerando queixas dos produtores de vinho, frutas e outros itens. Também surgiram preocupações de que a inflação pode ser alimentada, com sugestões - impopulares entre consumidores e empresários - de elevação das taxas de juros para impedir a tendência inflacionária.

Para reduzir a pressão sobre o peso, parte da receita adicional foi depositada em bancos no exterior, em moeda estrangeira. Parte foi destinada a um "fundo de estabilização social e econômica" que "você utiliza quando for necessário", disse Andrés Velasco, o ministro da Fazenda.

Parte da receita adicional ajudará na reforma do sistema de previdência privada. Mas Velasco argumenta que o Chile manterá a disciplina e não gastará em excesso ou presumirá que o preço alto do cobre será permanente.

Diferente de outros países latino-americanos, o Chile "não gasta praticamente nada em pagamento de juros, pois conseguimos reduzir a dívida pública" e usar o dinheiro poupado em programas sociais, disse Velasco. "Isto é muito importante e aponta a recompensa da responsabilidade fiscal."

Mas isto não é o que muitos membros do Congresso querem ouvir. O Partido Democrata Cristão, por exemplo, organizou uma comissão que concluiu que parte do aumento do preço do cobre é permanente e recomendou mais investimentos do Estado em projetos como abastecimento de água rural, instalações esportivas em áreas pobres e programas para os idosos.

"Isto pode ser feito", disse Ffrench-Davis, que foi membro da comissão. "A economia chilena continua funcionando como se o preço do cobre ainda fosse de 99 centavos (de dólar) a libra. Nós precisamos de um estímulo. Nós não precisamos nos endividar. Nós temos os dólares; estamos cheios de dólares."

A situação é complicada ainda mais por uma lei que garante às forças armadas 10% da receita do governo oriunda do cobre. O estatuto está nos códigos à décadas, mas se tornou mais generoso durante a ditadura do general Augusto Pinochet e não sofreu emenda desde que a democracia foi restaurada em 1990.

Desde o início da década, as forças armadas chilenas foram às compras, gastando US$ 2,8 bilhões em armas, visando ostensivamente modernizar equipamento antigo. As compras, que levaram a manifestações de alarme dos vizinhos Peru e Bolívia, incluem 10 caças F-16 Lockheed Martin adquiridos dos Estados Unidos, oito fragatas, dois submarinos e, mais recentemente, 118 tanques Leopard IIA4 da Alemanha.

Há dois anos, um estudo realizado por três entidades internacionais de pesquisa econômica concluiu que o Chile gasta mais per capita nas forças armadas do que qualquer outro país na América Latina: US$ 90,88 por habitante. Segundo recentes estimativas aqui, a lei do cobre resultará nas forças armadas recebendo cerca de US$ 1 bilhão adicional em 2007, que serão usados para "aquisições militares".

Em comparação, Pinochet não construiu um único hospital durante os 17 anos que esteve no poder, disse María Soledad Barría, ministra da Saúde. Os governos democráticos que governaram o Chile desde sua queda tentaram, com notável sucesso, compensar estes e outros lapsos semelhantes em áreas como habitação, educação e aposentadoria. Mas à medida que cresce a renda dos chilenos, também crescem suas expectativas.

A dádiva da lei do cobre a uma instituição com histórico abissal em direitos humanos enfureceu "os pingüins", como os jovens estudantes são chamados devido aos seus uniformes. Na greve de junho que paralisou o sistema educacional, líderes estudantis colocaram uma placa no prédio do Ministério da Educação aqui, listando todos os "brinquedos" que as forças armadas adquiriram e então perguntaram: "E quanto a nós?"

A ministra da Defesa, Vivianne Blanlot, que comanda uma comissão que estuda formas de começar a mudar a lei, e o Congresso deverão tratar do assunto em 2007. "Haverá mudanças", disse Veloso, a assessora presidencial, mas não se sabe se deixarão que mais dinheiro seja economizado no exterior ou destinado a investimento social.

Tradução: George El Khouri Andolfato
"Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma." (Joseph Pulitzer).

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spink
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Mensagem por spink »

Pinochet não construiu um único hospital durante os 17 anos que esteve no poder, disse María Soledad Barría, ministra da Saúde


Ela confundiu semanas com anos?? :emoticon19: :emoticon12:
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spink
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Mensagem por spink »

Outro texto legal para apimentar o debate:

Fonte


Na entrevista às páginas amarelas de Veja (clique aqui) a economista Eliana Cardoso refaz de uma maneira polêmica a história de que países sem problemas naturais são propensos ao acomodamento. É a versão pós-moderna da hipótese de que foi abundância de bananas e mandioca que impediu o brasileiro de ir à luta.

Diz ela:

Eliana – (...) Países sem recursos naturais tiveram de fortalecer e aprimorar suas instituições como única saída para vencer as dificuldades. Por outro lado, os países com recursos abundantes acomodaram-se, satisfeitos com o que a natureza lhes deu, e não viram vantagem em investir em educação, produção de conhecimento ou na construção de instituições fortes. Como resultado, seus governos se tornaram vítimas da ganância, da cobiça e da corrupção. A tendência de a abundância de riquezas naturais enfraquecer as instituições e solapar o desenvolvimento sustentado das nações é tão presente na história recente do mundo que é quase uma maldição.

Ora, a China é rica em recursos naturais, assim como o Canadá, a Austrália, os Estados Unidos. E será possível relacionar muitos países sem recursos naturais e sem desenvolvimento. Como estabelecer essa relação mecanicista, então? A professora mistura o senso comum (o de que pessoas que nunca passaram por desafios não podem vencer na vida) com a história de países.

Prossegue ela:

Eliana - Quando o preço dos recursos naturais sobe, o fundo acumula recursos, mas eles não afetam o câmbio porque o dinheiro não é gasto. Quando o preço cai, os recursos são usados para contrabalançar as perdas. Mas isso só funciona em países onde há instituições de qualidade, como na Noruega, onde existe um fundo de petróleo, ou no Chile, que também tem seu fundo estabilizador para as exportações de cobre. Em nações onde as instituições são fracas, nem esse fundo adianta.

Olha a confusão. Lá em cima a razão para se ter instituições fracas era a abundância de recursos naturais. Aqui embaixo, diz que os países que têm instituições de qualidade, podem ter abundância de recursos naturais, sem que isso seja problema. Ou seja, na segunda resposta atropelou a relação de causalidade que apresentou na primeira resposta.

Veja a análise dela sobre o Brasil atual:

Eliana –Quando um governo emprega mal o dinheiro obtido com recursos naturais ou com a carga tributária, ele deixa de cumprir o papel que lhe cabe e distorce o funcionamento da economia. O efeito desastroso para o crescimento é o mesmo. O Brasil, é inegável, tem instituições, como o Banco Central, que são eficientes e têm cumprido seu papel. As universidades também têm contribuído com a sociedade formando técnicos competentes. Mas essas são condições insuficientes para mudar o país e levá-lo a um patamar superior de crescimento econômico.

Ué, e se o governo empregasse mal o dinheiro proveniente de produtos industrializados? O problema é empregar mal o dinheiro, não o fato de ser proveniente de recursos naturais.
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user f.k.a. Cabeção
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Mensagem por user f.k.a. Cabeção »

bruno escreveu:Você está partindo do pressuposto que o Chile "se desenvolveu", inclusive socialmente. Eu não conheço dados que sustentem isso. Afirmo que passa apenas por uma fase de crescimento acelerado, beneficiado por uma conjuntura favorável. Se o Chile vai ou não se aproveitar dela para se desenvolver, poderemos ver quando a conjuntura favorável tiver passado.O Brasil teve taxas de crescimento semelhantes entre a metade da década de 50 e a metade da década de 70. Não foi suficiente.


Na verdade Bruno, o crescimento Chileno vem se sustentando há vários anos, com o país passando praticamente incólume por diversas crises que abalaram a região e a credibilidade dos vizinhos "maiores", como os calotes brasileiro e argentino.

O Chile adquiriu solidez e credibilidade sobretudo devido a austeridade econômica e fiscal, herdada do regime autoritário de Pinochet, que, apesar de vários abusos, colocou a economia nas mãos dos especialistas de Chicago, que promoveram privatizações, uma política monetária consistente, que refreou a inflação, revertendo um cenário hiperinflacionário do governo populista predecessor, e responsabilidade fiscal que permite um superávit nominal de em média 2% do PIB, indo no caminho contrário dos países da região que resolveram seguir métodos mais keynesianos de "crescimento".

Não pode ser chamada de fase, pois enquanto a fase do milagre brasileiro durou menos de 5 anos, o Chile se encontra em crescimento sustentável há mais de vinte cinco anos.

Hoje o Chile goza de uma sociedade estruturada sobre alicerces da propriedade privada, com o desenvolvimento de um mercado bastante desobstruído, credibilidade no cenário nacional e internacional, que permitem taxas de juro extremamente baixas, e as discussões econômicas e soluções heterodoxas já não estão mais na pauta do dia, mesmo quando os socialistas tomam o poder.

Se o cenário mundial recente foi bastante vantajoso para o Chile, o foi para praticamente todos os países emergentes, dado o crescimento americano com níveis de juros bastante baixos se comparados historicamente. Não é à toa que muito se comparou o governo Lula, sem levar em consideração o fato da economia mundial ter melhorado substancialmente no passado recente, para os países em desenvolvimento. Se o Chile soube aproveitar a maré, e nós não, podemos dever isso em grande parte a sobriedade com que o país trata a sua economia. Fez, inteligentemente, um acordo de livre comércio com os EUA em 2004, o que aumentou significativamente o volume de transações entre os países.

No quesito social, embora o IDH não me inspire muita respeitabilidade, o Chile possui um índice bem próximo ao da Argentina (0.859 contra 0.863), ambos considerados altos segundo o critério do índice.


bruno escreveu:Países produtores de petróleo tiveram ou têm seus petrodólares mas, na maioria, nem possuem um Estado ou uma classe empresarial capazes de promover o desenvolvimento.


O desenvolvimento nunca é promovido pelo Estado, a menos de quando este permite, através de políticas austeras, a preservação da propriedade privada e do livre comércio.

Outras formas e regimes apenas agravam alguns problemas para solucionar outros, sendo que o panorama geral é sempre mais afastado do desenvolvimento.


bruno escreveu:O que eu digo é que o crescimento do Chile não é consistente. Ele não se tornou um "país desenvolvido", assim como não se tornaram a maioria dos "tigres" asiáticos, o México de Salinas de Gortari, a Argentina de Menen e tantos modelos "liberais" que nos têm tentado impingir.


O Chile ainda cresce mais do que a média mundial e melhora substancialmente seus indicadores socio-econômicos, o que reflete seu atual estado como em desenvolvimento.

A diferença é que o Chile realmente está em desenvolvimento, não é apenas uma designação vazia para um país subdesenvolvido.

O capital está crescendo, os investimentos também, o mercado é bastante livre, o país goza de uma credibilidade invejável. Dizer que o país é majoritário exportador de um item e por isso seu crescimento não é consistente é incoerente, afinal, a Noruega é majoritária exportadora de petróleo, e quem há de duvidar da consistência do seu desenvolvimento?

Quanto aos Tigres Asiáticos, muitos já se recuperaram das crises, sendo a Coréia do Sul, um país relativamente pequeno, possui um PIB equivalente ao do Brasil, e uma população quatro vezes menor. Além disso, goza de um IDH de 0.912.

Hong Kong e Cingapura são ainda hoje os paraísos do liberalismo laizes faire. Ambos encabeçam o índice de liberdade econômica e desfrutam de IDH 0.927 e 0.916.

Taiwan, apesar das crises com a China, também não vai mal. Possui média para alta renda per capta ($ 13569,00), respeitável liberdade econômica e crescimento de 5.7% no ano passado. O país não foi incluído na recente pesquisa de IDH.

Dizer que o liberalismo fracassou em torná-los desenvolvidos é desconsiderar que antes da introdução do capitalismo esses países eram praticamente agrícolas.


bruno escreveu:Eu não defendo o fim da economia de mercado como regra geral, simplesmente porque não vejo nada melhor. Concordo que economia planificada centalizadamente não funciona. Só não vou a extremos do liberalismo, até porque esse é uma "receita de exportação", dificilmente praticada de forma integral pelos países que fazem propaganda.


Bruno, essa é uma crítica muito comum e que revela incompreensão do que se está propondo.

Os defensores do liberalismo não planejam, a curto prazo, transformar uma economia como a Brasileira numa Hong Kong.

O que se coloca é que, diante do quadro recente de países com desenvolvimento sustentável e de aumento real de capital temos que reconhecer que existe uma característica comum aos mesmos, que foi a da maior liberdade econômica.

Foi o que a Alemanha e Japão fizeram no pós-guerra, o que os países nórdicos fizeram nos anos 60 e 70, o que Reagan e Tatcher e os "tigres" fizeram nos anos 80, o que o Chile fez, o que a Irlanda, a Nova Zelândia, a Espanha, a Islândia, os países bálticos fizeram para crescer e continuar crescendo. É o que a França vem tentando, ainda que sem obter sucessos expressivos devido as dificuldades criadas ao longo das últimas décadas.


bruno escreveu:Acho também que o Brasil é uma economia muito mais complexa que a do Chile, com um PIB incomparavelmente maior e exportadora importante de muitos produtos que competem diretamente com os das economias mais desenvolvidas. Nessas condições, crescer depende de algo mais que uma receita de bolo.


No parágrafo anterior foram exemplificados países mais diversos, alguns saídos do comunismo e do fascismo, outros com economias enormes como a América e a Inglaterra, outros basicamente agrários, como os tigres, outros diminutos, como a Islândia, que em comum tiveram as práticas liberais e o crescimento.

É essa mentalidade de considerar o Brasil um caso a parte e que portanto deve encontrar soluções particulares heterodoxas que é nosso receituário mais antigo do fracasso. No passado recente brasileiro podemos apenas citar uma política de sucesso: o combate à inflação, utilizando práticas monetaristas "neo-liberais".
"Let 'em all go to hell, except cave 76" ~ Cave 76's national anthem

Washington
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Re: É possível crescermos a taxas chinesas?

Mensagem por Washington »

Abmael escreveu:- Escreveu merda no primeiro parágrafo e absolutamente NADA no segundo.

Abraços,


Por quê? Porque não está de acordo com o seu credo esquerdista.

Os resultados econômicos medíocres que temos é resultado direto da obtusa mentalidade esquerdista.

A principal variável do crescimento é a taxa de investimeno. A taxa chinesa é mais que o dobro da taxa brasileira. Investigue o porquê: O resultado eu já sei... Mais uma paulada na sua religião.
"Quando LULLA fala, o mundo se abre, se ilumina e se esclarece."
Marilena Chauí, filósofa da USP.

O triste é saber que tal figura recebe do contribuinte para dizer tais asneiras.


Chamo de pervertido um animal, uma espécie, um indivíduo, quando esse ou essa perde seus instintos, quando escolhe, prefere o que lhe é prejudicial.
F. Nietzche

Washington
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Mensagem por Washington »

Ateu Tímido escreveu:
Abmael escreveu:- Seria possível pararmos com as bravatas ideológicas e analisarmos seriamente a questão?

- Quem acha que é possível crescer a taxas chinesas mesmo resolvendo nossos problemas estruturais?

- Não esqueçamos de que nosso PIB percapta é 10 vezes maior que o chinês e maior ainda que o indiano.

Abraços,


Um dos motivos do crescimento da China é o número de pessoas, antes miseráveis no campo, que estão entrando no mercado de consumo. Dizem que foram 300 milhões nos últimos anos.
Mesmo que fôssemos criar "zonas especiais", com jornadas de trabalho de até 14 horas, quase sem direitos sociais, como fez a china para atrair empresas, simplesmente não temos (ainda bem!) 300 milhões de miseráveis para aumentar tanto o tamanho da economia. Mas talvez possamos crescer um pouco mais, mesmo tendo problemas em razão da complexidade e da concorrência internacional.


Por CROM! Quanto bobagem...

Somente a mentalidade esquerdista para produzir tais asneiras...

Os milhões de miseráveis sempre estiveram lá, mas o desenvolvimento econômico chinês iniciou-se com as reformas econômicas de Deng Xiaoping. Por quê será?

Seguindo essa sua "lógica" poderemos concluir que a África desenvolve-se mais rápido, pois os miseráveis da África são mais miseráveis que os da China.

Investiguem a taxa de investimento da China e do Brasil.
Investiguem também porque é tão difícil de aumentar a taxa brasileira. Verão o principal obstáculo: O esquerdismo asqueroso que nos assola.
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F. Nietzche

Apocaliptica

Mensagem por Apocaliptica »

Concordo. Deixem de pensar em modelos tão alienígenas, inclusive culturalmente, que jamais se adaptariam aqui no Brasil.

Teríamos que passar por mais escravização da massa trabalhadora e sem qualquer amparo em nossas leis para isso, muito menos aceitação de tal modelo pela nossa sociedade.

Olhem o Chile. Esses sim se tranformaram e estão ainda se tranformando num país desenvolvido.

Estão anos à nossa frente.

Ah...sim e sou totalmente a favor do controle da natalidade, antes de qualquer coisa. Não aos moldes chineses, óbvio. Mas um planejamento real e racional, sem hipocrisias religiosas ou de direitos humanos, que isso não enche narriga de ninguém e ainda fomenta programas inúteis de governos populistas.

Washington
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Mensagem por Washington »

Ateu Tímido escreveu:
user f.k.a. Cabeção escreveu:
Realmente, estou sem tempo para escrever.

As taxas em que a China cresce podem realmente ser acima das possibilidades brasileiras, e um dos principais fatores é o contingente populacional com certeza, além é claro da maior abertura do país recentemente para a prática de offshoring, mas nada disso justifica o crescimento medíocre apresentado nos últimos anos pela economia brasileira.

Se taxas chinesas nos são impossíveis, as chilenas não são. O Brasil deveria se espelhar nesse exemplo de sucesso de políticas econômicas. E não ficar arrumando desculpas para o próprio fracasso.


Deve ser lembrado que, com toda a festa que se faz sobre o desempenho da economia chilena, está ainda é dependente de uns poucos produtos tradicionais, sobretudo o cobre, devendo boa parte da prosperidade chilena dos últimos anos ser creditada aos altos preços que esse produto alcançou e vem mantendo no comércio internacional.
Sobre as exportações chilenas:


A estrutura exportadora está composta por 45% de produtos industriais, 45% de produção mineral e 10% de produtos agrícolas. Dentro dos produtos industriais destaca-se a exportação de celulose, metanol, produtos químicos e insumos agrícolas. A indústria florestal, do salmão e do vinho - de reconhecido prestígio internacional - adquiriram importância na última década. Os produtos minerais mais importantes são as semi-manufaturas de cobre, mineral do qual o Chile é grande dependente. Na agricultura destaca-se a exportação de frutas e hortaliças.

O Chile vem praticando uma política de redução de tarifas e eliminação de barreiras comerciais. No entanto, carece de diversificação de produtos e por isso se concentra no cobre. O Chile tem tratados de livre-comércio com os Estados Unidos e a União Européia, China, Índia e o Japão.

Cabe destacar que a produção industrial chilena engloba todos os ramos produtivos (alimentar, siderúrgica, máquinário). Ainda que o Chile tenha reduzido sua dependência das exportações de cobre de 60% (durante a década dos setenta) a 35% em 2004, ainda é um nível muito alto, e grande parte do crescimento chileno está relacionado com os altos preços deste e outros minerais. Porém ainda não conseguiu um elevado nível de produção industrial com alto valor agregado. Chile foi o primeiro país da América Latina (junto com a Argentina) onde iniciou-se a industrialização em meados do século XIX. Durante o período entre-guerras, esse setor recebeu grande impulso pelas políticas de fomento industrial da Industrialização por Substituição de Importações.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_do_Chile


Note-se que mesmo os produtos industriais que mais têm crescido são produtos de agro-indústrias tradicionais ou produtos semi-elaborados de origem vegetal ou mineral, exportados para que o processo da sua industrialização prossiga em outros países.


Caramba !!!

Não acredito que li isto. O Cara escreve bobagens e posta dados justificando-as.

Afinal de contas: De que lado você está? Você quis dizer o quê mesmo?

Incrível!! Somente a obtusa mentalidade esquerdista para produzir algo assim.

O Chile está crescendo 3 vezes mais que o Brasil. Fato.
O Chile é um país muito menor e tem a economia pouco diversificada se comparada com a brasileira. Fato 2.
É baseada em produtos minerais e agroindustriais que estão em alta no mercado internacional. Fato 3.
Neste caso em particular a vantagem do Brasil sobre o Chile é imensa: Somos espetacularmente bons em produtos minerais e agroindustriais, graças aos empresários nacionais a despeito do monstro estatal que joga contra.

Se somos tão bons e melhores que o Chile na sua principal vantagem, Porque crescemos menos se ainda temos um mercado muito maior e uma economia mais diversificada?
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Poindexter
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Mensagem por Poindexter »

user f.k.a. Cabeção escreveu:Não pode ser chamada de fase, pois enquanto a fase do milagre brasileiro durou menos de 5 anos, o Chile se encontra em crescimento sustentável há mais de vinte cinco anos.


Graças a Pinochet e aos Chicago Boys.


user f.k.a. Cabeção escreveu:Hoje o Chile goza de uma sociedade estruturada sobre alicerces da propriedade privada, com o desenvolvimento de um mercado bastante desobstruído, credibilidade no cenário nacional e internacional, que permitem taxas de juro extremamente baixas, e as discussões econômicas e soluções heterodoxas já não estão mais na pauta do dia, mesmo quando os socialistas tomam o poder.


É curioso isso, Cabeção... não entendi até hoje o porque dos socialistas não terem destruído toda essa maravilha econômica construída por Pinochet e os Chicago Boys. Por quê eles não detonaram tudo?


user f.k.a. Cabeção escreveu:No quesito social, embora o IDH não me inspire muita respeitabilidade, o Chile possui um índice bem próximo ao da Argentina (0.859 contra 0.863), ambos considerados altos segundo o critério do índice.


Argentina, el mayor IDH de la América Latina. El de Brasil está abajo de 0.8. Argentina está, si me acuerdo bien, en la 36a posición, mientras Brasil en la 63a (en el grupo de los de IDH mediano).


user f.k.a. Cabeção escreveu:É essa mentalidade de considerar o Brasil um caso a parte e que portanto deve encontrar soluções particulares heterodoxas que é nosso receituário mais antigo do fracasso. No passado recente brasileiro podemos apenas citar uma política de sucesso: o combate à inflação, utilizando práticas monetaristas "neo-liberais".


Engraçado que, quando é para dizer que os E.U.A. possuem protecionismo e cotas raciais, aí os comun*stas e liberalistas "esquecem" que consideram o Brasil um caso à parte e defendem que se imite os E.U.A.
Editado pela última vez por Poindexter em 07 Jan 2007, 13:54, em um total de 4 vezes.
Si Pelé es rey, Maradona es D10S.

Ciertas cosas no tienen precio.

¿Dónde está el Hexa?

Retrato não romantizado sobre o Comun*smo no século XX.

A child, not a choice.

Quem Henry por último Henry melhor.

O grito liberalista em favor da prostituição já chegou à este fórum.

Lamentável...

O que vem de baixo, além de não me atingir, reforça ainda mais as minhas idéias.

The Only Difference Between Suicide And Martyrdom Is Press Coverage

Washington
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Re: Re.: É possível crescermos a taxas chinesas?

Mensagem por Washington »

Ateu Tímido escreveu:Acho também que o Brasil é uma economia muito mais complexa que a do Chile, com um PIB incomparavelmente maior e exportadora importante de muitos produtos que competem diretamente com os das economias mais desenvolvidas. Nessas condições, crescer depende de algo mais que uma receita de bolo.[/color]


Por CROM 3!!!

Parece que somos um país rico e desenvolvido. A receita existe e é simples: Aumentar a taxa de investimento.

A potencialidade do Brasil é imensa e em quase todos os setores. Há um país a construir.

A questão é que para aumentar a taxa de investimento será necessária uma profunda reforma do Estado, muito mais que aquelas tímidas e envergonhadas tentadas por FHC.
"Quando LULLA fala, o mundo se abre, se ilumina e se esclarece."
Marilena Chauí, filósofa da USP.

O triste é saber que tal figura recebe do contribuinte para dizer tais asneiras.


Chamo de pervertido um animal, uma espécie, um indivíduo, quando esse ou essa perde seus instintos, quando escolhe, prefere o que lhe é prejudicial.
F. Nietzche

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Re: É possível crescermos a taxas chinesas?

Mensagem por Aranha »

Washington escreveu:
Abmael escreveu:- Escreveu merda no primeiro parágrafo e absolutamente NADA no segundo.

Abraços,


Por quê? Porque não está de acordo com o seu credo esquerdista.


- Não tenho credo algum, quanto menos esquerdista, entendeu agora porque escreveu merda? - Ou precisarei fazer um infográfico multimídia?

Washington escreveu:Os resultados econômicos medíocres que temos é resultado direto da obtusa mentalidade esquerdista.


- Demonstre esta afirmação, suas bravatas vazias não servem como argumento.

Washington escreveu:A principal variável do crescimento é a taxa de investimeno. A taxa chinesa é mais que o dobro da taxa brasileira. Investigue o porquê: O resultado eu já sei...


- Qualquer imbecil que assista a coluna da Miriam Leitão no Bom Dia Brasil diariamente sabe dessa total obviedade que você postou, mostre COMO aumentar esta taxa de investimento, isso é o que interessa, dizer que o céu é azul qualquer idiota faz, como você acaba de comprovar.

Washington escreveu: Mais uma paulada na sua religião.


- Além de não acrescentar porra nenhuma à discussão, ainda vomitou mais um bom balde de merda.

Abraços,
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Mensagem por Aranha »

Washington escreveu:
Por CROM! Quanto bobagem...

Somente a mentalidade esquerdista para produzir tais asneiras...

Os milhões de miseráveis sempre estiveram lá, mas o desenvolvimento econômico chinês iniciou-se com as reformas econômicas de Deng Xiaoping. Por quê será?

Seguindo essa sua "lógica" poderemos concluir que a África desenvolve-se mais rápido, pois os miseráveis da África são mais miseráveis que os da China.

Investiguem a taxa de investimento da China e do Brasil.
Investiguem também porque é tão difícil de aumentar a taxa brasileira. Verão o principal obstáculo: O esquerdismo asqueroso que nos assola.


- Quanta Burrice!!!

- Vou explicar direitinho prá você entender, o Brasil e a China oferecem condições que viabilizam e incentivam investimentos em plantas para produzir artigos de exportação: Oferta de Energia, Regras claras, Nível escolar da população economicamente ativa, Portos, Malha rodoviária e Ferroviária, Ausência de conflitos civis, financiamentos, etc., a China leva vantagem sobre o Brasil pois além disso tudo, oferece mão-de-obra a preço mais barato, a África não oferece NADA, agora você entendeu?

- Esperava não ter que explicar isso, é tão óbvio.... :emoticon8:

Abraços,
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Mensagem por Aranha »

Washington escreveu:
Caramba !!!

Não acredito que li isto. O Cara escreve bobagens e posta dados justificando-as.

Afinal de contas: De que lado você está? Você quis dizer o quê mesmo?

Incrível!! Somente a obtusa mentalidade esquerdista para produzir algo assim.

O Chile está crescendo 3 vezes mais que o Brasil. Fato.
O Chile é um país muito menor e tem a economia pouco diversificada se comparada com a brasileira. Fato 2.
É baseada em produtos minerais e agroindustriais que estão em alta no mercado internacional. Fato 3.
Neste caso em particular a vantagem do Brasil sobre o Chile é imensa: Somos espetacularmente bons em produtos minerais e agroindustriais, graças aos empresários nacionais a despeito do monstro estatal que joga contra.

Se somos tão bons e melhores que o Chile na sua principal vantagem, Porque crescemos menos se ainda temos um mercado muito maior e uma economia mais diversificada?


- Porque sua análise é rasteira.

- O mercado exportador baseado no agronegócio é muitíssimo maior no Brasil que no Chile, e ainda assim não rende um crescimento chileno, isso ocorre justamente porque o agronegógcio, apesar de grande, responde por uma porcentagem pequena de nossa atividade econômica, o Brasil copia o Chile na produção de frutas no Vale do São Francisco (com apoio inclusive de multis chilenas) e no investimento na produção de vinhos de alta qualidade no RS (já somos reconhecidos internacionalmente por nossos espumantes), isso seria um salto enorme para o Chile, mas é pouco para nossas dimensões, não temos como viver só de frutas, vinhos e cobre como faz o Chile, há muito mais, não dá para usar a receita de bolo do Chile para resolver a complexa logística de projetar, construir e vender aviões, ou administrar investimentos de multinacionais de grande porte com interessos no mundo inteiro, como a Petrobrás, a Vale do Rio Doce, a Marcopolo, A Gerdau.

Abraços,
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Mensagem por Acauan »

Desculpem o Índio Velho por parecer pedantemente didático nas últimas postagens, mas não vejo outro caminho para discutir os últimos assuntos colocados, Liberalismo e crescimento econômico.

Antes de se discutir se o Brasil pode crescer a taxas chinesas e indianas cabe perguntar se o crescimento destes países é auto-sustentável.
O Brasil já teve seu período de crescimento acelerado e deu no que deu.

Particularmente, talvez na contra-mão de muitos sábios analistas especializados, aposto em um colapso da China, pela soma de suas contradições, mas o objetivo aqui não é fazer profecias e sim responder à pergunta se o Brasil pode crescer a taxas chinesas.

A resposta é sim

Primeiro porque estamos menos distantes delas do que se pensa.
Os índices de crescimento econômico brasileiros ocultam uma gigantesca economia informal, que protegida da voracidade do Estado cresce mais do que os setores oficiais.
Assim, embora seja muito difícil chutar um número, é certo que nossas taxas reais de crescimento são bem superiores aquelas das estatísticas divulgadas.

Outro fator considerado é que crescimento econômico é um índice estabelecido pela média de todos os setores, incluindo o setor público, que sem capacidade de investimento mantém estagnadas as atividades mantidas embaixo de sua asa, representando um potencial de crescimento reprimido.
Na banda positiva, setores dinâmicos e internacionalmente competitivos, como o agro-negócio, têm grandes potenciais de crescimento.

Mas voltando ao pedante didatismo, podemos resumir que o crescimento econômico auto-sustentado depende de alguns pré-requisitos estruturais:
- Mercado consumidor interno;
- Poupança interna;
- Ambiente macro-econômico que incentive o investimento;
- Competitividade a nível mundial.

Mercado consumidor interno é ponto para nós. Com quase duzentos milhões de habitantes temos massa crítica para sustentar o crescimento, principalmente se forem diminuídas as pressões financeiras sobre a classe média, que em um ambiente de crescimento tende também a crescer, com a ascensão de pessoas das classes mais baixas. Com isto o mercado interno cresce junto com a produção garantindo a sustentabilidade.

Poupança interna é um problema. Nossos níveis são insuficientes para sustentar altas taxas de crescimento, o que resulta em nossa dependência dos tais investimentos internacionais.
Caímos aí no problema do ovo e da galinha, precisamos de crescimento econômico para aumentar a poupança interna e de poupança interna para promover o crescimento econômico.
Poderia-se aumentar esta poupança reduzindo os impostos da classe média e das empresas, mas isto aumentaria o déficit público, especialmente o da previdência, reduziria ainda mais o orçamento do Estado, que para o mal ou para o bem também é um investidor importante.
Além disto, há o risco de este dinheiro a mais nas mãos da classe média ir para o consumo, não para a poupança, o que combinado com o aumento do déficit público e a redução dos investimentos estatais pode gerar inflação ao invés de crescimento.

Assim, goste ou não a turma do contra, nosso crescimento está atrelado à nossa capacidade de atrair investimentos internacionais, o que significa disputar capitais com a Índia e a China.
É provável que mais cedo ou mais tarde a China dê motivos para os investidores concluírem que investir no tal um país-dois sistemas tenha lá seus riscos e dêem mais atenção ao Brasil, principalmente se o segundo governo Silva fizer um trabalho minimamente bem feito na reforma fiscal e na desburocratização. A previdência não tem jeito. Só com golpe de Estado, como no Chile.

O ambiente macro-econômico que estimule o investimento é outro problema.
Há um lado positivo por conta da infra-estrutura moderna (apesar dos pesares), sistema bancário-financeiro sólido e eficiente, instituições suficientemente estáveis etc.
Só que os pontos negativos superam os positivos em muito e o Brasil não é um país que apóia o empreendedorismo, razão pela qual muitos investidores continuam na economia informal.
Desnecessário repetir as penalidades que o fisco e a burocracia estatal impõem ao investidor, além da rigidez das leis trabalhistas e da ineficácia do judiciário em proteger o direito de propriedade.
Para um crescimento auto-sustentado é preciso que as pessoas que tem dinheiro, vontade e competência para abrir negócios potencialmente bem sucedidos sejam estimuladas, o que implica abandonar a estúpida hostilidade ao lucro alheio que este país tanto fomenta. Além de botar uma focinheira no MST e instituições do gênero.

Educação é sempre bom, mas só dá resultado a longo prazo. Se melhorarem o sistema educacional hoje, a primeira geração bem formada do país chegará ao mercado de trabalho em 2019 e representará uma parcela mínima da população economicamente ativa.
Como não vão melhorar as escolas hoje e é necessário mais que meia dúzia de gatos pingados mais espertos para se sustentar o crescimento econômico, é melhor mandarem o Cristóvão Buarque ter outra idéia.

Por fim, a competitividade a nível mundial.
Roberto Campos propôs nos anos sessenta que o modelo desenvolvimentista brasileiro fosse exportador. Os generais no poder decidiram pelo modelo de substituição de importações, com fechamento do mercado interno.
Os Tigres Asiáticos adotaram o modelo exportador.

Nossa indústria fez atualizações tecnológicas notáveis desde a abertura comercial promovida pelo governo Collor, mas ainda apanha que nem gato no saco dos asiáticos.
A competitividade da indústria brasileira hoje pode ser buscada pela formação de grandes conglomerados, como a Ambev ou pela excelência técnica, como a Embraer.

E mais um monte de coisa, mas se colocar tudo este post ficará ainda mais longo e chato.
Nós, Índios.

Acauan Guajajara
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Mensagem por Aranha »

Acauan escreveu:Desculpem o Índio Velho por parecer pedantemente didático nas últimas postagens, mas não vejo outro caminho para discutir os últimos assuntos colocados, Liberalismo e crescimento econômico.

Antes de se discutir se o Brasil pode crescer a taxas chinesas e indianas cabe perguntar se o crescimento destes países é auto-sustentável.
O Brasil já teve seu período de crescimento acelerado e deu no que deu.

Particularmente, talvez na contra-mão de muitos sábios analistas especializados, aposto em um colapso da China, pela soma de suas contradições, mas o objetivo aqui não é fazer profecias e sim responder à pergunta se o Brasil pode crescer a taxas chinesas.

A resposta é sim

Primeiro porque estamos menos distantes delas do que se pensa.
Os índices de crescimento econômico brasileiros ocultam uma gigantesca economia informal, que protegida da voracidade do Estado cresce mais do que os setores oficiais.
Assim, embora seja muito difícil chutar um número, é certo que nossas taxas reais de crescimento são bem superiores aquelas das estatísticas divulgadas.

Outro fator considerado é que crescimento econômico é um índice estabelecido pela média de todos os setores, incluindo o setor público, que sem capacidade de investimento mantém estagnadas as atividades mantidas embaixo de sua asa, representando um potencial de crescimento reprimido.
Na banda positiva, setores dinâmicos e internacionalmente competitivos, como o agro-negócio, têm grandes potenciais de crescimento.

Mas voltando ao pedante didatismo, podemos resumir que o crescimento econômico auto-sustentado depende de alguns pré-requisitos estruturais:
- Mercado consumidor interno;
- Poupança interna;
- Ambiente macro-econômico que incentive o investimento;
- Competitividade a nível mundial.

Mercado consumidor interno é ponto para nós. Com quase duzentos milhões de habitantes temos massa crítica para sustentar o crescimento, principalmente se forem diminuídas as pressões financeiras sobre a classe média, que em um ambiente de crescimento tende também a crescer, com a ascensão de pessoas das classes mais baixas. Com isto o mercado interno cresce junto com a produção garantindo a sustentabilidade.

Poupança interna é um problema. Nossos níveis são insuficientes para sustentar altas taxas de crescimento, o que resulta em nossa dependência dos tais investimentos internacionais.
Caímos aí no problema do ovo e da galinha, precisamos de crescimento econômico para aumentar a poupança interna e de poupança interna para promover o crescimento econômico.
Poderia-se aumentar esta poupança reduzindo os impostos da classe média e das empresas, mas isto aumentaria o déficit público, especialmente o da previdência, reduziria ainda mais o orçamento do Estado, que para o mal ou para o bem também é um investidor importante.
Além disto, há o risco de este dinheiro a mais nas mãos da classe média ir para o consumo, não para a poupança, o que combinado com o aumento do déficit público e a redução dos investimentos estatais pode gerar inflação ao invés de crescimento.

Assim, goste ou não a turma do contra, nosso crescimento está atrelado à nossa capacidade de atrair investimentos internacionais, o que significa disputar capitais com a Índia e a China.
É provável que mais cedo ou mais tarde a China dê motivos para os investidores concluírem que investir no tal um país-dois sistemas tenha lá seus riscos e dêem mais atenção ao Brasil, principalmente se o segundo governo Silva fizer um trabalho minimamente bem feito na reforma fiscal e na desburocratização. A previdência não tem jeito. Só com golpe de Estado, como no Chile.

O ambiente macro-econômico que estimule o investimento é outro problema.
Há um lado positivo por conta da infra-estrutura moderna (apesar dos pesares), sistema bancário-financeiro sólido e eficiente, instituições suficientemente estáveis etc.
Só que os pontos negativos superam os positivos em muito e o Brasil não é um país que apóia o empreendedorismo, razão pela qual muitos investidores continuam na economia informal.
Desnecessário repetir as penalidades que o fisco e a burocracia estatal impõem ao investidor, além da rigidez das leis trabalhistas e da ineficácia do judiciário em proteger o direito de propriedade.
Para um crescimento auto-sustentado é preciso que as pessoas que tem dinheiro, vontade e competência para abrir negócios potencialmente bem sucedidos sejam estimuladas, o que implica abandonar a estúpida hostilidade ao lucro alheio que este país tanto fomenta. Além de botar uma focinheira no MST e instituições do gênero.

Educação é sempre bom, mas só dá resultado a longo prazo. Se melhorarem o sistema educacional hoje, a primeira geração bem formada do país chegará ao mercado de trabalho em 2019 e representará uma parcela mínima da população economicamente ativa.
Como não vão melhorar as escolas hoje e é necessário mais que meia dúzia de gatos pingados mais espertos para se sustentar o crescimento econômico, é melhor mandarem o Cristóvão Buarque ter outra idéia.

Por fim, a competitividade a nível mundial.
Roberto Campos propôs nos anos sessenta que o modelo desenvolvimentista brasileiro fosse exportador. Os generais no poder decidiram pelo modelo de substituição de importações, com fechamento do mercado interno.
Os Tigres Asiáticos adotaram o modelo exportador.

Nossa indústria fez atualizações tecnológicas notáveis desde a abertura comercial promovida pelo governo Collor, mas ainda apanha que nem gato no saco dos asiáticos.
A competitividade da indústria brasileira hoje pode ser buscada pela formação de grandes conglomerados, como a Ambev ou pela excelência técnica, como a Embraer.

E mais um monte de coisa, mas se colocar tudo este post ficará ainda mais longo e chato.



- Não esperava menos, perfeito Acauan!!!!! :emoticon45:

- Quando sobrar um tempinho farei uns comentários em cima do que você escreveu.

Saudações Nobre Indígena,
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Aranha
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Mensagem por Aranha »

Acauan escreveu:
Desculpem o Índio Velho por parecer pedantemente didático nas últimas postagens, mas não vejo outro caminho para discutir os últimos assuntos colocados, Liberalismo e crescimento econômico.

Antes de se discutir se o Brasil pode crescer a taxas chinesas e indianas cabe perguntar se o crescimento destes países é auto-sustentável.
O Brasil já teve seu período de crescimento acelerado e deu no que deu.


- Exato, crescimento baseado em juros internacionais baratos e petróleo barato, O período 1968-73 caracterizou-se pelas maiores taxas de crescimento do produto brasileiro na história recente. A taxa média de crescimento situou-se acima de 10% a.a., O crescimento desacelerou, no período 1974-1979, mas continuou alto, 6,5%, foi bom enquanto durou (exceto pelo brutal achatamento salarial), mas pagamos o pato até hoje.

Acauan escreveu:
Particularmente, talvez na contra-mão de muitos sábios analistas especializados, aposto em um colapso da China, pela soma de suas contradições,


- Também tenho este pressentimento, o problema é que isto ferraria TODO mundo, principalmente nós.

Acauan escreveu:
mas o objetivo aqui não é fazer profecias e sim responder à pergunta se o Brasil pode crescer a taxas chinesas.

A resposta é sim


- Essa me surpreendeu...

Acauan escreveu:
Primeiro porque estamos menos distantes delas do que se pensa.
Os índices de crescimento econômico brasileiros ocultam uma gigantesca economia informal, que protegida da voracidade do Estado cresce mais do que os setores oficiais.
Assim, embora seja muito difícil chutar um número, é certo que nossas taxas reais de crescimento são bem superiores aquelas das estatísticas divulgadas.


- Será mesmo caro Índio? - Alguém já tentou medir isto? - Seria, sem dúvida, um dado animador, os números de crescimento do PIB são realmente contraditórios quando comparados ao crescimento da Bolsa, do superávit da balança comercial e das reservas internacionais.

Acauan escreveu:
Outro fator considerado é que crescimento econômico é um índice estabelecido pela média de todos os setores, incluindo o setor público, que sem capacidade de investimento mantém estagnadas as atividades mantidas embaixo de sua asa, representando um potencial de crescimento reprimido.
Na banda positiva, setores dinâmicos e internacionalmente competitivos, como o agro-negócio, têm grandes potenciais de crescimento.


- Infelizmente, no caso do agronegócio, dependemos também da queda de barreiras comerciais, não só relativamente à comercialização, mas para que possamos também agregar valor, os grandes compradores só compram os produtos brutos, o que diminui o avanço da nossa agroindústria, esta sim, daria um impulso definitivo.

Acauan escreveu:
Mas voltando ao pedante didatismo, podemos resumir que o crescimento econômico auto-sustentado depende de alguns pré-requisitos estruturais:
- Mercado consumidor interno;
- Poupança interna;
- Ambiente macro-econômico que incentive o investimento;
- Competitividade a nível mundial.

Mercado consumidor interno é ponto para nós. Com quase duzentos milhões de habitantes temos massa crítica para sustentar o crescimento, principalmente se forem diminuídas as pressões financeiras sobre a classe média, que em um ambiente de crescimento tende também a crescer, com a ascensão de pessoas das classes mais baixas. Com isto o mercado interno cresce junto com a produção garantindo a sustentabilidade.

Poupança interna é um problema. Nossos níveis são insuficientes para sustentar altas taxas de crescimento, o que resulta em nossa dependência dos tais investimentos internacionais.
Caímos aí no problema do ovo e da galinha, precisamos de crescimento econômico para aumentar a poupança interna e de poupança interna para promover o crescimento econômico.
Poderia-se aumentar esta poupança reduzindo os impostos da classe média e das empresas, mas isto aumentaria o déficit público, especialmente o da previdência, reduziria ainda mais o orçamento do Estado, que para o mal ou para o bem também é um investidor importante.
Além disto, há o risco de este dinheiro a mais nas mãos da classe média ir para o consumo, não para a poupança, o que combinado com o aumento do déficit público e a redução dos investimentos estatais pode gerar inflação ao invés de crescimento.

Assim, goste ou não a turma do contra, nosso crescimento está atrelado à nossa capacidade de atrair investimentos internacionais, o que significa disputar capitais com a Índia e a China.
É provável que mais cedo ou mais tarde a China dê motivos para os investidores concluírem que investir no tal um país-dois sistemas tenha lá seus riscos e dêem mais atenção ao Brasil, principalmente se o segundo governo Silva fizer um trabalho minimamente bem feito na reforma fiscal e na desburocratização. A previdência não tem jeito. Só com golpe de Estado, como no Chile.


- Corretíssimo, não adianta bravatear dizer que tem que fazer isso ou aquilo, todo mundo sabe o que tem que ser feito, o problema é o COMO, o cobertor é curto, se tira de um falta de outro, tem que haver criatividade e até genialidade no gasto do dinheiro e na obtenção de investimentos, nada se resolve no grito ou por decreto e sim com inteligência, estou esperançoso com uma boa idéia que surgiu recentemente da equipe do Mantega, colocar um redutor no gasto corrente de forma que ele não possa crescer mais que o PIB.

Acauan escreveu:
O ambiente macro-econômico que estimule o investimento é outro problema.
Há um lado positivo por conta da infra-estrutura moderna (apesar dos pesares), sistema bancário-financeiro sólido e eficiente, instituições suficientemente estáveis etc.
Só que os pontos negativos superam os positivos em muito e o Brasil não é um país que apóia o empreendedorismo, razão pela qual muitos investidores continuam na economia informal.
Desnecessário repetir as penalidades que o fisco e a burocracia estatal impõem ao investidor, além da rigidez das leis trabalhistas e da ineficácia do judiciário em proteger o direito de propriedade.
Para um crescimento auto-sustentado é preciso que as pessoas que tem dinheiro, vontade e competência para abrir negócios potencialmente bem sucedidos sejam estimuladas, o que implica abandonar a estúpida hostilidade ao lucro alheio que este país tanto fomenta. Além de botar uma focinheira no MST e instituições do gênero.


- Concordo plenamente, neste ponto considero os impostos escorchantes nosso pior problema, infelizmente é também o de mais difícil solução, pois mesmo com esta carga tributária absurda o governo ainda tem déficit e mesmo quando houver superávit a prioridade é que este vá para o investimento, ainda viveremos sob este peso muito tempo.

Acauan escreveu:
Educação é sempre bom, mas só dá resultado a longo prazo. Se melhorarem o sistema educacional hoje, a primeira geração bem formada do país chegará ao mercado de trabalho em 2019 e representará uma parcela mínima da população economicamente ativa.
Como não vão melhorar as escolas hoje e é necessário mais que meia dúzia de gatos pingados mais espertos para se sustentar o crescimento econômico, é melhor mandarem o Cristóvão Buarque ter outra idéia.


- Eu tenho uma idéia, precisamos importar cérebros para suprir esta lacuna, americanos fazem isso a séculos com muito sucesso, há cérebros baratos e disponíveis no leste europeu e na Índia, caberiam como uma luva para desenvolver nossa tecnologia aeroespacial e nuclear entre outras coisas, o governo poderia contratar esses caras em conjunto com a iniciativa privada, montando institutos ligados a universidades que funcionariam em parcerias com empresas privadas e estatais, garantindo repasse de conhecimento e geração de inovação tecnológica ao mesmo tempo, algumas empresas de informática brasileiras já estão importando técnicos indianos, baratinho, baratinho.

Acauan escreveu:
Por fim, a competitividade a nível mundial.
Roberto Campos propôs nos anos sessenta que o modelo desenvolvimentista brasileiro fosse exportador. Os generais no poder decidiram pelo modelo de substituição de importações, com fechamento do mercado interno.
Os Tigres Asiáticos adotaram o modelo exportador.

Nossa indústria fez atualizações tecnológicas notáveis desde a abertura comercial promovida pelo governo Collor, mas ainda apanha que nem gato no saco dos asiáticos.
A competitividade da indústria brasileira hoje pode ser buscada pela formação de grandes conglomerados, como a Ambev ou pela excelência técnica, como a Embraer.

E mais um monte de coisa, mas se colocar tudo este post ficará ainda mais longo e chato.


- Eu acho que as grandes empresas brasileiras devem seguir a tendência mundial, ou seja, ir para a China também para não perder o bonde, enquanto isso devemos pensar um contrato trabalhista diferenciado para empresas voltadas para exportação e criar grandes áreas com infra-estrutura completa de transportes, energia, comunicações e portuária no Nordeste, claro que o dinheiro para criar estas áreas teria que vir da iniciativa privada para tanto o governo teria que entrar com os projetos, os incentivos, renúncia fiscal e regras claras e garantidas que garantam um bom lucro, o que não é pouco.

Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
Ben Parker

Washington
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Re: É possível crescermos a taxas chinesas?

Mensagem por Washington »

Abmael escreveu:
Washington escreveu:
Abmael escreveu:- Escreveu merda no primeiro parágrafo e absolutamente NADA no segundo.

Abraços,


Por quê? Porque não está de acordo com o seu credo esquerdista.


- Não tenho credo algum, quanto menos esquerdista, entendeu agora porque escreveu merda? - Ou precisarei fazer um infográfico multimídia?


Errado. Você tem o credo esquerdista e eu não falei merda. E você mesmo sabe disso.


Abmael escreveu:
Washington escreveu:Os resultados econômicos medíocres que temos é resultado direto da obtusa mentalidade esquerdista.


- Demonstre esta afirmação, suas bravatas vazias não servem como argumento.


A afirmação é o consenso dos analistas econômicos. Até mesmo o atual governo fala em destravar o país. O seu idolatrado governo esquerdista está dizendo bravatas vazias?


Abmael escreveu:
Washington escreveu:A principal variável do crescimento é a taxa de investimeno. A taxa chinesa é mais que o dobro da taxa brasileira. Investigue o porquê: O resultado eu já sei...


- Qualquer imbecil que assista a coluna da Miriam Leitão no Bom Dia Brasil diariamente sabe dessa total obviedade que você postou, mostre COMO aumentar esta taxa de investimento, isso é o que interessa, dizer que o céu é azul qualquer idiota faz, como você acaba de comprovar.


Interessante. Até eu citar a variável investimento no tópico... Aí ela se tornou óbvia. Por que você não citou no post inicial se era tão óbvia?

Como aumentar a taxa de investimento é óbvio também, todos sabem: é necessário uma reforma do Estado.

O que temos hoje? Um Estado que se apropria de mais de 40% da renda nacional, mas oferece muito pouco ou nada em termos de serviços públicos.

A nossa infra-estrutura é deficiente; saúde, educação, segurança são péssimas. Há um setor estatal enorme que somente consome recursos, não dá nada em troca.

Abmael escreveu:
Washington escreveu: Mais uma paulada na sua religião.


- Além de não acrescentar porra nenhuma à discussão, ainda vomitou mais um bom balde de merda.

Abraços,


Na verdade isso aplica-se a você.
"Quando LULLA fala, o mundo se abre, se ilumina e se esclarece."
Marilena Chauí, filósofa da USP.

O triste é saber que tal figura recebe do contribuinte para dizer tais asneiras.


Chamo de pervertido um animal, uma espécie, um indivíduo, quando esse ou essa perde seus instintos, quando escolhe, prefere o que lhe é prejudicial.
F. Nietzche

Washington
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Mensagem por Washington »

Abmael escreveu:
Washington escreveu:
Por CROM! Quanto bobagem...

Somente a mentalidade esquerdista para produzir tais asneiras...

Os milhões de miseráveis sempre estiveram lá, mas o desenvolvimento econômico chinês iniciou-se com as reformas econômicas de Deng Xiaoping. Por quê será?

Seguindo essa sua "lógica" poderemos concluir que a África desenvolve-se mais rápido, pois os miseráveis da África são mais miseráveis que os da China.

Investiguem a taxa de investimento da China e do Brasil.
Investiguem também porque é tão difícil de aumentar a taxa brasileira. Verão o principal obstáculo: O esquerdismo asqueroso que nos assola.


- Quanta Burrice!!!

- Vou explicar direitinho prá você entender, o Brasil e a China oferecem condições que viabilizam e incentivam investimentos em plantas para produzir artigos de exportação: Oferta de Energia, Regras claras, Nível escolar da população economicamente ativa, Portos, Malha rodoviária e Ferroviária, Ausência de conflitos civis, financiamentos, etc., a China leva vantagem sobre o Brasil pois além disso tudo, oferece mão-de-obra a preço mais barato, a África não oferece NADA, agora você entendeu?

- Esperava não ter que explicar isso, é tão óbvio.... :emoticon8:

Abraços,


Nesta mensagem você demonstra duas coisas: seu credo esquerdista e desconhecimento de economia e negócios.

Seu credo esquerdista:

Abmael escreveu:o Brasil e a China oferecem condições que viabilizam e incentivam investimentos em plantas para produzir artigos de exportação: Oferta de Energia, Regras claras, Nível escolar da população economicamente ativa, Portos, Malha rodoviária e Ferroviária, Ausência de conflitos civis, financiamentos, etc.,


O que você postou não é verdade, e qualquer pessoa minimamente informada sabe disso. As condições de infra-estrutura no Brasil são muito deficientes; as regras hostilizam o empreendedor e tornam a vida das empresas um inferno.

Isso é fato, mas o que você diz é exatamente o oposto, numa atitude típica de religiosos. Quando a realidade contraria a crença... Dane-se a realidade.

Seu desconhecimento de economia e negocios:

Atribui o crescimento chinês à mão de obra barata, sem dúvida isso é uma vantagem, mas o questionamento não é isso e sim, o fato que porque essa vantagem somente foi explorada depois das reformas economicas? Porque a vantagem mão de obra barata não era explorada antes?

O custo mão de obra é somente um dos fatores, e sem dúvida um dos menos importantes.

O Crescimento chinês é puxado principalmente pelo investimento industrial.

Em industrias dificilmente o custo da mão de obra agregado ao produto passa dos 5%, trabalho em uma empresa em isso representa 4%, como já trabalhei em empresas que esse custo era 0,5%.

As outras variáveis são muito mais importantes: aquelas que você citou e que o Brasil não tem.
"Quando LULLA fala, o mundo se abre, se ilumina e se esclarece."
Marilena Chauí, filósofa da USP.

O triste é saber que tal figura recebe do contribuinte para dizer tais asneiras.


Chamo de pervertido um animal, uma espécie, um indivíduo, quando esse ou essa perde seus instintos, quando escolhe, prefere o que lhe é prejudicial.
F. Nietzche

Washington
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Mensagem por Washington »

Abmael escreveu:
Washington escreveu:
Caramba !!!

Não acredito que li isto. O Cara escreve bobagens e posta dados justificando-as.

Afinal de contas: De que lado você está? Você quis dizer o quê mesmo?

Incrível!! Somente a obtusa mentalidade esquerdista para produzir algo assim.

O Chile está crescendo 3 vezes mais que o Brasil. Fato.
O Chile é um país muito menor e tem a economia pouco diversificada se comparada com a brasileira. Fato 2.
É baseada em produtos minerais e agroindustriais que estão em alta no mercado internacional. Fato 3.
Neste caso em particular a vantagem do Brasil sobre o Chile é imensa: Somos espetacularmente bons em produtos minerais e agroindustriais, graças aos empresários nacionais a despeito do monstro estatal que joga contra.

Se somos tão bons e melhores que o Chile na sua principal vantagem, Porque crescemos menos se ainda temos um mercado muito maior e uma economia mais diversificada?


- Porque sua análise é rasteira.

- O mercado exportador baseado no agronegócio é muitíssimo maior no Brasil que no Chile, e ainda assim não rende um crescimento chileno, isso ocorre justamente porque o agronegógcio, apesar de grande, responde por uma porcentagem pequena de nossa atividade econômica, o Brasil copia o Chile na produção de frutas no Vale do São Francisco (com apoio inclusive de multis chilenas) e no investimento na produção de vinhos de alta qualidade no RS (já somos reconhecidos internacionalmente por nossos espumantes), isso seria um salto enorme para o Chile, mas é pouco para nossas dimensões, não temos como viver só de frutas, vinhos e cobre como faz o Chile, há muito mais, não dá para usar a receita de bolo do Chile para resolver a complexa logística de projetar, construir e vender aviões, ou administrar investimentos de multinacionais de grande porte com interessos no mundo inteiro, como a Petrobrás, a Vale do Rio Doce, a Marcopolo, A Gerdau.

Abraços,


Novamente você está errado. E seu erro novamente deve-se aos dois fatores que o faz incorrer em todos os outros: seu credo esquerdista e desconhecimento de economia e negócios.

Frutas, vinhos? O agronegócio brasileiro é gigantesco, temos sol, terra e água, nossa vantagem sobre o Chile é imensa. O mesmo se pode dizer do setor de mineração.

O mercado consumidor maior, a economia mais diversificada são vantagens óbvias. A questão é porque não aproveitamos essa vantagem para crescer mais que uma outra economia sem essas mesmas vantagens?

A resposta é que as vantagens não podem ser aproveitadas porque o país está travado. Essas são as palavras do guia genial dos povos do Brasil, não minhas.

Qual é a trava?
Resumidamente:
Carga tributária altíssima;
setor estatal gigantesco;
Normas e regras que impõem alto custo à realização de investimento e negócios e mesmo os impedem.

Como eliminar isso?

Mais uma vez é óbvio, temos um Estado gigantesco que gasta muito, impõem alto custo burocrático a todos e não dá praticamente nada em troca.

É obvio (de novo) que é isso que precisa ser mudado.
"Quando LULLA fala, o mundo se abre, se ilumina e se esclarece."
Marilena Chauí, filósofa da USP.

O triste é saber que tal figura recebe do contribuinte para dizer tais asneiras.


Chamo de pervertido um animal, uma espécie, um indivíduo, quando esse ou essa perde seus instintos, quando escolhe, prefere o que lhe é prejudicial.
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Aranha
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Re: É possível crescermos a taxas chinesas?

Mensagem por Aranha »

Washington escreveu:
Abmael escreveu:
Washington escreveu:
Abmael escreveu:- Escreveu merda no primeiro parágrafo e absolutamente NADA no segundo.

Abraços,


Por quê? Porque não está de acordo com o seu credo esquerdista.


- Não tenho credo algum, quanto menos esquerdista, entendeu agora porque escreveu merda? - Ou precisarei fazer um infográfico multimídia?


Errado. Você tem o credo esquerdista e eu não falei merda. E você mesmo sabe disso.


- Reafirma sua imensa estupidez e continua falando merda.

Washington escreveu:
Abmael escreveu:
Washington escreveu:Os resultados econômicos medíocres que temos é resultado direto da obtusa mentalidade esquerdista.


- Demonstre esta afirmação, suas bravatas vazias não servem como argumento.


A afirmação é o consenso dos analistas econômicos. Até mesmo o atual governo fala em destravar o país. O seu idolatrado governo esquerdista está dizendo bravatas vazias?


- Cadê a demonstração? - Cadê os argumentos Jumento? -Você não tem nada a acrescentar pois é uma besta quadrada.

Washington escreveu:
Abmael escreveu:
Washington escreveu:A principal variável do crescimento é a taxa de investimeno. A taxa chinesa é mais que o dobro da taxa brasileira. Investigue o porquê: O resultado eu já sei...


- Qualquer imbecil que assista a coluna da Miriam Leitão no Bom Dia Brasil diariamente sabe dessa total obviedade que você postou, mostre COMO aumentar esta taxa de investimento, isso é o que interessa, dizer que o céu é azul qualquer idiota faz, como você acaba de comprovar.


Interessante. Até eu citar a variável investimento no tópico... Aí ela se tornou óbvia. Por que você não citou no post inicial se era tão óbvia?


- Não citei para idiotas como você incapazes de ler entrelinhas, o trecho abaixo está no meu primeiro post caro descerebrado, agora precisa de aulas de interpretação de texto também?

Abmael escreveu:Além de tudo isso temos, é claro, graves problemas estruturais que nunca se resolverão a curto prazo


Washington escreveu:Como aumentar a taxa de investimento é óbvio também, todos sabem: é necessário uma reforma do Estado.


- Mais um chavão vazio bastante adequado para idiotas superficiais, "reforma do Estado" é peça de discurso, não quer dizer nada a menos que você informe COMO reformar e O QUE se pretende, naturalmente você é limítrofe demais para raciocinar em cima destas questões.

Washington escreveu:O que temos hoje? Um Estado que se apropria de mais de 40% da renda nacional, mas oferece muito pouco ou nada em termos de serviços públicos.


- Ohhhhhhhhh!!!! - Mais uma obvieade aprendida com a Miriam Leitão, já fui empresário e paguei impostos caro debilóide, estou careca de saber disso, veja o que eu postei:
Abmael escreveu:- Concordo plenamente, neste ponto considero os impostos escorchantes nosso pior problema, infelizmente é também o de mais difícil solução, pois mesmo com esta carga tributária absurda o governo ainda tem déficit e mesmo quando houver superávit a prioridade é que este vá para o investimento, ainda viveremos sob este peso muito tempo.

- Se não estivesse procurando esquerdismo em mim como um débil mental teria lido isto e não postado esta babaquice óbvia.

- Agora bote sua enferrujada massa cinzenta para funcionar e me mostre COMO diminuir a carga sem comprometer o superávit primário e aumentar a dívida pública gerando aumento dos juros.

Washington escreveu:A nossa infra-estrutura é deficiente; saúde, educação, segurança são péssimas. Há um setor estatal enorme que somente consome recursos, não dá nada em troca.


- Mais uma obvieade, onde eu disse o contrário? - O problema é que este nada que recebemos em troca é mais do que o estado Indiano e Chinês dão em troca, você leu meu primeiro post? - Ou só o primeiro parágrafo? - Refute ponto-a-ponto, PROVE que estou errado ao invés de me fazer perder tempo te dando porrada.

Washington escreveu:
Abmael escreveu:
Washington escreveu: Mais uma paulada na sua religião.


- Além de não acrescentar porra nenhuma à discussão, ainda vomitou mais um bom balde de merda.

Abraços,


Na verdade isso aplica-se a você.


- Ohhhhhhhhhh!!! - Que respostão inteligente!!!! - Fiquei sem palavras, agora me chama de bobo e feio vai.

Abraços,
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Mensagem por O ENCOSTO »

O problema do Brasil é a Caixa Economica Federal. Devemos privatiza-la urgentemente.
O ENCOSTO


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Onde houver fé, levarei a dúvida.

"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”

Washington
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Re: É possível crescermos a taxas chinesas?

Mensagem por Washington »

Abmael escreveu:
- Ohhhhhhhhhh!!! - Que respostão inteligente!!!! - Fiquei sem palavras, agora me chama de bobo e feio vai.

Abraços,


Ok. Aceito sua desistência.

Você se contradiz em cada resposta.

Isso era previsível, os ad hominens é apenas evidência disso.
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O triste é saber que tal figura recebe do contribuinte para dizer tais asneiras.


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Aranha
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Re: É possível crescermos a taxas chinesas?

Mensagem por Aranha »

Washington escreveu:
Abmael escreveu:
- Ohhhhhhhhhh!!! - Que respostão inteligente!!!! - Fiquei sem palavras, agora me chama de bobo e feio vai.

Abraços,


Ok. Aceito sua desistência.

Você se contradiz em cada resposta.

Isso era previsível, os ad hominens é apenas evidência disso.



- Nada feito! - Ainda Tem muita merda sua para comentar...


Washington escreveu:O que você postou não é verdade, e qualquer pessoa minimamente informada sabe disso. As condições de infra-estrutura no Brasil são muito deficientes; as regras hostilizam o empreendedor e tornam a vida das empresas um inferno.

Isso é fato, mas o que você diz é exatamente o oposto, numa atitude típica de religiosos. Quando a realidade contraria a crença... Dane-se a realidade.

Seu desconhecimento de economia e negocios:

Atribui o crescimento chinês à mão de obra barata, sem dúvida isso é uma vantagem, mas o questionamento não é isso e sim, o fato que porque essa vantagem somente foi explorada depois das reformas economicas? Porque a vantagem mão de obra barata não era explorada antes?

O custo mão de obra é somente um dos fatores, e sem dúvida um dos menos importantes.

O Crescimento chinês é puxado principalmente pelo investimento industrial.

Em industrias dificilmente o custo da mão de obra agregado ao produto passa dos 5%, trabalho em uma empresa em isso representa 4%, como já trabalhei em empresas que esse custo era 0,5%.

As outras variáveis são muito mais importantes: aquelas que você citou e que o Brasil não tem.


- Eu estava comparando com a ÁFRICA imbecil !!!!!!!!! - Era uma resposta a esta afirmação idiota que você fez:
Washington escreveu:Seguindo essa sua "lógica" poderemos concluir que a África desenvolve-se mais rápido, pois os miseráveis da África são mais miseráveis que os da China.

- Ou agora você vai afirmar que a ÁFRICA tem mais infra-estrutura que o Brasil?

Abraços,
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