Let me think for a while escreveu:Os direitos humanos não se justificam para humanos que não são direitos.
E quem decide quais humanos são direitos?
Let me think for a while escreveu:Os direitos humanos não se justificam para humanos que não são direitos.
Ateu Tímido escreveu:Let me think for a while escreveu:Os direitos humanos não se justificam para humanos que não são direitos.
E quem decide quais humanos são direitos?
Neuromancer escreveu:E tem mais:
Que merda de democracia é essa em que a maior parte da população é a favor da prisão perpétua e essa merda não é instituida?
Ateu Tímido escreveu:Uma que tem dois tipos de valores, os momentâneos, sujeitos aos humores do povo, que pode ser a favor não só de prisão perpétua, como de linchamento, ou castração, dependendo das emoções envolvidas, e, os permanentes, fruto da experiência histórica e dos princípios em que se funda a sociedade. Esses estão inscritos na Constituição, devendo ser defendidos pelo Judiciário, contra qualquer ingerência dos frutos da emoção coletiva.
Ateu Tímido escreveu:Os autoproclamados "inimigos dos direitos humanos" deste fórum não são capazes de contestar a validade de um ítem sequer da declaração.
betossantana escreveu:Hehe, eu não deveria, mas rí!
Shanaista escreveu:Ateu Tímido escreveu:Os autoproclamados "inimigos dos direitos humanos" deste fórum não são capazes de contestar a validade de um ítem sequer da declaração.
Não sou contra os direitos humanos... mas contra a forma como procuram empregá-los!!! Direitos Humanos deveria sim ter homens de bem... para deixar claro que eles valem para pessoas corretas e dignas perante as leis... não para prilantras que as violam...
Em minha opinião... essa/aquela corja de manifestantes que contestam/contestavam... atitudes policiais ao combaterem criminosos de facções, homicidas, estrupadores, etc... dizendo que isso é denegrir os direitos humanos, a mim é um absurdo...
Quando o PCC fez aquele reboliço todo aqui em São Paulo... o Marcelo Rezende desafiou os partidarios dos diretos humanos a bandidos...
Liguem aqui... o telefone é esse que aparece no seu video...
E só não chamou a mãe desses de santa, na presença de delegados e 2 viuvas dos policiais mortos na chacina... alguém ligou???
É isso que repugna... querer fazer valer uma coisa para pessoas que desmerecem!!!
Ateu Tímido escreveu:Neuromancer escreveu:E tem mais:
Que merda de democracia é essa em que a maior parte da população é a favor da prisão perpétua e essa merda não é instituida?
Uma que tem dois tipos de valores, os momentâneos, sujeitos aos humores do povo, que pode ser a favor não só de prisão perpétua, como de linchamento, ou castração, dependendo das emoções envolvidas, e, os permanentes, fruto da experiência histórica e dos princípios em que se funda a sociedade. Esses estão inscritos na Constituição, devendo ser defendidos pelo Judiciário, contra qualquer ingerência dos frutos da emoção coletiva.
Ateu Tímido escreveu:Let me think for a while escreveu:Os direitos humanos não se justificam para humanos que não são direitos.
E quem decide quais humanos são direitos?
RicardoVitor escreveu:Um criminoso do nível de um assassino, de um estuprador, de um traficante, (...)
RicardoVitor escreveu:(...)não deve ter Direito Humano algum, pois violou tais valores, o que prova a sua discordância com os mesmos. Por que alguém que não acredita que a vida humana deve ser valorizada, deveria ter sua própria vida defendida por outros? A Declaração dos Direitos Humanos, além de um conjunto de princípios morais, é um pacto. Só irei cumprir aquilo se todos cumprirem, de outra forma de que vale tal documento? Aqueles que violam tais princípios, não devem possuir os mesmos direitos dos que os respeitam.
RicardoVitor escreveu:A minha posição contra a pena de morte não é moral, é prática. Se fosse pela "peninha" que cada um desses sente pelos "coitadinhos", por mim eles seriam torturados da forma mais terrível até morrerem de tanta dor.
Obs.: Isso de forma alguma é vingança, se chama Justiça.
Neuromancer escreveu:O clamor por penas mais duras, tais como a prisão pepétua, é algo antigo, que se intensifica toda vez que algo bárbaro acontece, daí vcs falarem em ingerência coletiva, ou calor do momento.O que eu pergunto é: se esse país é de fato uma democracia e a população pede por penas mais duras, não falo só de prisão perpétua, porque diabos elas não são instituidas?
betossantana escreveu:Sei lá, não é porque a adoção de uma pena é apoiada pela maioria da população de um Estado que ela se legitima em relação à convenção supra-nacional que é a Declaração.
Poindexter escreveu:Para esse Estado em particular, se legitima, porque os Estados são soberanos.
Poindexter escreveu:A pergunta do Neuromancer continua validíssima e fico feliz que você tenha respondido com um "sei lá", pois esse reconhecimento de que não sabe a resposta é muito melhor que a atitude de que tanto se vê por aí de se tentar "tapar o sol com a peneira".
Ateu Tímido escreveu:Repito para você a pergunta que eu fiz acima, Wolney:
Ateu Tímido escreveu:Quem decide quais são os "homens de bem"?
Aliás, eu tenho medo de "homens de bem"...
RicardoVitor escreveu:Ateu Tímido escreveu:Let me think for a while escreveu:Os direitos humanos não se justificam para humanos que não são direitos.
E quem decide quais humanos são direitos?
Já ouviu falar na Justiça?
Ateu Tímido escreveu:É você quem parece não saber nada de justiça, Liquid...Só está sujeito ao judiciário quem tem Direitos e Deveres reconhecidos pela ordem jurídica. Se alguém, ou melhor, alguma "coisa" não faz jus aos Direitos Humanos, também não pode resonder perante a lei.
Burundi: Uma infância em guerra
Por todo o mundo existem cerca de 300 000 crianças envolvidas em conflitos, no Burundi as crianças soldado são "regra" num estado que não tem qualquer respeito pelos direitos das crianças. Os governantes do Burundi tardam em perceber que as crianças que hoje se militarizam não trarão um futuro nem pacifico nem promissor ao pais. No fim seremos todos nós os derrotados.
A Amnistia Internacional apela ao governo do Burundi e a todos os líderes dos diversos grupos políticos armados, que cessem imediatamente o uso e recrutamento de Crianças -Soldado e assumam os respectivos compromissos na desmobilização e reintegração destas crianças. Os líderes militares têm instigado os 10 anos de conflito armado no Burundi, recrutando e raptando crianças, destruindo a sua infância e colocando em risco a sua vida futura. - afirmou a Amnistia Internacional no seu relatório mais recente relatório Burundi: Crianças - Soldado - o desafio da desmobilização.
"Combater a prática e o legado do uso de crianças soldado constitui um elemento importante no alcance de uma paz duradoura, na qual os Direitos Humanos de todas as pessoas sejam respeitados." - disse a Amnistia Internacional.
As crianças, mesmo aquelas com menos de 15 anos, foram cinicamente usadas como ferramentas de guerra baratas e dispensáveis. As crianças foram raptadas e retiradas às suas famílias. Outras foram forçadas a voluntariar-se no exército, devido à exclusão social e ao colapso das famílias, ou após terem testemunhado atrocidades. A pobreza e os anos de guerra tornaram mais fácil que toda uma geração de crianças fosse arrastada para o conflito armado.
"Independentemente de como são recrutadas, as Crianças - Soldado devem ter testemunhado ou participado em actos de violência, assim como devem ter sido objecto de abusos. O legado das crianças terem passado anos nas forças armadas, aprendendo primeiramente a arte da violência, terá repercussões indesejáveis, tanto no país como nos seus cidadãos, a menos que o problema seja urgentemente resolvido."- acrescentou a Organização.
As forças armadas e os grupos políticos armados do Burundi recrutaram e usaram Crianças - Soldado como carregadores, informantes, "esposas" e como combatentes. As Crianças - Soldado do Burundi combateram tanto no país como na República Democrática do Congo. Muitas destas crianças ficaram traumatizadas, humilhadas, sofreram maus tratos e foram brutalmente castigadas, bem como expostas, devido à inexperiência e ao treino insuficiente, a riscos inúteis. Mesmo aquelas utilizadas essencialmente como carregadores estiveram na linha da frente durante os combates, enquanto cumpriam a sua tarefa de transportar os feridos e os mortos.
Pierre (nome falso), de 14 anos, foi raptado da sua casa juntamente com outras seis crianças, da comuna de Mukike, província do Rural Bujumbura em Julho de 2002 pelas Forças Nacionais de Libertação de Agathon Rwasa (PALIPEHUTU-HNL). Foram obrigadas a transportar munições e bens roubados. Ele permaneceu com a FNL durante dois meses antes de ter sido capturado e preso por membros das forças armadas.
"A comunidade Internacional e o governo do Burundi devem de forma prioritária comprometer-se a apoiar a longo prazo, de modo a facilitar a reintegração e oferecer uma conjuntura alternativa favorável às antigas Crianças - Soldado."
Sem apoio sustentado, as crianças desmobilizadas podem regressar voluntariamente ou serem forçadas a recrutadas de novo no exército ou outros grupos armados, perpetuando o ciclo do conflito. Como alternativa podem ser obrigados a viver na rua, onde estão susceptíveis ao crime e à exploração.
Todos os programas de desmobilização, reintegração e reabilitação deviam prestar especial atenção às necessidades das Crianças - Soldado femininas, que podem ter sofrido traumas acrescidos por terem sido vítimas de violência sexual. As raparigas podem ter de enfrentar desafios acrescidos na sua reintegração, podem ser alvo de marginalização ou de abusos sexuais durante o próprio processo de desmobilização.
Os jovens adultos que foram Crianças - Soldado devem ser incluídos nestes programas de desmobilização e reintegração.
Jean-Bosco N tinha 15 anos quando integrou as forças armadas do Burundi. Durante algum tempo, antes do seu recrutamento formal, ele acompanhou e trabalhou com estas forças. Jean contou à Amnistia Internacional que viu soldados a matar civis enquanto fugiam e que tinham recebido ordens para o fazerem. Ao regressar de operações militares, os soldados torturavam e mal tratavam civis frequentemente, disciplinados pelos seus superiores apenas se os seus abusos fossem considerados demasiado notórios. Depois de ter sido detido e agredido em diversas ocasiões por ofensas disciplinares, desertou. Agora, com 19 anos, é membro dos Guardas da paz, uma milícia governamental armada, sem treino.
"As facções do conflito demonstraram pouco entusiasmo em desmobilizar as Crianças -Soldado. O seu compromisso neste processo é essencial para assegurar o sucesso do projecto. A Amnistia Internacional apela também à comunidade internacional e aos doadores que encorajem os líderes do Burundi a apoiar o processo e providenciar assistência financeira e técnica suficiente, de modo a garantir uma abordagem coordenada e abrangente do processo."
"A comunidade internacional devia interessar-se e envolver-se neste processo e monitorizar o progresso do programa, bem como acompanhar o desenvolvimento do país, de modo a evitar algum tipo de manipulação do projecto de desmobilização pelos líderes militares ou por outras entidades. Qualquer novo recrutamento e prove de persistente uso de Crianças -Soldado deve ser publica e veementemente condenado." - acrescentou a Organização.
Para que a desmobilização, reintegração e reabilitação seja verdadeiramente assegurada, o governo do Burundi, deve também abordar o tema da proliferação de armas no país.
Informação adicional
Não existem dados concretos sobre o número de crianças que participaram no conflito durante os últimos 10 anos. Contudo, de acordo com as estatísticas do Fundo das Nações Unidas de apoio à Infância (UNICEF) entre 6,000 e 7,000 crianças com menos de 18 anos têm agora de ser libertadas, desmobilizadas e reintegradas na sociedade. A UNICEF até ao momento conseguiu acordar com o governo do Burundi e com dois grupos políticos armados, o FNL (Mugabarabona) e CNDD-FDD (Ndayikengurukiye) a desmobilização e reintegração das suas Crianças - Soldado, estimadas em 3,000.
Desde Janeiro de 2004, 300 Crianças - Soldado das forças governamentais e da CNDD-FDD (Ndayikengurukiye) já foram desmobilizadas, e estão a ser integradas nas suas comunidades. Planos para a futura desmobilização de milhares de outras Crianças - Soldado estão a ser preparados. Dezenas de milhares de combatentes adultos têm também de ser desmobilizados e reintegrados - um desafio considerável numa situação de extrema pobreza e de conflito, tanto no Burundi como na vizinha República Democrática do Congo, uma região onde as armas de pequeno porte abundam. O modo como este processo for gerido terá um impacto significativo na situação actual e futura dos Direitos Humanos no Burundi.
Para mais informação, poderão consultar : Burundi: Crianças - Soldado - o desafio da desmobilização (AFR 16/11/2004) de 24 de Março de 2004.
Quando um assassino mata alguém, NINGUÉM do pessoal dos direitos humanos está lá para requerer os direitos humanos dele.
Quando chega a hora do assassino ser punido, quem é que está lá para requerer os direitos dele? Adivinha.
O mesmo acontece quando não há assassinos. Pessoas morrem de fome e doença na África todos os anos, e cadê os direitos humanos deles?
Direitos humanos é algo bonito no papel, mas não funciona direito na prática...
Paquistão: Panah precisa de ajuda
15-Dec-2006
"Utilizava cordas, cabos e paus para me bater. Batia-me sempre na cabeça para as feridas não se verem". Declarações de uma mulher à Amnistia Internacional em Karachi, 2004.
Segundo a Comissão de Direitos Humanos do Paquistão, calcula-se que 80 por cento do total das mulheres paquistanesas sofre violência doméstica.
A Amnistia Internacional documentou dezenas de casos de homicídios em nome da "honra", de queimaduras com ácido, violação, incesto, mutilações (incluindo o corte do nariz e dos seios), graves agressões verbais e privação de recursos económicos.
Algumas destas mulheres acabam por ir para Panah - traduz-se literalmente como "refúgio"-, uma casa-abrigo onde as mulheres têm acesso gratuito ao ensino, assistência médica e aconselhamento. Panah foi criado por membros da Amnistia Internacional que, após terem lido o relatório publicado pela organização em 1999, Pakistan: violence against women in the name of honour, ofereceram dinheiro para ajudar mulheres atingidas por estas situações.
Ao longo dos tempos, Panah ofereceu um abrigo seguro a mais de 250 mulheres. Não é só proporcionado asilo imediato, mas também formação profissional e educativa para ajudá-las a obter conhecimentos que necessitam para serem autosuficientes.
Panah é uma das poucas casas-abrigo para mulheres existentes no Paquistão . Embora o governo esteja a criar de momento novos centros para situações de crise, e existam em algumas cidades casas-abrigo para mulheres, financiadas por fundos públicos e privados, o seu número é, de momento, insuficiente.
O divórcio é um tabú na nossa sociedade, mas eu conhecia os meus direitos como mulher. Segui em diante e o resultado foi que me colocaram um rótulo de "recém divorciada e doente mental". Depois de estar internada num hospital psiquiátrico, reuní todo o meu valor e força interior e contactei com duas ONG da cidade. Aqui, em Panah, com ajuda médica profissional, estou a refazer a minha vida depois de um episódio devastador, doloroso e traumático. Depoimento de uma mulher de 27 anos que procurou abrigo em Panah.
Actue!
A casa-abrigo de Panah está à procura de novas instalações.
Os proprietários das instalações actuais pediram a sua devolução. Panah necessita mudar-se para um lugar seguro e económico, antes do final de 2007. Não se deve colocar em perigo o futuro das mulheres que permanecem no abrigo.
Você pode ajudar a fazer a diferença. Descubra como contactando a equipa do Paquistão do Secretariado Internacional da AI:
Pakistan Team
Amnesty International
International Secretariat
1 Easton Street
London WC1X 0DW