A Política de Cotas nas Universidades Públicas Brasileiras
A Política de Cotas nas Universidades Públicas Brasileiras
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A Política de Cotas nas
Universidades Públicas Brasileiras
Carlos Ignácio Pinto
carlos@klepsidra.net
Bacharel em História / USP
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Muitas pessoas se assustam ao ouvirem a idéia de criação de cotas para negros nas universidades públicas Brasileiras. Este artigo busca compreender o medo e a falácia que giram em torno das cotas, bem como demonstrar minha sincera opinião sobre o sistema de cotas no Brasil, e de como o compreendo dentro de um universo muito maior de uma série de correções de nossa sociedade tão “democrática” e “anti-racista”.
Há mais ou menos um ano tenho trabalhado como professor colaborador do cursinho para população carente do Núcleo de Consciência Negra da Universidade de São Paulo, entidade referencial na luta contra o preconceito racial no Brasil, ministrando as aulas da disciplina de História Geral. Neste universo, me deparei com situações que puseram abaixo tudo o que pensava até então sobre o sistema de cotas para negros nas universidades públicas brasileiras. A diferença se pautou em algo extremamente relevante: a passagem do discurso teórico que até agora tinha, para a prática; aquela que me defrontou com uma verdade bem mais latente e contundente do que aquelas demonstradas por muitos demagogos (como até aquele momento acredito ter sido) ou inocentes (o que não acredito muito) em seus discursos.
Martin Luther King, o assassinado líder negro dos EUA
Os discursos contrários à política de cotas se pautam basicamente em dois elementos que não se sustentam: o primeiro seria que ao invés do ingresso de negros através da política de cotas, o fundamental seria a melhoria substancial do ensino médio no Brasil que garantiria uma equiparação de saberes para os alunos que pretendem ingressar em uma universidade através do vestibular; e o segundo, como desdobramento do primeiro, seria que no Brasil a diferenciação entre os ingressantes em uma universidade e aqueles que não conseguem sucesso no vestibular estaria pautada na diferença econômica, ou seja, a entrada em uma universidade pública dependeria exclusivamente do poder aquisitivo do aluno e a economia despendida em sua formação escolar.
Estes dois argumentos fazem parte do discurso comum, daqueles que se pronunciam contrários ao sistema de cotas e não possuem muita coisa a acrescentar; o primeiro argumento de que “é necessário uma melhoria do ensino no Brasil” é um discurso de décadas, ou seja, aguarda-se a melhoria também a décadas ao passo em que a exclusão permanece; defendemos tal argumento e o que se apresenta como proposta para que isto se efetue? Quase nada! Não peça aos movimentos de inserção do negro que abandonem suas políticas efetivas em troca da espera; não espere a acomodação na esperança da equiparação da formação escolar dos alunos oriundos de escolas públicas em relação aos oriundos de escolas particulares. A exclusão do negro da Universidade Pública é latente!!!!!!!! Percebam o perigo deste argumento, na medida em que nos reduz a paciente do processo, sendo que o que a comunidade negra no Brasil precisa é da aplicação de medidas imediatas, independente se for para reparação do mal que se faz até hoje a esta comunidade ou se para realmente começarmos a dar um fim a exclusão do negro no ensino superior brasileiro.
Sobre o segundo argumento que trata sobre a desigualdade social, mas é claro que o pobre é que não consegue ingressar em uma universidade pública, entretanto mesmo entre os pobres, o número de negros pobres está 47% acima dos brancos, ou seja, existem mais pessoas miseráveis negras do que brancas, e entre estas, os negros são os de menor salário e poder aquisitivo; a remuneração para um mesmo cargo é diferente entre negros e brancos. A maioria (na realidade, uma minoria) dos alunos oriundos de escolas públicas que conseguem entrar em uma universidade pública no Brasil são brancos, ou seja, mesmo entre aqueles que conseguem vencer a diferença, os negros são minoria.
Você que está lendo este artigo e estuda em uma universidade pública, ou até mesmo privada no Brasil, repare a sua volta em sua universidade, e veja a gritante diferença entre o número de negros e brancos. Desigualdade Social? Também, mas muita desigualdade racial presente.
Recentemente lendo um artigo de um jornal universitário chamado Revelação da Universidade de Uberaba, de autoria do aluno Rodolfo Rodrigues do 6º período de Jornalismo[1], me assustei; o artigo que tentava combater a política de cotas, envolvia todas estas idéias do discurso comum e algumas outras muito piores, com todo o respeito ao colega. Este citava em seu artigo (além do ideário comum) a idéia de que biologicamente somos todos iguais e por isso não poderia se estabelecer as cotas e que o negro apenas precisaria de seu esforço e dedicação para ingressar em uma universidade pública!
Caro Rodolfo e aqueles que pensam como ele, é lógico que somos muito parecidos geneticamente falando, entretanto, ao contrário de sua “democracia biológica” o preconceito e o racismo no Brasil estão pautados pela cor que o negro traz em sua pele e não no sangue que corre em suas veias e, por favor, se ainda existe a crença de que a única diferença entre os alunos que entram em uma universidade pública e aqueles que não ingressam, está pautada no esforço e dedicação que estes desprendem em sua preparação para o vestibular, gostaria que estes fizessem uma visita a minha turma no Núcleo de Consciência Negra aqui da Universidade de São Paulo e separassem os que não trabalham, os que não ajudam em casa e os que sustentam famílias, ou seja, possuem muito mais obrigações do que aquelas impostas pelo vestibular. A diferença está na dedicação? Aquele que ainda não ingressou no mercado de trabalho ou que não tem obrigações para com sua família é um maior merecedor da vaga na universidade porque se “dedicou”?????? Convenhamos, se este poder fosse me dado, eu estaria muito mais propenso a colocar o aluno trabalhador em uma universidade, se o mérito for a dedicação, do que o aluno que pode dedicar-se integralmente ao vestibular tendo como estrutura educacional bons colégios particulares.
No mesmo artigo, há uma foto em destaque com uma aluna negra do 3° período de Comunicação Social da mesma Universidade, e ao seu redor 5 alunos brancos, com os seguintes dizeres “A estudante ..... ingressou na Universidade sem precisar se valer das cotas.”. O que me causou estranheza foi o fato do próprio autor do artigo corroborar com a idéia de que são pouquíssimos negros dentro de uma Universidade Pública no Brasil, através desta foto que possui uma maioria de alunos brancos, sendo ela a única negra do grupo!
Como dito anteriormente, a questão do negro na Universidade Pública no Brasil é bem mais complexa do que a simples compreensão da desigualdade social, polarizada entre pobre e ricos, compreensão esta que por muito tempo engessou e engessa as reivindicações de uma maior igualdade da comunidade negra no Brasil. É o discurso comum presente até mesmo dentro das universidades que por vocação, teriam de se libertar destas amarras.
Recentemente, a USP tem realizado obras na intenção de facilitar o acesso a universidade de alunos portadores de deficiências físicas; entretanto, nossos departamentos não estão preparados para receberem os alunos portadores de deficiências visuais, mesmo que sendo estabelecido por lei a obrigatoriedade de tal adaptação. Seria justo interromper as obras na USP que visam facilitar o acesso de deficiente físicos visto que elas não contemplam os deficientes visuais? É justo suspender a política de cotas porque ela não da conta do todo?
Para aqueles que não sabem, as universidade públicas brasileiras possuem cotas para estrangeiros. E porque não se levantaram contrários? É que a questão dos negros para muitos deve permanecer como está; todos acreditando no mito da nossa “democracia racial” onde somos felizes, pacíficos e ordeiros, e só não se consegue a felicidade, satisfação econômica e realização de sua pessoa enquanto cidadão e ser humano, aqueles que não batalham por ela, pois as condições estão dadas “igualmente” para todos; Papai Noel e coelhinho da páscoa também existem.
No mesmo artigo o autor ainda finaliza suas idéias rechaçando as pessoas que fazem uso de roupas com dizeres do tipo “100% negro”, “preto brasileiro” ou “afrobrasileiro negão”, alegando que isto também seria uma forma de manifestação de racismo, só que de ordem invertida. Estranho, quantas pessoas não desfilam entre nós com camisetas do tipo “MedicinaUSP”, “Poli USP”, “Mackenzie”, “PUC”, “UNIUBE” e não os tratamos como racistas, apesar de a todo momento afirmarem sua condição de superioridade educacional. É racismo a afirmação da cor que traz na pele? Não existe uma negação do outro, mas uma afirmação da condição que sou. Se me afirmo como Universitário, tranqüilo; se me afirmo como Negro sou racista???? Colocação absolutamente infeliz, que infelizmente faz parte do ideário comum e não apenas de nosso colega em Uberaba.
Não se trata apenas de uma resposta do artigo citado, mas sim da colocação dos vários temas que permeiam e ocultam as discussões sobre o preconceito e o racismo no Brasil do qual a política de cotas é apenas uma parte, mas que forçosamente por parte de alguns vem se transformando no todo.
Acredito plenamente que o ensino no Brasil deva ser repensado e reformado como um todo, garantindo uma melhoria na qualidade do ensino aplicado a comunidade carente que é a maioria deste país. O que não posso aceitar é que a espera da realização disto sufoque a questão da segregação racial das universidades públicas brasileiras. Assim como o negro, também estão os índios e minorias também discriminadas, que a exemplo do ocorrido com os movimentos negros, também tem o direito de reivindicar seus direitos e fazer valer sua voz.
Não acredito que a política de cotas seja um fim em si, muito pelo contrário, é ela que está estimulando todo o debate em torno do racismo no Brasil, e é a partir destas discussões que nascerão os rumos de muitas questões que hoje se colocam quase sem solução. O que não gosto de observar é o reducionismo a que certas pessoas submetem as cotas, o racismo e o negro no Brasil.
Apesar de se chamar Núcleo de Consciência Negra da Universidade de São Paulo, o NCN atende em suas dependências, populações carentes oferecendo várias atividades e cursos tais como línguas (Espanhol, Inglês e Yorubá), Alfabetização de adultos e um cursinho comunitário pré-vestibular que busca a inserção dos alunos carentes oriundos em sua maioria de escolas públicas nas Universidades Públicas brasileiras, alunos estes que são atendidos independentes da cor que tragam em sua pele, nos mostrando uma fácil lição, na qual se configuram como um centro de referência contra a discriminação Racial no Brasil e na luta pelas cotas, e trazem em seus projetos alunos das mais diferenciadas raças.
Àqueles que ainda insistem em perguntar, para seus padrões de cores eu sou classificado como branco e não estou legislando em causa própria, mas em função daquilo que considero justo.
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[1] Rodrigues, Rodolfo. O Racismo está na moda in “Revelação – Jornal-laboratório do curso de Comunicação Social” . Universidade de Uberaba, abril de 2003, pág. 8.
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Carlos Ignácio Pinto
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Muitas pessoas se assustam ao ouvirem a idéia de criação de cotas para negros nas universidades públicas Brasileiras. Este artigo busca compreender o medo e a falácia que giram em torno das cotas, bem como demonstrar minha sincera opinião sobre o sistema de cotas no Brasil, e de como o compreendo dentro de um universo muito maior de uma série de correções de nossa sociedade tão “democrática” e “anti-racista”.
Há mais ou menos um ano tenho trabalhado como professor colaborador do cursinho para população carente do Núcleo de Consciência Negra da Universidade de São Paulo, entidade referencial na luta contra o preconceito racial no Brasil, ministrando as aulas da disciplina de História Geral. Neste universo, me deparei com situações que puseram abaixo tudo o que pensava até então sobre o sistema de cotas para negros nas universidades públicas brasileiras. A diferença se pautou em algo extremamente relevante: a passagem do discurso teórico que até agora tinha, para a prática; aquela que me defrontou com uma verdade bem mais latente e contundente do que aquelas demonstradas por muitos demagogos (como até aquele momento acredito ter sido) ou inocentes (o que não acredito muito) em seus discursos.
Martin Luther King, o assassinado líder negro dos EUA
Os discursos contrários à política de cotas se pautam basicamente em dois elementos que não se sustentam: o primeiro seria que ao invés do ingresso de negros através da política de cotas, o fundamental seria a melhoria substancial do ensino médio no Brasil que garantiria uma equiparação de saberes para os alunos que pretendem ingressar em uma universidade através do vestibular; e o segundo, como desdobramento do primeiro, seria que no Brasil a diferenciação entre os ingressantes em uma universidade e aqueles que não conseguem sucesso no vestibular estaria pautada na diferença econômica, ou seja, a entrada em uma universidade pública dependeria exclusivamente do poder aquisitivo do aluno e a economia despendida em sua formação escolar.
Estes dois argumentos fazem parte do discurso comum, daqueles que se pronunciam contrários ao sistema de cotas e não possuem muita coisa a acrescentar; o primeiro argumento de que “é necessário uma melhoria do ensino no Brasil” é um discurso de décadas, ou seja, aguarda-se a melhoria também a décadas ao passo em que a exclusão permanece; defendemos tal argumento e o que se apresenta como proposta para que isto se efetue? Quase nada! Não peça aos movimentos de inserção do negro que abandonem suas políticas efetivas em troca da espera; não espere a acomodação na esperança da equiparação da formação escolar dos alunos oriundos de escolas públicas em relação aos oriundos de escolas particulares. A exclusão do negro da Universidade Pública é latente!!!!!!!! Percebam o perigo deste argumento, na medida em que nos reduz a paciente do processo, sendo que o que a comunidade negra no Brasil precisa é da aplicação de medidas imediatas, independente se for para reparação do mal que se faz até hoje a esta comunidade ou se para realmente começarmos a dar um fim a exclusão do negro no ensino superior brasileiro.
Sobre o segundo argumento que trata sobre a desigualdade social, mas é claro que o pobre é que não consegue ingressar em uma universidade pública, entretanto mesmo entre os pobres, o número de negros pobres está 47% acima dos brancos, ou seja, existem mais pessoas miseráveis negras do que brancas, e entre estas, os negros são os de menor salário e poder aquisitivo; a remuneração para um mesmo cargo é diferente entre negros e brancos. A maioria (na realidade, uma minoria) dos alunos oriundos de escolas públicas que conseguem entrar em uma universidade pública no Brasil são brancos, ou seja, mesmo entre aqueles que conseguem vencer a diferença, os negros são minoria.
Você que está lendo este artigo e estuda em uma universidade pública, ou até mesmo privada no Brasil, repare a sua volta em sua universidade, e veja a gritante diferença entre o número de negros e brancos. Desigualdade Social? Também, mas muita desigualdade racial presente.
Recentemente lendo um artigo de um jornal universitário chamado Revelação da Universidade de Uberaba, de autoria do aluno Rodolfo Rodrigues do 6º período de Jornalismo[1], me assustei; o artigo que tentava combater a política de cotas, envolvia todas estas idéias do discurso comum e algumas outras muito piores, com todo o respeito ao colega. Este citava em seu artigo (além do ideário comum) a idéia de que biologicamente somos todos iguais e por isso não poderia se estabelecer as cotas e que o negro apenas precisaria de seu esforço e dedicação para ingressar em uma universidade pública!
Caro Rodolfo e aqueles que pensam como ele, é lógico que somos muito parecidos geneticamente falando, entretanto, ao contrário de sua “democracia biológica” o preconceito e o racismo no Brasil estão pautados pela cor que o negro traz em sua pele e não no sangue que corre em suas veias e, por favor, se ainda existe a crença de que a única diferença entre os alunos que entram em uma universidade pública e aqueles que não ingressam, está pautada no esforço e dedicação que estes desprendem em sua preparação para o vestibular, gostaria que estes fizessem uma visita a minha turma no Núcleo de Consciência Negra aqui da Universidade de São Paulo e separassem os que não trabalham, os que não ajudam em casa e os que sustentam famílias, ou seja, possuem muito mais obrigações do que aquelas impostas pelo vestibular. A diferença está na dedicação? Aquele que ainda não ingressou no mercado de trabalho ou que não tem obrigações para com sua família é um maior merecedor da vaga na universidade porque se “dedicou”?????? Convenhamos, se este poder fosse me dado, eu estaria muito mais propenso a colocar o aluno trabalhador em uma universidade, se o mérito for a dedicação, do que o aluno que pode dedicar-se integralmente ao vestibular tendo como estrutura educacional bons colégios particulares.
No mesmo artigo, há uma foto em destaque com uma aluna negra do 3° período de Comunicação Social da mesma Universidade, e ao seu redor 5 alunos brancos, com os seguintes dizeres “A estudante ..... ingressou na Universidade sem precisar se valer das cotas.”. O que me causou estranheza foi o fato do próprio autor do artigo corroborar com a idéia de que são pouquíssimos negros dentro de uma Universidade Pública no Brasil, através desta foto que possui uma maioria de alunos brancos, sendo ela a única negra do grupo!
Como dito anteriormente, a questão do negro na Universidade Pública no Brasil é bem mais complexa do que a simples compreensão da desigualdade social, polarizada entre pobre e ricos, compreensão esta que por muito tempo engessou e engessa as reivindicações de uma maior igualdade da comunidade negra no Brasil. É o discurso comum presente até mesmo dentro das universidades que por vocação, teriam de se libertar destas amarras.
Recentemente, a USP tem realizado obras na intenção de facilitar o acesso a universidade de alunos portadores de deficiências físicas; entretanto, nossos departamentos não estão preparados para receberem os alunos portadores de deficiências visuais, mesmo que sendo estabelecido por lei a obrigatoriedade de tal adaptação. Seria justo interromper as obras na USP que visam facilitar o acesso de deficiente físicos visto que elas não contemplam os deficientes visuais? É justo suspender a política de cotas porque ela não da conta do todo?
Para aqueles que não sabem, as universidade públicas brasileiras possuem cotas para estrangeiros. E porque não se levantaram contrários? É que a questão dos negros para muitos deve permanecer como está; todos acreditando no mito da nossa “democracia racial” onde somos felizes, pacíficos e ordeiros, e só não se consegue a felicidade, satisfação econômica e realização de sua pessoa enquanto cidadão e ser humano, aqueles que não batalham por ela, pois as condições estão dadas “igualmente” para todos; Papai Noel e coelhinho da páscoa também existem.
No mesmo artigo o autor ainda finaliza suas idéias rechaçando as pessoas que fazem uso de roupas com dizeres do tipo “100% negro”, “preto brasileiro” ou “afrobrasileiro negão”, alegando que isto também seria uma forma de manifestação de racismo, só que de ordem invertida. Estranho, quantas pessoas não desfilam entre nós com camisetas do tipo “MedicinaUSP”, “Poli USP”, “Mackenzie”, “PUC”, “UNIUBE” e não os tratamos como racistas, apesar de a todo momento afirmarem sua condição de superioridade educacional. É racismo a afirmação da cor que traz na pele? Não existe uma negação do outro, mas uma afirmação da condição que sou. Se me afirmo como Universitário, tranqüilo; se me afirmo como Negro sou racista???? Colocação absolutamente infeliz, que infelizmente faz parte do ideário comum e não apenas de nosso colega em Uberaba.
Não se trata apenas de uma resposta do artigo citado, mas sim da colocação dos vários temas que permeiam e ocultam as discussões sobre o preconceito e o racismo no Brasil do qual a política de cotas é apenas uma parte, mas que forçosamente por parte de alguns vem se transformando no todo.
Acredito plenamente que o ensino no Brasil deva ser repensado e reformado como um todo, garantindo uma melhoria na qualidade do ensino aplicado a comunidade carente que é a maioria deste país. O que não posso aceitar é que a espera da realização disto sufoque a questão da segregação racial das universidades públicas brasileiras. Assim como o negro, também estão os índios e minorias também discriminadas, que a exemplo do ocorrido com os movimentos negros, também tem o direito de reivindicar seus direitos e fazer valer sua voz.
Não acredito que a política de cotas seja um fim em si, muito pelo contrário, é ela que está estimulando todo o debate em torno do racismo no Brasil, e é a partir destas discussões que nascerão os rumos de muitas questões que hoje se colocam quase sem solução. O que não gosto de observar é o reducionismo a que certas pessoas submetem as cotas, o racismo e o negro no Brasil.
Apesar de se chamar Núcleo de Consciência Negra da Universidade de São Paulo, o NCN atende em suas dependências, populações carentes oferecendo várias atividades e cursos tais como línguas (Espanhol, Inglês e Yorubá), Alfabetização de adultos e um cursinho comunitário pré-vestibular que busca a inserção dos alunos carentes oriundos em sua maioria de escolas públicas nas Universidades Públicas brasileiras, alunos estes que são atendidos independentes da cor que tragam em sua pele, nos mostrando uma fácil lição, na qual se configuram como um centro de referência contra a discriminação Racial no Brasil e na luta pelas cotas, e trazem em seus projetos alunos das mais diferenciadas raças.
Àqueles que ainda insistem em perguntar, para seus padrões de cores eu sou classificado como branco e não estou legislando em causa própria, mas em função daquilo que considero justo.
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[1] Rodrigues, Rodolfo. O Racismo está na moda in “Revelação – Jornal-laboratório do curso de Comunicação Social” . Universidade de Uberaba, abril de 2003, pág. 8.
- Apáte
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Re.: A Política de Cotas nas Universidades Públicas Brasilei
Eu também sou a favor de cotas para crianças de 6 anos de idade, afinal, os coitadinhos ainda nem tiveram tempo de estudar, como poderiam concorrer em pé de igualdade com os que já são 10 anos mais velhos?
Também sou a favor de criação de cotas para as mulas de carga, pois além de trabalharem duro a vida inteiro carregando peso, não têm tempo de estudar e, ainda por cima, tem um sistema nervoso muito inferior aos humanos, logo elas são prejudicadas 3 vezes.
Este post pode conter uma "irônia".
Também sou a favor de criação de cotas para as mulas de carga, pois além de trabalharem duro a vida inteiro carregando peso, não têm tempo de estudar e, ainda por cima, tem um sistema nervoso muito inferior aos humanos, logo elas são prejudicadas 3 vezes.
Este post pode conter uma "irônia".
"Da sempre conduco una attività ininterrotta di lavoro, se qualche volta mi succede di guardare in faccia qualche bella ragazza... meglio essere appassionati di belle ragazze che gay" by: Silvio Berlusconi
Re: Re.: A Política de Cotas nas Universidades Públicas Bras
Maicon escreveu:Os racistas ficaram quietinhos...
Chamar alguém de racista por se opor a cotas raciais é um contra senso sem tamanho.
Eu sou a favor de cotas socio-economicas.Participei do debate na universidade que cursei.O principal motivo que limita o acesso é a questão socio-economica de possibilidade de estudar nos melhores colegios particulares, e o fato de pessoas com mais recursos dão aos filhos melhores condiçoes para se preparar.
O BRasil é um país de mestiços, eu já lecionei em colegios publicos, e pessoas que muitos chamariam de negros, como são mestiços, não querem nem apenas a herança afro, nem apenas a herança branca, querem ambas.
Usar criterios raciais, quando na especie humana não existem raças e sim etnias, isso sim é um equivoco.Em varios cursos a presença de afro-descententes, e mestiços já existe, ela é mais escassa em cursos como medicina e direito, objeto de cobiça das classes medias.
Criterio para as cotas, não deve supor diferenças de potencias entre pessoas de diferentes distribuição de melanina, isso sim subestima e muito a capacidade das pessoas, baseado em criterios biologicos, algo que aceita a perspectiva fascista apenas a inverte para beneficiar uma fatia.Todos os pobres, e excluidos precissam de ajudar, eleger alguns e condenar os outros a nenhuma oportunidade é de uma falta de solidariedade humana terrivel.Se apenas cotas raciais para negros, pobres não negros, que existem, estariam vedados da possibilidade de entrar em Universidades publicas.
A ajuda não deve abolir o merito e deve ser para os melhores dos colegios publicos, sejam de qualquer cor.Julgar alguém pela cor, é que é algo notadamente tipico dos racistas.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/
Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.
http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196
O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.
Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.
http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196
O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.
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Re: Re.: A Política de Cotas nas Universidades Públicas Bras
Apáte escreveu:Eu também sou a favor de cotas para crianças de 6 anos de idade, afinal, os coitadinhos ainda nem tiveram tempo de estudar, como poderiam concorrer em pé de igualdade com os que já são 10 anos mais velhos?
Também sou a favor de criação de cotas para as mulas de carga, pois além de trabalharem duro a vida inteiro carregando peso, não têm tempo de estudar e, ainda por cima, tem um sistema nervoso muito inferior aos humanos, logo elas são prejudicadas 3 vezes.
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Ei, você escreveu "irônia". Sei que o que você fez, ao escrever errado, se trata de uma ironia.

“No BOPE tem guerreiros que matam guerrilheiros, a faca entre os dentes esfolam eles inteiros, matam, esfolam, sempre com o seu fuzil, no BOPE tem guerreiros que acreditam no Brasil.”
“Homem de preto qual é sua missão? Entrar pelas favelas e deixar corpo no chão! Homem de preto o que é que você faz? Eu faço coisas que assustam o Satanás!”
Soldados do BOPE sobre BOPE
“Homem de preto qual é sua missão? Entrar pelas favelas e deixar corpo no chão! Homem de preto o que é que você faz? Eu faço coisas que assustam o Satanás!”
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Re: Re.: A Política de Cotas nas Universidades Públicas Bras
Jack Torrance escreveu:Apáte escreveu:Eu também sou a favor de cotas para crianças de 6 anos de idade, afinal, os coitadinhos ainda nem tiveram tempo de estudar, como poderiam concorrer em pé de igualdade com os que já são 10 anos mais velhos?
Também sou a favor de criação de cotas para as mulas de carga, pois além de trabalharem duro a vida inteiro carregando peso, não têm tempo de estudar e, ainda por cima, tem um sistema nervoso muito inferior aos humanos, logo elas são prejudicadas 3 vezes.
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Ei, você escreveu "irônia". Sei que o que você fez, ao escrever errado, se trata de uma ironia.
Foi só pra te ironizar, Veríssimo.
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Re: Re.: A Política de Cotas nas Universidades Públicas Bras
Maicon escreveu:Ser contra as cotas demonstra o racismo arraigado na cultura brasileira.
Só vemos rostos brancos na tv, comerciais com brancos. O negro é discriminado o tempo todo, reprimido com uma cultura arianista.
Você são brancos, não são? Se forem, não sentem a repressão na pele. Não sentem o descaso de centenas de anos.
Aposto que isso é um produto do pensamento de extrema-direita, que impera na classe-média nacional e que incute uma propaganda alienante anti-cotas.
Esta vai ser tua tese de livre-docência?
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....
essa politica de cotas é 1 "tampão" de ma qualidade...
minha proposta é reforma imediata da educação!
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Re: Re.: A Política de Cotas nas Universidades Públicas Bras
Maicon escreveu:Mais deboche racista.
Eu sou racista, olavete, faCHista, nazista, salazarista, getulista, elitista, reacionário, homofóbico, direitista, fundamentalista, literalista, proselitista... com açúcar, tempero e tudo que há de bom.
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Re.: A Política de Cotas nas Universidades Públicas Brasilei
Na verdade, o único jeito de corrigir a injustiça histórica é escravizando os brancos.
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Re: Re.: A Política de Cotas nas Universidades Públicas Bras
Maicon escreveu:Reforma da educação e implementação das cotas, para corrigir uma injustiça histórica, que só racistas direitistas não percebem.
TU ACABOU DE CHAMAR O STEVE DE DIREITISTA!





















Marx deve ser, no máximo, de centro pra tu!

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Re: Re.: A Política de Cotas nas Universidades Públicas Bras
Maicon escreveu:Vocês demonstram racismo e ódio, fazendo piadas com uma questão séria.
...
se não aprecias humor corrosivo vieste ao sítio errado.
Se pretendes tratamento especial também vieste ao sitio errado.
Se pretendes paninhos quentes em cima de questões sensíveis também vieste ao sítio errado.
Só por existir, só por duvidar, tenho duas almas em guerra e sei que nenhuma vai ganhar... (J.P.)
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Re.: A Política de Cotas nas Universidades Públicas Brasilei
E expliquei-me uma coisa que eu ainda não entendi
As cotas são para classes desfavorecidas ou para negros????
As cotas são para classes desfavorecidas ou para negros????
Só por existir, só por duvidar, tenho duas almas em guerra e sei que nenhuma vai ganhar... (J.P.)
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Re: Re.: A Política de Cotas nas Universidades Públicas Bras
clara campos escreveu:Maicon escreveu:Vocês demonstram racismo e ódio, fazendo piadas com uma questão séria.
...
se não aprecias humor corrosivo vieste ao sítio errado.
Se pretendes tratamento especial também vieste ao sitio errado.
Se pretendes paninhos quentes em cima de questões sensíveis também vieste ao sítio errado.
Portugueses-brancos-europeus foram os que causaram a desgraça dos negros!
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Re: Re.: A Política de Cotas nas Universidades Públicas Bras
Apáte escreveu:Maicon escreveu:Reforma da educação e implementação das cotas, para corrigir uma injustiça histórica, que só racistas direitistas não percebem.
TU ACABOU DE CHAMAR O STEVE DE DIREITISTA!![]()
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Marx deve ser, no máximo, de centro pra tu!
paises como Cuba e Venezuela melhoraram seus sistemas de ensino sem apelo pras cotas
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Re: Re.: A Política de Cotas nas Universidades Públicas Bras
clara campos escreveu:E expliquei-me uma coisa que eu ainda não entendi
As cotas são para classes desfavorecidas ou para negros????
Tem para negros e pra "classes desfavorecidas" também. E no Brasil, pelo menos no senso, é você quem escolhe sua cor (tem uma boa porcentagem da cor de "burro fugido").
Se eu for fazer vestibular aqui, e for possível, pretendo me inscrever como negro.
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Re: Re.: A Política de Cotas nas Universidades Públicas Bras
Apáte escreveu:clara campos escreveu:Maicon escreveu:Vocês demonstram racismo e ódio, fazendo piadas com uma questão séria.
...
se não aprecias humor corrosivo vieste ao sítio errado.
Se pretendes tratamento especial também vieste ao sitio errado.
Se pretendes paninhos quentes em cima de questões sensíveis também vieste ao sítio errado.
Portugueses-brancos-europeus foram os que causaram a desgraça dos negros!
infelizmente a piada tem o seu quê de verdade

Só por existir, só por duvidar, tenho duas almas em guerra e sei que nenhuma vai ganhar... (J.P.)
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Re: Re.: A Política de Cotas nas Universidades Públicas Bras
Steve escreveu:Apáte escreveu:Maicon escreveu:Reforma da educação e implementação das cotas, para corrigir uma injustiça histórica, que só racistas direitistas não percebem.
TU ACABOU DE CHAMAR O STEVE DE DIREITISTA!![]()
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Marx deve ser, no máximo, de centro pra tu!
paises como Cuba e Venezuela melhoraram seus sistemas de ensino sem apelo pras cotas
Isso não tem muito a ver com o que eu quote, mas, puta que pariu né... o cara chamar VOCÊ (e englobar Cuba e Venezuela) de DIREITISTA é o cúmulo.
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Re: Re.: A Política de Cotas nas Universidades Públicas Bras
Apáte escreveu:Steve escreveu:Apáte escreveu:Maicon escreveu:Reforma da educação e implementação das cotas, para corrigir uma injustiça histórica, que só racistas direitistas não percebem.
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Marx deve ser, no máximo, de centro pra tu!
paises como Cuba e Venezuela melhoraram seus sistemas de ensino sem apelo pras cotas
Isso não tem muito a ver com o que eu quote, mas, puta que pariu né... o cara chamar VOCÊ (e englobar Cuba e Venezuela) de DIREITISTA é o cúmulo.
o cara tá viajando....
- Poindexter
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Re.: A Política de Cotas nas Universidades Públicas Brasilei
Em primeiro lugar, ser chamado de racista, olavete, faCHista, nazista, salazarista, getulista, elitista, reacionário, homofóbico, direitista, fundamentalista, literalista, proselitista*... com açúcar, tempero e tudo que há de bom por gente como esse tal Maicon é motivo de orgulho. Problemático (muitíssimo) seria se eu não fosse chamado assim.
Em segundo, racista é esse Maicon, que defende que os negros são "mais iguais" que os brancos.
*Mandou bem, Apáte!
Podemos agregar franquista, videlista e pinochetista.
Em segundo, racista é esse Maicon, que defende que os negros são "mais iguais" que os brancos.
*Mandou bem, Apáte!

Si Pelé es rey, Maradona es D10S.
Ciertas cosas no tienen precio.
¿Dónde está el Hexa?
Retrato não romantizado sobre o Comun*smo no século XX.
A child, not a choice.
Quem Henry por último Henry melhor.
O grito liberalista em favor da prostituição já chegou à este fórum.
Lamentável...
O que vem de baixo, além de não me atingir, reforça ainda mais as minhas idéias.
The Only Difference Between Suicide And Martyrdom Is Press Coverage
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Re.: A Política de Cotas nas Universidades Públicas Brasilei
O Brasil não é Cuba nem Venezuela. Não dá para comparar o contexto histórico destes países com o Brasil, por isso as cotas são necessárias aqui.
- Apáte
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Re: Re.: A Política de Cotas nas Universidades Públicas Bras
clara campos escreveu:Apáte escreveu:clara campos escreveu:Maicon escreveu:Vocês demonstram racismo e ódio, fazendo piadas com uma questão séria.
...
se não aprecias humor corrosivo vieste ao sítio errado.
Se pretendes tratamento especial também vieste ao sitio errado.
Se pretendes paninhos quentes em cima de questões sensíveis também vieste ao sítio errado.
Portugueses-brancos-europeus foram os que causaram a desgraça dos negros!
infelizmente a piada tem o seu quê de verdade
Pior que tem gente que faz mistureba e justifica isso até no ódio contra UE.
ps: esse sujeito superou o Pug em se fazer de vítima e os maometanos em paranóia com racismo. Pelo menos, caso ele for vítima de racismo, a discriminação será racial mesmo e não religiosa.
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Re: Re.: A Política de Cotas nas Universidades Públicas Bras
Maicon escreveu:Ser contra as cotas demonstra o racismo arraigado na cultura brasileira.
Só vemos rostos brancos na tv, comerciais com brancos. O negro é discriminado o tempo todo, reprimido com uma cultura arianista.
Você são brancos, não são? Se forem, não sentem a repressão na pele. Não sentem o descaso de centenas de anos.
Aposto que isso é um produto do pensamento de extrema-direita, que impera na classe-média nacional e que incute uma propaganda alienante anti-cotas.
Vamos por partes.
1)Sou mestiço.Meu avo era mestiço de negro com índio.Tem mulatos na família de meu pai.Sou socialmente considerado branco, mas minha herança é diversificada.
2)Sou de esquerda.Os direitistas do fórum podem atestar.Logo isso não tem nada a ver.
3)Ser contra cotas raciais não é racismo.É uma posição.Em uma sociedade democrática as pessoas têm o direito de defender suas posições e não deveriam ter que lidar com ofensas desse nível.
4)Repare se apenas negros, ou que se consideram negros, entrarem via as cotas, o que será dos não-negros que são pobres.O grande critério deve ser o socioeconômico que não vê cor.Aonde é que cotas com critérios étnicos devem ser aplicados?Nos espaços das empresas.Pq lá não existe um processo de seleção que não vê cor, existe a entrevista, e o arbítrio do patrão que pode ser racista.Se esse somente contratar brancos, além do crime de racismo pelo qual ele deve ser processado, a empresa deve ter um mínimo de variedade ou pluralidade étnica.Nas Universidades aonde existe um processo de seleção de mérito, aonde o déficit de mérito é claramente ocasionado pela distancia entre a classe media, e as classes mais pobres, os melhores entre os mais desprovidos, quaisquer que sejam sua cor, devem ter o mérito relativizado, já que atingir determinado patamar, em condições muito piores existe mais mérito do que aquele que sempre teve do melhor atingir o mesmo patamar.
Algo como se o ponto de corte para todos é 45 por cento, dos cotistas por razoes socioeconômicas poderia ser 40 por cento.Pois os que chegam a isso, em condições tão inferiores merecem a chance do ensino superior.Quaisquer que seja sua cor.
Já empresas, e espaços de arbítrio racista, ai sim, cotas para contrapor o racismo nas empresas, assim como em outros espaços onde existe arbítrio é cabível, aplicar a legislação.Ou até alterar em alguns pontos para combater o racismo nesses locais.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/
Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.
http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196
O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.
Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.
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- Poindexter
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Re: Re.: A Política de Cotas nas Universidades Públicas Bras
Maicon escreveu:Tratamento especial não, apenas não gosto de racismo, que é crime previsto em lei. Humor é uma coisa, preconceito é outra.
Então por quê você é racista? Se existe um nazista aqui, este alguém seria você, porque é quem defende tratamentos diferentes para raças diferentes, como Hitler.
Editado pela última vez por Poindexter em 15 Jan 2007, 01:46, em um total de 1 vez.
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- clara campos
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Re: Re.: A Política de Cotas nas Universidades Públicas Bras
Maicon escreveu:clara campos escreveu:Maicon escreveu:Vocês demonstram racismo e ódio, fazendo piadas com uma questão séria.
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Tratamento especial não, apenas não gosto de racismo, que é crime previsto em lei. Humor é uma coisa, preconceito é outra.
Eu li os mesmo posts que tu e vi humor, não racismo.
O André tb te avisou que apelidar de racistas quem não concorda com as cotas (ainda estou para ser esclarecida em relação ao público alvo das cotas) é incorrecto.
Se pretendes um debate sério sobre o assunto aconselho-te a não entrares por aí.
As tuas insinuações de que a direita é racista também podem ser bastante injustas e incorrectas. O racismo é condenável mas as acusações infundadas, as generalizações e difamações também.
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- Apáte
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Re: Re.: A Política de Cotas nas Universidades Públicas Bras
Poindexter escreveu:Em primeiro lugar, ser chamado de racista, olavete, faCHista, nazista, salazarista, getulista, elitista, reacionário, homofóbico, direitista, fundamentalista, literalista, proselitista*... com açúcar, tempero e tudo que há de bom por gente como esse tal Maicon é motivo de orgulho. Problemático (muitíssimo) seria se eu não fosse chamado assim.

Se bem que Getúlio, facista ou não, iria se dar bem com o sistema de cotas.
Poindexter escreveu:[b]Em segundo, racista é esse Maicon, que defende que os negros são "mais iguais" que os brancos.

Poindexter escreveu:*Mandou bem, Apáte!Podemos agregar franquista, videlista e pinochetista.
Putz-grilas, como eu pude esquecer logo do grande Pinochet?
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