AMAZÔNIA
- Carlos Castelo
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AMAZÔNIA
De Galvez a Chico Mendes: o discurso branco na tela da Globo
Eduardo de Araújo Carneiro - Publicado em 11.01.2007
Exijo a possibilidade de viver plenamente a contradição da minha época, que pode fazer de um sarcasmo a condição da verdade. (Roland Barthes)
A minissérie Amazônia: de Galvez a Chico Mendes pretende contar os cem primeiros anos da história do Acre. A imagem inaugural do primeiro capítulo foi a chegada dos nordestinos. Há uma pergunta que não quer calar: cadê os mais de 150 mil índios, divididos em quase 50 povos, que moravam há mais de 10 mil anos no território que o branco passou a chamar de Acre?
O Acre é uma invenção do branco. Um branco do gênero masculino, de classe econômica abastada e de nacionalidade brasileira. A história que estamos vendo na telinha turva da Globo é uma representação midiatizada de um discurso marcado por efeitos de poder. Um discurso branco para entreter o próprio branco.
A presença milenar dos indígenas nas terras de Galvez se desmancha no ar. Quem fundou o Acre para o reino da civilização foram os heróis brancos, o que ficou para trás é somente barbárie e pré-história. Índio não tem vez. Índio não entra em cena. Quando entra é para acentuar a bravura dos brancos na saga da conquista e para fazer 150 milhões de telespectadores brancos se divertirem com o que chamam de exótico.
A minissérie está atravessada por uma política de produção do saber. Ela materializa um discurso marcadamente ideológico e o faz funcionar como evidência. É a ordem do discurso da qual Foucault tanto falava. Os discursos são governados por formações discursivas, que regram o aparecimento de certos enunciados e determinam o que pode e deve ser dito num dado momento e num dado lugar.
A ordem do discurso limita a visibilidade, fixa um sentido desejado e, neste caso, dirige o olhar do telespectador. O objetivo da minissérie não é problematizar a história do Acre; pelo contrário, é regrar o olhar de quem a enxerga. Ela põe em funcionamento mecanismos de organização do real, por meio dos quais, somos interpelados a crer que a história é realmente contínua e teleológica.
Mas, Nietzsche e Foucault nos afirmam que a história é descontínua. É pulverizada por rupturas. A regularidade histórica é um efeito de sentido criado pela ideologia, que esconde a emergência da singularidade dos acontecimentos. A unidade histórica está ligada a sistemas de poder - a uma “ordem do discurso” que fixa um sentido desejado.
A milenar presença indígena nas terras de Galvez é sacrificada para que se construa um momento inaugural de origem branca. Esse fenômeno é chamado pela filósofa Marilena Chauí de mito fundador. Jacques Derrida diz que esse discurso nos remete “... a uma origem em que nada começou, à gênese de um ego que não existe”.
Amazônia: de Galvez a Chico Mendes aparece como a narração de um eu acreano. Como se o acreano tivesse marcas de nascença ou uma identidade fixa espelhada nos heróis Galvez, Plácido de Castro e Chico Mendes. O acreano - assim como o brasileiro - não tem apenas um ego, mas muitos, um para cada situação. O eu que exterminava os índios nas correrias em prol da formação de seringais não é o mesmo que se uniu aos remanescentes indígenas em defesa da floresta nos anos 80.
Queremos agitar o que nos mostram como imóvel. A identidade é híbrida, o perfil é movente, a origem é vacuolar. Um mosaico de sentidos, e não um sentido apenas! A mesma retórica que significa uma identidade para o acreano é a mesma que desloca o índio para a insignificância.
Os índios são defensores da floresta há milênios, embora não recebam prêmios na ONU, nem monumentos no centro da capital acreana, muito menos papel de destaque numa minissérie sobre a Amazônia. Galvez, Plácido de Castro e Chico Mendes - o branco sente a necessidade de criar heróis para amenizar-lhes a consciência acusadora e para projetarem-se politicamente sobre outros brancos. Índio nunca vira mocinho em história branca.
Todo discurso possui brechas. Nesse artigo, nos colocamos em uma das fissuras desse discurso midiático sobre a história do Acre – a interdição do índio. É nas gretas que o sentido se mostra tenso. É no entre-lugar que se ouve as vozes silenciadas, que se vê as múltiplas resistências e que se pode reivindicar o sarcasmo como a condição da verdade!
Eduardo de Araújo Carneiro é licenciado em História, concludente do curso de Economia e acadêmico do Mestrado em Letras pela UFAC e edita o blog História do Acre
Eduardo de Araújo Carneiro - Publicado em 11.01.2007
Exijo a possibilidade de viver plenamente a contradição da minha época, que pode fazer de um sarcasmo a condição da verdade. (Roland Barthes)
A minissérie Amazônia: de Galvez a Chico Mendes pretende contar os cem primeiros anos da história do Acre. A imagem inaugural do primeiro capítulo foi a chegada dos nordestinos. Há uma pergunta que não quer calar: cadê os mais de 150 mil índios, divididos em quase 50 povos, que moravam há mais de 10 mil anos no território que o branco passou a chamar de Acre?
O Acre é uma invenção do branco. Um branco do gênero masculino, de classe econômica abastada e de nacionalidade brasileira. A história que estamos vendo na telinha turva da Globo é uma representação midiatizada de um discurso marcado por efeitos de poder. Um discurso branco para entreter o próprio branco.
A presença milenar dos indígenas nas terras de Galvez se desmancha no ar. Quem fundou o Acre para o reino da civilização foram os heróis brancos, o que ficou para trás é somente barbárie e pré-história. Índio não tem vez. Índio não entra em cena. Quando entra é para acentuar a bravura dos brancos na saga da conquista e para fazer 150 milhões de telespectadores brancos se divertirem com o que chamam de exótico.
A minissérie está atravessada por uma política de produção do saber. Ela materializa um discurso marcadamente ideológico e o faz funcionar como evidência. É a ordem do discurso da qual Foucault tanto falava. Os discursos são governados por formações discursivas, que regram o aparecimento de certos enunciados e determinam o que pode e deve ser dito num dado momento e num dado lugar.
A ordem do discurso limita a visibilidade, fixa um sentido desejado e, neste caso, dirige o olhar do telespectador. O objetivo da minissérie não é problematizar a história do Acre; pelo contrário, é regrar o olhar de quem a enxerga. Ela põe em funcionamento mecanismos de organização do real, por meio dos quais, somos interpelados a crer que a história é realmente contínua e teleológica.
Mas, Nietzsche e Foucault nos afirmam que a história é descontínua. É pulverizada por rupturas. A regularidade histórica é um efeito de sentido criado pela ideologia, que esconde a emergência da singularidade dos acontecimentos. A unidade histórica está ligada a sistemas de poder - a uma “ordem do discurso” que fixa um sentido desejado.
A milenar presença indígena nas terras de Galvez é sacrificada para que se construa um momento inaugural de origem branca. Esse fenômeno é chamado pela filósofa Marilena Chauí de mito fundador. Jacques Derrida diz que esse discurso nos remete “... a uma origem em que nada começou, à gênese de um ego que não existe”.
Amazônia: de Galvez a Chico Mendes aparece como a narração de um eu acreano. Como se o acreano tivesse marcas de nascença ou uma identidade fixa espelhada nos heróis Galvez, Plácido de Castro e Chico Mendes. O acreano - assim como o brasileiro - não tem apenas um ego, mas muitos, um para cada situação. O eu que exterminava os índios nas correrias em prol da formação de seringais não é o mesmo que se uniu aos remanescentes indígenas em defesa da floresta nos anos 80.
Queremos agitar o que nos mostram como imóvel. A identidade é híbrida, o perfil é movente, a origem é vacuolar. Um mosaico de sentidos, e não um sentido apenas! A mesma retórica que significa uma identidade para o acreano é a mesma que desloca o índio para a insignificância.
Os índios são defensores da floresta há milênios, embora não recebam prêmios na ONU, nem monumentos no centro da capital acreana, muito menos papel de destaque numa minissérie sobre a Amazônia. Galvez, Plácido de Castro e Chico Mendes - o branco sente a necessidade de criar heróis para amenizar-lhes a consciência acusadora e para projetarem-se politicamente sobre outros brancos. Índio nunca vira mocinho em história branca.
Todo discurso possui brechas. Nesse artigo, nos colocamos em uma das fissuras desse discurso midiático sobre a história do Acre – a interdição do índio. É nas gretas que o sentido se mostra tenso. É no entre-lugar que se ouve as vozes silenciadas, que se vê as múltiplas resistências e que se pode reivindicar o sarcasmo como a condição da verdade!
Eduardo de Araújo Carneiro é licenciado em História, concludente do curso de Economia e acadêmico do Mestrado em Letras pela UFAC e edita o blog História do Acre
Nós também sabemos o quanto a verdade é muitas vezes cruel, e nos perguntamos se a ilusão não é mais consoladora.
Henri Poincaré (1854-1912)
Quando se coloca o centro de gravida da vida não na vida, mas no "além"-no nada-, tira-se à vida o seu centro de gravidade.
Nietzsche - O Anticristo.
Henri Poincaré (1854-1912)
Quando se coloca o centro de gravida da vida não na vida, mas no "além"-no nada-, tira-se à vida o seu centro de gravidade.
Nietzsche - O Anticristo.
- Poindexter
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- Registrado em: 18 Nov 2005, 12:59
Re.: AMAZÔNIA
O autor do texto não gostou? Funda então sua própria rede de televisão e faz sua própria versão do ocorrido.
Até onde sei, é isso mesmo. Não me consta que esse índios tivessem escrita e não me interessa nem um pouco se pintavam suas caras de pigmentos verdes ou azuis.
Quem fundou o Acre para o reino da civilização foram os heróis brancos, o que ficou para trás é somente barbárie e pré-história.
Até onde sei, é isso mesmo. Não me consta que esse índios tivessem escrita e não me interessa nem um pouco se pintavam suas caras de pigmentos verdes ou azuis.
Si Pelé es rey, Maradona es D10S.
Ciertas cosas no tienen precio.
¿Dónde está el Hexa?
Retrato não romantizado sobre o Comun*smo no século XX.
A child, not a choice.
Quem Henry por último Henry melhor.
O grito liberalista em favor da prostituição já chegou à este fórum.
Lamentável...
O que vem de baixo, além de não me atingir, reforça ainda mais as minhas idéias.
The Only Difference Between Suicide And Martyrdom Is Press Coverage
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- francioalmeida
- Mensagens: 3045
- Registrado em: 12 Dez 2005, 22:08
- Gênero: Masculino
- Localização: Manaus-AM
- Contato:
Re.: AMAZÔNIA
Mas o que passa na novela também faz parte da história do acre.
Os índios foram os primeiros a habitar a terra e a novela não esconde isso. Nos primeiros capítulos mostrou uma cena onde uma cabloca, empregada de um coronel, dizia que ela era única sobrevivente de sua tribo que tinha sido dizimada, e agora ela estva sob a proteção do coronel.
Vejo que o autor é do tipo: sou minória e tudo me deixa "OFENDIDINHO"
Os índios foram os primeiros a habitar a terra e a novela não esconde isso. Nos primeiros capítulos mostrou uma cena onde uma cabloca, empregada de um coronel, dizia que ela era única sobrevivente de sua tribo que tinha sido dizimada, e agora ela estva sob a proteção do coronel.
Vejo que o autor é do tipo: sou minória e tudo me deixa "OFENDIDINHO"
Re.: AMAZÔNIA

=

PS - todo mundo sabe que as mini-séries e novelas da globo retratam fatos e personagem históricos conforme for mais conveniente aos seus interesses de audiência. Justamente como o cinema americano, or exemplo, que costuma impor o verniz patriótico ou o ponto de vista americano sobre qualquer tema que a sétima arte produzida em solo americano resolva explorar.
Quem quer aprender história, de verdade, leia um livro ou assista documentários históricos. Deixe novelas e mini-séries para quem está apenas em busca de distração e diversão. Não há nestes modelos seriados compromisso estrito com a realidade do fatos e da personalidade e aparência dos personagens, só sendo mostrado o que é de interesse dos produtores, que estão mais preocupados com a audiência e com os custos do projeto do que com algum compromisso com a história, com a consciência coletiva ou de alguma minoria injustiçada.
Palavras de um visionário:
"Seria uma ressurreição satânica retirarmos Lula e Brizola - esse casamento do analfabetismo econômico com o obsoletismo ideológico - do lixo da história para o palco do poder."
Roberto Campos
"Seria uma ressurreição satânica retirarmos Lula e Brizola - esse casamento do analfabetismo econômico com o obsoletismo ideológico - do lixo da história para o palco do poder."
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- Carlos Castelo
- Mensagens: 747
- Registrado em: 31 Out 2005, 15:59
Re: Re.: AMAZÔNIA
Tranca-Ruas escreveu:
=
PS - todo mundo sabe que as mini-séries e novelas da globo retratam fatos e personagem históricos conforme for mais conveniente aos seus interesses de audiência. Justamente como o cinema americano, or exemplo, que costuma impor o verniz patriótico ou o ponto de vista americano sobre qualquer tema que a sétima arte produzida em solo americano resolva explorar.
Quem quer aprender história, de verdade, leia um livro ou assista documentários históricos. Deixe novelas e mini-séries para quem está apenas em busca de distração e diversão. Não há nestes modelos seriados compromisso estrito com a realidade do fatos e da personalidade e aparência dos personagens, só sendo mostrado o que é de interesse dos produtores, que estão mais preocupados com a audiência e com os custos do projeto do que com algum compromisso com a história, com a consciência coletiva ou de alguma minoria injustiçada.
Concordo Tranca, a minha análise é mais ou menos parecida com a sua. Na realidade se trata de uma novela, como já foi comentado anteriormente, e uma novela tem toda uma ficção aliada a um jogo de interesses que não são os de informar através de fontes fidedignas, mas sim, de mascarar uma realidade, embora isso nem sempre aconteça!
A autora não tem lá esses créditos todos pra fazer um trabalho diferente de uma novela!
Nós também sabemos o quanto a verdade é muitas vezes cruel, e nos perguntamos se a ilusão não é mais consoladora.
Henri Poincaré (1854-1912)
Quando se coloca o centro de gravida da vida não na vida, mas no "além"-no nada-, tira-se à vida o seu centro de gravidade.
Nietzsche - O Anticristo.
Henri Poincaré (1854-1912)
Quando se coloca o centro de gravida da vida não na vida, mas no "além"-no nada-, tira-se à vida o seu centro de gravidade.
Nietzsche - O Anticristo.
Re.: AMAZÔNIA
Concordo Tranca, a minha análise é mais ou menos parecida com a sua. Na realidade se trata de uma novela, como já foi comentado anteriormente, e uma novela tem toda uma ficção aliada a um jogo de interesses que não são os de informar através de fontes fidedignas, mas sim, de mascarar uma realidade, embora isso nem sempre aconteça!
A autora não tem lá esses créditos todos pra fazer um trabalho diferente de uma novela!
Pois é, Carlos. A intenção da mini-série é o entretenimento, não tem compromisso com fatos reais.
Os fatos ou os períodos históricos servem de pano de fundo para o a trama, que necessariamente tem que possuir doses cavalares de drama, de romance e de aventura, para emplacar, sendo que pode o enredo conter personagens históricos como participantes.
Shakespeare já fazia isto há séculos.
E todo mundo mete o pau na Globo. Pelo menos, a emissora de vez em quando "relembra passagens históricas" na sua programação. Não é uma contribuição à medida do real, mas serve para que o povão tome conhecimento de vultos e fatos do passado. Qual outra emissora que ressuscita a memória de caudilhos dos pampas gaúchos com suas tropas em farrapos e desbravadores da amazônia que lutaram contra um inferno verde? Se A fez B ao invés de C já é outra história...
A Record produziu uma novela (Escrava Izaura) sobre a qual a Igreja Universal - dona da Record - impôs que não se mostrasse qualquer artefato que relembrasse o passado católico praticante dos senhores de engenho e do povo brasileiro, além dos cultos e costumes dos escravos, de origem africana. Missas, cruzes, estátuas de santos, ritos e danças dos escravos, tudo o que lembrasse o catolicismo ou as religiões africanas era proibido.
Acho este tipo de intervenção muito mais grave do que as "licenças poéticas" que transformam bandoleiros em heróis, broncos preocupados com a sobrevivência em bravios desbravadores e que eventualmente omitem fatos que pesam em detrimento do personagem ou de seu grupo para dar um ar mais clean no enredo.
No primeiro caso há a coação, a intenção de interferir no enredo por um determinado interesse. No segundo caso há o desejo de tornar interessante a trama e fazer valer o tempo e o investimento gasto.
E sobre a fedelidade histórica, de novo: quem quiser saber da verdade (das diversas visões ou leituras históricas sobre determinado fato, época ou pessoa), que vá correr atrás.
Quando leio textos como o que abre o tópico, eu fico pensando se quem o redigiu é adepto de teorias conspiratórias e tem mania de perseguição, argumentando-se que a Globo tenta justificar uma determinada visão de mundo que coloca as minorias no lixo e exalta a classe dominante através de uma programação de entretenimento e lazer, de modo intencional e compromissada com o interesse na sedimentação de uma visão deturpada do mundo, como que se a emissora fosse uma "inimiga" do povo disfarçada de fada madrinha.
Tem-se que pensar o que tanto a mesma ganharia se resolvesse fazer uma novela ou seriado tentando ser totalmente fiel aos fatos. Provavelmente a audiência seria menor (o que não atende à expectativa da emissora, que é a da audiência), pois o drama, a aventura, o romance, as intrigas seriam menos interessantes do que ocorre na ficção.
Também tem outra coisa; por exemplo, tentar mostrar as desigualdades, denunciar o descaso para com alguns grupos étnicos e o não reconhecimento do papel histórico de outros e conduzir o teleaudiente à reflexão sobre isso ou aquilo também não é obrigação de quem cria, dirige ou produz uma determinada obra artística. Pode fazer parte da intenção e até da responsabilidade social de quem o faz, mas não deve ser tomado como dever, pois isto inibe a arte.
É o que penso.
Abraço.
Palavras de um visionário:
"Seria uma ressurreição satânica retirarmos Lula e Brizola - esse casamento do analfabetismo econômico com o obsoletismo ideológico - do lixo da história para o palco do poder."
Roberto Campos
"Seria uma ressurreição satânica retirarmos Lula e Brizola - esse casamento do analfabetismo econômico com o obsoletismo ideológico - do lixo da história para o palco do poder."
Roberto Campos