Poltergeist filmado!
- Alenônimo
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Re.: Poltergeist filmado!
Acabei de ver o filme. Achei que eu ia ver uns pratos voando no meio de uma cozinha ou alguma coisa mais significativa. Só vi cadeiras e mesas sendo puxadas por fios ou empurradas por uma criança de 6 anos. A parte do gesso mesmo foi engraçada. Parecia mais um isopor ou algo de madeira sendo puxado com força por fio de costura.
E onde estava o pesquisador científico? Só vi um padre maluco e um apresentador de televisão.
Sobre o depoimento do Will, me estranha os espíritas não estarem acreditando nele. Não são os espíritas que aceitam qualquer evidência anedótica? É o que me parece ao virem correndo pra cá contar que não sei quem presenciou não sei o quê sem trazer prova alguma ou endereço de contato. Sequer cogitaram que o Will tenha sido vítima de um farsante ou algo assim e que o caso dele era isolado, tão forte é a crença.
Posso fazer uma pergunta? Por que um pesquisador científico morto não volta para falar com seus colegas? Quem é pesquisador sabe que o maior motivo para escolher este tipo de emprego é o de ampliar os conhecimentos humanos, e que quem o escolhe está muito disposto a aprender sobre alegações paranormais. Eu, se virasse um espírito, faria uma visitinha aos cientistas. Por que um cientista não faria?
É claro que eu ainda gostaria de saber mais sobre outras coisas, como a matéria que forma os espíritos por exemplo. Tudo o que existe no universo é formado por matéria sem excessão. Quero saber a matéria dos espíritos. Que elementos químicos formam o ectoplasma? Se é uma estrutura gasosa, como é feita a conexão do cérebro em uma estrutura tão volátil?
São perguntas sérias, viu? Nem me venham com retóricas ou brincadeiras pois não estou ofendendo vocês.
E onde estava o pesquisador científico? Só vi um padre maluco e um apresentador de televisão.
Sobre o depoimento do Will, me estranha os espíritas não estarem acreditando nele. Não são os espíritas que aceitam qualquer evidência anedótica? É o que me parece ao virem correndo pra cá contar que não sei quem presenciou não sei o quê sem trazer prova alguma ou endereço de contato. Sequer cogitaram que o Will tenha sido vítima de um farsante ou algo assim e que o caso dele era isolado, tão forte é a crença.
Posso fazer uma pergunta? Por que um pesquisador científico morto não volta para falar com seus colegas? Quem é pesquisador sabe que o maior motivo para escolher este tipo de emprego é o de ampliar os conhecimentos humanos, e que quem o escolhe está muito disposto a aprender sobre alegações paranormais. Eu, se virasse um espírito, faria uma visitinha aos cientistas. Por que um cientista não faria?
É claro que eu ainda gostaria de saber mais sobre outras coisas, como a matéria que forma os espíritos por exemplo. Tudo o que existe no universo é formado por matéria sem excessão. Quero saber a matéria dos espíritos. Que elementos químicos formam o ectoplasma? Se é uma estrutura gasosa, como é feita a conexão do cérebro em uma estrutura tão volátil?
São perguntas sérias, viu? Nem me venham com retóricas ou brincadeiras pois não estou ofendendo vocês.
Re: Re.: Poltergeist filmado!
O ENCOSTO escreveu:Botanico escreveu:Fenômenos de materialização são complicados e arriscados para os médiuns. O toque na forma materializada ou a súbita exposição à luz no gabinete pode causar impacto suficiente para o médium adoecer e até causar a morte, como no caso de Helen Duncan.
Essa ai morreu porque tomou leite com uva.
Improvável: eu já tomei leite com uva um monte de vezes e ainda estou aqui, azucrinando a sua falta de sabedoria...
Re: Re.: Poltergeist filmado!
Botanico escreveu:Fenômenos de materialização são complicados e arriscados para os médiuns. O toque na forma materializada ou a súbita exposição à luz no gabinete pode causar impacto suficiente para o médium adoecer e até causar a morte, como no caso de Helen Duncan.
Não necessariamente.
A Sal tentou conter com a mão a panela voadora e está aí, vendendo saúde.
"Noite escura agora é manhã..."
- Alenônimo
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Re: Re.: Poltergeist filmado!
Botanico escreveu:O ENCOSTO escreveu:Botanico escreveu:Fenômenos de materialização são complicados e arriscados para os médiuns. O toque na forma materializada ou a súbita exposição à luz no gabinete pode causar impacto suficiente para o médium adoecer e até causar a morte, como no caso de Helen Duncan.
Essa ai morreu porque tomou leite com uva.
Improvável: eu já tomei leite com uva um monte de vezes e ainda estou aqui, azucrinando a sua falta de sabedoria...
Aí que está o erro. Tem que tomar mamão com leite pra passar mal.

Re: Re.: Poltergeist filmado!
Alenônimo escreveu:Botanico escreveu:O ENCOSTO escreveu:Botanico escreveu:Fenômenos de materialização são complicados e arriscados para os médiuns. O toque na forma materializada ou a súbita exposição à luz no gabinete pode causar impacto suficiente para o médium adoecer e até causar a morte, como no caso de Helen Duncan.
Essa ai morreu porque tomou leite com uva.
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Tá todo mundo errado, o veneno é tomar manga com leite... Mamão com leite e banana e aveia é a melhor vitamina!!!!



- Alenônimo
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Re: Re.: Poltergeist filmado!
Will escreveu:Alenônimo escreveu:Botanico escreveu:O ENCOSTO escreveu:Botanico escreveu:Fenômenos de materialização são complicados e arriscados para os médiuns. O toque na forma materializada ou a súbita exposição à luz no gabinete pode causar impacto suficiente para o médium adoecer e até causar a morte, como no caso de Helen Duncan.
Essa ai morreu porque tomou leite com uva.
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Minha avó comentou agora que o que faz mal mesmo é maracujá com leite, misturado com Nescau.

Re: Re.: Poltergeist filmado!
Alenônimo escreveu:Will escreveu:Alenônimo escreveu:Botanico escreveu:O ENCOSTO escreveu:Botanico escreveu:Fenômenos de materialização são complicados e arriscados para os médiuns. O toque na forma materializada ou a súbita exposição à luz no gabinete pode causar impacto suficiente para o médium adoecer e até causar a morte, como no caso de Helen Duncan.
Essa ai morreu porque tomou leite com uva.
Improvável: eu já tomei leite com uva um monte de vezes e ainda estou aqui, azucrinando a sua falta de sabedoria...
Aí que está o erro. Tem que tomar mamão com leite pra passar mal.
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De ouvir falar besteira e acreditar nela, assim se constroi a sabedoria cética...
- Alenônimo
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Re: Re.: Poltergeist filmado!
Botanico escreveu:De ouvir falar besteira e acreditar nela, assim se constroi a sabedoria cética...
Não sei se percebeu, mas isso era uma brincadeira. É de não perceber este tipo de coisa que se constrói a sabedoria religiosa.

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Re: Re.: Poltergeist filmado!
Botanico escreveu:O ENCOSTO escreveu:Botanico escreveu:Fenômenos de materialização são complicados e arriscados para os médiuns. O toque na forma materializada ou a súbita exposição à luz no gabinete pode causar impacto suficiente para o médium adoecer e até causar a morte, como no caso de Helen Duncan.
Essa ai morreu porque tomou leite com uva.
Improvável: eu já tomei leite com uva um monte de vezes e ainda estou aqui, azucrinando a sua falta de sabedoria...
Deve ser mais uma crise de humildade kardecista.
O ENCOSTO
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
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Acauan escreveu:Qual o fundamento científico para se afirmar que "fenômenos de materialização são complicados e arriscados... pode... até causar a morte"?Botanico escreveu: A prática, meu! A própria Florence Cook, assim como Madame D'Esperance, Helen Duncan e outros que não me lembro tiveram a forma materializada tocada de forma inesperada (a forma materializada pode ser tocada e até cortada, mas tem de ela se preparar para isso antes). Isso resultou em impacto direto, que as fez ficarem doentes. Não é invenção. Que fundamento científico eu preciso para saber que se puser a mão no fogo, ela queima?Ou seja, parece que o experimento foi conduzido partindo-se da crença que se a cortina fosse aberta isto poderia matar a pessoa testada.
Se havia uma base científica sólida para esta crença tudo bem, como por exemplo, evidências médicas comprovadas de que a morte da tal Helen Duncan teve causas paranormais.
Caso contrário, tem-se uma violação da práxis científica mais básica, que orienta o pesquisador a sempre procurar o caminho mais simples, direto e objetivo.
Na falta de um motivo cientificamente embasado para se criar todo um aparato instrumental e testemunhal para se elucidar um suposto fenômeno que se explicaria apenas olhando, tudo assume um caráter um tanto circense, exagerado e portanto suspeito pelos critérios da ortodoxia científica.Botanico escreveu: Como é que determina a causa paranormal de uma morte? Que médico assinaria um atestado de óbito com os dizeres: "óbito causado por falência múltiplas dos órgãos em vista do toque não autorizado da forma materializada..."? Talvez ele achasse estranho: procurou traços de veneno e nada; procurou por bactérias, vírus, amebas e nada, fez medidas químicas do sangue e a saúde era boa... Mas daí a dizer que a morte foi paranormal vai uma distância bem grande. O mais certo seria figurar: causa desconhecida.
Se não se sabe qual diagnóstico médico pode atestar uma suposta causa paranormal de doença ou morte, em que se baseia a certeza exibida pelos espíritas de que Helen Duncan foi vítima de um caso do tipo?
Tem-se aqui uma contradição, pois em postagem anterior foi dito que a causa paranormal da morte podia ser comprovada empiricamente, tendo sido a relação entre o chamado "impacto direto" e adoecimento ou morte da suposta médium comparado à relação entre o fogo e a queimadura, sugerindo que a evidência de causa e efeito seja igualmente óbvia em ambos os casos.
Ora, que médico diante de alguém ferido ou morto por queimaduras causadas por fogo teria qualquer dificuldade em diagnosticar a causa?
Além do que, o fato de que o fogo causa queimaduras pode ser provado a qualquer momento, em qualquer lugar onde se tenha um palito de fósforo e algum tecido orgânico. Os defensores de que causas paranormais causam mortes e doenças podem fazer demonstrações tão prontas e inquestionáveis, que justifiquem a comparação utilizada?
É o acúmulo de contradições como esta que coloca em dúvida a validade científica deste tipo de experimento. Usou-se todo um aparato de cortinados, correias aprisionadoras, testemunhos e outros elementos tão comuns aos números de magia, mas pouco usuais na pesquisa científica avançada, justificando-os como necessário por conta de um suposto risco que a verificação direta poderia representar para a pessoa testada.
Só que nenhuma análise científica – no caso médica – evidencia a existência de tal risco, levando à conclusão que o método de abordagem e procedimento foi estabelecido com base em pressupostos não questionados cientificamente, um erro grave em termos de método.
Também é difícil distinguir um nexo claro entre objetivos da pesquisa, delimitação do tema, levantamento de hipóteses, caracterização da amostra, análise e interpretação dos dados e comprovação da hipótese.
Não consigo imaginar um único cientista não apaixonado pela causa em questão que referendasse a seguinte lógica subentendida do experimento "se, nas condições do teste, os instrumentos não indicaram abertura no circuito elétrico, então a pessoa que se viu sair do cortinado é um ser espiritual materializado ou seja, uma pessoa que morreu e cuja a essência individual que sobrevive à morte se manifestou fisicamente."
Tal enunciado é um non sequitur óbvio, mas isto parece ser ignorado pela maioria dos defensores deste tipo de experimento.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
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Re: Re.: Poltergeist filmado!
Will escreveu:videomaker escreveu: Ei Will vai...o resto tu já sabe!
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Experimenta parar de falar merda!
Will ! Will ! Will, viu não da pra parar... :emoticon1:
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
- videomaker
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Re: Re.: Poltergeist filmado!
Só vi cadeiras e mesas sendo puxadas por fios ou empurradas por uma criança de 6 anos.
Então foi assim! Fios de que tipo? passam por onde? puxados da onde? por quem? a menina então é quem empurra! certo! em que momento se constata isso? Vc pode reproduzir isso e nos mostrar como foi feito?
Porque devemos aceitar a tua explicação, apenas baseada na possibilidade de fraude? Por mim esse conversa mole de vcs acaba por aqui... :emoticon1:
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
Re: Re.: Poltergeist filmado!
videomaker escreveu:Will escreveu:videomaker escreveu: Ei Will vai...o resto tu já sabe!
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- Vitor Moura
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Acauan escreveu:Só que nenhuma análise científica – no caso médica – evidencia a existência de tal risco, levando à conclusão que o método de abordagem e procedimento foi estabelecido com base em pressupostos não questionados cientificamente, um erro grave em termos de método.
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“Eu assistia a essas reuniões, como incrédulo, convencido de que desmascararia qualquer mistificador, que, não duvidava, estivesse entre nós.
Uma tarde, senti-me tocado no ombro; era uma pancada um tanto brusca. Momentos depois, uma saia roçava pelos meus joelhos; quis segura-la, ela, porém, escapou-se. O fantasma voltou para perto de mim e, de repente, senti que ele me esfregava a cara. Acreditei num gracejo insolente e, furioso, segurei a mão que havia passado pelo meu rosto. A cólera, misturada com o terror, decuplicava as minhas forças. Mandei que acendessem as luzes, o que o engenheiro fez imediatamente.
Eu estava de pé. Tinha um braço sob o meu braço, que comprimia contra o corpo. Segurava um pulso com todo o furor, como se fosse um torno. O silencio era absoluto. Não se percebia qualquer ruído. A mão do fantasma fundia-se entre os meus dedos. Junto a mim ninguém. Cada um de nós estava em seu lugar.
Meu adversário sumiu-se. Eu tinha em minha mão, arrancado da mão do fantasma, um pedaço de pano com o qual me haviam esfregado o rosto. No momento em que a luz apareceu e a mão se dissipou, o médium revolveu-se no canapé, deu um grito estridente e ficou prostrado, aniquilado por muito tempo.”
Georges Montorgueil – “E’clair”, 25 de Dezembro de 1905
Madame D'Esperance, a médium do caso, como resultado do incidente, teve uma hemorragia pulmonar, ficando gravemente enferma por muito tempo.
- videomaker
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Re: Re.: Poltergeist filmado!
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Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
Acauan escreveu:Se não se sabe qual diagnóstico médico pode atestar uma suposta causa paranormal de doença ou morte, em que se baseia a certeza exibida pelos espíritas de que Helen Duncan foi vítima de um caso do tipo?
Acauan, eu acho que você entendeu. NENHUM MÉDICO ATESTARIA MORTE POR FATOR PARANORMAL, pois isso não está capitulado nos manuais médicos antigos e atuais. Uma pessoa pode ter um infarto devido a um susto porque viu o fantasma de algum parente falecido. Mesmo que os parentes afirmem isso ao legista, ele, em seu lado, vai constar: causa da morte - infarto agudo do miocárdio, provavelmente devido a um susto durante um ataque alucinatório.
É claro que não vai constar: susto causado por visão de um autêntico fantasma. O legista teria como saber disso? No máximo ele pode concluir pelo laudo acima devido a depoimentos de testemunhas que viram-no infartar.
Ficou claro agora?
Acauan escreveu:Tem-se aqui uma contradição, pois em postagem anterior foi dito que a causa paranormal da morte podia ser comprovada empiricamente, tendo sido a relação entre o chamado "impacto direto" e adoecimento ou morte da suposta médium comparado à relação entre o fogo e a queimadura, sugerindo que a evidência de causa e efeito seja igualmente óbvia em ambos os casos.
Ora, que médico diante de alguém ferido ou morto por queimaduras causadas por fogo teria qualquer dificuldade em diagnosticar a causa?
Além do que, o fato de que o fogo causa queimaduras pode ser provado a qualquer momento, em qualquer lugar onde se tenha um palito de fósforo e algum tecido orgânico. Os defensores de que causas paranormais causam mortes e doenças podem fazer demonstrações tão prontas e inquestionáveis, que justifiquem a comparação utilizada?
Parafraseando os céticos: fogo existe e queima matéria orgânica; mas e fantasmas materializados? Existem? Essa existência é amplamente aceita? Da mesma forma é amplamente aceito que o toque neles de forma inesperada causa problemas ao médium?
Sentiu o drama?
Vamos deixar claro uma coisa, Acauan, não é o toque ou agressão à forma materializada que causa a morte diretamente, mas os danos físicos desse impacto no corpo do médium é que pode levá-lo à morte ou adoecimento. Se o médium está bem de saúde e em pleno vigor físico, é mais provável que fique doente, mas se recupere; se já tem idade e saúde eventualmente capenga, então é mais provável que morra. Como aconteceu com a Helen Duncan, que já tinha mais de 61 anos na ocasião. O que aconteceu foi que numa sessão particular, a polícia invandiu a casa em busca de provas de fraudes para acusá-la e foi aí que agarraram a forma materializada. Duncan ficou doente por causa disso e morreu cinco semanas depois.
Acauan escreveu:É o acúmulo de contradições como esta que coloca em dúvida a validade científica deste tipo de experimento. Usou-se todo um aparato de cortinados, correias aprisionadoras, testemunhos e outros elementos tão comuns aos números de magia, mas pouco usuais na pesquisa científica avançada, justificando-os como necessário por conta de um suposto risco que a verificação direta poderia representar para a pessoa testada.
Só que nenhuma análise científica – no caso médica – evidencia a existência de tal risco, levando à conclusão que o método de abordagem e procedimento foi estabelecido com base em pressupostos não questionados cientificamente, um erro grave em termos de método.
Acauan, a coisa não funciona assim. Falou você que cortinados, correias, TESTEMUNHOS são pouco usuais na pesquisa científica. Pois bem, eu tenho cobrado o que seria usual nesta pesquisa e aplicável neste campo e os céticos NÃO ME DIZEM O QUE FAZER.
Se queremos ver um fenômeno passível de experimentação, eu tenho que respeitar as condições em que este fenômeno ocorre. Muito que bem, o médium USUALMENTE deve ficar em ambiente escuro total para produzir a coisa; a forma materializada só se mantêm em ambiente pouco iluminado e em geral com luz vermelha. A forma materializada PODE SER TOCADA E ATÉ CORTADA, MERGULHAR PARTES EM PARAFINA FERVENTE, ETC E TAL, DESDE QUE ESTEJA PREPARADA (POR SI) PARA ISSO. É como o judô: se um parceiro vai me aplicar certo golpe de judô combinado, eu me preparo, levo o golpe e caio de maneira certa, sem me machucar. Mas se levo o mesmo golpe quando estou distraído, sem aviso, aí me quebro todo... Entendeu a analogia?
Quanto a sua questão médica... Bem, infelizmente (ou felizmente de acordo com o ponto de vista) os nazistas não estavam interessados em mediunidade e assim não fizeram pesquisas do tipo para verificar se era verdade que, se tocassem ou agredissem as formas materializadas sem autorização, o médium pifava. E eu, nem qualquer espírita decente, está minimamente interessado em demonstrar isso em nome do método científico. Vamos pelos relatos, meu caro. E eles dizem que TODA vez que a forma materializada foi tocada sem autorização desta, os médium tiveram problemas. É causalidade demais para ser apenas coincidência.
Acauan escreveu:Também é difícil distinguir um nexo claro entre objetivos da pesquisa, delimitação do tema, levantamento de hipóteses, caracterização da amostra, análise e interpretação dos dados e comprovação da hipótese.
Aqui, Acauan, estamos trabalhando como o esquartejador: indo pelas partes.
1) Objetivo da pesquisa: verificar se as alegações de certas pessoas que se dizem capazes de produzir formas materializadas que lembram pessoas ou objetos de forma mais ou menos grotesca por meios ainda não conhecidos da ciência são verdadeiras ou falsas. Também se incluem efeitos psicocinéticos, voz direta, etc.
2) Delimitação do tema: se há tais fenômenos, eles são produzidos por causas conhecidas ou não?
3) Levantamento de hipóteses: a) se as causas são naturais, provavelmente se tratam de truques ilusionistas. b) se as causas são desconhecidas, então bloqueados os meios pelos quais os ilusionistas produzem seus truques, então os fenômenos deveriam ocorrer assim mesmo.
4) Caracterização da amostra: bem, vou entender isso, no caso aqui tratado, como os experimentos e suas variações. A cada suspeita, tenta-se cercar o fator suspeito e eliminá-lo. Então se tem um gabinete mal arranjado, de forma que numa distração um cúmplice poderia entrar nele e sair como fantasma disfarçado, então faz-se um gabinete melhor vigiável, de forma que nenhum cúmplice pudesse entrar ou sair. Se ainda assim sai um fantasma, resta saber se não é o médium disfarçado. Bem, aí é só tocá-lo por cima da cortina mesmo, ou providenciar um aparato (como o galvanômetro) que permita certificar de que ainda está ali.
5) Análise e interpretação dos dados. Bem, aqui só interessa saber: se quando tais controles são adotados, o médium do qual se falou maravilhas não produz coisa alguma depois de vários experimentos, muito provavelmente é mais correto interpretar que se trata de um farsante. Mas se coisas estranhas, que não deveriam ser produzidas com tal controle ainda assim são produzidas, então talvez a interpretação correta é que se trate de um evento paranormal. Se tiver outra opinião...
6) Comprovação da hipótese: aí vai depender do que saiu dos experimentos. No caso aqui, já se encontraram as duas situações.
Acauan escreveu:Não consigo imaginar um único cientista não apaixonado pela causa em questão que referendasse a seguinte lógica subentendida do experimento "se, nas condições do teste, os instrumentos não indicaram abertura no circuito elétrico, então a pessoa que se viu sair do cortinado é um ser espiritual materializado ou seja, uma pessoa que morreu e cuja a essência individual que sobrevive à morte se manifestou fisicamente."
Um momento aí: não era isso que se propunha com o experimento. O que se queria saber é que se tal forma materializada, seja lá qual for a sua natureza, podia ser produzida por processos ainda desconhecidos.
Muito que bem, no caso em questão, o da Eva Fay e o experimento de 19 de fevereiro de 1875, o local usado como gabinete foi a biblioteca de Crookes. Antes do experimento, os cientistas convidados a examinaram minuciosamente, anotando o que viam e deixando propositadamente certos objetos a distâncias demarcadas do local onde a médium ficaria. A biblioteca tinha duas portas de acesso. Uma delas foi trancada e lacrada com tiras adesivas e com porções de cera marcadas com os sinetes dos anéis dos presentes. A mesma coisa foi feita com as janelas. O galvanômetro foi testado e inclusive com a hipótese do corpo da médium ser substituído por algum resistor ou pano molhado (já viu que não dava para a médium recorrer a isso). A médium seguraria os eletrodos chumbados na parede, ficando de costas para a outra porta que foi coberta com cortina e imediatamente atrás dela se sentariam os convidados. Se você acha isso insuficente para impedir a entrada de qualquer cúmplice ali dentro, então me diga como ele faria isso, por favor.
Acho melhor postar aqui todo o experimento como foi feito do que ficar colocando a coisa aos poucos. A tradução não está das melhores, mas acho que dá para entender.
Um EXAME CIENTÍFICO da Mediunidade DE Sra. FAY.
Por William Crookes, F.R.S.
Editor do 'QUARTERLY JOURNAL OF SCIENCE'.
Há um ano atrás , a Sra. Annie Eva Fay veio dos Estados Unidos a este país, com boa reputação como uma médium para a produção de fenômenos físicos.
Ficou aparente para mim que os primeiros meios inventados pelo Sr. Varley para testar a mediunidade de Srta Cook, tiveram resultados muito satisfatórios no caso dela _ como já registrado por ele em The Spiritualist, seriam os mais indicados para demonstrar se os fenômenos que aconteceram na presença da Sra. Fay eram produzidos num passe de mágica ou eram genuínos. A experiência mostrou que as melhores condições para a produção dos fenômenos mais notáveis em mediunidade da Sra. Fay são que ela devia ser isolada das outras pessoas presentes e na escuridão. Então, a fim de conseguir manifestações sob condições de teste, era necessário que a médium devesse estar tão amarrada que ela não pudesse se livrar sozinha ou por qualquer outro auxílio sem o conhecimento dos observadores. Sra. Fay é normalmente amarrada com tiras ou barbante. Eu propus amarrá-la com uma corrente elétrica. Este método tem a vantagem de certeza absoluta, desde, se o médium tenha suas mãos ou corpo liberto dos arames, em um estado de transe ou não, o galvanômetro do lado de fora faz os espectadores saberem o momento em que o circuito foi interrompido. Por outro lado, se os arames forem unidos, de forma que a corrente ainda possa passar, o efeito se faz ainda mais evidente pelo galvanômetro.
Na sexta-feira à noite, 19 de fevereiro, Sra. Fay veio à minha casa sozinha, para se submeter a estes testes, na presença de vários homens de conhecido saber científico. Ela entrou na sala de visitas, e conversou conosco por mais ou menos um quarto de uma hora, depois do que meus amigos desceram a escada para examinar o aparato elétrico e minha biblioteca, que seria usada como o quarto escuro. Eles examinaram os armários e abriram as escrivaninhas. Colocaram tiras de papel sobre as fixações das venezianas da janela e as lacraram hermeticamente com seus anéis de sinete (cera marcada). Eles também procederam da mesma maneira com relação à segunda porta da biblioteca, que abre para uma passagem. A outra porta da biblioteca abre para o meu laboratório, onde os experimentadores permaneceram durante os testes. Uma cortina, conseqüentemente, foi suspensa acima desta porta, para colocar a biblioteca em escuridão e permitir a passagem rápida e fácil para dentro e para fora.
A médium segura duas manivelas, presas aos arames abaixo da seta, e deste modo fecha o circuito, e faz a luz do galvanômetro para ser defletida na escala. O desvio está agora ajustado, o objeto usado para distribuir a corrente entre o galvanômetro e o desvio causa uma deflecção conveniente no primeiro. Qualquer movimento da médium é agora visto por uma variação da posição do ponto de luz. Se os arames ou manivelas sofrerem um curto-circuito de qualquer forma, o ponto de luz salta fora da escala; se, por outro lado, o contato for rompido pela médium, a luz imediatamente cai para zero.
Para medir a resistência da médium, a chave, B, é fechada, o que coloca os rolos de resistência no circuito em vez da médium. As cavilhas são então tiradas até a deflecção no galvanômetro for igual àquela produzida pela médium; ambas as resistências, da médium e dos rolos, são então equiparadas, e os valores são lidos nos últimos.
O galvanômetro de reflexão, com o rolo de resistência e de desvio, foi colocado junto à parede no laboratório, pelo lado da cortina, e dois pedaços pequenos de arame muito espessos atravessavam a parede, e estavam firmemente soldados a duas manivelas de metal no outro lado. Estas manivelas eram para ser seguras pela Sra. Fay, cujo corpo, deste modo fechava o circuito elétrico, e deu-me uma deflecção no galvanômetro que variava com sua resistência elétrica. As manivelas de metal estavam bem cobertas com dois pedaços de linho embebidos em sal e água. Antes de começar as experiências, Sra. Fay mergulhou suas mãos em sal e água, e em então segurou nas manivelas, eu sempre achei que a quantia de deflecção seria muito constante, devido à ampla quantidade de superfície exposta para conduzir o contacto com as mãos. Quando ela segurou os terminais, a quantia exata de deflecção devido à resistência de seu corpo foi medida pelo galvanômetro. Se ela fizesse as manivelas se tocarem uma com a outra a deflecção tornava-se tão grande que faria a luz pular rapidamente fora da escala; se ela cessasse de segurar as manivelas por um momento o raio de luz vinha para o zero; se ela tentasse substituir qualquer coisa além de seu corpo para estabelecer contato parcial entre as duas manivelas, as grandes oscilações do índice luminoso, que aconteceriam enquanto isso estava sendo feito, tornar-se-iam evidentes, uma vez depois de que as chances de mudanças teriam sido infinitas contra a quantidade certa de deflecção produzida.
Meus amigos inspecionaram estas condições, e dois deles, membros famosos da Royal Society, tentaram o que podia ser feito, conectando os dois terminais com um lenço úmido. Por uma série de ajustes cuidadosos, entre cada um, eles tiveram de me perguntar qual a quantidade de deflecção que havia, deste modo, sido produzida no galvanômetro. Eles obtiveram uma vez a quantidade de resistência igual àquela de um corpo humano. Mas para efetivar isto, teria sido impossível sem informações sobre as indicações dadas pelo galvanômetro, e tudo isso produzia as violentas oscilações do raio de luz, que denunciavam que eles estavam tentando restabelecer um novo contato por truques de algum tipo. Na sugestão de um deles, porém, é obvio que isto era apenas fonte de possível de erro, as manivelas de metal foram então pregadas agora tão mais separadamente, que ele expressou estar satisfeito com aquilo, pois nem mesmo ele, nem qualquer outra pessoa podia repetir a experiência com o lenço que ele acabara de exibir.
A Sra. Fay foi então convidada a descer à biblioteca. Ela sentou-se em sua cadeira de frente para as manivelas de metal, e os bicos de gás da biblioteca foram então apagados, exceto um, que foi diminuído. Nós anotamos a distância dela dos vários artigos proeminentes. Uma caixa musical estava sobre a minha escrivaninha a uma distância de cerca de 1,20 metros dela; um violino estava na mesa a uma distância de cerca de 2,5 metros; e a escada da minha biblioteca apoiava-se contra as prateleiras de livros a uma distância de cerca de 3,7 metros dela. Nós então a pedimos para umedecer suas mãos com a solução de sal, e então que segurasse os terminais. Isto foi feito, e de uma vez uma deflecção foi produzida na escala do galvanômetro devido à resistência de seu corpo; então deixamos a biblioteca e entramos no laboratório, que era iluminado por gás suficientemente para nós vermos tudo distintamente.
Nós começamos os testes às 8.55 da noite; a deflecção pelo galvanômetro era 211°, e a resistência do corpo da Sra. Fay, 6.600 unidades da British Association. Às 8.56 a deflecção era de 214°, e neste momento um sino de mão começou a tocar na biblioteca. Às 8.57 a deflecção era 215°. Uma mão projetou-se para fora do gabinete no lado mais longe de Sra. Fay.
Deve ficar claramente entendido que eu estava num lado da parede com o galvanômetro, que Sra. Fay estava no lado oposto, segurando as manivelas, soldadas aos pedaços de arame, tão firmemente que ela não podia mover suas mãos ou as manivelas dois centímetros à direita ou esquerda, e sob aquelas condições, uma mão saiu mais lateralmente da porta cortinada ao lado de nós, a uma distância de 90 cm da manivela de metal, e tudo isso em dois minutos depois que deixamos o aposento.
Às 8.58 a deflecção era 208°; às 8.59 era 215°, e neste momento uma mão saiu do outro lado da cortina, e deu uma cópia do jornal The Spiritualist para o Sr. Harrison.
Às 9 horas a deflecção era 209°; neste momento uma mão foi vista novamente sair e segurava uma cópia do livro de Serjeant Cox intitulado What am I? Às 9.01 a deflecção era 209°, a mão apareceu novamente, e deu um pequeno livro Spectrum Analysis ao seu autor, que era um dos observadores.
Às 9.02 a deflecção era 214°; uma mão era novamente visível e deu a uma viajante famosa que estava presente um livro intitulado Art of Travel.
Às 9.03, a mão jogou uma caixa de cigarros em outro cavalheiro que estava presente, e que era sabido ser parcial para com a mediunidade. Eu posso afirmar positivamente que esta caixa de cigarros estava em uma gaveta trancada da minha escrivaninha quando Sra. Fay entrou no quarto.
Às 9.04 a deflecção era 213°. Eu novamente medi a resistência de corpo do Sra. Fay, e era então 6,500 unidades da British Association. Neste momento um pequeno relógio ornamentado, que pendia na tira do manto a 1,5 metros da médium, foi nos dado.
Às 9.046, a deflecção era 210°; Serjeant Cox, e alguns dos outros observadores, disseram que eles viram uma forma humana inteira de pé na abertura da cortina.
Às 9.05, o circuito vi o circuito subitamente ser interrompido. Eu entrei na biblioteca imediatamente, seguido pelos outros, e encontramos a Sra. Fay desfalecida, ou em transe. Ela estava deitando inconsciente na cadeira, mas foi reavivada no curso de meia hora. Deste modo esta notável sessão durou exatamente 10 minutos.
Uma peça de porcelana antiga, na forma de um prato, foi achada no topo de minha escrivaninha na biblioteca; não estava lá antes das experiências começaram. Em minha sala de visitas de cima há um modelar que circunda toda a parede, próximo ao teto, a mais ou menos 2,5 metros do chão; presos neste modelar estão várias peças de porcelana antiga, inclusive alguns pratos pequenos. A Sra. Fay tinha estado na sala de visitas talvez uma hora antes da sessão começar, mas ela não ficou lá exceto na presença de várias testemunhas. A sala estava bem iluminada, e ela teria que subir uma cadeira para alcançar um dos pratos próximos ao teto, e é claro que todos veriam isto. Os pratos tinham estado naqueles modelares por semanas sem serem mexidos e nenhum membro de minha família teve ocasião de tocar neles. E um dos cavalheiros presentes disse que ele estava certo que o prato não estava na escrivaninha quando as experiências começaram porque ele olhou para o topo da escrivaninha com a intenção de colocar isto a limpo e assim descartar essa possibilidade. Muitos casos semelhantes de transporte de objetos sólidos de um lugar até outro por meio anormal estão registrados na literatura espiritualista.
Antes de a Sra. Fay vir em casa aquela noite, ela só conhecia os nomes de dois dos convidados que estariam presentes, mas durante a noite a inteligência no trabalho exibiu uma quantidade incomum de conhecimento sobre as testemunhas e o trabalho de suas vidas. O livro Spectrum Analysis não tinha registro literário ainda, mas foi removido de seu lugar e dado ao seu autor. Embora eu saiba geralmente a posição dos livros em minha biblioteca, eu certamente não poderia achá-los na escuridão, e eu não tenho nenhuma razão para supor que Sra. Fay soubesse qualquer coisa sobre tal livro recém escrito, ou sobre minha biblioteca, ou que fora escrito pela pessoa particularmente presente.
Em ocasiões anteriores eu apliquei um teste elétrico para manifestações da Sra. Fay. Em 5 de fevereiro último nós tivemos uma sessão que começou às 9.15 da noite. A deflecção quando ela pegou nas manivelas foi 260°; oscilou — 266°, 190°, 220°, 240°, então permaneceu fixa em 237°(Evidentemente uma errata, ou para 220° ou possivelmente para 9.20). A resistência da médium às 9.201 era 5,800 unidades da British Association. Batidas eram ouvidas às 9.28, quando a deflecção estava oscilando entre 215° e 245°.
Às 9.30, a luz tendia a se fixar em 230°; A resistência era 5,900. Muitas batidas eram ouvidas agora, aparentemente na porta perto da médium, mas não havia nenhum movimento da luz, o que provava que as mãos da Sra. Fay estar perfeitamente imóveis.
Às 9.31 a deflecção era 234°. Ouvi a médium então suspirar e soluçar. O lugar da luz estava fixo em 233°, embora vários instrumentos estivessem tocando agora ao mesmo tempo. Os movimentos foram então ouvidos no quarto; vários artigos eram lançados no laboratório pela abertura da cortina. O violino foi entregue a mim por uma mão visível, que também foi vista por outros no quarto. Tudo isso enquanto o índice luminoso permanecia muito fixo, o que provava que a médium estava quieta enquanto estas coisas estavam acontecendo. Às 9.34 a luz estava fixa em 236°, e o zero estava correto. Às 9.37 nós podíamos ouvir a caixa musical sendo tocada, a luz ainda mantinha-se fixa. Às 9.38 a deflecção era 238°. Às 9.39 a médium interrompeu o circuito, soltando as manivelas. Ela só foi capaz de dizer, 'Estou tão cansada de segurar estas coisas. Ela estava então baqueada, mas se recuperou em pouco tempo.
No sábado, 6 de fevereiro, outra sessão experimental foi feita em minha casa. Foi um pouco às pressas, para o benefício de um eminente F.R.S. (membro da Royal Society), que foi incapaz de freqüentar a noite prévia. Sra. Fay era a médium. Algumas precauções extras foram tomadas. A biblioteca foi completamente revistada, as portas e janelas foram trancadas e tiras de papel engomado foram colocadas nelas. Estes pedaços de papel foram então hermeticamente presos sobre de com um anel de cera que pertence a uma senhora presente. Depois que o teste elétrico foi aplicado, da mesma maneira que na noite anterior. Quase as mesmas coisas aconteceram, com os mesmos resultados, isto é nós não pudemos descobrir o movimento mais leve por parte da médium. Minha escrivaninha, que se fecha firmemente com uma trava foi fechada cuidadosamente logo antes da sessão, foi encontrada ainda aberta depois que a sessão terminou. Isto foi em muito pouco tempo. Ela começou às 9.15 e terminou às 9.30 da noite.
A princípio eu sempre dou aos novos médiuns que vêm a mim suas próprias condições; por enquanto eu não sei o que os fenômenos podem ser, eu não estou em numa posição de sugerir testes, nem, possivelmente, devia eu poder consegui-los antes dos médiuns terem confiança em mim de que eu não os acusarei de quaisquer truques, depois do que eles sempre mostraram a um desejo em me ajudar à medida que podem. Todas as manifestações dependem de condições delicadas intimamente conectadas com o estado nervoso dos sensitivos, e a maioria das manifestações são interrompidas quando qualquer coisa que acontece o incomoda.
De acordo com uma nota de Burns _ The Medium and Daybreak, 12,1875 de março, pág. 161 _ (aprovada por Crookes), a sessão de 25 de fevereiro seguiu um curso semelhante. Ele descreve um efeito adicional não mencionado por Crookes.
A luz na escala parecida permanecer fixa o tempo todo, mas uma observação cuidadosa determinou que ela se moveu mais de uma divisão, um espaço menor que o grau em um termômetro, e atenção precisa por parte de observadores experientes revelou o fato que uma pulsação leve era notável no raio de luz, devido à respiração da Sra. Fay.
Se isto era um efeito genuíno, confirmaria além de qualquer dúvida razoável, que um ser humano estava no circuito. Claro que é sabido que debaixo de condições difíceis de observação é possível que uma oscilação aparente deste tipo pareça uma ilusão óptica. Esperamos decidir o assunto experimentalmente no tempo devido.
O relatório de Burns acrescenta detalhes adicionais relativos ao ambiente físico. Ele dá um plano da biblioteca de Crookes, e explica as precauções tomadas para assegurar que nenhuma pessoa estranha podia entrar na biblioteca.
Burns ficou muito impressionado pela eficácia das preparações de Crookes. Ele escreve:
A biblioteca foi minuciosamente examinada e preparada para a sessão. Sr. Crookes teria tomado tais precauções na casa do mais ardente espiritualista; ele teria possivelmente sujeitado a si mesmo a alguma pequena ofensa pelo muito que fazia. Todo canto foi examinado. As fixações da janelas-venezianas postas à mostra, a porta no corredor foi trancada e fechada hermeticamente com o selo do Sr. Bergheim. Estas precauções não foram empreendidas com a vistas a ridicularizar as condições do teste normalmente impostas nas sessões, mas na maneira mais séria e concenciosa para não deixar nenhuma brecha aberta por meio da qual se poderiam levantar suspeitas sobre a natureza dos fenômenos. As janelas teria permanecido fechadas hermeticamente também, mas depois de muita reclamação de seus convidados, Sr. Crookes em última instância cedeu, mas devido aos restos de cera e papel, nós podíamos ver que as venezianas tinham sido hermeticamente fechadas em ocasiões anteriores. As janelas dão para um jardim na frente e uma área ampla, separada da rua por uma pesada grade de ferro, de forma que uma entrada pelas janelas não só seria um feito difícil, mas altamente perigoso, pois o experimentador poderia ele próprio acabar nas mãos da polícia.
Para nosso conhecimento, só dois métodos foram propostos por meio dos quais o médium podia ter enganado. Podmore, em Modern Spiritualism, Vol. 2, Methuen, Londres, 1902, pág. 158, faz estas observações:
Desta nota [isto é aquela de James Burns] não dá a entender que quaisquer precauções foram tomadas para assegurar que mãos da Sra. Fay estavam realmente no circuito; se um rolo de resistência fosse preso às manivelas, só teria sido necessário ao médium, sob luz fraca, colocar suas mãos perto delas durante a inspeção momentânea do Sr. Crookes. Para descobrir um artifício do tipo provavelmente praticado, teria bastado nada menos que uma inspeção cuidadosa em plena luz. (Podmore tendia bastante para explicações ‘fáceis’ e negligenciava a evidência inconveniente. Cf. Análise do Padre Thurston do tratamento de Podmore aos testes de acordeão de D. D. de Home: The Church and Spiritualism, Milwaukee, 1933, Capítulo IX, e especialmente pág. 173).
Se Crookes fosse descuidado quase ao ponto da imbecilidade, esta explicação podia explicar o teste descrito por Burns, como o posteriormente descrito. Mas, a menos que nós estejamos preparados para acreditar que Podmore tinha que ter explicação natural a todo evento, não fica claro por que ele limitou sua atenção para a sessão de Burns. Na sessão descrita por Crookes, dois Membros da the Royal Society, ambos experimentadores experientes e um, pelo menos, como nós sabemos de suas cartas anteriores, nos fenômenos de Fox, tomaram muito cuidado com artifícios. Ele estava ainda presente na biblioteca com Crookes quando Sra Fay pegou as manivelas, e gastaram os minutos precedentes na procura por um método possível de fraude. A sugestão do Podmore não pode ser descartada como uma impossibilidade absoluta mas, como tantas de tais sugestões. postula um grau de incompetência por parte dos experimentadores que parece quase mais incrível que os efeitos paranormais descritos. É como Crookes disse, em outra ocasião:
Meus críticos não me darão crédito para a posse de um mínimo de bom senso? E eles não podem imaginar que as precauções óbvias que lhes ocorrem, tais como as que eles usam para apontar falhas em minhas experiências, não são improváveis para também terem ocorrido a mim no curso da investigação prolongada e paciente?
Acauan escreveu:Tal enunciado é um non sequitur óbvio, mas isto parece ser ignorado pela maioria dos defensores deste tipo de experimento.
Bem, como não conheço o idioma das araras, não lembro bem o que queria dizer mesmo o non sequência aí. Mas parece-me, pelo contexto, uma falha de atribuição de causalidade. Quer dizer: está se supondo que se trata de um fantasma de falecido só porque apareceu de forma misteriosa. Bem, não é o caso. Para se dizer que se trata do espírito de um falecido, são necessárias outras coisas que podem ser obtidas por psicografia e/ou psicofonia, sem necessidade de materializações. Essas outras coisas são as provas de identidade que as ligam a certos falecidos.
Re: Re.: Poltergeist filmado!
O ENCOSTO escreveu:Botanico escreveu:O ENCOSTO escreveu:Botanico escreveu:Fenômenos de materialização são complicados e arriscados para os médiuns. O toque na forma materializada ou a súbita exposição à luz no gabinete pode causar impacto suficiente para o médium adoecer e até causar a morte, como no caso de Helen Duncan.
Essa ai morreu porque tomou leite com uva.
Improvável: eu já tomei leite com uva um monte de vezes e ainda estou aqui, azucrinando a sua falta de sabedoria...
Deve ser mais uma crise de humildade kardecista.
Não me lembro de alguma vez ter dito que sou humilde. Mas lhe garanto uma coisa: humirde eu não sou mesmo.
Re: Re.: Poltergeist filmado!
Alenônimo escreveu:Botanico escreveu:De ouvir falar besteira e acreditar nela, assim se constroi a sabedoria cética...
Não sei se percebeu, mas isso era uma brincadeira. É de não perceber este tipo de coisa que se constrói a sabedoria religiosa.
Claro que sei que era brincadeira, mas o problema é que os céticos fazem de certas brincadeiras, coisas que acabam levando muito a sério. O Massimo Polidoro, um bambambam cético, acreditou quando Houdini disse que a médium Eva Fay lhe contou livremente todos os seus truques para enganar o Crookes. E Polidoro ainda saiu com essa de dizer que o experimento do Colin Brookes-Smith confirmava isso...
Houdini disse que ela recorreu a Crookes para neutralizar Maskline e viu uma oportunidade para enganá-lo. No teatro, para azar de Crookes e sorte dela, houve uma rápida queda de energia elétrica e aí ela aproveitou para soltar-se do galvanômetro e substituir uma mão pela dobra de seu joelho, mantendo o circuito fechado e usando essa mão para imitar uma mão materializada. Um cético burro logo perceberia a roubada: _ para começar, foram vários experimentos, feitos na casa do Crookes e nunca em teatro algum. Além disso o galvanômetro funcionava com bateria e a maioria das casas naqueles tempos nem era iluminada com luz elétrica...
Mas um cético sábio, culto, racional e inteligente como é o caso do Polidoro, não se manca dessas falhas. Seu propósito é usar quaisquer relataos, mesmo tolos e fraudulentos, desde que defendam a fé cética.
É assim que se constrói a sabedoria cética.
Re: Re.: Poltergeist filmado!
Botanico escreveu:O ENCOSTO escreveu:Botanico escreveu:O ENCOSTO escreveu:Botanico escreveu:Fenômenos de materialização são complicados e arriscados para os médiuns. O toque na forma materializada ou a súbita exposição à luz no gabinete pode causar impacto suficiente para o médium adoecer e até causar a morte, como no caso de Helen Duncan.
Essa ai morreu porque tomou leite com uva.
Improvável: eu já tomei leite com uva um monte de vezes e ainda estou aqui, azucrinando a sua falta de sabedoria...
Deve ser mais uma crise de humildade kardecista.
Não me lembro de alguma vez ter dito que sou humilde. Mas lhe garanto uma coisa: humirde eu não sou mesmo.
É só falar que é kardecista que já se tem um idéia precisa do que vc seja!!!



- Vitor Moura
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- Registrado em: 24 Out 2005, 20:13
Vitor Moura escreveu:Botanico escreveu:Acho melhor postar aqui todo o experimento como foi feito do que ficar colocando a coisa aos poucos. A tradução não está das melhores, mas acho que dá para entender.
Que história é essa que não está das melhores? Eu revisei!
Meeeeeeuuuu Deeeeus, Meeeeeeeeeuuu Deeeeeus ...

Mais um infalível para se aturar!!!
Vitor Moura escreveu:Botanico escreveu:Acho melhor postar aqui todo o experimento como foi feito do que ficar colocando a coisa aos poucos. A tradução não está das melhores, mas acho que dá para entender.
Que história é essa que não está das melhores? Eu revisei!
Estou me referindo ao trecho que postei. Foi o que eu tinha traduzido e faltava dar um retoques. Fiz isso na postagem.
Re.: Poltergeist filmado!
Botanico escreveu:Falou você que cortinados, correias, TESTEMUNHOS são pouco usuais na pesquisa científica. Pois bem, eu tenho cobrado o que seria usual nesta pesquisa e aplicável neste campo e os céticos NÃO ME DIZEM O QUE FAZER.
Como não dizem?
Iniciei esta discussão deixando claro que os requisitos para que um experimento científico e suas conclusões sejam bem aceitos estão claramente catalogados nas regras de qualquer apresentação de tese de mestrado ou doutorado.
Por que os espíritas simplesmente não defendem uma tese sobre materializações perante uma banca avaliadora do MIT, Harvard ou mesmo na USP e simplesmente calam a boca de todos os céticos?
A resposta a esta pergunta é conhecida, frequentemente variações do argumento de que "os espíritos não estão à disposição das bancas avaliadoras".
Neste caso então, reconheçam que o problema não são os céticos que não dizem como apresentar experimentos do tipo de modo crível, mas a relutância dos defensores destes experimentos em aceitar as mesmas regras acatadas por toda a comunidade científica.
Botanico escreveu:Quanto a sua questão médica... Bem, infelizmente (ou felizmente de acordo com o ponto de vista) os nazistas não estavam interessados em mediunidade e assim não fizeram pesquisas do tipo para verificar se era verdade que, se tocassem ou agredissem as formas materializadas sem autorização, o médium pifava. E eu, nem qualquer espírita decente, está minimamente interessado em demonstrar isso em nome do método científico. Vamos pelos relatos, meu caro. E eles dizem que TODA vez que a forma materializada foi tocada sem autorização desta, os médium tiveram problemas. É causalidade demais para ser apenas coincidência.
O comentário sobre os nazistas é completamente inoportuno.
O que foi colocado anteriormente é que um cientista imparcial planejaria seus experimentos com base em dados objetivos, sendo que não há dados objetivos que demonstrem ser indispensável conduzir um experimento com hipóteses tão audaciosas em condições circenses como as utilizadas por Crookes.
Antes que se ofenda com o adjetivo circense utilizado, lembre-se que isto é um fato, dado que as condições do experimento reproduziam exatamente as condições em que mentalistas de circo se apresentavam na época.
Botanico escreveu:A médium seguraria os eletrodos chumbados na parede, ficando de costas para a outra porta que foi coberta com cortina e imediatamente atrás dela se sentariam os convidados. Se você acha isso insuficente para impedir a entrada de qualquer cúmplice ali dentro, então me diga como ele faria isso, por favor.
Também não sei dizer como David Copperfield fez desaparecer a Estátua da Liberdade perante o testemunho de milhares de pessoas, o que não pode ser reivindicado como prova científica de que "causas desconhecidas" fizeram com que a Estátua sumisse.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
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- O ENCOSTO
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Re: Re.: Poltergeist filmado!
Botanico escreveu:O ENCOSTO escreveu:Botanico escreveu:O ENCOSTO escreveu:Botanico escreveu:Fenômenos de materialização são complicados e arriscados para os médiuns. O toque na forma materializada ou a súbita exposição à luz no gabinete pode causar impacto suficiente para o médium adoecer e até causar a morte, como no caso de Helen Duncan.
Essa ai morreu porque tomou leite com uva.
Improvável: eu já tomei leite com uva um monte de vezes e ainda estou aqui, azucrinando a sua falta de sabedoria...
Deve ser mais uma crise de humildade kardecista.
Não me lembro de alguma vez ter dito que sou humilde. Mas lhe garanto uma coisa: humirde eu não sou mesmo.
Tamanha humildade não o deixa reconhecer a própria humildade. Que coisa.
O ENCOSTO
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
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http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
Re: Re.: Poltergeist filmado!
Botanico escreveu:Falou você que cortinados, correias, TESTEMUNHOS são pouco usuais na pesquisa científica. Pois bem, eu tenho cobrado o que seria usual nesta pesquisa e aplicável neste campo e os céticos NÃO ME DIZEM O QUE FAZER.
Acauan escreveu:Como não dizem?
Iniciei esta discussão deixando claro que os requisitos para que um experimento científico e suas conclusões sejam bem aceitos estão claramente catalogados nas regras de qualquer apresentação de tese de mestrado ou doutorado.
Porque todo aquele índice não me deixa mais claro o que é que eu devo fazer. Filosoficamente eu o entendi e cuido de usá-lo quando faço e oriento trabalhos científicos. Mas o problema é que quando estamos lidando com trabalhos mediúnicos a coisa não fica clara. Antes de mais nada, estamos lidando com um material HUMANO e aí os procedimentos, as bases éticas, etc e tal não são as mesmas que se usa quando se estudam animais e plantas.
Como já coloquei, os céticos dizem que vídeos, fotos, filmes, relatos NADA PROVAM. E o que eu quero saber é que formas de registros provariam alguma coisa. Os cientistas descrevem os seus métodos, as precauções, observam os eventos, registram os resultados, eventualmente concluem alguma coisa... mas você mesmo está dizendo que são coisas circenses... Muito bem, já lhe passei o relatório do experimento feito com a Eva Fay, o que se passou lá, o que se viu... Tá, então me diga o que é que deveriam ter feito para que você não achasse que era uma coisa circense.
Acauan escreveu:Por que os espíritas simplesmente não defendem uma tese sobre materializações perante uma banca avaliadora do MIT, Harvard ou mesmo na USP e simplesmente calam a boca de todos os céticos?
Bem, pode até ser que alguém ligado a ciências humanas faça isso. O que vai fazer é um levantamento histórico dessas ocorrências, pode descrever a suficiência ou insuficiência de certos casos, etc e tal. Eu estou querendo ver a tese da Juliana sobre os experimentos de Crookes e aí quem sabe eu chegue mais perto do seu índice. Basicamente, pelo que sei de ouvir dizer, as conclusões dela é que Crookes não era o supra-sumo que os espíritas alegam que ele foi; mas por outro lado, também não chegava a ser o cretino, idiota e canalha que os céticos insistem em dizer que ele foi.
Acauan escreveu:A resposta a esta pergunta é conhecida, frequentemente variações do argumento de que "os espíritos não estão à disposição das bancas avaliadoras".
Neste caso então, reconheçam que o problema não são os céticos que não dizem como apresentar experimentos do tipo de modo crível, mas a relutância dos defensores destes experimentos em aceitar as mesmas regras acatadas por toda a comunidade científica.
Acauan, bichos, plantas, substâncias químicas, efeitos físicos, etc e tal obedecem a leis da natureza e não têm vontade própria. Até certo ponto é fácil planejar e executar experimentos com essas coisas. Mas com gente é diferente. Principalmente quando se está em jogo a burrice.
Falou você em Harvard? Ora, por que os papas de Harvard não foram ver o que Hare dizia que viu? Por que os colegas de Crookes que o malharam não aproveitaram que os médiuns estavam ali, vivinhos e atuantes, e esfregavam experimentos tais como você preconiza na cara do Crookes? Estamos cheios de exemplos assim na história do psiquismo.
É interessante essa posição da comunidade cética: os cientistas que arregaçaram as mangas e pesquisaram os médiuns coincidentemente são todos burros, panacas, idiotas e canalhas; os que os criticam, MESMO NUNCA TENDO FEITO EXPERIMENTO ALGUM, são sábios e gênios. Só que quando vejo a lambança que Ray Hyman e Colin Brookes-Smith fizeram quando se meteram a dar uma de experimentadores, tenho todas as razões para duvidar da competência que os céticos auto-atribuem.
Se nos dias de hoje, médiuns já não têm mais disposição de colaborar com os céticos (e Natasha Deminka fez isso e se danou...) já que estes são movidos a fé, de quem é a culpa?
E a propósito, ainda nem cheguei nos espíritos. Estou só nos fenômenos, por enquanto.
Botanico escreveu:Quanto a sua questão médica... Bem, infelizmente (ou felizmente de acordo com o ponto de vista) os nazistas não estavam interessados em mediunidade e assim não fizeram pesquisas do tipo para verificar se era verdade que, se tocassem ou agredissem as formas materializadas sem autorização, o médium pifava. E eu, nem qualquer espírita decente, está minimamente interessado em demonstrar isso em nome do método científico. Vamos pelos relatos, meu caro. E eles dizem que TODA vez que a forma materializada foi tocada sem autorização desta, os médium tiveram problemas. É causalidade demais para ser apenas coincidência.
Acauan escreveu:O comentário sobre os nazistas é completamente inoportuno.
O que foi colocado anteriormente é que um cientista imparcial planejaria seus experimentos com base em dados objetivos, sendo que não há dados objetivos que demonstrem ser indispensável conduzir um experimento com hipóteses tão audaciosas em condições circenses como as utilizadas por Crookes.
E já que você conhece as condições circenses usadas por Crookes, então me diga como você faria se estivesse no lugar dele.
Acauan escreveu:Antes que se ofenda com o adjetivo circense utilizado, lembre-se que isto é um fato, dado que as condições do experimento reproduziam exatamente as condições em que mentalistas de circo se apresentavam na época.
Não me ofendo com o adjetivo, apenas me sinto obrigado a sorrir diante do argumento. Se a coisa fosse assim TÃO SIMPLES, então por que Dickson deu pra trás após proclamar que podia fazer mais e melhor do que o que o médium Guzik fez diante dos pesquisadores dos Instituto de Metapsíquica? Clive Maskline fez até uma aposta com um pesquisador de que também poderia imitar os médiuns, mas quando viu as condições em que teria de fazer a coisa, deu pra trás também. Salvo engano, ele mesmo tentou imitar os fenômenos produzidos por Rudy Scheinder, mas mal e porcamente conseguiu alguma coisa num palco montado por ele próprio e ainda com a ajuda de seis assistentes. Como é que Rudy fazia coisas melhores, em ambientes nos quais nunca estivera antes e sem assistente algum? Nenhum cético me explicou isso ainda.
Traduzindo: as condições PARECEM circenses, mas os processos nada tem a ver com os espetáculos oferecidos nos circos.
Botanico escreveu:A médium seguraria os eletrodos chumbados na parede, ficando de costas para a outra porta que foi coberta com cortina e imediatamente atrás dela se sentariam os convidados. Se você acha isso insuficente para impedir a entrada de qualquer cúmplice ali dentro, então me diga como ele faria isso, por favor.
Também não sei dizer como David Copperfield fez desaparecer a Estátua da Liberdade perante o testemunho de milhares de pessoas, o que não pode ser reivindicado como prova científica de que "causas desconhecidas" fizeram com que a Estátua sumisse.
Deixe-me ver: ele fez sumir a Estátua da Liberdade, com milhares de pessoas À VOLTA DELA, que depois subiram no pedestal da estátua e ela de fato não estava mais lá. É isso o que ele fez? Ou será que as pessoas estavam aglomeradas a certa distância, vendo a coisa por um ângulo apenas, passou um toldo na frente de todo mundo, ocultando a Estátua por uns segundos e quando o toldo foi retirado, aí a Estátua sumiu, e depois o toldo passou de novo e aí a Estátua reapareceu?
Estou pendindo uma coisa bem mais simples: digam como a médium fraudou o experimento em questão. Já tem os dados: janelas trancadas, portas trancadas, tudo lacrado, médium obrigada a ficar num só lugar, cuja saída ou tentativa de burlar o controle seria imediatamente denunciada, fez aparecer uma forma materializada, que distribuiu objetos aos presentes, e quando um dos pesquisadores entrou, viu que a médium ainda estava lá...
Estou pedindo demais? Já que os céticos tanto batem pela hipótese de fraude, então que me digam como a fraude foi feita.