user f.k.a. Cabeção escreveu:
Certo, então você é a favor da pilhagem, logo, não é um capitalista.
Eu já disse que o capitalista é quem defende direitos de propriedade. Você diz que leis internacionais de Copyright lhe são desfavoráveis, logo, você não pode se dizer capitalista.
Como eu já disse, você pode acreditar no que quiser. Inclusive acreditar que uma sociedade moderna pode prosperar com base no saque.
Agora você sustenta isso com base em pura besteira. Os acordos de Copyright realmente foram estabelecidos no momento em que se tornaram convenientes, mas como todos os acordos, eles são feitos mediante acordo mútuo. Aos países com mais indivíduos detentores dos direitos de propriedade intelectual, era interessante no sentido que ampliaria o mercado para essas tecnologias. Aos países com menos indivíduos detentores de direitos de propriedade intelectual, era também interessante ter acesso a essas tecnologias, ainda que devesse se pagar um preço estabelecido pelo seu uso.
Não há absolutamente nada de imoral em se cobrar por conhecimento técnico. O conhecimento é resultado de trabalho, tanto no sentido de produzi-lo quanto no de transmiti-lo.
Em épocas que não se garantiam as patentes aos seus donos, eles simplesmente tinham que esconder de todos seus métodos, custe o que custar, e às vezes morriam sem passá-los adiante, ou passavam apenas para descendentes e acabava que o conhecimento morria na própria família.
A partir do momento em que patentes foram garantidas, mais pessoas puderam ter acesso aqueles métodos, mais gente pode criar em cima daquilo e o conhecimento pode se multiplicar, como foi visto nas milhões de patentes emitidas pelos escritório americano desde sua fundação.
Se instituída a pilhagem, volta-se aquele tempo em que conhecimento novo precisa ser escondido, e não disseminado. As pessoas teriam acesso a muito menos facilidades da vida moderna, isso porque não sabem respeitar o engenho e a capacidade daqueles que procuram meios de melhor a qualidade de vida das pessoas, dando-lhes o devido reconhecimento na forma de recompensa financeira.
Ninguém irá patentear ciência básica, pois sua aplicação direta não tem fins lucrativos. O que as pessoas geralmente patenteiam são dispositivos e métodos de produção, ou produtos comerciais. E estes tem claramente fins lucrativos.
- Em primeiro lugar, em nenhum momento afirmei ser imoral em se cobrar por conhecimento técnico.
- De onde que você tirou que leis de patentes socializam o conhecimento? - Tais leis permitem que se cobre valores propositalmente inviáveis economicamente, permitem que patentes sejam não-comercializáveis em nome de leis militares e/ou acordos internacionais e/ou acordos regionais, tipo ALCA ou MCE, além do mais, tecnologias de ponta nunca tem suas patentes disponíveis para compra.
- Leis de patentes nunca serviram para dar acesso e sim para restringí-lo ou inviabilizá-lo.
user f.k.a. Cabeção escreveu:
Ah claro. Logo pelo seu argumento, deveríamos autorizar a escravidão, já que o Império Romano era sustentado pelos escravos e pela expansão territorial e pilhagem de outras civilizações.
Estamos falando de uma economia global e de leis internacionais aqui, e não da selvageria do passado.
- Tal argumento só tem o intento de ridicularizar minhas posições, eu, em momento anterior, afirmei que algumas das políticas que sugeri não serviam mais ao Brasil pois vivíamos outro momento, logo, eu estou considerando sim, os momentos históricos.
user f.k.a. Cabeção escreveu:
Você, ao dizer que esses países se desenvolveram devido a pilhagem, está incorrendo na falácia de não considerar qual seria o seu desenvolvimento caso todos eles respeitassem acordos mútuos de proteção a propriedade intelectual. Não é possível ter idéia de como seria, mas podemos observar pelas leis modernas que protegem a propriedade que provavelmente teriam se desenvolvido mais depressa acaso fizessem isso há mais tempo.
- Quando você avalia a validade das políticas neoliberais baseados na prosperidade destes países no presente, ignorando que eles podem quebrar no futuro o exercício é válido, quando eu avalio o desenvolvimento dos mesmos baseado no seu passado você usa um exercício de premonição retardatária para desconsiderar minha avaliação, isso é direcionamento ideológico.
user f.k.a. Cabeção escreveu:
Essas leis surgiram da necessidade, e os países concordaram mutuamente pois as vantagens de fato eram mútuas. Isso parece ser incompreensível para um esquerdista, que imagina que a sempre um explorador e um explorado.
- Quem está tendo problemas para compreender é você, todos que assinaram tais acordos viviam momentos semelhantes de desenvolvimento institucional e econômico, e competiam entre si de forma predatória, então foi vantajoso para todos, para um país em fase pré-industrial tal acordo não é vantajoso se assinado com um país em nível de produção tecnológica.
user f.k.a. Cabeção escreveu:
Como eu disse, naquele tempo, sem o aparato de proteção, o conhecimento tinha que ser guardado a sete chaves, e não há nada que impeça o desenvolvimento de uma nação do que obstruções ao conhecimento.
- Exato, porisso defendo não adesão a leis de patentes internacionais a países em fase pré-industrial.
user f.k.a. Cabeção escreveu:
Os progressos tecnológicos sofreram crescimento exponencial junto com as leis que protegiam sua propriedade pelos desenvolvedores.
- Não a nada que prove que uma coisa tem relação com a outra.
user f.k.a. Cabeção escreveu:Abmael escreveu:- Diga isso aos países que citei acima, diga isso à China, diga isso ao Japão.
O Japão não instituiu a quebra de patentes, e imagino que a China também não tenha feito isso.
- O caso do Japão é folclórico, eles desmontavam rádios e relógios ocidentais para fabricá-los com pequenas maquiagens, quanto à China, você não sabia que todas as falsificações encontradas em feiras de importados por aí vem de lá?!!! - Inacreditável!!!!
user f.k.a. Cabeção escreveu:Abmael escreveu:- Diga isso aos otários que investem bilhões nos países que citei acima.
Prove que eles instituíram a quebra de patentes e depois mostre que isso os beneficiou mais do que a introdução das atualmente vigentes leis de proteção a propriedade intelectual em ambos.
- Como eu disse acima os casos da China e do Japão são notórios.
- Tanto uma coisa quanto a outra os beneficiou, é o que estou tentanto explicar, depende do estágio de industrialização.
user f.k.a. Cabeção escreveu:
O Estado contraiu uma dívida enorme para brincar de capitalista, e essas empresas não deram o retorno esperado para quitar essa dívida, pelo contrário, se tornaram cabides de emprego para incompetentes amigos do rei, faziam a festa com a verba pois não precisavam se preocupar com gastos, afinal, uma emissão de títulos pagaria a conta, e cada vez mais aumentando o déficit das contas públicas num comportamento perdulário. Além do enorme custo de oportunidade que esses monopólios infligiram ao tomar recursos para suas atividades de baixa eficiência e ao impedir a competição e o aprimoramento, deteriorando assim o capital investido.
É, realmente, o Brasil deveria fazer isso de novo.
- O governo militar foi incompetente em aplicar a política, e mais incompetente ainda em sair dela, mas não adianta você elencar os problemas ignorando os progressos obtidos, hoje temos um parque industrial e alguma relevância mundial, coisa que nunca tivemos antes.
user f.k.a. Cabeção escreveu:Abmael escreveu:- Prove que é “a despeito” disso e não “graças” a isso.
Quem tem que provar é você. Você estabeleceu uma correlação entre intervencionismo e crescimento econômico. Prove como uma coisa leva a outra.
- Já elenquei diversos exemplos.
user f.k.a. Cabeção escreveu:
Eu posso mostrar que é exatamente o contrário, e que a longo prazo, o intervencionismo só agrava os problemas que ele pretendia curar. Mas "a longo prazo estaremos todos mortos" não é mesmo?
- Mas é isso que venho repetindo, o segredo é saber quando parar, quando o desenvolvimento se torna autônomo e sustentável o intervencionismo deixa de ser remédio e passa a ser veneno, outro problema é o amadurecimento das instituições, sem uma burocracia profissional, por exemplo, um judiciário competente é inútil.
user f.k.a. Cabeção escreveu:
Quando o governo tenta proteger o mercado financeiro injetando liquidez, as pessoas passam a investir em maus negócios, que são beneficiados pela estrutura de bolha. Por sua vez, os administradores precisam captar investimentos e ajustam a produção para cima, encorajados pelos preços artificialmente altos gerados pela política inflacionário. Esse clima se sustenta até os estoques se entulharem e começar uma verdadeira liquidação, tanto de estoque como de ações. Essa recessão corrigiria as distorções e colocaria o mercado de volta no lugar. Mas o governo pretende adiar isso para o próximo governo, e injeta então mais liquidez, aumentando ainda mais a conta a ser paga.
No pior dos casos, se tem a depressão. Os estoques precisam ser liquidados, os custos se tornam proibitivos, não há mais capital disponível, os empregados passam a ser dispensados em levas, e então passam a compor as filas do seguro-desemprego.
O novo governo então promete mundos e fundos para esses ex-funcionários de empresas, e a solução encontrada para um problema gerado pelo Estado é pedir mais Estado. Prorrogasse o estado de penúria.
Essa é uma descrição bastante reduzida do que ocorreu nos EUA na década de 20, mas o filme pode ser adaptado com poucas modificações para diversas outras paisagens onde o governo achou que poderia sustentar um clima de expansão e gerar capital a partir do ar.
Se fosse fácil assim, todas as nações do mundo seriam ricas.
- Você descreveu uma política mal-feita, mas só descobriram isso depois de experiências fracassadas, hoje procuram corrigir estas distorções com processos de auditoria pública, publicação de balanços e exigindo lucratividade das empresas, além disso estatais deveriam ser criadas com o objetivo de serem privatizadas, todos aprenderam essas lições graças a fracassos vividos, infelizmente o Brasil ignorou o fracasso dos outros e caiu em erros notórios, mas como eu já disse antes avanços e retrocessos fazem parte, só que este é um momento péssimo para retroceder.
user f.k.a. Cabeção escreveu:Abmael escreveu:- É mesmo?!?! – Continuaram escravocratas após a assinatura, só aboliram o trabalho infantil em 1938, só adotaram lei de patentes em 1933, o sufrágio universal só foi totalmente implantado em 1965.
Sobre as patentes, está plenamente equivocado. Elas já faziam parte do direito inglês antes da colonização da America.
Na América, durante a fase das treze colônias a legislação colonial garantia monopólios temporários sobre técnicas a seus inventores. A cláusula de patentes foi incorporada a constituição em 1787 e em 1890 criou-se Comissão de Patentes.
- Patentes internacionais, please.
user f.k.a. Cabeção escreveu:
Eu não sei de onde você está tirando esses dados, mas eles são pura irrealidade.
Como Thomas Edison teria feito tanto dinheiro se ele morreu antes da lei de patentes?
- Primeiro, Thomas Eddison não enriqueceu vendendo patentes, segundo, os países europeus já tinham leis de patentes mais avançadas que as americanas com raras exceções.
user f.k.a. Cabeção escreveu:
Quanto a escravidão, pelo que eu saiba ela foi abolida primeiro lá e depois aqui.
- E daí? - O fato é que foi após a assinatura da declaração dos direitos a que você se referiu.
user f.k.a. Cabeção escreveu:Abmael escreveu:- Claro, as ações dos EUA lhe são convenientes quando vão de encontro à sua ideologia.
Eu nunca disse que considerava todas as atitudes do governo americano corretas.
O que eu disse, e continuarei dizendo, é que a América é fundada sobre uma constituição praticamente irretocável, e que o conjunto da obra do que se fez na América ao longo de sua história é positivo.
Isso não significa que eu deva concordar com leis anti-truste, com a lei-seca, com o FDA e com ATF, com subsídios agrícolas ou tarifas protecionistas, com leis de ação afirmativa ou leis Jim Crow, com o New Deal ou mesmo com Roe versus Wade.
- Ok!
user f.k.a. Cabeção escreveu:Abmael escreveu:- Mas não estou me referindo ao presente, estou me reportando ao início da industrialização americana, eles utilizaram de todos os meios que citei para atingir o nível das nações industrializadas, uma vez competitivos começaram a exigir respeito a livre-comércio e instituições que não respeitaram para chegarem lá.
E como eu disse, você tem que ser capaz de mostrar que um ambiente de saque mútuo gera mais prosperidade intelectual que um ambiente de contratos respeitados.
O fato de países terem se desenvolvidos com escravidão ou com monarquias absolutistas não quer dizer absolutamente nada com relação a necessidade desses elementos para o desenvolvimento ocorrer.
Tampouco a pilhagem que você propõe.
- Não estou considerando prosperidade intelectual, embora os países europeus e a américa tenham prosperado num ambiente assim, não posso afirmar que isso é regra, no entanto, não há nada que prove que o contrário é real, a liberalização do comércio internacional traz vantagens a todos, mas os países mais industrializados aproveitam mais e sempre ficarão a frente se o estado de coisas se manter, é fato inegável que países que hoje estão à frente não seguiram bonitinho a cartilha neoliberal que nos é recomendada e isto deve ser avaliado.
user f.k.a. Cabeção escreveu:Abmael escreveu:- Não faz mais sentido que um país industrializado como o Brasil use políticas protecionistas e subsídios para suas indústrias, assim como não fazia para a Inglaterra da época Tatcher, mas é recomendável que economias pré-industriais façam isto até que possam fazer frente a concorrência predatória externa, do contrário não conseguirão tirar o pé da lama.
Não foi o que o Japão e a Alemanha no pós guerra acharam, ou mesmo uma economia agrária ridícula como a Coréia do Sul da década de 50 e 60.
Assim como o Vietnam, China e Índia, agora que abandonaram suas ortodoxias comunistas e permitem a instalação de fábricas e empresas como Call Centers em seus países, oferecendo mão de obra barata e impostos baixos a quem quiser investir por lá.
Eu devo ressaltar que não é só porque um país faz alguma coisa certa é que tudo que ele faz estará certo. Isso seria estupidez, mas é preciso explicar para você, pois parece que essa é a pedra angular de sua argumentação.
- Isto é cansativo, vou repetir, não sou a favor de ortodoxias comunistas, sou a favor de políticas de desenvolvimento, a Coréia fez reforma agrária, a Índia não tem direitos trabalhistas, a China usa trabalho escravo e não tem democracia, todos os seus exemplos fogem da cartilha neoliberal, nem porisso você os acusa de não serem capitalistas.
user f.k.a. Cabeção escreveu:Abmael escreveu:- Isso é relativo, a segurança dos direitos de propriedade nem sempre é algo bom em si para a economia, a história tem exemplos de preservação de tais direitos que resultou em nociva para o desenvolvimento e de violações deles (com a criação de outros novos) que foram benéficas, nos EUA, por exemplo, o direito de posse, desrespeitou o direito dos proprietários existentes mas foi decisivo para o desenvolvimento do centro oeste americano, a reforma agrária no Japão, na Coréia e em Taiwan violou o direito dos latifundiários mas contribuiu para o progresso desses países, havendo grupos capazes de utilizar melhor certas propriedades que seus proprietários , é possível que convenha mais à sociedade não proteger o direito de propriedade vigente e criar outro que transfira o patrimônio àqueles grupos.
A reforma agrária no México acabou com as haciendas e instituiu um modelo de propriedade mal definida, que o governo dizia ser inspirado nas comunas astecas, onde cada agricultor produzia no seu quinhão de terra pouco mais do que aquilo para subsistir, já que não havia incentivo nem capital para produzir em larga escala.
Ser favorável a reforma agrária em tempos de produção agrícola em escala industrial é quase que ser favorável a abolição da roda.
Bastiat tem um exemplo claro para pessoas que pensam como você.
Se machados afiados cortam mais madeira que machados cegos, e portanto fazem o preço desse item abaixar, assim como a necessidade de empregos no setor madeireiro reduzir, já que os machados facilitam o trabalho, devemos então adotar machados cegos.
Assim, levará 3 vezes mais machadadas para se derrubar uma árvore, e portanto, precisaremos de 3 vezes mais empregados no setor, além do preço dessa madeira aumentar também na proporção de 3, favorecendo a indústria nacional.
Non-sense.
- Quanta simplificação grosseira, entregar terra a analfabetos ignorantes é uma coisa, entregar a agricultores é outra, porisso que terras do Sul são mais produtivas que as do nordeste , apesar das propriedades serem menores, a reforma agrária americana propiciou uma próspera classe de pequenos agricultores, a do Japão também, sem contar que economia não é tudo, apaziguar os conflitos sociais também incentiva o desenvolvimento.
user f.k.a. Cabeção escreveu:Abmael escreveu:- Todos exemplos que você citou só reforçam o que eu digo, uma vez que a economia atinja o grau de competitividade internacional e qualidade institucional pretendidos, qualquer política intervencionista passa a ser prejudicial e toda política liberalizante passa a ser benéfica, a Inglaterra errou ao manter intervencionismo em uma sociedade competitiva, também cometemos o mesmo erro, só que acordamos mais tarde e perdemos o bonde da história.
Você tem que provar isso que diz.
O Brasil vem sendo intervencionista desde que foi criado e até agora nada de competitividade em nível internacional.
Enquanto isso, o Chile vai crescendo sem contradições e em ritmo constante a mais de 20 anos por conta de suas instituições sóbrias.
- Quer intervencionismo maior que a ditadura militar chilena, impondo como a economia deveria funcionar? - Vai negar que foi intervencionismo só porque resultou numa economia liberal?
user f.k.a. Cabeção escreveu:
O intervencionismo não ajudou a Alemanha a crescer na república de Weimar, apenas conduziu a um terror ainda pior, o socialismo de Hitler. Também é culpado pelas crises na América e na Inglaterra, que só enxergaram uma luz no fim do túnel com os governos de Reagan e de Tatcher e as medidas liberais adotadas.
- O intervencionismo ocorreu em momentos anteriores a estes, durante a industrialização destes países, quando passaram de subdesenvolvidos a desenvolvidos, nas épocas que você cita o intervencionismo já era prejudicial pois as instituições e a industrialização já eram sólidas, estou me repetindo...
user f.k.a. Cabeção escreveu:
O México viveu sob domínio de uma pseudo-democracia socialista durante setenta anos ininterruptos, quando foram eleitos somente candidatos do Partido Revolucionário Institucional e só veio a experimentar prosperidade quando esse ciclo se quebrou.
- E daí?!?!?!? - Vou repetir, não defendo o socialismo.
user f.k.a. Cabeção escreveu:
Você, ao dizer que esses países se desenvolveram devido a pilhagem, está incorrendo na falácia de não considerar qual seria o seu desenvolvimento caso todos eles respeitassem acordos mútuos de proteção a propriedade intelectual. Não é possível ter idéia de como seria, mas podemos observar pelas leis modernas que protegem a propriedade que provavelmente teriam se desenvolvido mais depressa acaso fizessem isso há mais tempo.
- Quando você avalia a validade das políticas neoliberais baseados na prosperidade destes países no presente, ignorando que eles podem quebrar no futuro o exercício é válido, quando eu avalio o desenvolvimento dos mesmos baseado no seu passado você usa um exercício de premonição retardatária para desconsiderar minha avaliação, isso que é direcionamento ideológico.
user f.k.a. Cabeção escreveu:
Essas leis surgiram da necessidade, e os países concordaram mutuamente pois as vantagens de fato eram mútuas. Isso parece ser incompreensível para um esquerdista, que imagina que a sempre um explorador e um explorado.
- Quem está tendo problemas para compreender é você, todos que assinaram tais acordos viviam momentos semelhantes de desenvolvimento institucional e econômico, e competiam entre si de forma predatória, então foi vantajoso para todos, para um país em fase pré-industrial tal acordo não é vantajoso se assinado com um país em nível de produção tecnológica.
user f.k.a. Cabeção escreveu:
Como eu disse, naquele tempo, sem o aparato de proteção, o conhecimento tinha que ser guardado a sete chaves, e não há nada que impeça o desenvolvimento de uma nação do que obstruções ao conhecimento.
- Exato, porisso defendo não adesão a leis de patentes internacionais a países em fase pré-industrial.
user f.k.a. Cabeção escreveu:
Os progressos tecnológicos sofreram crescimento exponencial junto com as leis que protegiam sua propriedade pelos desenvolvedores.
- Não a nada que prove que uma coisa tem relação com a outra.
user f.k.a. Cabeção escreveu:Abmael escreveu:- Diga isso aos países que citei acima, diga isso à China, diga isso ao Japão.
O Japão não instituiu a quebra de patentes, e imagino que a China também não tenha feito isso.
- O caso do Japão é folclórico, eles desmontavam rádios e relógios ocidentais para fabricá-los com pequenas maquiagens, quanto à China, você não sabia que todas as falsificações encontradas em feiras de importados por aí vem de lá?!!! - Inacreditável!!!!
user f.k.a. Cabeção escreveu:Abmael escreveu:- Diga isso aos otários que investem bilhões nos países que citei acima.
Prove que eles instituíram a quebra de patentes e depois mostre que isso os beneficiou mais do que a introdução das atualmente vigentes leis de proteção a propriedade intelectual em ambos.
- Como eu disse acima os casos da China e do Japão são notórios.
- Tanto uma coisa quanto a outra os beneficiou, é o que estou tentanto explicar, depende do estágio de industrialização.
user f.k.a. Cabeção escreveu:
O Estado contraiu uma dívida enorme para brincar de capitalista, e essas empresas não deram o retorno esperado para quitar essa dívida, pelo contrário, se tornaram cabides de emprego para incompetentes amigos do rei, faziam a festa com a verba pois não precisavam se preocupar com gastos, afinal, uma emissão de títulos pagaria a conta, e cada vez mais aumentando o déficit das contas públicas num comportamento perdulário. Além do enorme custo de oportunidade que esses monopólios infligiram ao tomar recursos para suas atividades de baixa eficiência e ao impedir a competição e o aprimoramento, deteriorando assim o capital investido.
É, realmente, o Brasil deveria fazer isso de novo.
- O governo militar foi incompetente em aplicar a política, e mais incompetente ainda em sair dela, mas não adianta você elencar os problemas ignorando os progressos obtidos, hoje temos um parque industrial e alguma relevância mundial, coisa que nunca tivemos antes.
user f.k.a. Cabeção escreveu:Abmael escreveu:- Prove que é “a despeito” disso e não “graças” a isso.
Quem tem que provar é você. Você estabeleceu uma correlação entre intervencionismo e crescimento econômico. Prove como uma coisa leva a outra.
- Já elenquei diversos exemplos.
user f.k.a. Cabeção escreveu:
Eu posso mostrar que é exatamente o contrário, e que a longo prazo, o intervencionismo só agrava os problemas que ele pretendia curar. Mas "a longo prazo estaremos todos mortos" não é mesmo?
- Mas é isso que venho repetindo, o segredo é saber quando parar, quando o desenvolvimento se torna autônomo e sustentável o intervencionismo deixa de ser remédio e passa a ser veneno, outro problema é o amadurecimento das instituições, sem uma burocracia profissional, por exemplo, um judiciário competente é inútil.
user f.k.a. Cabeção escreveu:
Quando o governo tenta proteger o mercado financeiro injetando liquidez, as pessoas passam a investir em maus negócios, que são beneficiados pela estrutura de bolha. Por sua vez, os administradores precisam captar investimentos e ajustam a produção para cima, encorajados pelos preços artificialmente altos gerados pela política inflacionário. Esse clima se sustenta até os estoques se entulharem e começar uma verdadeira liquidação, tanto de estoque como de ações. Essa recessão corrigiria as distorções e colocaria o mercado de volta no lugar. Mas o governo pretende adiar isso para o próximo governo, e injeta então mais liquidez, aumentando ainda mais a conta a ser paga.
No pior dos casos, se tem a depressão. Os estoques precisam ser liquidados, os custos se tornam proibitivos, não há mais capital disponível, os empregados passam a ser dispensados em levas, e então passam a compor as filas do seguro-desemprego.
O novo governo então promete mundos e fundos para esses ex-funcionários de empresas, e a solução encontrada para um problema gerado pelo Estado é pedir mais Estado. Prorrogasse o estado de penúria.
Essa é uma descrição bastante reduzida do que ocorreu nos EUA na década de 20, mas o filme pode ser adaptado com poucas modificações para diversas outras paisagens onde o governo achou que poderia sustentar um clima de expansão e gerar capital a partir do ar.
Se fosse fácil assim, todas as nações do mundo seriam ricas.
- Você descreveu uma política mal-feita, mas só descobriram isso depois de experiências fracassadas, hoje procuram corrigir estas distorções com processos de auditoria pública, publicação de balanços e exigindo lucratividade das empresas, além disso estatais deveriam ser criadas com o objetivo de serem privatizadas, todos aprenderam essas lições graças a fracassos vividos, infelizmente o Brasil ignorou o fracasso dos outros e caiu em erros notórios, mas como eu já disse antes avanços e retrocessos fazem parte, só que este é um momento péssimo para retroceder.
user f.k.a. Cabeção escreveu:Abmael escreveu:- É mesmo?!?! – Continuaram escravocratas após a assinatura, só aboliram o trabalho infantil em 1938, só adotaram lei de patentes em 1933, o sufrágio universal só foi totalmente implantado em 1965.
Sobre as patentes, está plenamente equivocado. Elas já faziam parte do direito inglês antes da colonização da America.
Na América, durante a fase das treze colônias a legislação colonial garantia monopólios temporários sobre técnicas a seus inventores. A cláusula de patentes foi incorporada a constituição em 1787 e em 1890 criou-se Comissão de Patentes.
- Patentes internacionais, please.
user f.k.a. Cabeção escreveu:
Eu não sei de onde você está tirando esses dados, mas eles são pura irrealidade.
Como Thomas Edison teria feito tanto dinheiro se ele morreu antes da lei de patentes?
- Primeiro, Thomas Eddison não enriqueceu vendendo patentes, segundo, os países europeus já tinha leis de patentes mais avançadas que as americanas com raras exceções.
user f.k.a. Cabeção escreveu:
Quanto a escravidão, pelo que eu saiba ela foi abolida primeiro lá e depois aqui.
- E daí? - O fato é que foi após a assinatura da declaração dos direitos a que você se referiu.
user f.k.a. Cabeção escreveu:Abmael escreveu:- Claro, as ações dos EUA lhe são convenientes quando vão de encontro à sua ideologia.
Eu nunca disse que considerava todas as atitudes do governo americano corretas.
O que eu disse, e continuarei dizendo, é que a América é fundada sobre uma constituição praticamente irretocável, e que o conjunto da obra do que se fez na América ao longo de sua história é positivo.
Isso não significa que eu deva concordar com leis anti-truste, com a lei-seca, com o FDA e com ATF, com subsídios agrícolas ou tarifas protecionistas, com leis de ação afirmativa ou leis Jim Crow, com o New Deal ou mesmo com Roe versus Wade.
- Ok!
user f.k.a. Cabeção escreveu:Abmael escreveu:- Mas não estou me referindo ao presente, estou me reportando ao início da industrialização americana, eles utilizaram de todos os meios que citei para atingir o nível das nações industrializadas, uma vez competitivos começaram a exigir respeito a livre-comércio e instituições que não respeitaram para chegarem lá.
E como eu disse, você tem que ser capaz de mostrar que um ambiente de saque mútuo gera mais prosperidade intelectual que um ambiente de contratos respeitados.
O fato de países terem se desenvolvidos com escravidão ou com monarquias absolutistas não quer dizer absolutamente nada com relação a necessidade desses elementos para o desenvolvimento ocorrer.
Tampouco a pilhagem que você propõe.
- Não estou considerando prosperidade intelectual, embora os países europeus e a américa tenham prosperado num ambiente assim, não posso afirmar que isso é regra, no entanto, não há nada que prove que o contrário é real, a liberalização do comércio internacional traz vantagens a todos, mas os países mais industrializados aproveitam mais e sempre ficarão a frente se o estado de coisas se manter, é fato inegável que países que hoje estão à frente não seguiram bonitinho a cartilha neoliberal que nos é recomendada e isto deve ser avaliado.
user f.k.a. Cabeção escreveu:Abmael escreveu:- Não faz mais sentido que um país industrializado como o Brasil use políticas protecionistas e subsídios para suas indústrias, assim como não fazia para a Inglaterra da época Tatcher, mas é recomendável que economias pré-industriais façam isto até que possam fazer frente a concorrência predatória externa, do contrário não conseguirão tirar o pé da lama.
Não foi o que o Japão e a Alemanha no pós guerra acharam, ou mesmo uma economia agrária ridícula como a Coréia do Sul da década de 50 e 60.
Assim como o Vietnam, China e Índia, agora que abandonaram suas ortodoxias comunistas e permitem a instalação de fábricas e empresas como Call Centers em seus países, oferecendo mão de obra barata e impostos baixos a quem quiser investir por lá.
Eu devo ressaltar que não é só porque um país faz alguma coisa certa é que tudo que ele faz estará certo. Isso seria estupidez, mas é preciso explicar para você, pois parece que essa é a pedra angular de sua argumentação.
- Isto é cansativo, vou repetir, não sou a favor de ortodoxias comunistas, sou a favor de políticas de desenvolvimento, a Coréia fez reforma agrária, a Índia não tem direitos trabalhistas, a China usa trabalho escravo e não tem democracia, todos os seus exemplos fogem da cartilha neoliberal, nem porisso você os acusa de não serem capitalistas.
user f.k.a. Cabeção escreveu:Abmael escreveu:- Isso é relativo, a segurança dos direitos de propriedade nem sempre é algo bom em si para a economia, a história tem exemplos de preservação de tais direitos que resultou em nociva para o desenvolvimento e de violações deles (com a criação de outros novos) que foram benéficas, nos EUA, por exemplo, o direito de posse, desrespeitou o direito dos proprietários existentes mas foi decisivo para o desenvolvimento do centro oeste americano, a reforma agrária no Japão, na Coréia e em Taiwan violou o direito dos latifundiários mas contribuiu para o progresso desses países, havendo grupos capazes de utilizar melhor certas propriedades que seus proprietários , é possível que convenha mais à sociedade não proteger o direito de propriedade vigente e criar outro que transfira o patrimônio àqueles grupos.
A reforma agrária no México acabou com as haciendas e instituiu um modelo de propriedade mal definida, que o governo dizia ser inspirado nas comunas astecas, onde cada agricultor produzia no seu quinhão de terra pouco mais do que aquilo para subsistir, já que não havia incentivo nem capital para produzir em larga escala.
Ser favorável a reforma agrária em tempos de produção agrícola em escala industrial é quase que ser favorável a abolição da roda.
Bastiat tem um exemplo claro para pessoas que pensam como você.
Se machados afiados cortam mais madeira que machados cegos, e portanto fazem o preço desse item abaixar, assim como a necessidade de empregos no setor madeireiro reduzir, já que os machados facilitam o trabalho, devemos então adotar machados cegos.
Assim, levará 3 vezes mais machadadas para se derrubar uma árvore, e portanto, precisaremos de 3 vezes mais empregados no setor, além do preço dessa madeira aumentar também na proporção de 3, favorecendo a indústria nacional.
Non-sense.
- Quanta simplificação grosseira, entregar terra a analfabetos ignorantes é uma coisa, entregar a agricultores é outra, porisso que terras do Sul são mais produtivas que as do nordeste , apesar das propriedades serem menores, a reforma agrária americana propiciou uma próspera classe de pequenos agricultores, a do Japão também, sem contar que economia não é tudo, apaziguar os conflitos sociais também incentiva o desenvolvimento.
user f.k.a. Cabeção escreveu:Abmael escreveu:- Todos exemplos que você citou só reforçam o que eu digo, uma vez que a economia atinja o grau de competitividade internacional e qualidade institucional pretendidos, qualquer política intervencionista passa a ser prejudicial e toda política liberalizante passa a ser benéfica, a Inglaterra errou ao manter intervencionismo em uma sociedade competitiva, também cometemos o mesmo erro, só que acordamos mais tarde e perdemos o bonde da história.
Você tem que provar isso que diz.
O Brasil vem sendo intervencionista desde que foi criado e até agora nada de competitividade em nível internacional.
Enquanto isso, o Chile vai crescendo sem contradições e em ritmo constante a mais de 20 anos por conta de suas instituições sóbrias.
- Quer intervencionismo maior que a ditadura militar chilena, impondo como a economia deveria funcionar, vai negar que foi intervencionismo só porque resultou numa economia liberal?
user f.k.a. Cabeção escreveu:
O intervencionismo não ajudou a Alemanha a crescer na república de Weimar, apenas conduziu a um terror ainda pior, o socialismo de Hitler. Também é culpado pelas crises na América e na Inglaterra, que só enxergaram uma luz no fim do túnel com os governos de Reagan e de Tatcher e as medidas liberais adotadas.
- O intervencionismo ocorreu em momentos anteriores a estes, durante a industrialização destes países, quando passaram de subdesenvolvidos a desenvolvidos, nas épocas que você cita o intervencionismo já era prejudicial pois as instituições e a industrialização já eram sólidas, estou me repetindo...
user f.k.a. Cabeção escreveu:
A Índia mantinha um esquema agrário socialista e o povo passava fome até que a revolução verde e a introdução da propriedade privada no campo permitiu que o país praticamente erradicasse essa chaga.
- Idem....
user f.k.a. Cabeção escreveu:
O Brasil viveu momentos de intenso intervencionismo em vários momentos de sua história republicana, e o que amargou em seguida foram crises e mais crises. Do encilhamento com Marechal Floriano a hiper-inflação dos governos Sarney e Collor, os mesmos erros se repetindo sem que os estúpidos parassem para pensar onde estariam errando.
- Como eu já disse antes, o período do intervencionismo estatal passou no Brasil, agora temos que adquirir capacidade de produção de conhecimento, temos que investir pesado em educação e tecnologia e não estamos fazendo, ou seja, pelo menos estamos incorrendo num erro novo, não que isso resolva algo.
user f.k.a. Cabeção escreveu:
Abmael escreveu:- Quanto ao estado-do-bem-estar-social e a luxúria de gastos públicos, são políticas que não levam ao desenvolvimento e com as quais não concordo.
[color=#0080ff][b]Acima você os defendeu, dentro do conceito maior de distribuição de renda.
- Mas esta se dá pelo aumento das oportunidades através da educação e acesso ao alimento, você deve saber desnutrição nos primeiro anos de vida causa danos irreversíveis ao cérebro.
user f.k.a. Cabeção escreveu:
Abmael escreveu:- Políticas de cotas raciais e bolsa-família devem ser temporárias sempre, nunca instituições do estado.
[color=#0080ff][b]Ao dizer isso você reconhece que essas medidas tem algo de podre em si, mas não consegue ver que elas são temporárias por natureza, não por opção, já que sua prática continuada leva a uma miséria tão intensa que só resta ao governo abortá-las.
Quem acredita que a isonomia e a liberdade são fins em si não podem aceitar essas soluções temporárias que apenas agridem esses dois preceitos.
- Por enquanto sua afirmação não tem respaldo na realidade, até o momento a bolsa-família e nem a distribuição de cotas raciais provocou mais miséria, além disso, não ferem em nada a liberdade, os benefícios são distribuídos com dinheiro dos impostos, concordo que meus impostos sejam usados para diminuição da mendicância, das favelas, da violência, para aumento da base consumidora e para melhor qualificação da força de trabalho.
Abraços,