KARDECISMO x MACUMBA
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KARDECISMO x MACUMBA
KARDECISMO VERSUS MACUMBA
Por Charles Odevan Xavier
O texto investiga a dimensão política e simbólica da transformação da Macumba em Umbanda em face da influência do Espiritismo kardecista.
KARDECISMO VERSUS MACUMBA: O SURGIMENTO DA UMBANDA E DA QUIMBANDA
Charles Odevan Xavier
Este estudo tem como propósito fazer um levantamento histórico do momento em que a Macumba ? culto afro-brasileiro herdeiro da Cabula de origem bantu-angolense ? se dividiu em dois cultos antagônicos (Umbanda e Quimbanda) no contato com o Kardecismo.
Este estudo é um diálogo crítico com várias fontes bibliográficas, mas sobretudo com a obra ?África? de Geoffrey Parrinder (Lisboa/São Paulo: Editorial Verbo, 1987) e com a tese de doutorado ?Umbanda ? Os ?Seres Superiores? e os orixás/santos: um estudo sobre a fenomenologia do sincretismo umbandístico na perspectiva da Teologia Católica? de Valdeli Carvalho Costa (São Paulo: Edições Loyola, 1983).
O TERMO MACUMBA
No início do século XX, o culto dos Negros bantu do Rio de Janeiro, ainda não era conhecido com o nome de Macumba. A primeira referência ao nome só irá aparecer no ensaio ?O Negro na Música Brasileira? de Luciano Gallet em 1934. Depois disso, a macumba designará o culto da etnia bantu dos negros residentes no Rio de Janeiro.
A Macumba, segundo Valdeli Costa, desse período era ritualmente pobre e muito próxima da estrutura do culto praticado pela etnia Bantu na África. Invocam os mortos e os antepassados tribais, seres bem ou malfazejos. Acreditam na transmigração das almas ? o que no Brasil, os aproximará da doutrina Kardecista - no totemismo e nas práticas mágicas.
O TERMO UMBANDA
O grão-sacerdote da Macumba, na época, denominava-se ?umbanda?, embora também fosse designado como ?pai de terreiro?. Ele era o evocador dos ?espíritos? e o dirigente das cerimônias. O termo Umbanda ou Embanda é originário de ?Ki-mbanda?, o grão-sacerdote bantu, simultaneamente curandeiro, adivinho e feiticeiro.
O SURGIMENTO DA UMBANDA
A crescente difusão da Macumba entre a população pobre do Rio de Janeiro (negra ou branca) se deu pela conjugação da marginalização imposta no re-ordenamento urbano (?Belle-èpoque?) e pela solução de problemas por parte das entidades espirituais que a Ciência oficial e a Medicina branca não conseguiam resolver.Neste ínterim a Macumba passa a atrair os homens brancos da classe média com maior escolaridade, conhecimentos e práticas da doutrina kardecista. Neste momento a estrutura ritual e doutrinária da Macumba entra em crise.Os neófitos, impregnados de padrões mentais e valores euro-brasileiros, começaram a questionar a Macumba, criticando e procurando esvaziá-la de seus traços africanos, de suas práticas rituais, repugnantes à sensibilidade branca (uso de sangue animal, pólvora, punhais, cachaça etc.).
Nesta altura cabe investigar porque os brancos da classe média de intrusos passaram a galgar a chefia dos terreiros de Macumba. Sabe-se que uma das formas de poder e opressão é a alegação da escolaridade.Ou seja, em um ambiente de provável baixa-estima que caracterizava os pobres negros e brancos não-escolarizados, o ingresso do branco remediado que sabe usar a norma padrão da Língua Portuguesa, resultará no branqueamento compulsório e autoritário da Macumba. Entretanto, à medida que os brancos escolarizados passaram a dominar e impor seus parâmetros à Macumba suscitou-se forte resistência e oposição da parte dos Negros fiéis às antigas tradições.O atrito entre o apego aos valores tradicionais negros e o esforço ?civilizador? e ?branqueador? produziu uma cisão interna no culto. Os negros e terreiros fiéis às tradições ancestrais da Macumba, deram origem ao que se passou a ser chamado de ?Quimbanda? pela ala Kardecista da antiga Macumba. E esta ala Kardecista remanescente passou a se nomear de ?Umbanda?. Desse modo, como não podemos esquecer a dimensão política da linguagem, a palavra ?Quimbanda? passou a ser utilizada para detratar a facção oposta, com o intuito de acentuar o caráter primitivo da adversária, designando-a com o nome arcaico do sacerdote bantu na África. Dessa forma, os umbandistas, chefes de terreiro, dão uma conotação fortemente negativa à Quimbanda, apresentando-a, como votada a fazer o mal, através da magia negra.Assim, a Umbanda irá justificar sua existência como o combate à suposta ação maléfica exercida pela Quimbanda, através de seus Exus quimbandeiros.
O FIM DA MACUMBA
O nome ?Macumba? tende a desaparecer, devido à forte conotação depreciativa que o termo possui.Desde 1968 que Valdeli Costa percebe a aversão dos umbandistas dos terreiros urbanos a serem chamados de ?macumbeiros?. Nos subúrbios, o termo ?Macumba? ainda é usado.Na Cabana Espírita Maria Conga situada no Realengo (Rio de Janeiro), o ritual ainda reflete o período de coexistência pacífica das duas formas ritualísticas dentro do mesmo terreiro.
O SIGNIFICADO POLÍTICO DA UMBANDA
A Umbanda, entendida como a ala Kardecista da Macumba, surgiu com o intuito de uniformizar o ritual e a doutrina afro-brasileira, refreando a tendência inventiva dos pais de santo em seus terreiros. Ou seja, ela visou à homogeneização dos cultos tribais brasileiros na perspectiva de poder melhor vigiá-los, controlá-los, servindo como aliada da classe dominante no processo que os historiadores chamam de ?Bella-èpoque?.
A ?Belle-èpoque? (final do século XIX e começo do século XX) se caracterizou como uma disciplinarização urbana que investiu em formas de controle social sobre as camadas baixas da sociedade (retirantes, moradores do subúrbio, crianças abandonadas, mendigos, doentes infecciosos) através dos asilos de mendicidade e de alienados mentais, lazaretos, reformatórios; utilizando-se de profissionais disciplinadores (médicos sanitaristas, bacharéis, militares e burocratas) com a intenção de instituir padrões comportamentais ajustados à disciplina do trabalho indispensável para a consolidação do capitalismo industrial ( CARDOSO, 2002).
Desse modo, o Kardecismo, produto do Positivismo e do Evolucionismo, serviu como o braço invisível do Poder. Para a classe dominante não interessava apenas dominar o corpo dos indivíduos através da coerção policial, ela queria também dominar as almas, as idéias através da coerção simbólica. O Kardecismo ganhará aprovação social pelos Estados Totalitários (basta ver o crescimento das casas espíritas na Ditadura Vargas), enquanto os cultos mais africanizados que representavam uma ameaça aos valores do capitalismo industrial serão perseguidos e, mais tarde, em face de sua resistência, cooptados.
Assim pensar a origem da Umbanda, é resgatar um período histórico em que a classe dominante utilizou todos os recursos imagináveis (violentos e/ou simbólicos) para fiscalizar e conter uma imensa maioria negra, indígena e mestiça que estava começando a criar formas de sociabilidade completamente contrárias aos interesses do grande capital.
http://www.midiaindependente.org/es/blu ... 9417.shtml
Por Charles Odevan Xavier
O texto investiga a dimensão política e simbólica da transformação da Macumba em Umbanda em face da influência do Espiritismo kardecista.
KARDECISMO VERSUS MACUMBA: O SURGIMENTO DA UMBANDA E DA QUIMBANDA
Charles Odevan Xavier
Este estudo tem como propósito fazer um levantamento histórico do momento em que a Macumba ? culto afro-brasileiro herdeiro da Cabula de origem bantu-angolense ? se dividiu em dois cultos antagônicos (Umbanda e Quimbanda) no contato com o Kardecismo.
Este estudo é um diálogo crítico com várias fontes bibliográficas, mas sobretudo com a obra ?África? de Geoffrey Parrinder (Lisboa/São Paulo: Editorial Verbo, 1987) e com a tese de doutorado ?Umbanda ? Os ?Seres Superiores? e os orixás/santos: um estudo sobre a fenomenologia do sincretismo umbandístico na perspectiva da Teologia Católica? de Valdeli Carvalho Costa (São Paulo: Edições Loyola, 1983).
O TERMO MACUMBA
No início do século XX, o culto dos Negros bantu do Rio de Janeiro, ainda não era conhecido com o nome de Macumba. A primeira referência ao nome só irá aparecer no ensaio ?O Negro na Música Brasileira? de Luciano Gallet em 1934. Depois disso, a macumba designará o culto da etnia bantu dos negros residentes no Rio de Janeiro.
A Macumba, segundo Valdeli Costa, desse período era ritualmente pobre e muito próxima da estrutura do culto praticado pela etnia Bantu na África. Invocam os mortos e os antepassados tribais, seres bem ou malfazejos. Acreditam na transmigração das almas ? o que no Brasil, os aproximará da doutrina Kardecista - no totemismo e nas práticas mágicas.
O TERMO UMBANDA
O grão-sacerdote da Macumba, na época, denominava-se ?umbanda?, embora também fosse designado como ?pai de terreiro?. Ele era o evocador dos ?espíritos? e o dirigente das cerimônias. O termo Umbanda ou Embanda é originário de ?Ki-mbanda?, o grão-sacerdote bantu, simultaneamente curandeiro, adivinho e feiticeiro.
O SURGIMENTO DA UMBANDA
A crescente difusão da Macumba entre a população pobre do Rio de Janeiro (negra ou branca) se deu pela conjugação da marginalização imposta no re-ordenamento urbano (?Belle-èpoque?) e pela solução de problemas por parte das entidades espirituais que a Ciência oficial e a Medicina branca não conseguiam resolver.Neste ínterim a Macumba passa a atrair os homens brancos da classe média com maior escolaridade, conhecimentos e práticas da doutrina kardecista. Neste momento a estrutura ritual e doutrinária da Macumba entra em crise.Os neófitos, impregnados de padrões mentais e valores euro-brasileiros, começaram a questionar a Macumba, criticando e procurando esvaziá-la de seus traços africanos, de suas práticas rituais, repugnantes à sensibilidade branca (uso de sangue animal, pólvora, punhais, cachaça etc.).
Nesta altura cabe investigar porque os brancos da classe média de intrusos passaram a galgar a chefia dos terreiros de Macumba. Sabe-se que uma das formas de poder e opressão é a alegação da escolaridade.Ou seja, em um ambiente de provável baixa-estima que caracterizava os pobres negros e brancos não-escolarizados, o ingresso do branco remediado que sabe usar a norma padrão da Língua Portuguesa, resultará no branqueamento compulsório e autoritário da Macumba. Entretanto, à medida que os brancos escolarizados passaram a dominar e impor seus parâmetros à Macumba suscitou-se forte resistência e oposição da parte dos Negros fiéis às antigas tradições.O atrito entre o apego aos valores tradicionais negros e o esforço ?civilizador? e ?branqueador? produziu uma cisão interna no culto. Os negros e terreiros fiéis às tradições ancestrais da Macumba, deram origem ao que se passou a ser chamado de ?Quimbanda? pela ala Kardecista da antiga Macumba. E esta ala Kardecista remanescente passou a se nomear de ?Umbanda?. Desse modo, como não podemos esquecer a dimensão política da linguagem, a palavra ?Quimbanda? passou a ser utilizada para detratar a facção oposta, com o intuito de acentuar o caráter primitivo da adversária, designando-a com o nome arcaico do sacerdote bantu na África. Dessa forma, os umbandistas, chefes de terreiro, dão uma conotação fortemente negativa à Quimbanda, apresentando-a, como votada a fazer o mal, através da magia negra.Assim, a Umbanda irá justificar sua existência como o combate à suposta ação maléfica exercida pela Quimbanda, através de seus Exus quimbandeiros.
O FIM DA MACUMBA
O nome ?Macumba? tende a desaparecer, devido à forte conotação depreciativa que o termo possui.Desde 1968 que Valdeli Costa percebe a aversão dos umbandistas dos terreiros urbanos a serem chamados de ?macumbeiros?. Nos subúrbios, o termo ?Macumba? ainda é usado.Na Cabana Espírita Maria Conga situada no Realengo (Rio de Janeiro), o ritual ainda reflete o período de coexistência pacífica das duas formas ritualísticas dentro do mesmo terreiro.
O SIGNIFICADO POLÍTICO DA UMBANDA
A Umbanda, entendida como a ala Kardecista da Macumba, surgiu com o intuito de uniformizar o ritual e a doutrina afro-brasileira, refreando a tendência inventiva dos pais de santo em seus terreiros. Ou seja, ela visou à homogeneização dos cultos tribais brasileiros na perspectiva de poder melhor vigiá-los, controlá-los, servindo como aliada da classe dominante no processo que os historiadores chamam de ?Bella-èpoque?.
A ?Belle-èpoque? (final do século XIX e começo do século XX) se caracterizou como uma disciplinarização urbana que investiu em formas de controle social sobre as camadas baixas da sociedade (retirantes, moradores do subúrbio, crianças abandonadas, mendigos, doentes infecciosos) através dos asilos de mendicidade e de alienados mentais, lazaretos, reformatórios; utilizando-se de profissionais disciplinadores (médicos sanitaristas, bacharéis, militares e burocratas) com a intenção de instituir padrões comportamentais ajustados à disciplina do trabalho indispensável para a consolidação do capitalismo industrial ( CARDOSO, 2002).
Desse modo, o Kardecismo, produto do Positivismo e do Evolucionismo, serviu como o braço invisível do Poder. Para a classe dominante não interessava apenas dominar o corpo dos indivíduos através da coerção policial, ela queria também dominar as almas, as idéias através da coerção simbólica. O Kardecismo ganhará aprovação social pelos Estados Totalitários (basta ver o crescimento das casas espíritas na Ditadura Vargas), enquanto os cultos mais africanizados que representavam uma ameaça aos valores do capitalismo industrial serão perseguidos e, mais tarde, em face de sua resistência, cooptados.
Assim pensar a origem da Umbanda, é resgatar um período histórico em que a classe dominante utilizou todos os recursos imagináveis (violentos e/ou simbólicos) para fiscalizar e conter uma imensa maioria negra, indígena e mestiça que estava começando a criar formas de sociabilidade completamente contrárias aos interesses do grande capital.
http://www.midiaindependente.org/es/blu ... 9417.shtml
O ENCOSTO
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
Charles Odevan Xavier escreveu:O SIGNIFICADO POLÍTICO DA UMBANDA
A Umbanda, entendida como a ala Kardecista da Macumba, surgiu com o intuito de uniformizar o ritual e a doutrina afro-brasileira, refreando a tendência inventiva dos pais de santo em seus terreiros. Ou seja, ela visou à homogeneização dos cultos tribais brasileiros na perspectiva de poder melhor vigiá-los, controlá-los, servindo como aliada da classe dominante no processo que os historiadores chamam de ?Bella-èpoque?.
A ?Belle-èpoque? (final do século XIX e começo do século XX) se caracterizou como uma disciplinarização urbana que investiu em formas de controle social sobre as camadas baixas da sociedade (retirantes, moradores do subúrbio, crianças abandonadas, mendigos, doentes infecciosos) através dos asilos de mendicidade e de alienados mentais, lazaretos, reformatórios; utilizando-se de profissionais disciplinadores (médicos sanitaristas, bacharéis, militares e burocratas) com a intenção de instituir padrões comportamentais ajustados à disciplina do trabalho indispensável para a consolidação do capitalismo industrial ( CARDOSO, 2002).
Desse modo, o Kardecismo, produto do Positivismo e do Evolucionismo, serviu como o braço invisível do Poder. Para a classe dominante não interessava apenas dominar o corpo dos indivíduos através da coerção policial, ela queria também dominar as almas, as idéias através da coerção simbólica. O Kardecismo ganhará aprovação social pelos Estados Totalitários (basta ver o crescimento das casas espíritas na Ditadura Vargas), enquanto os cultos mais africanizados que representavam uma ameaça aos valores do capitalismo industrial serão perseguidos e, mais tarde, em face de sua resistência, cooptados.
Assim pensar a origem da Umbanda, é resgatar um período histórico em que a classe dominante utilizou todos os recursos imagináveis (violentos e/ou simbólicos) para fiscalizar e conter uma imensa maioria negra, indígena e mestiça que estava começando a criar formas de sociabilidade completamente contrárias aos interesses do grande capital.
Quando penso já ter ouvido e visto tudo quanto é mentira e bobagem possível vindas desta turminha, eis que me aparece alguém para justificar a macumba "a luz" da Luta de Classes.
O texto de abertura deste tópico é um arrazoado de mentiras, distorções históricas e análises tendenciosas que suprimem dois fatos básicos quanto ao tema:
1. Se é que algum rito afro foi usado como instrumento das classes dominantes, foram justamente os ritos animistas tribais, dos quais a macumba deriva de modo muito indireto.
Como várias tribos negras cativas professavam o Islamismo, religião que dava aos escravos que a seguiam maior identidade de grupo, senso de valor pessoal e propensão para revolta (como a dos Malês, na Bahia) que o animismo, era interessante para os senhores de escravos tolerarem as muitas variantes animistas tribais, que por serem tantas e concorrentes entre si terminavam por representar um perigo menor que o Islamismo, cujo sentido de unidade está em sua própria essência;
2. A Umbanda surgiu de um movimento sincrético de características nacionalistas, que pretendia adaptar o Kardecismo às características multi-raciais e multiculturais do Brasil, integrando não apenas ritos do animismo africano, mas também entidades que representariam a espiritualidade de indígenas e brancos.
Além de se projetar como um sincretismo espiritualista democrático quanto à questão racial, coisa surpreendente no Brasil do início do século XX, também dava voz a personagens marginalizados, como as prostitutas, representadas pelas pomba-giras.
Apesar de constituir-se, literalmente, em um samba-do-crioulo-doido do ponto de vista religioso, é completamente falso sugerir que a Umbanda se prestasse a uma domesticação dos cultos afros pela cultura branca, mesmo porque, alguns ritos básicos subvertiam a hierarquia racial da época, como a veneração dos Pretos Velhos, alçados à condição de sábios espíritos conselheiros.
Claro que, para a turminha a qual o autor do texto pertence, até os Exus devem estar a serviço do grande capital.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
Acauan escreveu:Claro que, para a turminha a qual o autor do texto pertence, até os Exus devem estar a serviço do grande capital.
O mercado é meu amo e senhor.

Palavras de um visionário:
"Seria uma ressurreição satânica retirarmos Lula e Brizola - esse casamento do analfabetismo econômico com o obsoletismo ideológico - do lixo da história para o palco do poder."
Roberto Campos
"Seria uma ressurreição satânica retirarmos Lula e Brizola - esse casamento do analfabetismo econômico com o obsoletismo ideológico - do lixo da história para o palco do poder."
Roberto Campos
Re.: KARDECISMO x MACUMBA
Nossa, que viagem...mas não sei de fato o que aconteceu. Só sei que as elites dominantes e opressoras sempre pagam o pato ( ou seria a galinha morta?) ...enfim...
- Ateu Tímido
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Re.: KARDECISMO x MACUMBA
Depende do ponto de vista...
Alguém já postou aqui um outro texto, dizendo que o espiritismo é uma "macumba de classe média"...
Faz sentido.
Alguém já postou aqui um outro texto, dizendo que o espiritismo é uma "macumba de classe média"...
Faz sentido.
Há muitos anos, li um livro sobre a etimologia da palavra Umbanda, um estudo sério sobre lingüística e, obviamente, não havia sequer uma única referência ao Kardecismo. E também, havia destaque à palavra Macumba que, se não me engano, não me lembro bem qual o dialeto, me parece que era Urubá, Iurubá ou algo parecido, significava ENCANTO, de encantamento, magia, etc, cujo termo já existia centenas de anos antes do Kardecismo.
Bom, para quem consegue dar detalhes sobre a civilização marciana, reescrever a História é peixe pequeno!!
Bom, para quem consegue dar detalhes sobre a civilização marciana, reescrever a História é peixe pequeno!!
Fayman
autor de:
OS GUARDIÕES DO TEMPO
RELÂMPAGOS DE SANGUE
ANJO - A FACE DO MAL
AMOR VAMPIRO
(Coletânea 7 autores)
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- betossantana
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- betossantana
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Fayman escreveu:me parece que era Urubá, Iurubá ou algo parecido,
Iorubá, ou Yorubá, talvez. É a única língua ou dialeto africano que me lembro de nome.
Engraçado, sempre vivi em Salvador, tem uns três terreiros só na minha rua, um deles na casa da vizinha colada à minha e nunca fui em um. Mas estou falando de terreiros de canbomblé... não sei a diferença entre ele e a umbanda.
É um problema espiritual, chupe pau!
- betossantana
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betossantana escreveu:Will escreveu:betossantana escreveu:Eu chupo o cu e dou o pau ao mercado.
Ops!
Chupo o pau e dou o cu ao mercado. Eu A-DO-RO o mercado.
Beto...
Mesmo tão apaixonado... Por favor use camisinha!!!!![]()
![]()
JAMAIS, eu e o mercado somos caso de AMOR ETERNO, sem DESCONFIANÇAS.
Beto...
Me desculpe... Sinto muito, mas vou ser obrigado a falar!!!
Mas fiquei sabendo que o Mercado tem hábitos promíscuos, se prostitue, além de ser muito dissimulado...
Abre o olho amigo!!!

- betossantana
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Will escreveu:Beto...
Me desculpe... Sinto muito, mas vou ser obrigado a falar!!!
Mas fiquei sabendo que o Mercado tem hábitos promíscuos, se prostitue, além de ser muito dissimulado...
Abre o olho amigo!!!
Sim, sim, eu SEI, OH, eu SEI que ele age dessa maneira, mas que posso eu fazer se o AMOR ME QUEIMA POR DENTRO?
É um problema espiritual, chupe pau!
- betossantana
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Re.: KARDECISMO x MACUMBA
Que maluquice, esse tópico é sobre umbanda e kardecismo, por favor, Will, mantenha a compostura.
É um problema espiritual, chupe pau!
- Mr. Crowley
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betossantana escreveu:Tranca escreveu:O mercado é meu amo e senhor.
Eu chupo o cu e dou o pau ao mercado.
Ops!
Chupo o pau e dou o cu ao mercado. Eu A-DO-RO o mercado.
Bom, eu sou apenas um exu peixe-pequeno.
Um mero estafeta do mercado.
Não tenho estas relações promíscuas com ele.

Palavras de um visionário:
"Seria uma ressurreição satânica retirarmos Lula e Brizola - esse casamento do analfabetismo econômico com o obsoletismo ideológico - do lixo da história para o palco do poder."
Roberto Campos
"Seria uma ressurreição satânica retirarmos Lula e Brizola - esse casamento do analfabetismo econômico com o obsoletismo ideológico - do lixo da história para o palco do poder."
Roberto Campos
betossantana escreveu:Fayman escreveu:me parece que era Urubá, Iurubá ou algo parecido,
Iorubá, ou Yorubá, talvez. É a única língua ou dialeto africano que me lembro de nome.
Engraçado, sempre vivi em Salvador, tem uns três terreiros só na minha rua, um deles na casa da vizinha colada à minha e nunca fui em um. Mas estou falando de terreiros de canbomblé... não sei a diferença entre ele e a umbanda.
Candomblé e Umbanda são bem diferentes.
Sugiro que tire um tempinho e vá até um culto num terreiro de candomblé "de verdade". É uma experiência muito interessante.
"Noite escura agora é manhã..."
Alter-ego escreveu:betossantana escreveu:Fayman escreveu:me parece que era Urubá, Iurubá ou algo parecido,
Iorubá, ou Yorubá, talvez. É a única língua ou dialeto africano que me lembro de nome.
Engraçado, sempre vivi em Salvador, tem uns três terreiros só na minha rua, um deles na casa da vizinha colada à minha e nunca fui em um. Mas estou falando de terreiros de canbomblé... não sei a diferença entre ele e a umbanda.
Candomblé e Umbanda são bem diferentes.
Sugiro que tire um tempinho e vá até um culto num terreiro de candomblé "de verdade". É uma experiência muito interessante.
Parece até sacanagem, mandar um Baiano num culto afro!!!



- betossantana
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