Tutsis e hutus: Guerra sem fronteiras.
- Mr. Crowley
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Tutsis e hutus: Guerra sem fronteiras.
Há alguns anos, quando se falava em Congo, o que vinha à mente era a República do Congo, nação africana de colonização francesa que tinha Brazzaville como capital. Isso mudou em 1997, e o nome Congo, que batiza um dos principais rios da África, passou a denominar também o país vizinho, a República Democrática do Congo(RDC). Confuso? Pois saiba que esse mesmo país, cuja capital é Kinshasa, já se chamou Congo Belga(foi colônia da Bélgica), República do Congo e Zaire.
A troca de nome é apenas uma das muitas mudanças que marcam a história recente da RDC. A nação tem sido palco da guerra mais sangrenta em solo africano. Isso acontece por uma combinação de vários fatores: as riquezas minerais existentes em seu território, as fronteiras arbritárias traçadas pelos colonialistas europeus e a grande heterogeneidade étnica(cerca de 200 etnias habitam o país). Alguns desses grupos se espalham por países vizinhos, como os tutsis(Ruanda, Burundi e Uganda) e os bacongos(Angola).
O conflito já somou 2,5 milhões de mortes. De acordo com o Comitê de Resgate Internacional, um número expressivo de mortes deve-se às doenças causadas pelas péssimas condições sanitárias.
Origens do conflito:
O destino da RDC começou a ser selado fora de suas fronteiras, com a eclosão, em 1994, da guerra civil entre tutsis e hutus, as duas etnias existêntes em Ruanda. Estima-se que mais de 1 milhão de hutus tenham deixado Ruanda em busca de refúgio em campos do leste da República Democrática do Congo, fugindo da repressão tutsi. Esse fluxo de refugiados sobrecarregou a infra-estrutura e abalou a estabilidade política da região, habitada por tutsis da tribo baniamulenge. Em 1996, esses se revoltaram contra o governo central, presidido pelo ditador Mobutu Sese Seko. A principal acusação era a de tolerar ações de milicianos hutus que treinavam para atacar o governo tutsi da Ruanda, além de incitar o ódio contra os tutsis baniamulenges. Mobutu havia assumido o poder em 1965 e promovido uma política de "africanização" do país, ao proibir o registro de nomes ocidentais ou cristãos. Assim, o país ganhou o nome de Zaire. A capital, antes chamada de Leopoldville - em homenagem ao rei belga Leopoldo II -, passou a chamar-se Kinshasa.
A rebelião tutsi ensejou a criação de um grande movimento anti-Mobutu, liderado por Larent Desiré Kabila. Sua guerrilha, organizada na Aliança das Forças Democráticas pela Libertação do Congo-Zaire (AFDL), ganhou simpatia em vários pontos do país. Com o apoio de Uganda e do regime tutsi de Ruanda, a AFDL entrou em Kinshasa em maio de 1997, sob os aplausos da população e sem resistência do Exército. O término da ditadura de Mobutu, no entando, não pacificou o país - rebatizado de República Democrática do Congo desde que Kabila assumiu a presidência.
Conflito internacional:
Divergências sobre a divisão do poder levaram Kabila a romper com os tutsis baniamulenges e, por extensão, com os antigos aliados - Ruanda e Uganda.
A nova fase da guerra começou em 1998, com um motim de oficiais baniamulenges no leste, que avançou para o oeste do território. Enfraquecido, Kabila recebeu socorro militar de Angola, do Zimbábue e da Namíbia. A guerrilha tutsi, por seu lado, contava com o reforço de Ruanda, Uganda e Burundi. Em poucos meses, o território da RDC estava dividido em duas zonas: uma, a oeste, controlada pelo governo, e outra, a leste, dominada pelos rebeldes tutsis.
O cenário tornou-se ainda mais caótico em 1999, quando Uganda e Ruanda passaram de aliados a oponentes. A ruptura dividiu o movimento rebelde tutsi na RDC em grupos fiéis a Ruanda ou Uganda.
O grande motivo da dicórdia foi a disputa pelas áreas produtoras de ouro, diamante e de outros minerais do Congo. Numa investigação das Nações Unidas(ONU), concluída em 2001; Ruanda e Uganda oram acusados de saquear as riquezas do país. O relatório cita ainda Burundi e Zimbábue - aliado de Kabila - como beneficiários das pilhagens.
Negociações de paz:
Embora o processo de paz entre os governos e as facções rebeldes congolesas tivesse sido iniciado em 1999, as conversações só progrediram em 2001. Em janeiro desse ano, com o assassinato de Laurent Kabila, seu filho, Joseph Kabila, assumiu a presidência, determinado a acabar com a guerra.
A intensidade dos combates diminuiu com novas rodadas de negociação. Uma missão de paz da ONU foi enviada ao país e relatou que praticamente não existiam mais soldados da Namíbia no Congo. Os confrontos, porém, não cessaram.
Em meio a avanços e recuos, o governo da RDC e o de Ruanda assinaram, em julho de 2002, um acordo decisivo para a pacificação do Congo. De um lado, Ruanda comprometeu-se a retirar em três meses todas as tropas da RDC. Em troca o governo da RDC deve desarmar e entregá-los a Ruanda os milicianos hutus instalados no leste do território congolês.
Responsável pelo genocídio de tutsis em Ruanda, em 1994, os milicianos hutus fugiram do país temendo represálias do governo tutsi instalado em Ruanda. Autoridades ruandesas acusam essas milícias de continuar atacando o território e justificam a intervenção militar na RDC como crucial para a segurança do país.
A troca de nome é apenas uma das muitas mudanças que marcam a história recente da RDC. A nação tem sido palco da guerra mais sangrenta em solo africano. Isso acontece por uma combinação de vários fatores: as riquezas minerais existentes em seu território, as fronteiras arbritárias traçadas pelos colonialistas europeus e a grande heterogeneidade étnica(cerca de 200 etnias habitam o país). Alguns desses grupos se espalham por países vizinhos, como os tutsis(Ruanda, Burundi e Uganda) e os bacongos(Angola).
O conflito já somou 2,5 milhões de mortes. De acordo com o Comitê de Resgate Internacional, um número expressivo de mortes deve-se às doenças causadas pelas péssimas condições sanitárias.
Origens do conflito:
O destino da RDC começou a ser selado fora de suas fronteiras, com a eclosão, em 1994, da guerra civil entre tutsis e hutus, as duas etnias existêntes em Ruanda. Estima-se que mais de 1 milhão de hutus tenham deixado Ruanda em busca de refúgio em campos do leste da República Democrática do Congo, fugindo da repressão tutsi. Esse fluxo de refugiados sobrecarregou a infra-estrutura e abalou a estabilidade política da região, habitada por tutsis da tribo baniamulenge. Em 1996, esses se revoltaram contra o governo central, presidido pelo ditador Mobutu Sese Seko. A principal acusação era a de tolerar ações de milicianos hutus que treinavam para atacar o governo tutsi da Ruanda, além de incitar o ódio contra os tutsis baniamulenges. Mobutu havia assumido o poder em 1965 e promovido uma política de "africanização" do país, ao proibir o registro de nomes ocidentais ou cristãos. Assim, o país ganhou o nome de Zaire. A capital, antes chamada de Leopoldville - em homenagem ao rei belga Leopoldo II -, passou a chamar-se Kinshasa.
A rebelião tutsi ensejou a criação de um grande movimento anti-Mobutu, liderado por Larent Desiré Kabila. Sua guerrilha, organizada na Aliança das Forças Democráticas pela Libertação do Congo-Zaire (AFDL), ganhou simpatia em vários pontos do país. Com o apoio de Uganda e do regime tutsi de Ruanda, a AFDL entrou em Kinshasa em maio de 1997, sob os aplausos da população e sem resistência do Exército. O término da ditadura de Mobutu, no entando, não pacificou o país - rebatizado de República Democrática do Congo desde que Kabila assumiu a presidência.
Conflito internacional:
Divergências sobre a divisão do poder levaram Kabila a romper com os tutsis baniamulenges e, por extensão, com os antigos aliados - Ruanda e Uganda.
A nova fase da guerra começou em 1998, com um motim de oficiais baniamulenges no leste, que avançou para o oeste do território. Enfraquecido, Kabila recebeu socorro militar de Angola, do Zimbábue e da Namíbia. A guerrilha tutsi, por seu lado, contava com o reforço de Ruanda, Uganda e Burundi. Em poucos meses, o território da RDC estava dividido em duas zonas: uma, a oeste, controlada pelo governo, e outra, a leste, dominada pelos rebeldes tutsis.
O cenário tornou-se ainda mais caótico em 1999, quando Uganda e Ruanda passaram de aliados a oponentes. A ruptura dividiu o movimento rebelde tutsi na RDC em grupos fiéis a Ruanda ou Uganda.
O grande motivo da dicórdia foi a disputa pelas áreas produtoras de ouro, diamante e de outros minerais do Congo. Numa investigação das Nações Unidas(ONU), concluída em 2001; Ruanda e Uganda oram acusados de saquear as riquezas do país. O relatório cita ainda Burundi e Zimbábue - aliado de Kabila - como beneficiários das pilhagens.
Negociações de paz:
Embora o processo de paz entre os governos e as facções rebeldes congolesas tivesse sido iniciado em 1999, as conversações só progrediram em 2001. Em janeiro desse ano, com o assassinato de Laurent Kabila, seu filho, Joseph Kabila, assumiu a presidência, determinado a acabar com a guerra.
A intensidade dos combates diminuiu com novas rodadas de negociação. Uma missão de paz da ONU foi enviada ao país e relatou que praticamente não existiam mais soldados da Namíbia no Congo. Os confrontos, porém, não cessaram.
Em meio a avanços e recuos, o governo da RDC e o de Ruanda assinaram, em julho de 2002, um acordo decisivo para a pacificação do Congo. De um lado, Ruanda comprometeu-se a retirar em três meses todas as tropas da RDC. Em troca o governo da RDC deve desarmar e entregá-los a Ruanda os milicianos hutus instalados no leste do território congolês.
Responsável pelo genocídio de tutsis em Ruanda, em 1994, os milicianos hutus fugiram do país temendo represálias do governo tutsi instalado em Ruanda. Autoridades ruandesas acusam essas milícias de continuar atacando o território e justificam a intervenção militar na RDC como crucial para a segurança do país.

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[center]Um legado trágico[/center]
A tensão étnica no coração da África é um exemplo emblemático da herança deixada pela época colonial. As fronteiras políticas, traçadas pelas potências européias, ignoraram as divisões étnicas existêntes. Com isso, um mesmo grupo étnico foi separado em diferentes colônias, que, após a independência, se tornaram Estados soberanos. Em contrapartida, grupos antagônicos passaram a conviver dentro de um mesmo país. Quando as colônias se emanciparam, as hostilidades começaram a desabrochar.
Hutus e tutsis habitam principalmente Ruanda e Burundi, países encravados na região montanhosa dos Grandes Lagos, no centro da África.
Maioria em ambos os países, os hutus são agricultores nativos da região. Os tutsis são um povo pastoril de tradição guerreira que chegou aos Grandes Lagos por volta do século XIV e dominou os hutus. Durante o período colonial, alemães e belgas inflamaram antigas rivalidades ao garantir aos tutsis vantagens no acesso à educação e aos cargos públicos, além de formar uma elite militar.
Com a independência, em 1962, conflitos entre tutsis e hutus vêm marcando a história de Ruanda e Burundi. Em 1994, Ruanda foi o cenário de um dos maiores genocídios do fim do século XX. Estima-se 1 milhão o número de tutsis ruandenses massacrados por milícias hutus em poucos meses de confronto.
A tensão étnica no coração da África é um exemplo emblemático da herança deixada pela época colonial. As fronteiras políticas, traçadas pelas potências européias, ignoraram as divisões étnicas existêntes. Com isso, um mesmo grupo étnico foi separado em diferentes colônias, que, após a independência, se tornaram Estados soberanos. Em contrapartida, grupos antagônicos passaram a conviver dentro de um mesmo país. Quando as colônias se emanciparam, as hostilidades começaram a desabrochar.
Hutus e tutsis habitam principalmente Ruanda e Burundi, países encravados na região montanhosa dos Grandes Lagos, no centro da África.
Maioria em ambos os países, os hutus são agricultores nativos da região. Os tutsis são um povo pastoril de tradição guerreira que chegou aos Grandes Lagos por volta do século XIV e dominou os hutus. Durante o período colonial, alemães e belgas inflamaram antigas rivalidades ao garantir aos tutsis vantagens no acesso à educação e aos cargos públicos, além de formar uma elite militar.
Com a independência, em 1962, conflitos entre tutsis e hutus vêm marcando a história de Ruanda e Burundi. Em 1994, Ruanda foi o cenário de um dos maiores genocídios do fim do século XX. Estima-se 1 milhão o número de tutsis ruandenses massacrados por milícias hutus em poucos meses de confronto.

- Poindexter
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Re.: Tutsis e hutus: Guerra sem fronteiras.
Ah, sim, claro, Crowley! Eles "NÃO" viviam brigando desde antes da colonização e eles "NÃO" passaram séculos vendendo escravos das tribos rivais para os colonizadores enviarem para a América!
Eles sempre viveram em paz e harmonia até a colonização, e se não fosse ela, já teriam levado o Homem a Lua em 1900, como comprovam os centros de pesquisa avançadíssimos que os colonizadores encontraram e destruíram!
Faz-me rir.
Eles sempre viveram em paz e harmonia até a colonização, e se não fosse ela, já teriam levado o Homem a Lua em 1900, como comprovam os centros de pesquisa avançadíssimos que os colonizadores encontraram e destruíram!
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Si Pelé es rey, Maradona es D10S.
Ciertas cosas no tienen precio.
¿Dónde está el Hexa?
Retrato não romantizado sobre o Comun*smo no século XX.
A child, not a choice.
Quem Henry por último Henry melhor.
O grito liberalista em favor da prostituição já chegou à este fórum.
Lamentável...
O que vem de baixo, além de não me atingir, reforça ainda mais as minhas idéias.
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Re.: Tutsis e hutus: Guerra sem fronteiras.
Tá fumando o que ae, bebezão? Pelo jeito deve ser do bom...
Onde eu falei alguma coisa que no mínimo "lembre" isso ae que você postou?
Onde eu falei alguma coisa que no mínimo "lembre" isso ae que você postou?

- Mr. Crowley
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Re.: Tutsis e hutus: Guerra sem fronteiras.
Além do que, o texto não é meu...
E leia o texto inteiro antes de falar merda, por favor...
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Re.: Tutsis e hutus: Guerra sem fronteiras.
Poste as fontes, Rosa.
- Poindexter
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Re: Re.: Tutsis e hutus: Guerra sem fronteiras.
Mr. Crowley escreveu:Tá fumando o que ae, bebezão? Pelo jeito deve ser do bom...
Onde eu falei alguma coisa que no mínimo "lembre" isso ae que você postou?
Se você é maconheiro, o problema é seu. Não venha tentar projetar seus vícios nos outros. E vê se só volta a postar quando sair do delirium tremens, se é que em algum momento você sai dessa situação.
Que há clara menção ao que respondi é óbvio para qualquer pessoa com QI maior que 5 que não esteja em estado mental alterado.
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Re: Re.: Tutsis e hutus: Guerra sem fronteiras.
rapha... escreveu:Poste as fontes, Rosa.
Para postar as fontes, ele tem que conseguir ao menos manter-se estável encima de uma cadeira.
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Re: Re.: Tutsis e hutus: Guerra sem fronteiras.
rapha... escreveu:Poste as fontes, Rosa.
Eu redigi diretamente de um impresso que foi entregue pelo meu professor de Geografia do cursinho, e nele não constava o nome do autor desse texto.

- Mr. Crowley
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Re: Re.: Tutsis e hutus: Guerra sem fronteiras.
Poindexter escreveu:Mr. Crowley escreveu:Tá fumando o que ae, bebezão? Pelo jeito deve ser do bom...
Onde eu falei alguma coisa que no mínimo "lembre" isso ae que você postou?
Se você é maconheiro, o problema é seu. Não venha tentar projetar seus vícios nos outros. E vê se só volta a postar quando sair do delirium tremens, se é que em algum momento você sai dessa situação.
Que há clara menção ao que respondi é óbvio para qualquer pessoa com QI maior que 5 que não esteja em estado mental alterado.
Menção sobre o neo-colonialismo e seus prejuízos para a história da África, obviamente que há, até porque se trata de um fato.
Mas em nenhum momento o texto passa perto de afirmar algo como: "Eles sempre viveram em paz e harmonia até a colonização, e se não fosse ela, já teriam levado o Homem a Lua em 1900, como comprovam os centros de pesquisa avançadíssimos que os colonizadores encontraram e destruíram! ".
O próprio texto diz: "Maioria em ambos os países, os hutus são agricultores nativos da região. Os tutsis são um povo pastoril de tradição guerreira que chegou aos Grandes Lagos por volta do século XIV e dominou os hutus."

-
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Re.: Tutsis e hutus: Guerra sem fronteiras.
Essa turma da extrema direita reacionária, se arrepia e fica toda irritadinha quando se toca no assunto das mazelas causadas pelo colonialismo europeu. Há alguns anos atrás um sociólogo imbecil ,cujo nome não me lembro, teve a cara de pau de afirmar que os africanos deviam muito aos europeus em virtude do legado civilizatório deixado por estes, e citou como exemplo o cultivo da batata, introduzido na África pela ação colonizadora e que seria um fator relevante no combate à fome no continente(1)
(1) Notícia publicada em jornais da época, e que teve grande repercussão.

(1) Notícia publicada em jornais da época, e que teve grande repercussão.
- Poindexter
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Re: Re.: Tutsis e hutus: Guerra sem fronteiras.
Mudarissun escreveu:Há alguns anos atrás um sociólogo imbecil ,cujo nome não me lembro, teve a cara de pau de afirmar que os africanos deviam muito aos europeus em virtude do legado civilizatório deixado por estes, e citou como exemplo o cultivo da batata, introduzido na África pela ação colonizadora e que seria um fator relevante no combate à fome no continente(1)![]()
(1) Notícia publicada em jornais da época, e que teve grande repercussão.
E devem.
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Re: Re.: Tutsis e hutus: Guerra sem fronteiras.
Mr. Crowley escreveu:rapha... escreveu:Poste as fontes, Rosa.
Eu redigi diretamente de um impresso que foi entregue pelo meu professor de Geografia do cursinho, e nele não constava o nome do autor desse texto.
Típico. Já é até caricata a cena do professor de História ou Geografia difundindo o comun*smo e o terceiro-mundismo que já o atraía e que continuou abraçando na faculdade hippie.*
Fontes? Para quê? Para que os alunos de repente se interessem por certas "fontes proibidas", que, se não estiverem na bibliografia do texto, podem estar na bibliografia de um livro da bibliografia? Para que os alunos queiram saber mais?
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Re: Re.: Tutsis e hutus: Guerra sem fronteiras.
Poindexter escreveu:Mr. Crowley escreveu:rapha... escreveu:Poste as fontes, Rosa.
Eu redigi diretamente de um impresso que foi entregue pelo meu professor de Geografia do cursinho, e nele não constava o nome do autor desse texto.
Típico. Já é até caricata a cena do professor de História ou Geografia difundindo o comun*smo e o terceiro-mundismo que já o atraía e que continuou abraçando na faculdade hippie.*
Fontes? Para quê? Para que os alunos de repente se interessem por certas "fontes proibidas", que, se não estiverem na bibliografia do texto, podem estar na bibliografia de um livro da bibliografia? Para que os alunos queiram saber mais?
Vai retardado, me diz onde há UMA referência a comunismo ou a terceiro-mundismo(como ideologia) no texto.
O texto é basicamente descritivo, as mazelas que o neo-colialismo provocou na África é fato, ou seja, o texto não revela nenhum conteúdo ideológico.
Só para retardados da extrema-direita que acham que a colonização foi a melhor coisa para eles.

- clara campos
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Re: Re.: Tutsis e hutus: Guerra sem fronteiras.
Poindexter escreveu:Ah, sim, claro, Crowley! Eles "NÃO" viviam brigando desde antes da colonização e eles "NÃO" passaram séculos vendendo escravos das tribos rivais para os colonizadores enviarem para a América!
Eles sempre viveram em paz e harmonia até a colonização, e se não fosse ela, já teriam levado o Homem a Lua em 1900, como comprovam os centros de pesquisa avançadíssimos que os colonizadores encontraram e destruíram!
Faz-me rir.
No caso particular dos tutsis e hutus a guerra, como aliás a "etnia" foi inventada pelos colonizadores belgas e alemães.
Foram eles quem dividiram a população nessas duas etnias (anteriormente essa classificação usava-se somente para distinguir pasteres de agricultores).
No século XIX os colonizadores separam-nos em duas "raças", uma supostamente superior, mais claros, rosto longo e nariz e lábios finos - os tutsis - e uma casta inferior, negróide, de pele ecura, nariz e lábios largos, e rosto arredondado - os hutus.
Durante a colonização, aos tutsis foram delegadas tarefas superiores, como o serviço directo aos brancos, com acesso à educação entre outros benefícios.
Aos hutus esses privilégios estavam negados, a eles eram destinados os trabalhos servis e pesados.
Nos anos trinta os belgas inclusivamente emitiram cartas de identidade étnica, para que se facilitasse a atribuição de estatutos e privilégios.
É de notar que antes da colonização, tutsis e hutus não possuíam qualquer divergência!! Eram somente designações para famílias com tradições diferentes em relação ao seu modo de vida!!
Na década de 60 os belgas retiraram-se e deixaram o poder nas mãos dos hutus (em franca maioria, cerca de 90%).
Sedentos de vingança - após mais de um século sob domínio dos belgas e tutsis - deu o que todos nós sabemos.
Só por existir, só por duvidar, tenho duas almas em guerra e sei que nenhuma vai ganhar... (J.P.)
- clara campos
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Re.: Tutsis e hutus: Guerra sem fronteiras.
??
Só por existir, só por duvidar, tenho duas almas em guerra e sei que nenhuma vai ganhar... (J.P.)
Re.: Tutsis e hutus: Guerra sem fronteiras.
História Africana, devido à nossa historiografia tradicional racista e nossa posterior historiografia marxista com foco no movimento socialista mundial, foi uma área completamente esquecida nos cursos de História nacionais.
Este ano foi instituída como obrigação curricular a disciplina de "História Africana", devido ao eterno combate empreendido por grupos negros nesse sentido. O meu currículo, infelizmente, ainda é anterior.
Este ano foi instituída como obrigação curricular a disciplina de "História Africana", devido ao eterno combate empreendido por grupos negros nesse sentido. O meu currículo, infelizmente, ainda é anterior.
- clara campos
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Re.: Tutsis e hutus: Guerra sem fronteiras.
Mas podes frequentar algumas aulas, ou não?
ps-é bom que áfrica comece a existir...
ps-é bom que áfrica comece a existir...
Só por existir, só por duvidar, tenho duas almas em guerra e sei que nenhuma vai ganhar... (J.P.)
Re.: Tutsis e hutus: Guerra sem fronteiras.
Até posso, mas com monografia em cima me complica.
Re.: Tutsis e hutus: Guerra sem fronteiras.
E ganha um doce se achares um historiador especialista em África por aqui.
Re: Re.: Tutsis e hutus: Guerra sem fronteiras.
Samael escreveu:E ganha um doce se achares um historiador especialista em África por aqui.
Aqui aonde? Na Unirio não sei, mas conheço vários especialistas, de diversas áreas, com foco em África, desde historiadores a sociólogos e antropólogos.
Alguns foram meus orientadores em algum momento do curso.
"Noite escura agora é manhã..."
Re.: Tutsis e hutus: Guerra sem fronteiras.
Foram lançados, há menos de uma década, algumas pequenas pós-graduações no assunto que formam os poucos intelectuais que trabalham com a área atualmente.
Quando me refiro a especialistas mesmo, me refiro a mestres ou doutores habilitados a darem aula sobre as respectivas matérias nas faculdades. Estes são muito raros.
Quando me refiro a especialistas mesmo, me refiro a mestres ou doutores habilitados a darem aula sobre as respectivas matérias nas faculdades. Estes são muito raros.
Re: Re.: Tutsis e hutus: Guerra sem fronteiras.
Samael escreveu:Foram lançados, há menos de uma década, algumas pequenas pós-graduações no assunto que formam os poucos intelectuais que trabalham com a área atualmente.
Quando me refiro a especialistas mesmo, me refiro a mestres ou doutores habilitados a darem aula sobre as respectivas matérias nas faculdades. Estes são muito raros.
Eu também não estou falando de pós-graduadozinhos.
Falo mesmo de mestre e doutoures, coordenadores de programas de pós-graduação, de linhas de pesquisa, escritores...
Talvez o problema seja mesmo de distribuição geográfica.
"Noite escura agora é manhã..."
Re: Re.: Tutsis e hutus: Guerra sem fronteiras.
Samael escreveu:História Africana, devido à nossa historiografia tradicional racista e nossa posterior historiografia marxista com foco no movimento socialista mundial, foi uma área completamente esquecida nos cursos de História nacionais.
Este ano foi instituída como obrigação curricular a disciplina de "História Africana", devido ao eterno combate empreendido por grupos negros nesse sentido. O meu currículo, infelizmente, ainda é anterior.
Ah!
Confessou!