Tutsis e hutus: Guerra sem fronteiras.

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Mr. Crowley
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Re: Re.: Tutsis e hutus: Guerra sem fronteiras.

Mensagem por Mr. Crowley »

Poindexter escreveu:Não interessa a cor da tua pele para que teu comentário tenha sido RACISTA. Quanto a ofender a ti mesmo, a baixa qualidade dos teus comentários sempre depôs contra você todos os dias, de modo que isso consistiria tão somente em manutenção de um comportamento habitual.


Quanto dramalhão...

Poindexter escreveu:Com relação às tuas justificativas de m*rda, nenhuma delas justifica o uso da palavra "branquelos". O pessoal que chama negros de "pretalhada" também o faz muitas vezes sob o efeito de raiva de algum acontecimento ou comentário, o que também não serve de desculpa para eles. Dane-se se você não gostou que eu disse que eles só entraram na História com a chegada do europeu, dane-se se isso feriu o teu Terceiro Mundismo imbecil. Nada disso justifica você vir com discurso racista aqui.


Não é questão de eu ter gostado ou não, o que você falou implica num racismo infinitamente maior, como se a história só existisse graças aos europeus. Ae falei isso pra ver se a moça se toca, mas não, fica ae choramingando e usando disso pra se esquivar, o que é compreensível...

E imbecil é que se acha o europeu ou o estadunidense frustado e condenado a viver no Brasil.

Poindexter escreveu:Você não respondeu se gostaria que alguém utilizasse os termos que citei na outra mensagem. Será que gostaria? Será que acharia legal? Será que se sentiria satisfeito por dentro?[/b]


E você pelo jeito tem uma vontade intensa de usar isso, não é?
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Poindexter
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Re: Re.: Tutsis e hutus: Guerra sem fronteiras.

Mensagem por Poindexter »

clara campos escreveu:
Poindexter escreveu:A África está hoje em pior situação do que antes da colonização européia.

Concordo :emoticon4:


Obrigado por me avisar desse erro na minha frase. Já corrigi deixando claro que está hoje em situação MELHOR, e não pior.
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clara campos
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Re: Re.: Tutsis e hutus: Guerra sem fronteiras.

Mensagem por clara campos »

Poindexter escreveu:
clara campos escreveu:
Poindexter escreveu:A África está hoje em pior situação do que antes da colonização européia.

Concordo :emoticon4:


Obrigado por me avisar desse erro na minha frase. Já corrigi deixando claro que está hoje em situação MELHOR, e não pior.

Não foi um erro, caro Poind, foi uma luz.

O que queres exactamente dizer por MELHOR?
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betossantana
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Re: Re.: Tutsis e hutus: Guerra sem fronteiras.

Mensagem por betossantana »

Poindexter escreveu:O pessoal que chama negros de "pretalhada"


Aqui na Bahia chamam de "negraiada".
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Acauan
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Re: Re.: Tutsis e hutus: Guerra sem fronteiras.

Mensagem por Acauan »

betossantana escreveu:Aqui na Bahia chamam de "negraiada".


Salvador tem um comportamento curiosamente ambíguo com relação à questão racial.

Por trás dos batuques do Olodum, vi soteropolitanos notoriamente mulatos falar dos negros com indisfarçado desprezo.

Também ouvi por lá termos que quase desapareceram do vocabulário da classe média branca paulista, como o terrível "negro fedido", que mesmo os racistas daqui evitam pronunciar em público. Não por serem politicamente corretos, mas por tais expressões serem tidas como de extremo mau gosto.

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Poindexter
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Re.: Tutsis e hutus: Guerra sem fronteiras.

Mensagem por Poindexter »

O RV não considera racismo anti-branco como racismo.
Si Pelé es rey, Maradona es D10S.

Ciertas cosas no tienen precio.

¿Dónde está el Hexa?

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Poindexter
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Re: Re.: Tutsis e hutus: Guerra sem fronteiras.

Mensagem por Poindexter »

Acauan escreveu:
betossantana escreveu:Aqui na Bahia chamam de "negraiada".


Salvador tem um comportamento curiosamente ambíguo com relação à questão racial.

Por trás dos batuques do Olodum, vi soteropolitanos notoriamente mulatos falar dos negros com indisfarçado desprezo.

Também ouvi por lá termos que quase desapareceram do vocabulário da classe média branca paulista, como o terrível "negro fedido", que mesmo os racistas daqui evitam pronunciar em público. Não por serem politicamente corretos, mas por tais expressões serem tidas como de extremo mau gosto.



E ainda querem quotas...
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betossantana
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Re: Re.: Tutsis e hutus: Guerra sem fronteiras.

Mensagem por betossantana »

Acauan escreveu:Salvador tem um comportamento curiosamente ambíguo com relação à questão racial.
Por trás dos batuques do Olodum, vi soteropolitanos notoriamente mulatos falar dos negros com indisfarçado desprezo.
Também ouvi por lá termos que quase desapareceram do vocabulário da classe média branca paulista, como o terrível "negro fedido", que mesmo os racistas daqui evitam pronunciar em público. Não por serem politicamente corretos, mas por tais expressões serem tidas como de extremo mau gosto.


É só em Salvador isso? Achei que era em qualquer lugar no Brasil que a pessoa se achava melhor que os negros propriamente ditos por terem a pele um pouco mais clara ou o cabelo um pouco menos crespo. Pois aqui é assim, acho que na Bahia toda, se tem a pele um pouco menos escura (morena) ou tem o cabelo "melhorzinho", já se sente na posição de esculhambar os negros, de chamar os outros de "preto" pejorativamente.

"Negro fedido" eu nunca ouvi, até porque aqui só vejo usarem o termo "negro" com respeito, pelos próprios negros ou por outros falando dos negros. Pra xingar só vejo usarem "preto". "Só podia ser preto", por exemplo, é comum. A exceção é mesmo "negraiada".

Meu pai, por exemplo, tem essa mania nojenta de dizer "só podia ser preto", "no mínimo deve ser preto", sinto um NOJO tão grande dele quando diz essas coisas. Mas é só nesses momentos. E o pior não é nada, embora minha família paterna seja de gente branca, até onde eu sei, a da minha mãe não, tem bastante gente negra, inclusive meu falecido avô materno. Minha mãe é morena, poderia-se dizer mulata. E eu, embora tenha a pele branca (tá meio amarela, na verdade), tenho vários traços de negro, inclusive o formato do crânio.
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Acauan
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Re: Re.: Tutsis e hutus: Guerra sem fronteiras.

Mensagem por Acauan »

betossantana escreveu:
Acauan escreveu:Salvador tem um comportamento curiosamente ambíguo com relação à questão racial.


É só em Salvador isso?


Sim, no que se refere à ambigüidade, ponto central de meu comentário.

Salvador tem características únicas quanto ao perfil racial de sua população, tanto pela quota majoritária de negros e mulatos quanto pela alta incidência de negros praticamente puros, enquanto nas demais regiões do Brasil os mulatos de diferentes matizes superam em muito a fração que preservou o fenótipo africano original.

A cidade também apresenta uma cultura afro razoavelmente autêntica, cuja influência na cultura geral e mesmo na política são evidentes.

Estes fatores, aliados ao destaque televisivo dado às batucadas do Olodum e similares, sugere que Salvador seja algum modelo de convivência e tolerância racial, o que não é verdade, dado que as tensões se mostram evidentes à primeira raspada no verniz das aparências.
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Re: Re.: Tutsis e hutus: Guerra sem fronteiras.

Mensagem por betossantana »

Acauan escreveu:Estes fatores, aliados ao destaque televisivo dado às batucadas do Olodum e similares, sugere que Salvador seja algum modelo de convivência e tolerância racial, o que não é verdade, dado que as tensões se mostram evidentes à primeira raspada no verniz das aparências.


Ai, ai, nós, baianos, somos tão COMPLEXOS e CONTRADITÓRIOS. A Bahia é canibal, Salvador agora é toda carnaval.
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Mr. Crowley
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Re: Re.: Tutsis e hutus: Guerra sem fronteiras.

Mensagem por Mr. Crowley »

clara campos escreveu:
Poindexter escreveu:
clara campos escreveu:
Poindexter escreveu:A África está hoje em pior situação do que antes da colonização européia.

Concordo :emoticon4:


Obrigado por me avisar desse erro na minha frase. Já corrigi deixando claro que está hoje em situação MELHOR, e não pior.

Não foi um erro, caro Poind, foi uma luz.

O que queres exactamente dizer por MELHOR?


Porra nenhuma, ele diz isso sem nenhuma base argumentativa, é apenas para tentar manter a sua coerência(?!?!?!?!)
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Samael
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Re: Re.: Tutsis e hutus: Guerra sem fronteiras.

Mensagem por Samael »

betossantana escreveu:A África é canibal;
Comeu o meu clitóris, mas agora eu sou feliz;
A África é canibal;
A minha vagina agora é toda carnaval!

http://o-moringue.blogspot.com/

Dia Mundial da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina

No Dia Mundial da Tolerância Zero Contra a Mutilação Genital apresentam-se os números. Mais de dois milhões de meninas são vítimas, todos os anos, de mutilação genital. Uma prática muito comum em África, mas também praticada noutros países (Europa, EUA e Médio Oriente), especialmente por comunidades imigrantes dos 28 países africanos onde se verifica esta prática.

A mutilação genital consiste em retirar, total ou parcialmente, os órgãos genitais externos das mulheres, o que viola os Direitos Humanos e contribui para um problema de saúde pública.

De acordo com o relatório da organização Save the Children, os tipos de mutilação praticados vão desde a circuncisão (a menos grave), à excisão, até à mais grave que consiste na eliminação completa dos genitais externos e pode incluir o uso de substâncias corrosivas.

Estas práticas são realizadas em crianças desde os poucos dias de vida até aos 20 anos, mas o mais comum é que se realizem entre os 12 e os 14 anos.

Várias organizações têm tentado erradicar esta prática, mas esta está muito associada a tradições e crenças. Quem faz a mutilação genital acredita que as menores se manterão virgens até ao casamento, o que evita comportamentos imorais e previne a morte precoce.

In Jornal de Notícias, 06-02-2007

_________

A excisão/mutilação genital feminina (E/MGF) ocorre a uma escala muito maior do que se pensava anteriormente. Só no Continente Africano (África Sub-Sariana, Egipto e Sudão), três milhões de raparigas e mulheres são, anualmente, submetidas.

A excisão/mutilação genital feminina é uma prática tradicional que se crê realçar a beleza da rapariga, a sua honra, aptidão para casar, estatuto social e castidade. Os pais encorajam essa prática na convicção de que esta irá salvaguardar a honra da família e o interesse superior da rapariga. Nos 28 países da África Sub-Sariana e do Médio Oriente onde é praticada, cerca de 130 milhões de raparigas e mulheres foram vítimas desta prática.

Anteriormente, as estimativas apontavam para 2 milhões de raparigas por ano submetidas a esse procedimento; a nova estimativa de 3 milhões não reflecte um aumento, mas uma melhor recolha de dados, afirma um relatório da UNICEF, do ano passado.

A E/MGF é um problema global, que também afecta as mulheres que vivem em comunidades imigrantes nos países industrializados em todo o mundo. As percentagens da população feminina que é submetida à mutilação genital, os tipos de excisão e a idade em que essa prática é realizada variam muito de país para país.

Em todas as suas variantes, a E/MGF é muito dolorosa e pode provocar hemorragias prolongadas, infecções, infertilidade e até a morte. Muitas raparigas e mulheres sofrem em silêncio. Devido à natureza privada desta imposição, é impossível calcular o número de vítimas mortais.
O relatório analisa em profundidade as complexas dinâmicas sociais que fazem da E/MGF uma das violações de direitos humanos mais persistente e silenciosamente suportadas.

Portugal é um país de risco.

Portugal é um país de risco para a execução desta prática, pois recebe comunidades imigrantes do continente africano, onde a excisão feminina tem uma prevalência de 50 por cento.
Portugal já tem um quadro legal que pune a mutilação de órgãos, mas a questão da excisão das mulheres ainda não se encontra tipificada.

Para combater as práticas tradicionais da MGF ou «fanado» - como é popularmente definido - é necessário promover acções de formação, nomeadamente explicar às mulheres africanas imigrantes que «a mutilação não é recomendada no Alcorão» e não tem fundamento religioso. Quem o diz é a ginecologista - obstetra Ana Campos - que relata as condições precárias em que a MGF é praticada na Guiné: «É feita com pedaços de vidro ou lâminas, gerando infecções que podem conduzir à morte das mulheres.»

Só se tem conhecimento de 15% das consequências da MGF, que são os casos que chegam aos profissionais de saúde. Não existem provas concretas da prática em Portugal, mas para Yasmina Gonçalves, da Associação para o Planeamento da Família, «os médicos e enfermeiros portugueses precisam de formação específica para lidar com estes casos».


[antropólogo on] Que é isso, gente? Devemos respeitar a cultura alheia, seja ela qual for! [antropólogo off/]

Trancado