Botanico escreveu:Ah, Estefano, é o seguinte: de 1850 a 1930, 80 anos portanto, mais de 200 cientistas, em diferentes países, investigaram médiuns, os mesmos ou outros, chegando a resultados semelhantes. Desmascararam farsantes (coisa que NENHUM dos céticos que os criticaram fez), mas validaram dezenas de outros médiuns, pois apesar de TODAS as suas precauções (que não eram poucas, inclusive os James Randis da época nunca conseguiram fazer os mesmos truques dos médiuns sob os mesmos controles) eles produziam fenômenos.
Apesar disso tudo, o que diz a comunidade cética passada e presente? Que NADA está provado. Eu desconheço outra área de conhecimento não aplicado que tenha mobilizado tantos cientistas assim ao longo de tanto tempo e em tantos lugares... Mas os céticos me garantem: NADA está provado. Infelizmente, esses mesmos céticos também não sabem me dizer o que havia de errado nos experimentos, nem o que fariam se estivessem lá, no lugar deles. Estou só com uma última esperança na tese de Juliana Hildago.
Diante de todo esse cabedal, não vai ser mais um experimentozinho proposto por você que vai melhorar esse visual.
Stéfano escreveu:Por favor, me aponte os experimentos e os dados desses cientistas que você menciona. Realmente, muitas pessoas se envolveram com o espiritismo, mas será que o fato de que ele não é reconhecido pela ciência é porque ele realmente não é verdadeiro ou porque os céticos, de forma geral, têm "birra" com ele? Porque, como você que é biólogo deve saber, o darwinismo encontrou ceticismo e muitos detratores, passou por fraudes e, mesmo assim, é um conhecimento científico reconhecido por todos. Qual a diferença, afinal? O meu "experimentozinho", que eu saiba, nunca foi feito por ninguém. Só encontro "estudos" que se parecem com o caso que você me contou.
Bem, não vou ficar escrevendo aqui em detalhes, até porque já ouvi reclamações de que escrevo demais. Procure no Google por nomes como: Charles Richet, William Crookes, Florence Cook, Cronwell Varley, Ernesto Bozzano, Eva Carriére, Gabriel Delanne, Gustave Geley. Visite também o site do Vitor Moura (Existem Espíritos) e tem muitos outros.
Se os céticos houvessem refutado de forma cientificamente convincente os experimentos mediúnicos já feitos, então sim teriam o meu respeito. Mas refutar com "Crookes era tarado por mocinhas" ou "os médiuns eram ilusionistas habilíssimos, capazes de truques que até hoje ninguém foi capaz de reproduzir" só posso entender como piada. Simplesmente o fazem pois, da mesma forma que um evangélico não admite que a Bíblia esteja errada em alguma coisa, o cético não pode admitir que algo tenha escapado a uma investigação que não esteja enquadrado nas leis naturais conhecidas (o cético entende que não existem leis naturais desconhecidas - a Ciência já descobriu tudo a esse respeito).
Stéfano escreveu:Você enquadra todos os céticos em uma só categoria, o que é um erro. Entre "nós", você encontrará ignorantes e fraudes, também. Agora, é difícil dar meu parecer sobre esses experimentos se você não fala quais eles são. Por acaso você fala das mesas voadoras? De casos "sem explicação" como o que você me contou? De manifestações "ectoplásmicas"? Espero que não seja isso, porque até mesmo você tem que admitir que isso é pura fraude.
Normalmente refiro-me a figurões céticos, como Ray Hyman, Massimo Polidoro, Trevor Hall, James Randi, Stein, George Price e outros que deixaram suas idéias em livros, artigos em periódicos diversos ou textos na internet e que usualmente são citados pelos outros céticos. Não dá para entrar na cabeça de cada cético e saber se ele está com essa trupe ou pensa dela o mesmo que eu.
Ah! Que maravilha! Então você tem explicações para as mesas voadoras (ou girantes) e manifestações ectoplásmicas? Coloque-as aqui, meu caro, pois até agora os céticos não me apresentaram explicação alguma que me convencesse. Quando confronto a "explicação" com a descrição do evento, não confere. As "explicações" usualmente são estanques. Podem supostamente explicar o que foi visto... mas desde que eu faça de conta que não li a preparação e as verificações feitas antes. Então vamos lá: desfie suas explicações aqui. Vejamos se realmente elas provam que foi fraude.
E qual é a probabilidade de um chute certo? E como assim se ele falasse qualquer coisa eu iria aceitar e como ela faria sentido? Muito bem, então. Vejamos se até terça-feira você já descobriu os nomes dos meus familiares mais próximos. Se é tão fácil assim, você já tem o nome do meu pai e da minha mãe deve conseguir bem depressa...
Stéfano escreveu:Seu desafio não faz sentido, já que o que coloquei em argumento é que alguém que tenha acesso aos arquivos da polícia, por exemplo, conseguiria as informações que o médium lhe deu. Não falei nada sobre se eu conseguiria fazer isso. O que você tem que dizer é se concorda ou discorda que seria fácil, a um policial, descobrir o seu registro. Aliás, me ocorre que poderia, inclusive, ser uma pessoa que trabalha no INSS. São muitas possibilidades pro seu caso, mas infelizmente não tenho acesso a nenhuma delas pra cumprir seu desafio.
Tem mais uma coisa faltando: minha prima NADA PAGOU POR ISSO. Aliás, em centros ESPÍRITAS, não se paga por isso. Então fico pensando porque é que um médium iria perder o seu tempo em percorrer cartórios ou delegacias em busca de informações a troco de nada. Mas eu tenho um irmão que é escrivão de polícia e aí eu posso lhe perguntar se é assim tão fácil obter essas informações.
Eu não tenho medo de fazer os testes, meu caro, apenas não conheço, nem tenho intimidade suficiente com médium algum para saber se ele toparia tal experimento. Não sou um espírita lá muito freqüentador e nem tenho grandes amizades com isso. Se algo mudar, até posso imaginar uma coisa assim. Mas por enquanto não posso aceitar desafio algum seu ou de qualquer outro por falta de meios.
Stéfano escreveu:Você que sabe. Eu acho esquisito você defender o espiritismo tão ardorosamente, ter tanta certeza, e não conhecer nenhum médium. Por que é preciso intimidade? Explica a situação pra ele, e se for alguém honesto, não terá o que temer. Peça pra um amigo ou parente seu que frequente centros espíritas.
Eu sinceramente espero que essa discussão tenha plantado uma pontinha de dúvida em você, pelo menos o suficiente pra você ir lá testar. Tenho certeza que alguém envolvido em ciência perceberá que há alguma coisa estranha quando os dados não confirmarem a teoria.
Conhecer médiuns eu conheço, mas não obtive uma prova pessoal por parte deles de suas capacidades, uma vez que moro em S. Carlos há pouco tempo e não sou assíduo frequentador de centros. Além disso, a doutrinação dada pelo Espiritismo sobre esses médiuns é no sentido de trabalharem pela caridade, atuando nos centros dentro dos protocolos estabelecidos. Eu não tenho assim uma amizade ainda estabelecida, embora possa até propor um experimento como o que você sugeriu.
Contudo, eu lhe disse que isso seria perda de tempo. Não lembro onde li isso, mas foi dito que Leonore Piper, uma das melhores médiuns subjetivas que se conhece, era um fracasso total com relação ao baralho Zener. Penso que isso é significativo, pois estando vigiada por detetives e ainda assim conseguia falar pelos defuntos, mas não conseguia advinhar algo simples assim, então já se vê que não é por uma miraculosa clarividência que os médiuns fazem tais coisas.
O buraco é mais embaixo, ô meu.