Marilene Felinto comenta o caso João Hélio

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Will
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Re.: Marilene Felinto comenta o caso João Hélio

Mensagem por Will »

Perfeito, Acauan!!!
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o anátema
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Re.: Marilene Felinto comenta o caso João Hélio

Mensagem por o anátema »

no fCC disseram que o texto é possivelmente falso, e encontraram a possível origem:

http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm= ... 95&start=1

nem verifiquei o link, só repasso a informação.
Sem tempo nem paciência para isso.

Site com explicações para 99,9999% de todas as mentiras, desinformações e deturpações criacionistas:

www.talkorigins.org
Todos os tipos de criacionismos, Terra jovem, velha, de fundamentalistas cristãos, islâmicos e outros.

Série de textos sugerida: 29+ evicences for macroevolution

Índice com praticamente todas as asneiras que os criacionistas sempre repetem e breves correções

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Samael
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Mensagem por Samael »

Acauan escreveu:
Samael escreveu:A "Caros Amigos" é uma espécie de Veja esquerdista.

E ela mais uma vez anunciou com certo grau de verdade o quanto a mídia se enfurece (e faz assim se enfurecer as classes médias brasileiras) com a morte de um dos seus. Da mesma forma que a tortura e execução arbitrária de meninos favelados do Rio por traficantes de uma facção, apenas por residirem num morro onde imperava uma facção rival, mal foi comentada.
Até aí, a crítica é totalmente válida, apesar dos reducionismos.


Mais uma ladainha muito repetida e que de verdade não tem absolutamente nada.
Esta turma que vive dizendo que a mídia só chora os filhos da classe média ou acima, convenientemente esquece casos como a Candelária, Eldorado dos Carajás, Carandiru, favela Naval e outros em que as vítimas eram pobres ou mesmo bandidos e mesmo assim a divulgação da imprensa foi tão grande ou maior do que a dada ao menino João Hélio, uma vez que até ONG's internacionais foram mobilizadas para defender os sobreviventes da Candelária por exemplo, mas duvido que uma delas mova uma palha para consolar aquela família.

Por trás deste argumento falso de que só os ricos são lamentados, e não me consta que a família do menino o fosse, esconde-se aquela escória humana a qual pertencem as Marilene Felinto deste país, gente que sabe muito bem que se todo dia morrem pobres e a imprensa não dá destaque, todo dia também morrem pessoas de classe média em assaltos, sequestros, tiroteios sem que as manchetes chamem o caso, simplesmente porque a vîolência se tornou banal, sendo necessário um caso de excepcional monstruosidade para que uma morte pareça mais que um caso de rotina.

E sinceramente Samael.
Esperava mais.
É óbvio que os tais meninos favelados ganhariam o mesmo destaque na imprensa se também tivessem sido arrastados pelo lado de fora de um carro por meio Rio de Janeiro até que seus corpos ficassem em frangalhos e seus miolos espalhados por vários bairros, tal qual o menino de seis anos.

Por muito menos, vítimas pobres de outras tragédias receberam a mesma ou maior atenção.

E se a notícia da morte dos favelados não recebeu destaque na imprensa, como ficou sabendo, pelo boca a boca?

E pare para pensar no preconceito terrível da frase posta por você:
"a mídia se enfurece (e faz assim se enfurecer as classes médias brasileiras) com a morte de um dos seus".
Quer dizer que só a mídia e a classe média se enfureceu com aquele ato de barbárie, ou seja, os pobres deste país devem ser pessoas imorais e insensíveis, que não ligaram a mínima para o garoto morto só porque a renda da família dele era um pouco maior que as suas.
Da mesma forma a classe média brasileira não deve passar de um bando de sociopatas, que não quereria nem saber do ocorrido se a criança vítima morasse no Cantagalo ou no Vidigal.

O grau do absurdo despercebido nestas idéias é incrível.

É esta desonestidade, e não há outro nome, produto de uma contaminação ideológica, mantida ativa pela escória citada, que impede muitos de enxergar as coisas como são, mesmo quando elas saltam aos seus olhos com o impacto de um corpo de criança reduzido a restos.

Desonestidade como a do exmo. sr. presidente da República, que achou que o melhor que tinha a dizer a nação sobre o caso era um apelo para que o clima de comoção não influenciasse a justiça.

Ora, a justiça só existe porque somos seres que, por natureza ou aprendizado, desenvolveram a capacidade de se comover com a injustiça.
O dia em que encararmos casos como o do menino João Hélio com indiferença fria, seguindo apenas a tecnicalidade legal, então a própria justiça terá deixado de existir.


Quanto apelo sentimental para dar voltas à realidade: o caso do menino foi e é comentado DIARIAMENTE, tendo sido aclamado até numa novela global (claro, a emoção e a desgraça alheia são produto de venda fácil nesse modo-de-produção irracional, embora eficaz que é o capitalismo).

E não retiro um pingo no "i" de tudo o que eu disse: só tive acesso às informações da morte dos meninos pela boca do meu irmão, que me mostrou a notícia num portal da Web posteriormente (não lembro qual nesse momento). NADA nos jornais noturnos (que costumo acompanhar). E, sem querer chegar ao ponto nojento que essa tal de Felinto e muitos outros gostam de "agredir", ou seja, sem querer gradar as mortes, creio que uma criança torturada, seviciada e esquartejada pelo "azar" imundo de nascer num determinado morro em nada é tão inferior à outra arrastada asfalto à fora por quatro bairros seguidos (sendo todos eles, por acaso, próximos ao meu!).

Mas, qual não foi a minha surpresa ouvindo certa resposta, ao comentar o caso dos meninos mortos com um conhecido, na padaria, hoje cedo: "Ah, mas eles deviam ser todos traficantes mesmo...é melhor que eles se matem por lá". E aí? Falo contigo e com a maioria do povo aqui do fórum, que tem um poder aquisitivo razoavelmente bom: vivemos o mesmo mundo que um favelado vive? O Estado trata aquele favelado como trata alguém com nossa condição financeira? Crianças negras, sujas, em trapos, não são consideradas, antes de mais nada e pela maioria das pessoas, futuros marginais?

Sim, não retiro em nada o que disse: mobilização social em torno disso sempre há. Há porque tem gente que não deseja gradar vidas. Mas, em geral, a estrutura de sociedade com a qual somos obrigados a viver nos joga diretamente contra esse "muro de pedra" de preconceito e indiferença.

Quando a dor atinge aos outros, mas nos parece distante, pecamos por deixá-la acomodada bem longe. E, nos esquecemos, pra variar, que somos seres sociais, e que trancados em nós mesmos, ou na nossa (des)agradável situação de classe, vamos é afundar todos juntos.

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Samael
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Mensagem por Samael »

rapha... escreveu:
Samael escreveu:(...)

Da mesma forma que a tortura e execução arbitrária de meninos favelados do Rio por traficantes de uma facção, apenas por residirem num morro onde imperava uma facção rival, mal foi comentada.

(...)


Eu cansei de ver reportagens sobre o caso em jornais televisivos, e olha que somente acompanho as notícias vez por outra.

Tem que ter muito conhecimento de mídia, ou nenhum, para fazer uma afirmação como a sua.


Desconheço como foi tratado o caso no Paraná. O que sei muito bem é que a coisa por aqui mal foi comentada.

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Alter-ego
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Re.: Marilene Felinto comenta o caso João Hélio

Mensagem por Alter-ego »

Ia responder o samael, mas Acauan já o fez a contento.
Faço apenas um adendo. O caso citado pelo Sama, dos jovens mortos por serem de outra favela...
Segundo informações dadas pela polícia (ví em um dos últimos jornais da noite, já não lembro qual, na semana passada) que a história contada pelo sobrevivente não procedia e o motivo das mortes era outro, bem diverso, que seria divulgado em breve. Acabei não acompanhando o restante do caso.
"Noite escura agora é manhã..."

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Alter-ego
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Re.: Marilene Felinto comenta o caso João Hélio

Mensagem por Alter-ego »

E, sim, a mídia divulgou bastante...
"Noite escura agora é manhã..."

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Acauan
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Mensagem por Acauan »

Samael escreveu:Quanto apelo sentimental para dar voltas à realidade: ...


Não me importo com a referência ao apelo sentimental, costumo ser econômico com minhas emoções, mas não em casos como este.

Já quanto a "dar voltas à realidade", uma rápida comparação entre minha resposta e sua réplica deixará claro quem deu voltas no que:

1. Demonstrei a falsidade da alegação de que a imprensa só dá destaque às mortes dos ricos citando os casos da Candelária, Eldorado dos Carajás, Carandiru e favela Naval, que foram ostensivamente repassados por todos os grandes meios de comunicação. Embora decisivo para o debate em curso, esta exposição de fatos foi simplesmente ignorada, mesmo porque é impossível desmenti-la, podendo, portanto ser contada como uma primeira "volta à realidade" ou seja lá que nome se queira dar a tal escapismo;

2. Coloquei o fato de que o jornalismo dá destaque ao que não é rotina. Qualquer estagiário no ramo conhece a máxima "se um cachorro mordeu um homem, não é notícia, notícia é se um homem mordeu um cachorro". Propus a banalização da violência como motivo para que a maioria dos assassinatos e mortes violentas fossem ignoradas pela imprensa em geral, sem nada a ver com questões de classe.
Caso duvide, questione quantos aqui se lembram do assassinato, durante um assalto no Rio, de Ana Cristina Gianini Johannpeter, pertencente a uma das famílias mais ricas do país. Houvesse verdade na alegação que a morte brutal de alguém rico é noticiada por causo do "rico" e não do "brutal", aquela morte teria saturado os noticiários e repercutiria até hoje, quando não é difícil supor que muitos nem sequer tomaram conhecimento do ocorrido.
Não houve qualquer refutação a estes argumentos, cuja realidade é auto-evidente e, portanto, desmente qualquer tentativa de acusar minha resposta de "dar voltas à ela";

3. Comentei que o destaque dado à notícia se deveu à extrema brutalidade do crime, com o agravante de a vítima ser uma criança de seis anos. Um caso como este poderia ter acontecido com qualquer criança, em qualquer lugar do mundo e mesmo assim seria considerado assunto de interesse jornalístico. Uma pessoa que morre explodida por uma bomba em Bagdá não é uma tragédia humana menor que a da criança no Rio, mas é ingenuidade esperar que os jornais dêem a cada uma das dezenas de vítimas iraquianas dos atentados diários o mesmo destaque que dariam a um similar inédito.
Outro argumento que não foi refutado, aumentando a contagem citada;

4. Na réplica à minha resposta não encontrei um único fato objetivo relevante que pudesse ser usado como argumento, apenas opiniões pessoais, experiências restritas, verberação discursiva e, por falar em apelo sentimental, uma mal disfarçada sensibilidade ferida.


Samael escreveu:...o caso do menino foi e é comentado DIARIAMENTE, tendo sido aclamado até numa novela global (claro, a emoção e a desgraça alheia são produto de venda fácil nesse modo-de-produção irracional, embora eficaz que é o capitalismo).


A tal novela global deu destaque até para uma sei-lá-quem falar de seus orgasmos, isto lá interessa no assunto em questão?
Quanto a ser comentado diariamente tinha mais é que ser mesmo, como foram durante ANOS os casos da Candelária e Eldorado de Carajás. Vamos ver se daqui a dois meses alguém ainda fala do pobre menino e então compararemos realidades.


Samael escreveu:E não retiro um pingo no "i" de tudo o que eu disse:


Por falar em apelo emocional...

Samael escreveu:só tive acesso às informações da morte dos meninos pela boca do meu irmão, que me mostrou a notícia num portal da Web posteriormente (não lembro qual nesse momento). NADA nos jornais noturnos (que costumo acompanhar).


Isto só revela a sua experiência pessoal com o caso, que por si só não quer dizer absolutamente nada. Este caso recebeu destaque em vários telejornais, inclusive os da Rede Globo, cujas equipes de jornalismo filtram diariamente centenas de casos de violência parecida para escolher qual levar ao ar.
O fato de o caso do garoto ter recebido mais destaque não implica em desprezo por todos os outros casos, apenas que em um país com dezenas de milhares de homicídios por ano, somente os casos excepcionais ganham mais tempo de tela.


Samael escreveu:E, sem querer chegar ao ponto nojento que essa tal de Felinto e muitos outros gostam de "agredir", ou seja, sem querer gradar as mortes, creio que uma criança torturada, seviciada e esquartejada pelo "azar" imundo de nascer num determinado morro em nada é tão inferior à outra arrastada asfalto à fora por quatro bairros seguidos (sendo todos eles, por acaso, próximos ao meu!).


E quem em algum momento disse que alguém é inferior?
Você parece medir a moral da sociedade pelo tempo de TV que cada morte recebe.
Se assim fosse, a socialite Ana Cristina Gianini seria inferior aos rapazes da favela, pela estranha escala comparativa que escolheu, dado a notícia do assassinato dela ter recebido menos destaque que o deles.


Samael escreveu:Mas, qual não foi a minha surpresa ouvindo certa resposta, ao comentar o caso dos meninos mortos com um conhecido, na padaria, hoje cedo: "Ah, mas eles deviam ser todos traficantes mesmo...é melhor que eles se matem por lá". E aí? Falo contigo e com a maioria do povo aqui do fórum, que tem um poder aquisitivo razoavelmente bom: vivemos o mesmo mundo que um favelado vive? O Estado trata aquele favelado como trata alguém com nossa condição financeira? Crianças negras, sujas, em trapos, não são consideradas, antes de mais nada e pela maioria das pessoas, futuros marginais?


Vá fazer estas perguntas para o seu conhecido de padaria. Você aponta a generalização dele, mas parece não perceber a sua ao projetar as opiniões daquele neanderthal a outros que nunca a expressaram.

Samael escreveu:Sim, não retiro em nada o que disse:


Por falar em apelo emocional...

Samael escreveu:mobilização social em torno disso sempre há. Há porque tem gente que não deseja gradar vidas. Mas, em geral, a estrutura de sociedade com a qual somos obrigados a viver nos joga diretamente contra esse "muro de pedra" de preconceito e indiferença.


"Nós" quem, cara pálida (quem mais pode dizer isto sem ser metafórico?).

Samael escreveu:Quando a dor atinge aos outros, mas nos parece distante, pecamos por deixá-la acomodada bem longe. E, nos esquecemos, pra variar, que somos seres sociais, e que trancados em nós mesmos, ou na nossa (des)agradável situação de classe, vamos é afundar todos juntos.


"Nós" quem, cara pálida? Sem ser metafórico de novo.
Nós, Índios.

Acauan Guajajara
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Mensagem por O ENCOSTO »

Acauan escreveu:Qualquer estagiário no ramo conhece a máxima "se um cachorro mordeu um homem, não é notícia, notícia é se um homem mordeu um cachorro".


Isso é verdade.

Ladrão morde cachorro policial na Nova Zelândia

http://jc.uol.com.br/2007/02/08/not_131867.php
O ENCOSTO


http://www.manualdochurrasco.com.br/
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Onde houver fé, levarei a dúvida.

"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”

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Mensagem por betossantana »

Acauan escreveu:Da mesma forma a classe média brasileira não deve passar de um bando de sociopatas, que não quereria nem saber do ocorrido se a criança vítima morasse no Cantagalo ou no Vidigal.
O grau do absurdo despercebido nestas idéias é incrível.


Não vejo nada de absurdo, sou de classe média e reconheço essas idéias como comuns a pessoas de meu meio social.
É um problema espiritual, chupe pau!

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Samael
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Mensagem por Samael »

E continuemos viajando no embate de retórica à retórica...

Como eu afirmei, e não ignorei, mobilização social em torno dos ocorridos SEMPRE existem. E, novamente, por experiência mesmo, não vejo que crimes contra marginalizados sejam tão noticiados quanto crimes contra ricos. E você ainda não me mostrou o tal alto noticiamento dos meninos esquartejados. Não me mostrou, da mesma forma, em que garotos torturados e esquartejados é menos chocante do que outro menino arrastado pelas ruas. Eu não neguei que brutalidade choque, mas você vem me dizer que o motivo da mídia simplesmente ignorar alguns crimes em prol de outros é mero "efeito de brutalidade"? Por favor, Acauan! E digo mais, não fossem os movimentos civis que tentaram levar à mídia as vozes das minorias desfavorecidas, poderíamos estar vivendo ainda como no na "Belle Epoque" carioca, que, ainda em pleno século XX, tratava "a questão social como questão de polícia" e dava "jeito" nos problemas de habitação daqui botando barraco abaixo no centro insalubre da cidade...

Foi preciso uma Candelária, que poderia ter sido mais uma execução policial informal, como pululam aos montes por aí, para despertar comoção pública, e isto porque foi na cara de todos, no meio do Centro carioca.

E, se não encontrou nada no meu post, posso dizer o mesmo. Fique à vontade pra pensar o que quiser acerca do que é notícia e o que não é. Mas se excentricidade fosse padrãozinho de "venda", o "popular" do Terra seria o sítio mais acessado do mundo. E, cá entre nós, sensibilidade ferida eu até posso ter (por mais que você encare como um disfarce, sei lá, a opinião é sua mesmo, e eu respeito até pela admiração que tenho por ti), mas não tenho tanto ego para que me sinta atingido por um debate de internet, Acauan...

Bom, continuando, a novela global pode ter dado destaque para a banalidade que bem entendesse, mas não deu destaque à dezenas de mortes brutais diárias que ocorrem nessa cidade e deram toda essa abertura à morte do garoto. Por que será que a última mobilização tão relevante que vi na mídia foi pela menina modelo morta queimada no ônibus da Itapemirim?

E, sinceramente, se o otário da padaria é um Neanderthal (coisa que não discordo, em absoluto), temos muitos Neanderthais neste país, não concorda? Você pensa que essas opiniões são casos isolados provenientes do arbítrio pessoal de "escolher no que acreditar" ou que existam mentalidades ou ideologias, que, por mais reducionistas ou generalizantes que sejam, explicitam modo de pensar gerais de cada época e cada camada social? Se a sua resposta é a segunda, não existe discordância no ponto.

E ambos os "nós" trataram exatamente disso: ideologias, mentalidades, ferramentas que tratam da maneira de como cada sociedade, hermeneuticamente, pensa e se expressa. Sim, claro, são metafóricos, até porque os seres não são esgotáveis a partir de uma análise geral.

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Acauan
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Mensagem por Acauan »

Samael escreveu:E continuemos viajando no embate de retórica à retórica...
Como eu afirmei, e não ignorei, mobilização social em torno dos ocorridos SEMPRE existem. E, novamente, por experiência mesmo, não vejo que crimes contra marginalizados sejam tão noticiados quanto crimes contra ricos.


Como se o mundo girasse em torno desta dicotomia e todos os demais fatores humanos de influência, potencialmente infinitos, fossem apenas coadjuvantes de um processo de comparação de rendas.

Samael escreveu:E você ainda não me mostrou o tal alto noticiamento dos meninos esquartejados.


Posso pedir para Wlliam Bonner e Fátima Bernardes fazerem uma reprise especial do assunto para você, alegando que é uma das poucas pessoas no Brasil que não vê o Jornal Nacional, mas adianto que minhas chances de sucesso são pífias.

Samael escreveu: Não me mostrou, da mesma forma, em que garotos torturados e esquartejados é menos chocante do que outro menino arrastado pelas ruas.


Por que eu deveria defender uma afirmação que você fez e não eu?
Se não concorda, poste aqui onde eu disse que uma morte é menos chocante que outra. Eu posso postar um trecho em que digo exatamente o oposto.


Samael escreveu:Eu não neguei que brutalidade choque, mas você vem me dizer que o motivo da mídia simplesmente ignorar alguns crimes em prol de outros é mero "efeito de brutalidade"? Por favor, Acauan!


Por favor você! Coloquei uma série de fatores de influência e você pinçou um que lhe era mais conveniente e ignorou todos os outros. Quem quiser que releia o que escrevi, bom de fórum é isto, tá tudo lá.

Samael escreveu:E digo mais, não fossem os movimentos civis que tentaram levar à mídia as vozes das minorias desfavorecidas, poderíamos estar vivendo ainda como no na "Belle Epoque" carioca, que, ainda em pleno século XX, tratava "a questão social como questão de polícia" e dava "jeito" nos problemas de habitação daqui botando barraco abaixo no centro insalubre da cidade...


Desça do púlpito.

Samael escreveu:Foi preciso uma Candelária, que poderia ter sido mais uma execução policial informal, como pululam aos montes por aí, para despertar comoção pública, e isto porque foi na cara de todos, no meio do Centro carioca.


Ah, então o problema não é mais ser pobre ou rico, há outros fatores que influenciam. Quem disse isto mesmo? Ah é, fui eu.

Samael escreveu:E, se não encontrou nada no meu post, posso dizer o mesmo.


Com a diferença que eu provo.

Samael escreveu:Fique à vontade pra pensar o que quiser acerca do que é notícia e o que não é.


E fico mesmo, uma vez que só disse coisas que qualquer pessoa que conheça o mínimo de jornalismo confirmaria.

Samael escreveu:Mas se excentricidade fosse padrãozinho de "venda", o "popular" do Terra seria o sítio mais acessado do mundo.


Nunca usei a palavra excentricidade neste fórum, não pegaria bem.

Samael escreveu:E, cá entre nós, sensibilidade ferida eu até posso ter (por mais que você encare como um disfarce, sei lá, a opinião é sua mesmo, e eu respeito até pela admiração que tenho por ti), mas não tenho tanto ego para que me sinta atingido por um debate de internet, Acauan...


Isto, de fato, não é motivo para tirar o sono de ninguém.

Samael escreveu:Bom, continuando, a novela global pode ter dado destaque para a banalidade que bem entendesse, mas não deu destaque à dezenas de mortes brutais diárias que ocorrem nessa cidade e deram toda essa abertura à morte do garoto. Por que será que a última mobilização tão relevante que vi na mídia foi pela menina modelo morta queimada no ônibus da Itapemirim?


Talvez porque você só veja o que lhe interessa, como já ficou patente. O caso do ônibus incendiado recebeu destaque por si, basta checar as notícias ainda disponíveis na Internet. Que se tenha dado atenção a determinada pessoa não muda o fato de que foi a natureza terrorista do atentado que fez até o presidente da república se pronunciar a respeito.


Samael escreveu:E, sinceramente, se o otário da padaria é um Neanderthal (coisa que não discordo, em absoluto), temos muitos Neanderthais neste país, não concorda? Você pensa que essas opiniões são casos isolados provenientes do arbítrio pessoal de "escolher no que acreditar" ou que existam mentalidades ou ideologias, que, por mais reducionistas ou generalizantes que sejam, explicitam modo de pensar gerais de cada época e cada camada social? Se a sua resposta é a segunda, não existe discordância no ponto.


De onde tirou conclusões tão convictas sobre o que penso? Do que escrevi não foi, pois em momento algum disse isto.
Apenas contestei sua predisposição em projetar o comportamento de um para outros, tudo o mais é por sua conta, logo não tenho por que discutir.


Samael escreveu:E ambos os "nós" trataram exatamente disso: ideologias, mentalidades, ferramentas que tratam da maneira de como cada sociedade, hermeneuticamente, pensa e se expressa. Sim, claro, são metafóricos, até porque os seres não são esgotáveis a partir de uma análise geral.


Nós é uma palavra que quando usada por mim, me inclui e mais alguém.
Por estas e outras que prefiro não ser incluído no nós dos outros.
Editado pela última vez por Acauan em 14 Fev 2007, 22:59, em um total de 1 vez.
Nós, Índios.

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Mensagem por Jack Torrance »

Acauan escreveu:
Samael escreveu:Eu não neguei que brutalidade choque, mas você vem me dizer que o motivo da mídia simplesmente ignorar alguns crimes em prol de outros é mero "efeito de brutalidade"? Por favor, Acauan!


Por favor você! Coloquei uma série de fatores de influência e você pinçou um que lhe era mais conveniente e ignorou todos os outros. Quem quiser que releia o que escrevi, bom de fórum é isto, tá tudo lá.


Pelo que vi, é isso:

Acauan escreveu:3. Comentei que o destaque dado à notícia se deveu à extrema brutalidade do crime, com o agravante de a vítima ser uma criança de seis anos. Um caso como este poderia ter acontecido com qualquer criança, em qualquer lugar do mundo e mesmo assim seria considerado assunto de interesse jornalístico. Uma pessoa que morre explodida por uma bomba em Bagdá não é uma tragédia humana menor que a da criança no Rio, mas é ingenuidade esperar que os jornais dêem a cada uma das dezenas de vítimas iraquianas dos atentados diários o mesmo destaque que dariam a um similar inédito.
“No BOPE tem guerreiros que matam guerrilheiros, a faca entre os dentes esfolam eles inteiros, matam, esfolam, sempre com o seu fuzil, no BOPE tem guerreiros que acreditam no Brasil.”

“Homem de preto qual é sua missão? Entrar pelas favelas e deixar corpo no chão! Homem de preto o que é que você faz? Eu faço coisas que assustam o Satanás!”

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Re.: Marilene Felinto comenta o caso João Hélio

Mensagem por Samael »

Vou responder ao Acauan numerando, pois quotar é um inferno:

1- Não deixa, entretanto, de ser um fator relevante.

2- Talvez eles consigam levar o Calheiros aos pais das crianças também, não?

3- Você colocou que crimes chocam mais ou menos devido à sua brutalidade, e, covenhamos, o crime do menino arrastado parece ter chocado a opinião pública muito mais do que o crime dos meninos esquartejados, logo...

4- E eu coloquei, segundo a MINHA opinião, o fator de relevância central ao assunto. O fato do menino ser muito mais próximo à parte população que se coloca como objeto dessa mídia que eu critiquei do que os favelados. E, ainda assim, é uma tendência, que EU percebo no dia a dia, e não qualquer tipo de regra imanente a todos os seres.

5- Não sabia que você nutria todo esse incômodo com o meu modo de me expressar...E, ah, esqueceu do mais relevante: comentar. Porque o ponto é justo este. Até que haja reunião dos que estão sendo pisados no jogo de poder em torno de um objetivo comum, a situação não se inverte. E, sinceramente, uma mídia que vende notícias a uma classe média, EM GERAL, tratará com mais ênfase o filho morte dessa mesma camada. E o fator central, para mim, não é nem financeiro, é uma questão de identificação mesmo. Eu poderia ver um irmão menor ou um filho ali.

6- Se quisermos buscar fator por fator, vamos perder um bocado de tempo, não? Eu citei, genericamente, o que é relevante para mim.

7- Nunca achei seu post irrelevante, de modo algum, só me incomodei com o desdém a princípio. E, quanto às provas, vide os números 2 e 3. Você deu a sua opinião sobre a influência do fator brutalidade e eu tentei comparar as "brutalidades" dos dois casos e tentar entender porque um foi mais comovente que outro segundo a sua ótica. Não consegui. Se tivesse me sentido refutado, me daria por satisfeito, mudaria a opinião e sairia do tópico.

8- Ok.

9- Fico feliz em concordar.

10- Certamente que não, mas estamos nós dois aqui, que sempre nos demos bem, numa discussão de alfinetadas...

11- Não muda o fato da menina ter ganhado destaque e o mesmo de sempre...

12- Foram perguntas, e perguntei porque realmente fiquei em dúvida sobre o caso. Se perguntas são projeções agora, temos um problema conceitual por aqui...

13- Desculpe se lhe ofendi, de qualquer forma, mas entre a praticidade de se lidar com mentalidades e a preocupação com a verdade de se lidar com a especificidade individual, ambas as ferramentas devem ser usadas. E, num caso como esse, eu opto pela primeira opção.

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Re.: Marilene Felinto comenta o caso João Hélio

Mensagem por Tranca »

Por que será que a última mobilização tão relevante que vi na mídia foi pela menina modelo morta queimada no ônibus da Itapemirim?


Ela não morreu.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/coti ... 0728.shtml
Palavras de um visionário:

"Seria uma ressurreição satânica retirarmos Lula e Brizola - esse casamento do analfabetismo econômico com o obsoletismo ideológico - do lixo da história para o palco do poder."

Roberto Campos

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Re.: Marilene Felinto comenta o caso João Hélio

Mensagem por Tulio »

Se o Samuca já não está postando isso desde um acampamento do MST ou de uma comunidade de base localizada em alguma favela, enquanto não embarca para Cuba para ajudar na contrução do socialismo, ele não passa de mais um burguesinho revoltado e hipócrita.
TULIO

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Led Zeppelin
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Re.: Marilene Felinto comenta o caso João Hélio

Mensagem por Led Zeppelin »

Eu não acredito que alguém é capaz de escrever uma asneira dessas, só pode ser um agente comunista norte-coreano infiltrado, exercendo secretamente a profissão de professor de geografia. A família do garoto nem rica é, caso fosse não andaria em carro premium como um Corsa Sedan, e mesmo se fosse rica, os pobres deve agradecer aos ricos, o cara paga imposto pra ajudar o malandro que fica bebendo cachaça e pescando no esgoto da sua favela o dia inteiro. Pobre tem que ter amor à classe média que paga imposto pra sustenar a classe dele. Não roubar e matar.
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Led Zeppelin
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Re.: Marilene Felinto comenta o caso João Hélio

Mensagem por Led Zeppelin »

Sei que alguns vão criticar meu post, mas eu falo o que penso e estou aberto a críticas mesmo. Acho que quem não produz nada pra sociedade e fica só cuidando da criação de piloho e bicho-de-pé o dia inteiro não merece um Corsa Sedan. No mais é isso... abraços. :emoticon1:
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Najma
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Re.: Marilene Felinto comenta o caso João Hélio

Mensagem por Najma »

Sama:

Samael escreveu:3- Você colocou que crimes chocam mais ou menos devido à sua brutalidade, e, covenhamos, o crime do menino arrastado parece ter chocado a opinião pública muito mais do que o crime dos meninos esquartejados, logo...


Será que está tão difícil entender o quê está indignando tanto as pessoas no caso do menino?

Em ambas situações os crimes foram bárbaros. O que mais chocou as pessoas foi o do menino porque aconteceu a céu aberto, com gente observando na rua e temos ainda o grau de empatia gerado por uma mãe desesperada vendo seu filho de 6 anos sendo arrstado, sem meios de livrá-lo dali. O outro aconteceu na calada da noite, tendo a distância da zona urbana como testemunha. Se tivesse ocorrido às vistas das pessoas, com certeza teria chocado muito mais gente.

O que salta aos olhos em ambos os casos e em tantos outros é mesmo a impunidade e a impossibilidade de fazer justiça nesses casos, Sama. O que se pode oferecer como punição a alguém que comete tais atrocidades sem um mínimo de remorso? Prisão perpétua? Onde? Estamos no Brasil e você está cometendo o erro crasso de misturar sociopatia e marginalidade promovida por condições socio-econômicas num mesmo saco... Isso não se faz. ´Gente capaz desses atos bárbaros não é apenas marginal: é nocivo à sociedade. Merece ser banido em definitivo da convivência seja por quais meios forem. E não importa se o pai foi um drogado, se a mãe era uma puta de zona, se ele viveu a infância na rua por causa disso e por causa disso quis sair matando. Se ele matou, esquartejou, destroçou gente e ainda se gabou disso, simplesmente não merece viver no meio de outras vítimas em potencial porque sim, ele fará tantas vítimas quantas puder fazer. Para essa gente não existe valor atribuído às outras pessoas. Só isso. Se ele vai morrer, ou se vai viver numa jaula o resto de seus dias pouco importa. Se temos culpa ou não, o problema já existe. Um ser nocivo à sociedade tem que ser banido de preferência sem meios de retornar à convivência humana. Se a morte for o único meio, que seja.
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Will
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Re: Re.: Marilene Felinto comenta o caso João Hélio

Mensagem por Will »

Led Zeppelin escreveu:Eu não acredito que alguém é capaz de escrever uma asneira dessas, só pode ser um agente comunista norte-coreano infiltrado, exercendo secretamente a profissão de professor de geografia. A família do garoto nem rica é, caso fosse não andaria em carro premium como um Corsa Sedan, e mesmo se fosse rica, os pobres deve agradecer aos ricos, o cara paga imposto pra ajudar o malandro que fica bebendo cachaça e pescando no esgoto da sua favela o dia inteiro. Pobre tem que ter amor à classe média que paga imposto pra sustenar a classe dele. Não roubar e matar.


E o que eu estou achando mais engraçado, é que quando tentaram linchar os caras, exatamente quando eles iriam fazer uma acareação, quem estava na porta tentando dar porrada e gritando palavras de ordem, era gente humilde, gente muito pobre mesmo...

Inclusive lembro de um cara de uns 19 anos, loiro que tirava maior onda com os policiais, tirou braba até com o Delegado... Sua última fala televisionada foi "Vcs protegem esses animais, vcs tem que protegem agente..."
[center]Imagem[/center]

Apocaliptica

Re.: Marilene Felinto comenta o caso João Hélio

Mensagem por Apocaliptica »

A Globo On Line não permite cópia. Então vai o link aqui:

http://oglobo.globo.com/rio/mat/2007/02/15/294585801.asp


Esse vadio já fugiu 6 vezes. Era para estar preso na hora do crime.


Será que prender (apenas) resolve????
Editado pela última vez por Apocaliptica em 15 Fev 2007, 15:07, em um total de 1 vez.

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Led Zeppelin
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Re: Re.: Marilene Felinto comenta o caso João Hélio

Mensagem por Led Zeppelin »

Will escreveu:
Led Zeppelin escreveu:Eu não acredito que alguém é capaz de escrever uma asneira dessas, só pode ser um agente comunista norte-coreano infiltrado, exercendo secretamente a profissão de professor de geografia. A família do garoto nem rica é, caso fosse não andaria em carro premium como um Corsa Sedan, e mesmo se fosse rica, os pobres deve agradecer aos ricos, o cara paga imposto pra ajudar o malandro que fica bebendo cachaça e pescando no esgoto da sua favela o dia inteiro. Pobre tem que ter amor à classe média que paga imposto pra sustenar a classe dele. Não roubar e matar.


E o que eu estou achando mais engraçado, é que quando tentaram linchar os caras, exatamente quando eles iriam fazer uma acareação, quem estava na porta tentando dar porrada e gritando palavras de ordem, era gente humilde, gente muito pobre mesmo...

Inclusive lembro de um cara de uns 19 anos, loiro que tirava maior onda com os policiais, tirou braba até com o Delegado... Sua última fala televisionada foi "Vcs protegem esses animais, vcs tem que protegem agente..."


Essa articulitsa foi muito infeliz no comentário dela, esse crime chocou todas as classes socias, no País inteiro. O artigo dela foi no mínimo classissista.
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Tulio
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Re: Re.: Marilene Felinto comenta o caso João Hélio

Mensagem por Tulio »

Apocaliptica escreveu:A Globo On Line não permite cópia. Então vai o link aqui:

http://oglobo.globo.com/rio/mat/2007/02/15/294585801.asp


Esse vadio já fugiu 6 vezes. Era para estar preso na hora do crime.


Será que prende (apenas) resolve????


Não tem como fugir de uma cova.
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Apocaliptica

Re: Re.: Marilene Felinto comenta o caso João Hélio

Mensagem por Apocaliptica »

Tulio escreveu:
Apocaliptica escreveu:A Globo On Line não permite cópia. Então vai o link aqui:

http://oglobo.globo.com/rio/mat/2007/02/15/294585801.asp


Esse vadio já fugiu 6 vezes. Era para estar preso na hora do crime.


Será que prende (apenas) resolve????


Não tem como fugir de uma cova.


Também acho...

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Samael
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Re: Re.: Marilene Felinto comenta o caso João Hélio

Mensagem por Samael »

Tulio escreveu:Se o Samuca já não está postando isso desde um acampamento do MST ou de uma comunidade de base localizada em alguma favela, enquanto não embarca para Cuba para ajudar na contrução do socialismo, ele não passa de mais um burguesinho revoltado e hipócrita.


Não, Tulio Adão, não sou comunista nem muito menos apoiante de governos totalitários, tenham eles a cor que tiverem.

E eu não sou burguês, sou um classe média assalariado. E não sou hipócrita, em momento algum fiz ou deixei de fazer algo que defendi ou deixei de defender.

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Samael
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Re: Re.: Marilene Felinto comenta o caso João Hélio

Mensagem por Samael »

Najma escreveu:Sama:

Samael escreveu:3- Você colocou que crimes chocam mais ou menos devido à sua brutalidade, e, covenhamos, o crime do menino arrastado parece ter chocado a opinião pública muito mais do que o crime dos meninos esquartejados, logo...


Será que está tão difícil entender o quê está indignando tanto as pessoas no caso do menino?

Em ambas situações os crimes foram bárbaros. O que mais chocou as pessoas foi o do menino porque aconteceu a céu aberto, com gente observando na rua e temos ainda o grau de empatia gerado por uma mãe desesperada vendo seu filho de 6 anos sendo arrstado, sem meios de livrá-lo dali. O outro aconteceu na calada da noite, tendo a distância da zona urbana como testemunha. Se tivesse ocorrido às vistas das pessoas, com certeza teria chocado muito mais gente.

O que salta aos olhos em ambos os casos e em tantos outros é mesmo a impunidade e a impossibilidade de fazer justiça nesses casos, Sama. O que se pode oferecer como punição a alguém que comete tais atrocidades sem um mínimo de remorso? Prisão perpétua? Onde? Estamos no Brasil e você está cometendo o erro crasso de misturar sociopatia e marginalidade promovida por condições socio-econômicas num mesmo saco... Isso não se faz. ´Gente capaz desses atos bárbaros não é apenas marginal: é nocivo à sociedade. Merece ser banido em definitivo da convivência seja por quais meios forem. E não importa se o pai foi um drogado, se a mãe era uma puta de zona, se ele viveu a infância na rua por causa disso e por causa disso quis sair matando. Se ele matou, esquartejou, destroçou gente e ainda se gabou disso, simplesmente não merece viver no meio de outras vítimas em potencial porque sim, ele fará tantas vítimas quantas puder fazer. Para essa gente não existe valor atribuído às outras pessoas. Só isso. Se ele vai morrer, ou se vai viver numa jaula o resto de seus dias pouco importa. Se temos culpa ou não, o problema já existe. Um ser nocivo à sociedade tem que ser banido de preferência sem meios de retornar à convivência humana. Se a morte for o único meio, que seja.


Lígia, você misturou argumentos meus num mesmo "saco". Eu não comentei no tópico nada sobre a causa da marginalidade. Até porque já cansei de expressar minhas opiniões em outros tópicos.

O que tratei até agora, e o que causou esse "desentendimento velado" com o Acauan, foi o fato de nós dois discordarmos na questão da cobertura midiática dos fatos.

Trancado