Exobiologia
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Exobiologia
OK. Vida em outros planetas. Mas o que seria isso? Uma cadeia carbônica? Um DNA? Uma proteína? Ou a resposta para "O que é vida?"
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Re: Exobiologia
NeferNeferNefer escreveu:OK. Vida em outros planetas. Mas o que seria isso? Uma cadeia carbônica? Um DNA? Uma proteína? Ou a resposta para "O que é vida?"
poderia completar a resposta...
Só por existir, só por duvidar, tenho duas almas em guerra e sei que nenhuma vai ganhar... (J.P.)
Re.: Exobiologia
Organismos primitivos, possivelmente. Acho extremamente improvável formas de vida mais complexas em outros planetas. Dos protozoários até o homo sapiens, foram inúmeras mutações genéticas variáveis e toda sorte de ameaças externas. Aliás, é difícil imaginar como a vida, em suas formas mais frágeis, se adaptou e sobreviveu á tantas mudanças hostis, tanto climáticas quanto ambientais desde que surgiu na terra. Imagino que seria mais fácil acertar os números da mega-sena toda semana. Talvez no dia em que soubermos, de fato, como se originou a vida como a conhecemos, poderemos calcular as possibilidades de algo assim acontecer de novo, em outros planetas.
"Desisti de ser feliz. Agora me sinto muito menos infeliz."
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"Um rio que tudo arrasta se diz violento, mas não se dizem violentas as margens que o oprimem."
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O que estou ouvindo?
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Re: Re.: Exobiologia
Alexandre escreveu:Organismos primitivos, possivelmente. Acho extremamente improvável formas de vida mais complexas em outros planetas. Dos protozoários até o homo sapiens, foram inúmeras mutações genéticas variáveis e toda sorte de ameaças externas. Aliás, é difícil imaginar como a vida, em suas formas mais frágeis, se adaptou e sobreviveu á tantas mudanças hostis, tanto climáticas quanto ambientais desde que surgiu na terra. Imagino que seria mais fácil acertar os números da mega-sena toda semana. Talvez no dia em que soubermos, de fato, como se originou a vida como a conhecemos, poderemos calcular as possibilidades de algo assim acontecer de novo, em outros planetas.
Talvez o "início da vida"não seja algo tão fantástico como habitualmente cremos.
Talvez a probabilidade da formação de matéria orgânica e ácidos nucleicos, ou moléculas análogas, não seja tão pequena como pensamos, ou talvez o universo seja suficientemente grande para que os seus "valores absolutos" se possam repetir.
Só por existir, só por duvidar, tenho duas almas em guerra e sei que nenhuma vai ganhar... (J.P.)
Re: Re.: Exobiologia
Ateu Tímido escreveu:
Que avatar sensual...
É... Tem alguma coisa de fetichismo-sadomasoquista nessa imagem...
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Re.: Exobiologia
Ás vezes, qdo viajo demais na maionese, acho que existem outras formas de 'vida' que não compreendemos como tal. Nossa mente humana tão limitada seria capaz de reconhecer outras formas de vida? Ou somente aquelas próximas das que conhecemos?
(acho que bebi demais, né?)
(acho que bebi demais, né?)
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Re: Re.: Exobiologia
Ateu Tímido escreveu:
Que avatar sensual...
Eu ia dizer inspirador...mas você levou para outro lado...

Re: Re.: Exobiologia
Alexandre escreveu:Ateu Tímido escreveu:
Que avatar sensual...
É... Tem alguma coisa de fetichismo-sadomasoquista nessa imagem...
Eu acho que sou doente...Para mim falta o martelo na imagem..

Re: Re.: Exobiologia
clara campos escreveu:Alexandre escreveu:Organismos primitivos, possivelmente. Acho extremamente improvável formas de vida mais complexas em outros planetas. Dos protozoários até o homo sapiens, foram inúmeras mutações genéticas variáveis e toda sorte de ameaças externas. Aliás, é difícil imaginar como a vida, em suas formas mais frágeis, se adaptou e sobreviveu á tantas mudanças hostis, tanto climáticas quanto ambientais desde que surgiu na terra. Imagino que seria mais fácil acertar os números da mega-sena toda semana. Talvez no dia em que soubermos, de fato, como se originou a vida como a conhecemos, poderemos calcular as possibilidades de algo assim acontecer de novo, em outros planetas.
Talvez o "início da vida"não seja algo tão fantástico como habitualmente cremos.
Talvez a probabilidade da formação de matéria orgânica e ácidos nucleicos, ou moléculas análogas, não seja tão pequena como pensamos, ou talvez o universo seja suficientemente grande para que os seus "valores absolutos" se possam repetir.
Acredito que se repetem, sim. De forma desordenada ou seguindo alguma ordem de tamanha proporção que não conheçamos ainda.
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Re: Re.: Exobiologia
Apocaliptica escreveu:Alexandre escreveu:Ateu Tímido escreveu:
Que avatar sensual...
É... Tem alguma coisa de fetichismo-sadomasoquista nessa imagem...
Eu acho que sou doente...Para mim falta o martelo na imagem..
E a expressão de dor também.

Re: Re.: Exobiologia
Apocaliptica escreveu:Ateu Tímido escreveu:
Que avatar sensual...
Eu ia dizer inspirador...mas você levou para outro lado...
Na verdade, essa imagem me lembra uma citação de Diderot, ou Nietzsche, não tenho certeza: "O homem conquistará sua liberdade quando o último rei for enforcado com as tripas do último padre." Esse messias aí de cima já foi tarde, o mundo não precisa de um líder, ou um guia espiritual.
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Re: Re.: Exobiologia
Ateu Tímido escreveu:Apocaliptica escreveu:Alexandre escreveu:Ateu Tímido escreveu:
Que avatar sensual...
É... Tem alguma coisa de fetichismo-sadomasoquista nessa imagem...
Eu acho que sou doente...Para mim falta o martelo na imagem..
E a expressão de dor também.

Re: Re.: Exobiologia
Alexandre escreveu:Apocaliptica escreveu:Ateu Tímido escreveu:
Que avatar sensual...
Eu ia dizer inspirador...mas você levou para outro lado...
Na verdade, essa imagem me lembra uma citação de Diderot, ou Nietzsche, não tenho certeza: "O homem conquistará sua liberdade quando o último rei for enforcado com as tripas do último padre." Esse messias aí de cima já foi tarde, o mundo não precisa de um líder, ou um guia espiritual.
Não desse naipe, pelo menos.
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Re: Re.: Exobiologia
Apocaliptica escreveu:Ateu Tímido escreveu:Apocaliptica escreveu:Alexandre escreveu:Ateu Tímido escreveu:
Que avatar sensual...
É... Tem alguma coisa de fetichismo-sadomasoquista nessa imagem...
Eu acho que sou doente...Para mim falta o martelo na imagem..
E a expressão de dor também.
Lembrem-se, ele morreu por vós.

“No BOPE tem guerreiros que matam guerrilheiros, a faca entre os dentes esfolam eles inteiros, matam, esfolam, sempre com o seu fuzil, no BOPE tem guerreiros que acreditam no Brasil.”
“Homem de preto qual é sua missão? Entrar pelas favelas e deixar corpo no chão! Homem de preto o que é que você faz? Eu faço coisas que assustam o Satanás!”
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Re: Re.: Exobiologia
Jack Torrance escreveu:Apocaliptica escreveu:Ateu Tímido escreveu:Apocaliptica escreveu:Alexandre escreveu:Ateu Tímido escreveu:
Que avatar sensual...
É... Tem alguma coisa de fetichismo-sadomasoquista nessa imagem...
Eu acho que sou doente...Para mim falta o martelo na imagem..
E a expressão de dor também.
Lembrem-se, ele morreu por vós.
Eu não pedi nada. Não sou sanguinário a esse ponto...

Re: Re.: Exobiologia
Jack Torrance escreveu:Apocaliptica escreveu:Ateu Tímido escreveu:Apocaliptica escreveu:Alexandre escreveu:Ateu Tímido escreveu:
Que avatar sensual...
É... Tem alguma coisa de fetichismo-sadomasoquista nessa imagem...
Eu acho que sou doente...Para mim falta o martelo na imagem..
E a expressão de dor também.
Lembrem-se, ele morreu por vós.
E graças a ele, os judeus são massacrados até os dias de hoje.
Sem contar a perseguição aos homossexuais, o preconceito imposto em relação ás mulheres, a apologia á escravidão...
Ele morreu por quem, afinal? Seria melhor se esse infâme maldito não tivesse nascido. Aliás, provavelmente ele nem existiu, ou foi apenas um revolucionário, que desejava libertar os judeus do domínio romano, e talvez pelo apelo popular que detinha junto a massa, acabou se transformando em uma figura divina. Sei lá; foi um idiota qualquer relegado ao posto de filho do criador dessa droga de universo.
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Re: Re.: Exobiologia
Jack Torrance escreveu:Apocaliptica escreveu:Ateu Tímido escreveu:Apocaliptica escreveu:Alexandre escreveu:Ateu Tímido escreveu:
Que avatar sensual...
É... Tem alguma coisa de fetichismo-sadomasoquista nessa imagem...
Eu acho que sou doente...Para mim falta o martelo na imagem..
E a expressão de dor também.
Lembrem-se, ele morreu por vós.
Que injustiça. E o Papai Noel acha que eu fui boazinha e me tráz presentes todo Natal. Eu pedi um martelo.

Re: Re.: Exobiologia
Alexandre escreveu:Jack Torrance escreveu:Apocaliptica escreveu:Ateu Tímido escreveu:Apocaliptica escreveu:Alexandre escreveu:Ateu Tímido escreveu:
Que avatar sensual...
É... Tem alguma coisa de fetichismo-sadomasoquista nessa imagem...
Eu acho que sou doente...Para mim falta o martelo na imagem..
E a expressão de dor também.
Lembrem-se, ele morreu por vós.
E graças a ele, os judeus são massacrados até os dias de hoje.
Sem contar a perseguição aos homossexuais, o preconceito imposto em relação ás mulheres, a apologia á escravidão...
Ele morreu por quem, afinal? Seria melhor se esse infâme maldito não tivesse nascido. Aliás, provavelmente ele nem existiu, ou foi apenas um revolucionário, que desejava libertar os judeus do domínio romano, e talvez pelo apelo popular que detinha junto a massa, acabou se transformando em uma figura divina. Sei lá; foi um idiota qualquer relegado ao posto de filho do criador dessa droga de universo.
Não esquenta. Ele é ( até prova convincente em contrário) apenas uma lenda. Nunca existiu. Portanto a culpa nem é dele. É da própria humanidade, que criou o cara para expiar a culpa da libertinagem.
Re: Re.: Exobiologia
Não esquenta. Ele é ( até prova convincente em contrário) apenas uma lenda. Nunca existiu. Portanto a culpa nem é dele. É da própria humanidade, que criou o cara para expiar a culpa da libertinagem.[/quote]
Eu sei que o Torrance estava só brincando, mas eu sempre quis dizer para alguém o que eu penso desse maldito. Ele mudou o curso da história da maneira mais negativa possível. Se ele existiu, e se o "pai" dele também existe, ambos terão que responder pela "santa" inquisição, entre outras milhares de tragédias relacionadas ás vertentes do cristianismo. Se bem que, se o deus bíblico existe, não vai adiantar nada tentar discutir com ele sua filosofia antiquada.
Eu sei que o Torrance estava só brincando, mas eu sempre quis dizer para alguém o que eu penso desse maldito. Ele mudou o curso da história da maneira mais negativa possível. Se ele existiu, e se o "pai" dele também existe, ambos terão que responder pela "santa" inquisição, entre outras milhares de tragédias relacionadas ás vertentes do cristianismo. Se bem que, se o deus bíblico existe, não vai adiantar nada tentar discutir com ele sua filosofia antiquada.
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Re.: Exobiologia
Porque a exobiologia é interessante para a ciência?Vejamos o caso do interesse dos cientistas por Marte.
Marte é o lugar com mais condições de abrigar vida.Se os pesquisadores descobrirem vida em Marte, os biólogos poderão comparar organismos terrestres com as formas alienígenas e desenvolver uma definição mais geral de vida.Seria possível começar a entender a vida da forma que entendemos leis da química e da física, sabendo coisas como, por exemplo, se a replicação sempre necessita de DNA ou se a bioquímica para isso pode ser diferente.
Marte é o lugar com mais condições de abrigar vida.Se os pesquisadores descobrirem vida em Marte, os biólogos poderão comparar organismos terrestres com as formas alienígenas e desenvolver uma definição mais geral de vida.Seria possível começar a entender a vida da forma que entendemos leis da química e da física, sabendo coisas como, por exemplo, se a replicação sempre necessita de DNA ou se a bioquímica para isso pode ser diferente.
“A boa sociedade é aquela em que o número de oportunidades de qualquer pessoa aleatoriamente escolhida tenha probabilidade de ser a maior possível”
Friedrich Hayek. “Direito, legislação e liberdade” (volume II, p.156, 1985, Editora Visão)
"Os homens práticos, que se julgam tão independentes em seu pensar, são todos na verdade escravos das idéias de algum economista morto."
John Maynard Keynes
Friedrich Hayek. “Direito, legislação e liberdade” (volume II, p.156, 1985, Editora Visão)
"Os homens práticos, que se julgam tão independentes em seu pensar, são todos na verdade escravos das idéias de algum economista morto."
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Re.: Exobiologia
Alexandre, era só zoeira.
“No BOPE tem guerreiros que matam guerrilheiros, a faca entre os dentes esfolam eles inteiros, matam, esfolam, sempre com o seu fuzil, no BOPE tem guerreiros que acreditam no Brasil.”
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Re: Re.: Exobiologia
Jack Torrance escreveu:Alexandre, era só zoeira.
Eu sei, só quis aproveitar o gancho. O que eu escrevi não foi para você, e sim o que eu gostaria de dizer para um crente. O mundo, hoje, porém, está tão complicado, que é irrelavante a suposta existência desse sujeito. Aliás, esse talvez seja um dos maiores problemas contemporâneos da humanidade: Há deuses demais para um mundo tão pequeno.
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Introdução
A vida na Terra é o objecto de estudo da biologia. É ela também que torna o nosso planeta interessante, pois sem ela, nem sequer existiríamos. Até agora, ela é a única vida de que temos conhecimento.
Os livros de astronomia ensinam-nos que o Universo teve início há uns 13 bilhões de anos. Desde então, ele tem evoluído do simples para o complexo. As forças fundamentais da natureza (gravitacional, eletromagnética, nuclear fraca e nuclear forte), possivelmente unificadas no início, ter-se-iam logo desmembrado conforme o Universo se expandia e arrefecia. Essas forças explicam: a conversão da energia primordial em partículas que formaram o hidrogénio e o hélio; a agregação desses elementos leves para formar galáxias e estrelas; a síntese, nas estrelas, dos elementos pesados a partir dos leves; a segregação destes últimos em planetas rochosos como a Terra, e a acumulação de gás enriquecido com elementos pesados em nuvens moleculares, algumas das quais podem conter os monómeros (aminoácidos, bases nitrogenadas, açúcares, etc) que formam os polímeros complexos da vida na Terra (ácidos nucleicos e proteínas); e, finalmente, a evolução da vida na Terra até o surgimento do Homo sapiens, capaz de criar cultura, ciência e tecnologia. A vida na Terra insere-se, portanto, na evolução natural do Cosmo para uma crescente complexidade.
A ideia de uma vida fora da Terra é um corolário da evolução cósmica. Depois de errar, pensando que a Terra era o centro do Universo, um local singular e privilegiado, o Homem aprendeu que habita um nicho prosaico que se pode reproduzir noutros locais do Universo. Afinal, a matéria que está aqui, tem os mesmos elementos químicos dos astros mais distantes. As leis físicas que vigoram aqui, também vigoram lá. Não há razão aparente para a evolução cósmica convergir única e exclusivamente para a vida na Terra. É assim que se fundamenta uma nova disciplina chamada exobiologia.
In http://www.comciencia.br/reportagens/espaco/espc9a.htm acedido em 16 de Março 2006
O que é a exobiologia?
A Exobiologia é a ciência voltada para o estudo de vida e organismos vivos fora da Terra (ex do grego = fora, exterior). Esta ciência está também direccionada para o estudo de como ambientes extraterrestres podem afectar organismos vivos.
Esta palavra foi criada no início da década de 1960 por Joshua Lederberg, um biólogo que trabalhou activamente na NASA com programas experimentais relacionados com a busca de vida em Marte.
Figura 1. Joshua Lederberg, o criador da palavra exobiologia, trabalhou na NASA no desenvolvimento de experiências para detectar a vida em Marte. Foi o vencedor do prémio Nobel em 1958, com 33 anos, devido à investigação que efectuou acerca da função genética e estrutura em microorganismos.
No início da exobiologia como um ramo distinto da biologia, esta foi ridicularizada por cientistas mais conservadores pois, afinal de contas, trava-se de uma ciência que não possuía um objecto de estudo: um organismo alienígena ou uma prova concreta da existência de vida em outro planeta além da Terra.
Aos poucos, porém, a exobiologia passou a ser aceite entre os meios mais conservadores das ciências.
À medida que aprendemos mais sobre o nosso sistema solar nestas últimas décadas, ficou cada vez mais claro que a procura por vida em outros planetas não era uma ideia sem fundamento científico. Por exemplo, na década de 1960, as “espaçonaves” Mariners, enviadas para explorar Marte de sua órbita, mostraram que este planeta, no passado, teve na sua superfície quantidades consideráveis de água no estado líquido, algo promissor para o surgimento de vida como nós a conhecemos.
Em 1976 duas “espaçonaves” Viking, lançadas pela NASA, pousaram na superfície do planeta vermelho com experiências destinadas directamente à procura de indícios de vida. Nas décadas de 1980-90 as “espaçonaves” Voyager I e II e Galileo encontraram evidências de oceanos subterrâneos em alguns dos satélites de Júpiter. E, nos últimos anos, notícias de descobertas de exoplanetas, tornaram-se quase que uma rotina mensal.
A estes factos soma-se a descoberta dos extremófilos, microorganismos capazes de sobreviver em condições extremas no nosso planeta, o que mostra que a vida tem uma capacidade incrível de se adaptar aos mais variados ambientes.
Neste clima de contínuas descobertas científicas torna-se cada vez mais natural a aceitação da exobiologia como uma actividade de pesquisa válida. Mais ainda, será através da exobiologia que serão desenvolvidos métodos e tecnologias para a procura de vida em Marte e em exoplanetas.
O termo exobiologia é quase que sinónimo de astrobiologia. Preferimos exobiologia porque este termo não estabelece de maneira incorrecta um vínculo necessário entre astronomia/astrofísica e biologia. Além disto, o prefixo exo cria um elo de identidade comum com o nome de nossa sociedade e com o estudo de exoplanetas. No futuro, o termo exobiologia poderá ser substituído por um termo mais abrangente como xenociências (xeno do grego = estranho, alienígena). Por enquanto, ainda temos que recorrer à biologia para especular sobre possíveis organismos existentes além da Terra. Talvez, em algum momento no futuro, encontremos formas de vida que não sejam descritas ou previstas pela biologia tradicional. Neste caso, teremos que romper os nossos vínculos com a biologia e criar uma nova ciência, a ciência do que é estranho: a xenociência...
In http://exoplanetas.astrodatabase.net/exobiologia.html acedido em 16 de Março 2006
O facto de a União Astronómica Internacional ter criado em 1979 uma Comissão devotada a essa disciplina (Comissão 51), confere formalmente à exobiologia o estatuto de disciplina ortodoxa. De certa forma, assim como no final do século XIX a astrofísica se afirmava como uma proposta que transformava o Universo num laboratório de física, a astrobiologia tenta hoje afirmar-se transformando o Universo num imenso laboratório de biologia.
Há um relativo consenso de que as formas menos complexas de vida, como a representada pelos organismos procariontes, devem mesmo abundar no Universo. A base empírica vem da micropaleontologia que descobriu fósseis de organismos simples datando de até 3,8 biliões de anos. Lembrando que até 3,9 biliões de anos atrás a Terra foi alvo de intenso bombardeamento por refugos da Nebulosa Solar Primitiva não aproveitados para formar planetas e satélites, o nosso Planeta tinha-se tornado apto para abrigar a vida há apenas 100 milhões de anos. Isso sugere que o surgimento da vida é quase um imperativo, desde que as condições sejam propícias. A vida extraterrestre rudimentar torna-se ainda promissora se tivermos em conta que organismos simples conseguem sobreviver em várias condições ambientais hostis.
Quanto à vida mais evoluída, digamos a vida animal, uma limitação metodológica insuperável é imposta pela unicidade do paradigma terrestre. Vidas extraterrestres podem, em princípio, assumir formas insuspeitas ampliando também o espectro de possibilidades. O biólogo inglês John Burdon S. Haldane (1892-1964), um dos precursores da pesquisa exobiológica, afirmou que a vida não é apenas mais extravagante do que podemos imaginar. Ela é mais extravagante do que somos capazes de imaginar. A vida na Terra também tem apresentado algumas intrigantes correlações entre alterações severas das condições ambientais e surtos de especiação. Paradoxalmente as condições desfavoráveis deflagrariam o surto evolutivo, em vez de extinguir a vida. Isso leva-nos a pensar de forma mais optimista na possibilidade de vida extraterrestre mais evoluída.
Através de uma formulação probabilística, a conhecida equação de Drake [1] permite, em princípio, estimar o número provável de civilizações extraterrestres na nossa Galáxia. Mas é impossível efectuarmos o cálculo sem termos uma quantificação de, até que ponto a transição para seres pluricelulares, dadas as condições, é inevitável e não pode deixar de ocorrer, ou resulta de uma sucessão de inúmeras ocorrências fortuitas. Este desconhecimento é a fonte principal das controvérsias exobiológicas. De um lado, os optimistas apostam numa multiplicidade de civilizações extraterrestres, acreditando que a evolução é um imperativo categórico. De outro, os defensores da tese da Terra Rara apostam que estamos sós no Universo, pois seríamos filhos únicos do puro acaso.
Esta discussão assumiu uma surpreendente complexidade. Baseando-se em cálculos que demonstram que uma civilização decidida a colonizar a Via Láctea, poderia realizar esse projecto em apenas 5 milhões de anos - o termo apenas indica que 5 milhões de anos é milhares de vezes menor que a idade da Galáxia -, o físico Enrico Fermi (1901-54) indagou: Se os extraterrestres existem, então onde estão eles? Para ele os extraterrestres já deveriam estar entre nós. Ficou claro então que devemos levar em conta, não só as alterações que seres inteligentes são capazes de promover na natureza (exploração interestelar, clonagem, criação de robôs exploradores etc), como também os factores culturais, éticos, políticos, económicos que podem influir decisivamente no recenseamento da vida extraterrestre.
Para a astrobiologia como programa de pesquisa é importante que ambos os lados da controvérsia dependam crucialmente dos testes experimentais. Até mesmo os cépticos precisam dos testes empíricos. A propalada pesquisa SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence) é apenas uma dentre as várias alternativas de verificação experimental. Esta baseia-se na recepção de sinais coerentes em ondas de rádio. Recentemente teve início a construção de um sistema OSETI (Optical SETI) que tem por objectivo a detecção de pulsos coerentes de laser. O solo de Marte tem sido cada vez mais estudado in loco desde que as Landers das duas Vikings realizaram experiências em 1976 visando a detecção de vida. Em 1996, o debate sobre a vida em Marte foi exacerbado pelo anúncio da descoberta no meteorito ALH84001, de um conjunto de compostos e estruturas que sugeriam origem biológica. Esse meteorito é um fragmento de quase 2 kg da crosta de Marte, colhido na Antártida onde teria caído há 13 mil anos. Ele teria resultado de uma colisão desse planeta com algum objecto cósmico há 16 milhões de anos. Até hoje não ficou comprovada a origem biológica desses indícios, mas cresce a convicção de que os cristais de magnetite teriam sido biomineralizados há 3,9 biliões de anos, portanto antes dos primeiros microfósseis terrestres! Também soubemos recentemente do perturbador anúncio da descoberta por pesquisadores russos de microrganismos fossilizados em rochas trazidas pelas missões Luna na década de 1970! A atmosfera do satélite Titã, o único com atmosfera substancial no Sistema Solar, será investigada em 2004 com interesse exobiológico durante a descida da sonda Huygens quando a missão Cassini estiver sendo realizada em Saturno. Este novo milénio começa com a expectativa de que dentro das primeiras décadas serão feitas detecções de planetas extra-solares semelhantes à Terra.
In http://www.comciencia.br/reportagens/espaco/espc9a.htm acedido em 16 de Março 2006
Introdução
A vida na Terra é o objecto de estudo da biologia. É ela também que torna o nosso planeta interessante, pois sem ela, nem sequer existiríamos. Até agora, ela é a única vida de que temos conhecimento.
Os livros de astronomia ensinam-nos que o Universo teve início há uns 13 bilhões de anos. Desde então, ele tem evoluído do simples para o complexo. As forças fundamentais da natureza (gravitacional, eletromagnética, nuclear fraca e nuclear forte), possivelmente unificadas no início, ter-se-iam logo desmembrado conforme o Universo se expandia e arrefecia. Essas forças explicam: a conversão da energia primordial em partículas que formaram o hidrogénio e o hélio; a agregação desses elementos leves para formar galáxias e estrelas; a síntese, nas estrelas, dos elementos pesados a partir dos leves; a segregação destes últimos em planetas rochosos como a Terra, e a acumulação de gás enriquecido com elementos pesados em nuvens moleculares, algumas das quais podem conter os monómeros (aminoácidos, bases nitrogenadas, açúcares, etc) que formam os polímeros complexos da vida na Terra (ácidos nucleicos e proteínas); e, finalmente, a evolução da vida na Terra até o surgimento do Homo sapiens, capaz de criar cultura, ciência e tecnologia. A vida na Terra insere-se, portanto, na evolução natural do Cosmo para uma crescente complexidade.
A ideia de uma vida fora da Terra é um corolário da evolução cósmica. Depois de errar, pensando que a Terra era o centro do Universo, um local singular e privilegiado, o Homem aprendeu que habita um nicho prosaico que se pode reproduzir noutros locais do Universo. Afinal, a matéria que está aqui, tem os mesmos elementos químicos dos astros mais distantes. As leis físicas que vigoram aqui, também vigoram lá. Não há razão aparente para a evolução cósmica convergir única e exclusivamente para a vida na Terra. É assim que se fundamenta uma nova disciplina chamada exobiologia.
In http://www.comciencia.br/reportagens/espaco/espc9a.htm acedido em 16 de Março 2006
O que é a exobiologia?
A Exobiologia é a ciência voltada para o estudo de vida e organismos vivos fora da Terra (ex do grego = fora, exterior). Esta ciência está também direccionada para o estudo de como ambientes extraterrestres podem afectar organismos vivos.
Esta palavra foi criada no início da década de 1960 por Joshua Lederberg, um biólogo que trabalhou activamente na NASA com programas experimentais relacionados com a busca de vida em Marte.
Figura 1. Joshua Lederberg, o criador da palavra exobiologia, trabalhou na NASA no desenvolvimento de experiências para detectar a vida em Marte. Foi o vencedor do prémio Nobel em 1958, com 33 anos, devido à investigação que efectuou acerca da função genética e estrutura em microorganismos.
No início da exobiologia como um ramo distinto da biologia, esta foi ridicularizada por cientistas mais conservadores pois, afinal de contas, trava-se de uma ciência que não possuía um objecto de estudo: um organismo alienígena ou uma prova concreta da existência de vida em outro planeta além da Terra.
Aos poucos, porém, a exobiologia passou a ser aceite entre os meios mais conservadores das ciências.
À medida que aprendemos mais sobre o nosso sistema solar nestas últimas décadas, ficou cada vez mais claro que a procura por vida em outros planetas não era uma ideia sem fundamento científico. Por exemplo, na década de 1960, as “espaçonaves” Mariners, enviadas para explorar Marte de sua órbita, mostraram que este planeta, no passado, teve na sua superfície quantidades consideráveis de água no estado líquido, algo promissor para o surgimento de vida como nós a conhecemos.
Em 1976 duas “espaçonaves” Viking, lançadas pela NASA, pousaram na superfície do planeta vermelho com experiências destinadas directamente à procura de indícios de vida. Nas décadas de 1980-90 as “espaçonaves” Voyager I e II e Galileo encontraram evidências de oceanos subterrâneos em alguns dos satélites de Júpiter. E, nos últimos anos, notícias de descobertas de exoplanetas, tornaram-se quase que uma rotina mensal.
A estes factos soma-se a descoberta dos extremófilos, microorganismos capazes de sobreviver em condições extremas no nosso planeta, o que mostra que a vida tem uma capacidade incrível de se adaptar aos mais variados ambientes.
Neste clima de contínuas descobertas científicas torna-se cada vez mais natural a aceitação da exobiologia como uma actividade de pesquisa válida. Mais ainda, será através da exobiologia que serão desenvolvidos métodos e tecnologias para a procura de vida em Marte e em exoplanetas.
O termo exobiologia é quase que sinónimo de astrobiologia. Preferimos exobiologia porque este termo não estabelece de maneira incorrecta um vínculo necessário entre astronomia/astrofísica e biologia. Além disto, o prefixo exo cria um elo de identidade comum com o nome de nossa sociedade e com o estudo de exoplanetas. No futuro, o termo exobiologia poderá ser substituído por um termo mais abrangente como xenociências (xeno do grego = estranho, alienígena). Por enquanto, ainda temos que recorrer à biologia para especular sobre possíveis organismos existentes além da Terra. Talvez, em algum momento no futuro, encontremos formas de vida que não sejam descritas ou previstas pela biologia tradicional. Neste caso, teremos que romper os nossos vínculos com a biologia e criar uma nova ciência, a ciência do que é estranho: a xenociência...
In http://exoplanetas.astrodatabase.net/exobiologia.html acedido em 16 de Março 2006
O facto de a União Astronómica Internacional ter criado em 1979 uma Comissão devotada a essa disciplina (Comissão 51), confere formalmente à exobiologia o estatuto de disciplina ortodoxa. De certa forma, assim como no final do século XIX a astrofísica se afirmava como uma proposta que transformava o Universo num laboratório de física, a astrobiologia tenta hoje afirmar-se transformando o Universo num imenso laboratório de biologia.
Há um relativo consenso de que as formas menos complexas de vida, como a representada pelos organismos procariontes, devem mesmo abundar no Universo. A base empírica vem da micropaleontologia que descobriu fósseis de organismos simples datando de até 3,8 biliões de anos. Lembrando que até 3,9 biliões de anos atrás a Terra foi alvo de intenso bombardeamento por refugos da Nebulosa Solar Primitiva não aproveitados para formar planetas e satélites, o nosso Planeta tinha-se tornado apto para abrigar a vida há apenas 100 milhões de anos. Isso sugere que o surgimento da vida é quase um imperativo, desde que as condições sejam propícias. A vida extraterrestre rudimentar torna-se ainda promissora se tivermos em conta que organismos simples conseguem sobreviver em várias condições ambientais hostis.
Quanto à vida mais evoluída, digamos a vida animal, uma limitação metodológica insuperável é imposta pela unicidade do paradigma terrestre. Vidas extraterrestres podem, em princípio, assumir formas insuspeitas ampliando também o espectro de possibilidades. O biólogo inglês John Burdon S. Haldane (1892-1964), um dos precursores da pesquisa exobiológica, afirmou que a vida não é apenas mais extravagante do que podemos imaginar. Ela é mais extravagante do que somos capazes de imaginar. A vida na Terra também tem apresentado algumas intrigantes correlações entre alterações severas das condições ambientais e surtos de especiação. Paradoxalmente as condições desfavoráveis deflagrariam o surto evolutivo, em vez de extinguir a vida. Isso leva-nos a pensar de forma mais optimista na possibilidade de vida extraterrestre mais evoluída.
Através de uma formulação probabilística, a conhecida equação de Drake [1] permite, em princípio, estimar o número provável de civilizações extraterrestres na nossa Galáxia. Mas é impossível efectuarmos o cálculo sem termos uma quantificação de, até que ponto a transição para seres pluricelulares, dadas as condições, é inevitável e não pode deixar de ocorrer, ou resulta de uma sucessão de inúmeras ocorrências fortuitas. Este desconhecimento é a fonte principal das controvérsias exobiológicas. De um lado, os optimistas apostam numa multiplicidade de civilizações extraterrestres, acreditando que a evolução é um imperativo categórico. De outro, os defensores da tese da Terra Rara apostam que estamos sós no Universo, pois seríamos filhos únicos do puro acaso.
Esta discussão assumiu uma surpreendente complexidade. Baseando-se em cálculos que demonstram que uma civilização decidida a colonizar a Via Láctea, poderia realizar esse projecto em apenas 5 milhões de anos - o termo apenas indica que 5 milhões de anos é milhares de vezes menor que a idade da Galáxia -, o físico Enrico Fermi (1901-54) indagou: Se os extraterrestres existem, então onde estão eles? Para ele os extraterrestres já deveriam estar entre nós. Ficou claro então que devemos levar em conta, não só as alterações que seres inteligentes são capazes de promover na natureza (exploração interestelar, clonagem, criação de robôs exploradores etc), como também os factores culturais, éticos, políticos, económicos que podem influir decisivamente no recenseamento da vida extraterrestre.
Para a astrobiologia como programa de pesquisa é importante que ambos os lados da controvérsia dependam crucialmente dos testes experimentais. Até mesmo os cépticos precisam dos testes empíricos. A propalada pesquisa SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence) é apenas uma dentre as várias alternativas de verificação experimental. Esta baseia-se na recepção de sinais coerentes em ondas de rádio. Recentemente teve início a construção de um sistema OSETI (Optical SETI) que tem por objectivo a detecção de pulsos coerentes de laser. O solo de Marte tem sido cada vez mais estudado in loco desde que as Landers das duas Vikings realizaram experiências em 1976 visando a detecção de vida. Em 1996, o debate sobre a vida em Marte foi exacerbado pelo anúncio da descoberta no meteorito ALH84001, de um conjunto de compostos e estruturas que sugeriam origem biológica. Esse meteorito é um fragmento de quase 2 kg da crosta de Marte, colhido na Antártida onde teria caído há 13 mil anos. Ele teria resultado de uma colisão desse planeta com algum objecto cósmico há 16 milhões de anos. Até hoje não ficou comprovada a origem biológica desses indícios, mas cresce a convicção de que os cristais de magnetite teriam sido biomineralizados há 3,9 biliões de anos, portanto antes dos primeiros microfósseis terrestres! Também soubemos recentemente do perturbador anúncio da descoberta por pesquisadores russos de microrganismos fossilizados em rochas trazidas pelas missões Luna na década de 1970! A atmosfera do satélite Titã, o único com atmosfera substancial no Sistema Solar, será investigada em 2004 com interesse exobiológico durante a descida da sonda Huygens quando a missão Cassini estiver sendo realizada em Saturno. Este novo milénio começa com a expectativa de que dentro das primeiras décadas serão feitas detecções de planetas extra-solares semelhantes à Terra.
In http://www.comciencia.br/reportagens/espaco/espc9a.htm acedido em 16 de Março 2006
Só por existir, só por duvidar, tenho duas almas em guerra e sei que nenhuma vai ganhar... (J.P.)
Re.: Exobiologia
Vou responder á pergunta da Nefer:
Vida é tudo aquilo capaz de evoluir de forma Darwinista criando ordem local de forma continua. E nao importa se é feita de carbono, silicio ou bolhas de sabao com hereditariedade...
Vida é tudo aquilo capaz de evoluir de forma Darwinista criando ordem local de forma continua. E nao importa se é feita de carbono, silicio ou bolhas de sabao com hereditariedade...