A falácia da empatia com criminosos ricos

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Aranha
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Re: Re.: A falácia da empatia com criminosos ricos

Mensagem por Aranha »

Apocaliptica escreveu:
Ateu Tímido escreveu:É fato que quanto mais dinheiro você tem, mais possibilidades terá de se livrar da justiça.
Há quanto tempo o Pimenta Neves matou a namorada? Foi condenado há pouco e ainda recorre em liberdade.
Qual a pena do coronel Ubiratan pelo massacre do Carandiru?
Quanto tempo, em média, ficam presos um rico e um pobre pelo mesmo crime?
Compare o tratamento recebido pelos assassinos do índio em Brasília e por Chapinha e Cia.

Miséria não justifica o crime. Mas a riqueza pode fazê-lo compensar por aqui...


Bandidos e traficantes advindos das classes mais baixas também têm dinheiro suficiente para se defender e conseguir aliciar muita gente, inclusive seus advogados, que dão um jeito de afrouxarem suas penas.

So...


- Só acrescentando, além disso, as penas são brandas no Brasil, um assassino pode ficar livre em apenas 5 anos (isso se pegar pena máxima).

Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
Ben Parker

Apocaliptica

Re: Re.: A falácia da empatia com criminosos ricos

Mensagem por Apocaliptica »

Abmael escreveu:
Apocaliptica escreveu:
Ateu Tímido escreveu:É fato que quanto mais dinheiro você tem, mais possibilidades terá de se livrar da justiça.
Há quanto tempo o Pimenta Neves matou a namorada? Foi condenado há pouco e ainda recorre em liberdade.
Qual a pena do coronel Ubiratan pelo massacre do Carandiru?
Quanto tempo, em média, ficam presos um rico e um pobre pelo mesmo crime?
Compare o tratamento recebido pelos assassinos do índio em Brasília e por Chapinha e Cia.

Miséria não justifica o crime. Mas a riqueza pode fazê-lo compensar por aqui...


Bandidos e traficantes advindos das classes mais baixas também têm dinheiro suficiente para se defender e conseguir aliciar muita gente, inclusive seus advogados, que dão um jeito de afrouxarem suas penas.

So...


- Só acrescentando, além disso, as penas são brandas no Brasil, um assassino pode ficar livre em apenas 5 anos (isso se pegar pena máxima).

Abraços,


Com certeza.

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Huxley
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Re: Re.: A falácia da empatia com criminosos ricos

Mensagem por Huxley »

o anátema escreveu:Para refrescar a memória, uma pérola da Mariane Felinto:



Morte da menina rica e o ódio de classe

A morte de uma menina rica, assassinada no município de Embu-Guaçu, Grande São Paulo, em novembro último, supostamente por uma quadrilha que inclui um adolescente de 16 anos, pobre e morador da periferia do Embu, deixou claro, mais uma vez (até a exaustão, vamos lá), que o Brasil tem dois tipos de cidadão: que o valor de cada coisa – de cada pessoa – é seu preço no mercado, como afirma Josep Ramoneda.

Está claro que o rabino H. Sobel, ao pedir a instituição da pena de morte no Brasil, só ousou fazê-lo porque a jovem morta, Liana Friedenbach, pertencia à comunidade judaica de São Paulo. A hipocrisia do rabino é flagrante: está claro que ele defende a pena de morte para brasileiros pobres. No seu delírio, o rabino deve ter achado que aqui é uma espécie de Israel – e que a esmagadora maioria dos brasileiros, da classe pobre, é uma espécie de Palestina a ser eliminada da face da terra! Ora, até que ponto se pode chegar?

Está claro que todo esse rebuliço em torno do assassinato da jovem de 16 anos e de seu namorado, Felipe Caffé, 19, não teria acontecido se a vítima tivesse sido apenas este último, filho da classe média baixa e sem nenhuma “comunidade” forte por trás. Somente por tabela o nome de Felipe foi lembrado em programas de televisão e na tal passeata “contra a violência”, que ocorreu em São Paulo em meados de novembro.

O negócio mesmo era Liana, cujo pai em desespero pôde mover até mesmo helicóptero para ir a seu encalço. E pôde, com apoio da tal comunidade, ter acesso a todo tipo de mídia, do mais rasteiro programa de televisão da apresentadora Hebe Camargo e seus ares de xaveco fascista a entrevistas de página inteira à nata da imprensa que serve à elite.

Por acaso a classe alta saiu às ruas para pedir a pena de morte para outra menina rica paulista, Suzane Richthofen, acusada de planejar o assassinato dos próprios pais, junto com o namorado, em 2002? Por acaso a classe alta pediu pena de morte para o também jovem paulista Jorge Bouchabki, acusado (e depois inocentado) em 1988 do assassinato dos pais, no famoso “crime da rua Cuba”?

O caso de Liana Friedenbach reúne todos os elementos da hipocrisia da elite paulista – esta de nomes estrangeirados, pronta para impor-se, para humilhar e esmagar sob seus pés os espantados “silvas”, “sousas”, “costas” e outros nomezinhos portugueses e “afro-escravos”. O pai da moça, o advogado Ari Friedenbach, empenha-se agora em conseguir mudanças no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Disse a um jornal de São Paulo que a fotografia de R.A.A.C., 16 anos, acusado de matar sua filha, deveria aparecer nos jornais. Disse também que é “radicalmente a favor” da redução da maioridade penal e que “nossos legisladores se fazem de surdos quando a população clama por isso”. Que população? A que “população” se refere o senhor Friedenbach? Eu mesma não me incluo nessa “população”! Aposto que os jovens da periferia, seus pais ou a mãe de R.A.A.C. também não se incluem. A “população” a que ele se refere é a própria comunidade dele (ou grande parte dela), a classe rica, concentradora de renda num dos países mais desiguais do mundo – o Brasil onde um rico ganha trinta vezes mais do que um pobre!

Uma pesquisa do IPEA publicada em 2001 mostra a ganância e a concentração de renda perpetradas escandalosamente pela elite brasileira: mostra a razão entre a renda dos 20 por cento mais ricos e a dos 20 por cento mais pobres, ou seja, quanto um rico ganha mais do que um pobre em diversos países do mundo. “Platão dizia que esse número tinha que ser 4, ninguém sabe de onde ele tirou o 4, mas ele dizia que o rico tinha que ganhar quatro vezes mais do que os pobres. Na Holanda, um rico ganha 5,5 vezes mais do que um pobre. No Brasil, ganha 25, 30 vezes mais! Nos Estados Unidos, é 10; no Uruguai, também é 10. Então, vê-se aqui o alto nível de desigualdade e a estabilidade dessa desigualdade.”

Agora vem esse rabino pedir pena de morte no Brasil para crimes hediondos. Nos Estados Unidos, que tem pena de morte, os crimes são cada vez mais “hediondos” – conceito, aliás, sem sentido. O que torna um crime mais “hediondo” que outro? Só se for a classe social da vítima: quando é rica e loirinha, então, o crime é mais hediondo do que se a vítima for um “Pernambuco” qualquer, também de 16 anos, morador do Jardim Ângela ou do Capão Redondo, periferia de São Paulo, morto por outro “Pernambuco” de 16 anos, também sem sobrenome. Todo dia morrem às pencas jovens assassinados por outros jovens nas favelas e aglomerados pobres das periferias das grandes cidades – nem por isso há movimentos pela pena de morte ou pela redução da maioridade penal.

A elite brasileira vive mesmo fora da realidade. Não tem idéia do ódio que a diferença de classe insufla todo dia nas gerações de jovens pobres que povoam o país de ponta a ponta, que vagam pelas matas ou pelo asfalto das ruas sem nenhuma perspectiva. Esse R.A.A.C. mal tinha freqüentado a escola. Ele supostamente disse à polícia que, ao caminhar pela mata com outro acusado do crime, “avistaram o casal (Liana e Felipe), cuja aparência física destoava das pessoas que normalmente freqüentam o local”.

O ódio de classe – quem já conviveu com jovens pobres de favelas e periferias conhece esse sentimento. Tudo destoa, humilhando-os, provocando neles desprezo e raiva: a aparência física, a roupa, a escola, a comida, o carro, o jeito, o hospital, o tratamento policial, o enterro. Ora, a polícia de São Paulo jamais iria se bandear daqui para Pernambuco atrás do outro acusado de matar o casal de namorados (em poucos dias encontraram dentro de um ônibus no sertão pernambucano Paulo César da Silva Marques, 32 anos, vulgo “Pernambuco”) se o jovem morto fosse um pernambucanozinho qualquer sem eira nem beira.

Está clara a hipocrisia. A imprensa não trata da violência que essa desigualdade social imposta diuturnamente aos jovens pobres significa. Não trata desse veneno que a elite brasileira truculenta injeta todo santo dia na veia dos meninos. Jovens como R.A.A.C. sabem que não valem nada no mercado. Eles sabem que não passam de “Pernambucos” condenados ao preconceito de classe, à exclusão total, à humilhação. Eles sabem que nada têm a perder – por isso matam. A vida, para eles, dentro ou fora de uma unidade da Febem ou de uma cadeia não faz muita diferença.

Da apresentadora de televisão que se julga no direito de matar R.A.A. C. (Hebe Camargo) ao pai de Liana que quer ver o rosto do rapaz estampado nos jornais da elite, passando pelas declarações oportunistas do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) e sua política de segurança fascista (que propõe “endurecer” o ECA), o alvo de todos eles é o mesmo do rabino da pena de morte: o extermínio puro e simples dos jovens pobres. Para que eles continuem, em última instância, a embolsar todo mês trinta vezes mais que qualquer pai maltrapilho e desempregado da favela.

Eles fazem ouvidos moucos para a mensagem que vem da miséria. O que a “violência” diz hoje no Brasil é que ou seremos todos cidadãos ou ninguém será, ou ninguém viverá a “segurança” almejada pelos ricos. Ou serão todos cidadãos ou ninguém será. As democracias evitam sistematicamente pensar a violência e se limitam a contrapor os bons sentimentos gerais em favor da não-violência, diz Josep Ramoneda. “Se aceitarmos como critério a autonomia do sujeito, o ideal kantiano da emancipação individual, o cidadão é a figura política que corresponde a essa idéia de plenitude da pessoa humana”, afirma o estudioso espanhol. Foi a própria elite brasileira que transformou R.A.A.C. em pessoa-animal. É preciso ser intransigente com essa elite brasileira surda e cega ao ódio de classe que ela insufla. É preciso ser intransigente na defesa dos direitos humanos de R.A.A.C. Direitos humanos, sim, para a pessoa que a elite voraz e devoradora quer transformar em animal a ser caçado a laço e exposto à execração pública e à morte pela justiça popular. Mal sabe ela que R.A.A.C. passava por isso todos os dias – pela execração pública. Mal sabe a elite que exclusão social, tal qual ocorre no Brasil, é igual, sempre foi igual, sinônimo mesmo de “execração pública” e de “pena de morte”.



Marilene Felinto é escritora e jornalista.
marilenefelinto@carosamigos.com.br

http://www.midiaindependente.org/es/red ... 1615.shtml



Uma excelente reportagem da Veja simplesmente trucida os relinchos dessa jornalista:

Adianta fingir que não vê?

O "país-avestruz" deplora a violência abstrata e esquece o criminoso real. A "luta contra a violência" é o samba-enredo do crime. Bandido adora. Isso socializa a culpa

Ronaldo França


Mais raro e melhor do que um país que faz boas leis é um país que é capaz de aplicar suas leis. No Brasil, essa lógica cristalina está invertida. Ainda sob o efeito do assassinato público e brutal do menino João Hélio, no Rio de Janeiro, iniciou-se um debate sobre a idade a partir da qual um indivíduo pode ser responsabilizado pelos crimes que comete, a chamada imputabilidade penal. Não que a discussão seja tola. O assunto mobiliza especialistas ao redor do mundo e há bons argumentos dos dois lados. Mas no que se refere à tarefa emergencial de conter a ousadia sem limites dos bandidos, neste momento, a questão é lateral. O Brasil tem uma legislação criminal que pode, sim, precisar de ajustes e aperfeiçoamentos. O vital, no entanto, é fazer com que funcionem as instituições responsáveis por aplicá-las.

A cada vez que o país se choca com uma nova tragédia, a primeira atitude é fazer o movimento de avestruz, como a da fotomontagem que se vê nesta página. O país opta por não encarar o problema e não consegue responder ao justo clamor da sociedade por mais segurança nas ruas. Fica esperando por milagres, combate miragens como a "violência", algo abstrato, intangível, que não se pode responsabilizar, colocar na cadeia... Enquanto se lutar contra a violência, não se chegará a lugar nenhum. A "luta contra a violência" é o samba-enredo do crime, com passarela e apoteose. O urgente a fazer é uma guerra contra os bandidos, contra seus asseclas e associados na polícia, na política, nas associações de favelados... onde quer que estejam.

O Brasil caiu na armadilha do pensamento mágico, em que tudo parece possível, desde que a abordagem seja política. Em termos práticos, o que isso significa? Significa paralisia. Como? Um exemplo. Se o suplício público do menino João Hélio, de 6 anos, fosse um caso único no Brasil, ele seria tratado como o que é, um crime bárbaro. Como crimes bárbaros ocorrem às centenas no Brasil – um dia queimam uma modelo dentro de um ônibus no Rio, outro dia incendeiam uma família inteira em São Paulo... –, o martírio medieval de João Hélio torna-se não um crime, mas um "problema social". Ora, problemas sociais só se resolvem com soluções sociais, políticas, doutrinárias... e paralisantes. Quando tudo de que se precisa neste momento no Brasil é que cada um assuma suas responsabilidades individuais. Quem mata é assassino. Quem mata criança com requintes bárbaros é um assassino cruel. É patifaria socializar a culpa porque isso vai acabar em uma abstração. Pode escolher o culpado. A "sociedade de consumo" (como se existisse outro tipo de sociedade viável para manter quase duas centenas de milhões de brasileiros)? O capitalismo? A violência intrínseca do ser humano? Os 40 milhões de brasileiros que não votaram no PT? Nenhuma nação do mundo chegou ao equilíbrio socializando a culpa individual do criminoso que puxa o gatilho, que enfia a faca, que corta a cabeça da vítima... Esse é o caminho mais rápido para a barbárie.

Temos leis. O que falta é aplicá-las. "O direito penal brasileiro é perfeitamente atualizado e em dia com as tendências do pensamento mais moderno", diz Célio Borja, ex-ministro da Justiça e do Supremo Tribunal Federal. O cabeça do bando, Carlos Eduardo Toledo Lima, já havia sido preso por roubo de carros. Estava gozando do benefício do regime semi-aberto, mas resolveu fugiu, como fizera antes, e ninguém se incomodou com isso. Sempre que voltou à prisão, foi por ter cometido outros crimes. Se a lei tivesse sido cumprida, João Hélio estaria vivo. Se a opinião pública deixar, os políticos vão correr a fazer leis, cada uma mais perfeita do que a outra, e os bandidos continuarão matando. Diz o ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior: "Não há solução a curto prazo, no que diz respeito à legislação. O que falta é polícia, inteligência e informação". Sérgio Cabral, governador do Rio de Janeiro, tem demonstrado um raro sangue-frio diante da crise e uma capacidade também pouco comum de diagnosticar os problemas que afligem seu estado de maneira mais aguda que ao resto do país: "Não adianta esperar que todas as soluções venham de Brasília. Elas não virão".

http://veja.abril.com.br/210207/p_048.shtml
“A boa sociedade é aquela em que o número de oportunidades de qualquer pessoa aleatoriamente escolhida tenha probabilidade de ser a maior possível”

Friedrich Hayek. “Direito, legislação e liberdade” (volume II, p.156, 1985, Editora Visão)

"Os homens práticos, que se julgam tão independentes em seu pensar, são todos na verdade escravos das idéias de algum economista morto."

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o anátema
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Re.: A falácia da empatia com criminosos ricos

Mensagem por o anátema »

Não poderia esperar outra coisa da Veja, panfleto direitista. Se fosse exatamente a mesma morte, mas de uma criança vendendo balas no farol, causada por um carro guiado por pitboys da elite, teríamos um texto não condenando a ação de criminosos, mas aprovando a ação dos "rapazes" de classe média, de boa família. Provavelmente argumentariam que livraram a sociedade de um potencial estuprador, e que agiram em legítima defesa.

Eles falam de responsabilidades individuais, mas o que querem na verdade é fugir da responsabilidade do indivíduo em ser um componente ativo produzindo uma sociedade justa, igual, que funcione em harmonia. Ao quererem jogar a culpa desses tristes incidentes apenas nos indivíduos que foram levados a isso, racionalizam a sua própria inocência, e a dos catalizadores, aos quais chamam de "vítimas", e hipocritamente condenam o darwinismo social que tanto pregam, quando este é posto em prática contra um dos seus.
Sem tempo nem paciência para isso.

Site com explicações para 99,9999% de todas as mentiras, desinformações e deturpações criacionistas:

www.talkorigins.org
Todos os tipos de criacionismos, Terra jovem, velha, de fundamentalistas cristãos, islâmicos e outros.

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o anátema
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Re: A falácia da empatia com criminosos ricos

Mensagem por o anátema »

SickBoy escreveu:
o anátema escreveu:O que é diferente de pensar coisas como:

"ah, foi com um pobre mesmo, que se dane"


"Mas o quê? Fizeram isso com uma pessoa tão rica? Como pode uma coisa dessas... meu Zeus..... ele tinha tanto dinheiro... agora não poderá gastar mais nem um centavo.... pobrezinho.... como estáo as coisas..."

"sabe da última? Minha prima foi estuprada e morta... cê precisava ver a Ferrari dos caras.... demais...."



na verdade acontece assim:

"morreu é? quem era? ihh.. da favela do queijo? tsc.. pode apostar que não era flor que se cheire, é menos um bandido no mundo. se matam entre eles"


Acho que preconceito similar aconteceria se por exemplo, algum aluno de academia de artes marciais fosse morto por lutadores de jiu-jitsu. Possivelmente colocariam como guerra de pit-boys.
Sem tempo nem paciência para isso.

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www.talkorigins.org
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o anátema
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Re: A falácia da empatia com criminosos ricos

Mensagem por o anátema »

SickBoy escreveu:
Apocaliptica escreveu:Isso é prova de que o capitalismo não tem culpa de nada.


Isso seria verdade se proporcionalmente pobres cometessem tantos crimes quanto os ricos cometem. inclusive crimes "bárbaros"


Alguém tem afinal dados sérios, obtidos metódicamente, comprovando uma tendência criminosa dos pobres, uma maior probabilidade de se meterem com crimes de modo geral, que seja bastante significativa?

O que vejo geralmente são coisas como:

André Araújo escreveu:"Em um milhão de jovens, 950 mil podem passar fome mas não irão matar para roubar. Mas 50 mil podem seguir esse caminho sem volta. Se houvesse mais empregos parte desses futuros assaltantes poderiam não ir para o crime. "

http://z001.ig.com.br/ig/04/39/946471/b ... t_18768150


Mas essa taxa de 50 mil assassinos para um milhão de pobres pode ser simplesmente inventada, e creio que seja o caso mesmo.

Eu não acho que as taxas devam ser exatamente iguais, mas muitas coisas teriam relação apenas incidental com a pobreza, que não seria necessariamente causa direta, "forçando" os pobres a serem assassinos com requintes de crueldade, estupradores, ou mesmo apenas ladrões.

Por exemplo, em áreas mais pobres há menos policiamento, geralmente. Só isso já deixa uns se sentindo mais livres para cometer delitos cuja própria moral individual não condene.

Aí tem um pequeno efeito "bola de neve", mas principalmente cultural, e apenas incidentalmente sócio-econômico. Vários desses cuja moral individual não condena os crimes que optaram por fazer - muitas vezes tendo tido inclusive pais e familiares que nunca recorreram ao crime - podem ser influentes e acabam formando grupos dos "fodões", diferentes dos "manés" que ficam ralando, sendo "peão" para não ter dinheiro para nada e ainda não conseguir "impor respeito".

Soma-se isso ao popular meme de que a culpa do crime é a sociedade injusta, e já se está dando de bandeja a racionalização que uns precisariam para cometer um crime qualquer.

Eu considero que se "a sociedade" de modo generalizado pode ter alguma culpa do crime e da violência, a maior culpa está em aceitar e propagar essa mesma idéia. Deve surtir algum grau de efeito Pigmaleão.

É uma explicação psicológica, mais individual, e logo mais condizente com os números que me parecem não comprovar um forte "determinismo sócio-econômico" da criminalidade. Tanto porque, mesmo em outras classes econômicas fenômenos similares devem acontecer, padrões parecidos de grupinhos de elementos mal intencionados, imorais, influenciando outras pessoas.

Como há muito mais pobres que ricos no Brasil, se ouve falar muito mais (ou nem tão mais assim) dos crimes cometidos por pobres do que pelos ricos. Crimes entre pobres acabam ficando mais banais, e para quem está meio distante disso tudo, é meio como a morte de um cara numa guerra do outro lado do mundo, algo que, por mais que nos importemos igualmente com seres humanos de modo geral, não nos afetamos tanto quanto a perda de uma pessoa mais próxima ou com algo ocorrido com alguém da vizinhança ou mesmo do país.
Sem tempo nem paciência para isso.

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Huxley
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Re: Re.: A falácia da empatia com criminosos ricos

Mensagem por Huxley »

o anátema escreveu:Não poderia esperar outra coisa da Veja, panfleto direitista. Se fosse exatamente a mesma morte, mas de uma criança vendendo balas no farol, causada por um carro guiado por pitboys da elite, teríamos um texto não condenando a ação de criminosos, mas aprovando a ação dos "rapazes" de classe média, de boa família. Provavelmente argumentariam que livraram a sociedade de um potencial estuprador, e que agiram em legítima defesa.

Eles falam de responsabilidades individuais, mas o que querem na verdade é fugir da responsabilidade do indivíduo em ser um componente ativo produzindo uma sociedade justa, igual, que funcione em harmonia. Ao quererem jogar a culpa desses tristes incidentes apenas nos indivíduos que foram levados a isso, racionalizam a sua própria inocência, e a dos catalizadores, aos quais chamam de "vítimas", e hipocritamente condenam o darwinismo social que tanto pregam, quando este é posto em prática contra um dos seus.


Cara, acho que este artigo da Veja foi dirigido a essa Marilene.Acho que ela fica muito famosa por causa das idiotices que diz.
“A boa sociedade é aquela em que o número de oportunidades de qualquer pessoa aleatoriamente escolhida tenha probabilidade de ser a maior possível”

Friedrich Hayek. “Direito, legislação e liberdade” (volume II, p.156, 1985, Editora Visão)

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Re: Re.: A falácia da empatia com criminosos ricos

Mensagem por betossantana »

o anátema escreveu:Gritam por pena de morte para ela, para o Pimenta Neves, para o Champinha, sem favoritismos de classe.


Onde isso?? Eu nunca vi isso!! Nunca vi ninguém dizer que deveria ser instituída a pena de morte no Brasil para casos COMO o da Suzanne e o do Pimenta Neves, já para casos como o do Champinha e dos arrastadores de João Hélio, sim.

Acho que a Felinto está bastante correta em dizer que quando as VÍTIMAS são de uma classe sócio-econômica privilegiada, a comoção pública é muito mais intensa, PRINCIPALMENTE se os autores do crime pertencem a classes sócio-econômicas DESprivilegiadas.

o anátema escreveu:Dentro dessa "vitimização" dos criminosos de classes mais baixas talvez até se enquadre a classificação de "massacre" com o caso da contenção da rebelião do Carandiru, mas não estou bem a par de todos os fatos. Os detentos - presos por terem cometido crimes - fazem uma rebelião, armados, jogam botijão de gás nos policiais, e queriam que mandassem sobrevoar um helicóptero que jogasse pétalas de rosas para conter a rebelião? Ou, como vi no Superpop, que entrassem em combate com armamento equiparável, em vez de superior, que é algo injusto? Pelamor dedeus.


Só pra ilustrar, Dráuzio Varella, em Estação Carandiru, conta que na invasão policiais alucinados colocavam as metralhadoras nas aberturas das portas e atiravam pra dentro das celas, pra onde os presos já tinham corrido. Eles já estavam praticamente RENDIDOS. Além disso, há também os presos que foram escolhidos para carregar os cadáveres dos mortos e também DESAPARECERAM.
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Re: Re.: A falácia da empatia com criminosos ricos

Mensagem por betossantana »

Usuário deletado escreveu:O capitalismo não é culpado pelos crimes violentos, ele é apenas um sistema criado para que o ser humano viva de forma mais dinâmica e saudável, o culpado pelos crimes de "cunho social" é o governante que pegou o sistema e o utilizou de forma inadequada.


Dizem a mesma coisa do comunismo, não é engraçado?
É um problema espiritual, chupe pau!

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Ateu Tímido
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Re.: A falácia da empatia com criminosos ricos

Mensagem por Ateu Tímido »

As pessoas e a maior parte da mídia encara com maior benevolência criminosos ditos "passionais" como Pimenta Neves. Já o caso de Suzane Richtoffen choca mais, talvez, por ela ter cometido "crime de pobre", se envolvendo com dois "marginaizinhos" que não estavam "à sua altura" e chegando ao ponto (realmente chocante) de matar os pais por razões financeiras.

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Re: Re.: A falácia da empatia com criminosos ricos

Mensagem por betossantana »

Led Zeppelin escreveu:Eu não quis dizer que todo pobre é vagabundo, mas que boa parte sim.


Imagine a VASTA MASSA de pessoas pobres que trabalham PARA pessoas ricas, quanta vagabundagem, heinnnn.
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Apocaliptica

Re: Re.: A falácia da empatia com criminosos ricos

Mensagem por Apocaliptica »

betossantana escreveu:
Led Zeppelin escreveu:Eu não quis dizer que todo pobre é vagabundo, mas que boa parte sim.


Imagine a VASTA MASSA de pessoas pobres que trabalham PARA pessoas ricas, quanta vagabundagem, heinnnn.


Hum...não vem ao caso para quem trabalham. O mínimo que se espera de um trabalhador (seja pobre ou remediado ou bem remunerado) é que ele cumpra suas funções e seja pago dignamente. O que não quer dizer que todos eles
trabalhem como deviam, ou que sejam eficientes. Muita gente vagabundeia mesmo "trabalhando", quando não rouba, mente ou vive de licenças variadas.

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SickBoy
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Re: A falácia da empatia com criminosos ricos

Mensagem por SickBoy »

o anátema escreveu:
SickBoy escreveu:
Apocaliptica escreveu:Isso é prova de que o capitalismo não tem culpa de nada.


Isso seria verdade se proporcionalmente pobres cometessem tantos crimes quanto os ricos cometem. inclusive crimes "bárbaros"


Alguém tem afinal dados sérios, obtidos metódicamente, comprovando uma tendência criminosa dos pobres, uma maior probabilidade de se meterem com crimes de modo geral, que seja bastante significativa?

O que vejo geralmente são coisas como:

André Araújo escreveu:"Em um milhão de jovens, 950 mil podem passar fome mas não irão matar para roubar. Mas 50 mil podem seguir esse caminho sem volta. Se houvesse mais empregos parte desses futuros assaltantes poderiam não ir para o crime. "

http://z001.ig.com.br/ig/04/39/946471/b ... t_18768150


Mas essa taxa de 50 mil assassinos para um milhão de pobres pode ser simplesmente inventada, e creio que seja o caso mesmo.


Sim, creio que seja inventada. quando li esse mesmo texto me ocorreu que se houvessem dados concretos a respeito dessa proporção, seriam esclarecedores. infelizmente não os tenho, mas sei de um outro número estatístico que seria relevante a discussão. a das condições socio-econômicas dos detentos, escolaridade, se é de origem pobre, renda per capita atual. Se sua maneira de pensar for correta, por melhores advogados que os ricos possam ter, deve haver no mínimo uma proporcionalidade entre os que estão lá dentro e as classes sociais vistas aqui fora. vou pesquisar

Uma outra maneira de se verificar a relação entre pobreza e violência seria comparando os índices de violência em países onde ocorreu empobrecimento da população, devido a uma recessão econômica, por exemplo. pesquisando um pouco, já achei um caso onde fica evidente a correlação. argentina

http://revistaepoca.globo.com/Revista/E ... 21,00.html

Violência na Argentina
Argentinos estão assustados com aumento da violência
Janaína Figueiredo, correspondente do jornal O Globo

O medo tomou conta de Buenos Aires. No rastro da crise econômica que assola o país, o aumento da violência nas últimas semanas tem deixado os moradores da capital argentina, e sobretudo das cidades do cinturão industrial da província de Buenos Aires, em estado de paranóia e pânico. Nos primeiros seis meses deste ano foram registrados 34 mil assaltos na província de Buenos Aires. Na capital, ocorrem, em média, 550 delitos por dia.

A onda de seqüestros-relâmpago, desencadeada após o confisco dos depósitos bancários (atualmente a população guarda US$ 28 bilhões em casa), está mudando o estilo de vida dos argentinos, e obrigando o governo a adotar medidas de emergência. O presidente Eduardo Duhalde está estudando a possibilidade de convocar as Forças Armadas para que se encarreguem da vigilância nas fronteiras, e assim poder deslocar parte dos agentes da Polícia Federal e da Gerdarmeria (corpo especial das forças de segurança) para regiões de maior conflito, como a província de Buenos Aires.

Todos os dias são noticiados casos de seqüestro na TV. De empresários a filhos de comerciantes, a lista de vítimas é cada vez maior. Na última segunda-feira, foi encontrado o corpo de um jovem de 17 anos, Diego Peralta, após 38 dias de busca. No mesmo dia, a mulher de um empresário era libertada, na província de San Juan, depois de quatro dias de cativeiro.


percebe os tipos de crimes? os mesmos que afligem a nossa sociedade.

Por exemplo, em áreas mais pobres há menos policiamento, geralmente. Só isso já deixa uns se sentindo mais livres para cometer delitos cuja própria moral individual não condene.


concordo.

Aí tem um pequeno efeito "bola de neve", mas principalmente cultural, e apenas incidentalmente sócio-econômico. Vários desses cuja moral individual não condena os crimes que optaram por fazer - muitas vezes tendo tido inclusive pais e familiares que nunca recorreram ao crime - podem ser influentes e acabam formando grupos dos "fodões", diferentes dos "manés" que ficam ralando, sendo "peão" para não ter dinheiro para nada e ainda não conseguir "impor respeito".


Sim, o crime da status. mas percebe que se os peões talvez não ganhassem tão pouco eles teriam um pouco mais de resistência a se aliar ao crime?

Soma-se isso ao popular meme de que a culpa do crime é a sociedade injusta, e já se está dando de bandeja a racionalização que uns precisariam para cometer um crime qualquer.


Não se está dando argumentação para que bandidos cometam crimes. ninguém sobe o morro e diz que aqueles pobrezinhos são injustiçados e tem como única saída pegar em armas para lutar pelos seus "direitos", ou aprova e incentiva quando champinhas da vida esquartejam pessoas a sangue frio. Aliás, se a simples aprovação ou desaprovação fossem influenciar a criminalidade, então a quantidade de manifestações pedindo paz no rio já teria tornado a cidade a mais segura do Brasil. São eles mesmos os pobres, através da suas vivências, que chegam a essa conclusão pela própria situação em que se encontram. miséria, descaso, injustiça, falta de estrutura familiar. Ainda mais quando no bairro do lado há "preibois" com condições infinitamente melhores que as deles.


reconhecer isso nada tem a ver com pedir impunidade, ou vontade de "levar pra casa", como dizem aqui. Apenas se entende que soluções como a diminuição da maioridade penal ou mesmo a pena de morte pouco influenciariam na diminuição da criminalidade. aliás, sobre a diminuição da maioridade, nem me oponho tanto a ela. só não vejo resultados práticos mesmo. "inclusão social", por mais bobinha e politicamente correta que possa parecer, ainda acho que seria a única medida eficaz para combater a violência. ou isso, ou napalm na favela.



Eu considero que se "a sociedade" de modo generalizado pode ter alguma culpa do crime e da violência, a maior culpa está em aceitar e propagar essa mesma idéia. Deve surtir algum grau de efeito Pigmaleão.



eu considero que esquecer que somos o segundo país em desigualdade social no mundo, e não perceber os malefícios que
isso trás, é muito mais prejudicial. sobretudo em pessoas bem instruídas

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SickBoy
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Re: Re.: A falácia da empatia com criminosos ricos

Mensagem por SickBoy »

Apocaliptica escreveu:
betossantana escreveu:
Led Zeppelin escreveu:Eu não quis dizer que todo pobre é vagabundo, mas que boa parte sim.


Imagine a VASTA MASSA de pessoas pobres que trabalham PARA pessoas ricas, quanta vagabundagem, heinnnn.


Hum...não vem ao caso para quem trabalham. O mínimo que se espera de um trabalhador (seja pobre ou remediado ou bem remunerado) é que ele cumpra suas funções e seja pago dignamente. O que não quer dizer que todos eles
trabalhem como deviam, ou que sejam eficientes. Muita gente vagabundeia mesmo "trabalhando", quando não rouba, mente ou vive de licenças variadas.


ainda assim eu acho uma generalização sem base, acredito que os maus exemplos, os que pouco trabalham, que fazem corpo-mole, são em número menor do que se imagina. mas os maus trabalhadores são sempre os mais lembrados. como no caso dos policiais corruptos. a diferença dos dois grupos é que quem age de forma adequada trabalhando e se esforçando se destaca, já no caso dos policiais quem não dança conforme a música, "dança" de uma outra maneira.

mas uma coisa é verdade, alguns pobres tem pouquissima ambição.

Apocaliptica

Re: Re.: A falácia da empatia com criminosos ricos

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Imagine a VASTA MASSA de pessoas pobres que trabalham PARA pessoas ricas, quanta vagabundagem, heinnnn.


Hum...não vem ao caso para quem trabalham. O mínimo que se espera de um trabalhador (seja pobre ou remediado ou bem remunerado) é que ele cumpra suas funções e seja pago dignamente. O que não quer dizer que todos eles
trabalhem como deviam, ou que sejam eficientes. Muita gente vagabundeia mesmo "trabalhando", quando não rouba, mente ou vive de licenças variadas.


ainda assim eu acho uma generalização sem base, acredito que os maus exemplos, os que pouco trabalham, que fazem corpo-mole, são em número menor do que se imagina. mas os maus trabalhadores são sempre os mais lembrados. como no caso dos policiais corruptos. a diferença dos dois grupos é que quem age de forma adequada trabalhando e se esforçando se destaca, já no caso dos policiais quem não dança conforme a música, "dança" de uma outra maneira.

mas uma coisa é verdade, alguns pobres tem pouquissima ambição.


O nome diz...é uma generalização e tem base, é real. Nossa cultura do corpo mole pela falta de ambição confirma isso.
Evidente que estamos falando dos maus trabalhadores, os demais não estão em discussão. Fazem o que devem ser feito.

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SickBoy
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Re: Re.: A falácia da empatia com criminosos ricos

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Imagine a VASTA MASSA de pessoas pobres que trabalham PARA pessoas ricas, quanta vagabundagem, heinnnn.


Hum...não vem ao caso para quem trabalham. O mínimo que se espera de um trabalhador (seja pobre ou remediado ou bem remunerado) é que ele cumpra suas funções e seja pago dignamente. O que não quer dizer que todos eles
trabalhem como deviam, ou que sejam eficientes. Muita gente vagabundeia mesmo "trabalhando", quando não rouba, mente ou vive de licenças variadas.


ainda assim eu acho uma generalização sem base, acredito que os maus exemplos, os que pouco trabalham, que fazem corpo-mole, são em número menor do que se imagina. mas os maus trabalhadores são sempre os mais lembrados. como no caso dos policiais corruptos. a diferença dos dois grupos é que quem age de forma adequada trabalhando e se esforçando se destaca, já no caso dos policiais quem não dança conforme a música, "dança" de uma outra maneira.

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O nome diz...é uma generalização e tem base, é real. Nossa cultura do corpo mole pela falta de ambição confirma isso.
Evidente que estamos falando dos maus trabalhadores, os demais não estão em discussão. Fazem o que devem ser feito.


se é da nossa cultura ser corpo-mole, também se aplica aos ricos. logo não é adequado considerar apenas pobres vagabundos.

Apocaliptica

Re: Re.: A falácia da empatia com criminosos ricos

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Hum...não vem ao caso para quem trabalham. O mínimo que se espera de um trabalhador (seja pobre ou remediado ou bem remunerado) é que ele cumpra suas funções e seja pago dignamente. O que não quer dizer que todos eles
trabalhem como deviam, ou que sejam eficientes. Muita gente vagabundeia mesmo "trabalhando", quando não rouba, mente ou vive de licenças variadas.


ainda assim eu acho uma generalização sem base, acredito que os maus exemplos, os que pouco trabalham, que fazem corpo-mole, são em número menor do que se imagina. mas os maus trabalhadores são sempre os mais lembrados. como no caso dos policiais corruptos. a diferença dos dois grupos é que quem age de forma adequada trabalhando e se esforçando se destaca, já no caso dos policiais quem não dança conforme a música, "dança" de uma outra maneira.

mas uma coisa é verdade, alguns pobres tem pouquissima ambição.


O nome diz...é uma generalização e tem base, é real. Nossa cultura do corpo mole pela falta de ambição confirma isso.
Evidente que estamos falando dos maus trabalhadores, os demais não estão em discussão. Fazem o que devem ser feito.


se é da nossa cultura ser corpo-mole, também se aplica aos ricos. logo não é adequado considerar apenas pobres vagabundos.


Ricos é muito vago. Pobres sempre precisa trabalhar, ou roubar ou enfim...
Ricos é trabalhador bem remunerado? Se for ( salvo filhinhos de papai em empresas familiares ) , esses devem ter estudado muito e se esforçado para chegar onde chegaram. Portanto não são vagabundos. E como nesse país gente bem remunerada é coisa rara, não corresponde à cultura da qual estou falando.

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SickBoy
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Re: Re.: A falácia da empatia com criminosos ricos

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Hum...não vem ao caso para quem trabalham. O mínimo que se espera de um trabalhador (seja pobre ou remediado ou bem remunerado) é que ele cumpra suas funções e seja pago dignamente. O que não quer dizer que todos eles
trabalhem como deviam, ou que sejam eficientes. Muita gente vagabundeia mesmo "trabalhando", quando não rouba, mente ou vive de licenças variadas.


ainda assim eu acho uma generalização sem base, acredito que os maus exemplos, os que pouco trabalham, que fazem corpo-mole, são em número menor do que se imagina. mas os maus trabalhadores são sempre os mais lembrados. como no caso dos policiais corruptos. a diferença dos dois grupos é que quem age de forma adequada trabalhando e se esforçando se destaca, já no caso dos policiais quem não dança conforme a música, "dança" de uma outra maneira.

mas uma coisa é verdade, alguns pobres tem pouquissima ambição.


O nome diz...é uma generalização e tem base, é real. Nossa cultura do corpo mole pela falta de ambição confirma isso.
Evidente que estamos falando dos maus trabalhadores, os demais não estão em discussão. Fazem o que devem ser feito.


se é da nossa cultura ser corpo-mole, também se aplica aos ricos. logo não é adequado considerar apenas pobres vagabundos.


Ricos é muito vago. Pobres sempre precisa trabalhar, ou roubar ou enfim...
Ricos é trabalhador bem remunerado? Se for ( salvo filhinhos de papai em empresas familiares ) , esses devem ter estudado muito e se esforçado para chegar onde chegaram. Portanto não são vagabundos. E como nesse país gente bem remunerada é coisa rara, não corresponde à cultura da qual estou falando.


é, faz sentido.

mas olhando bem, os demais que não estão em discussão (bons trabalhadores) pagam o pato e não são exceptuados da crítica quando se fala que o brasileiro é mau trabalhador. e quantificar isso é meio (ou bem) difícil. ainda acho que poucos fazem a fama de muitos.


e essa conversa vai longe :emoticon12:

Apocaliptica

Re: Re.: A falácia da empatia com criminosos ricos

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ainda assim eu acho uma generalização sem base, acredito que os maus exemplos, os que pouco trabalham, que fazem corpo-mole, são em número menor do que se imagina. mas os maus trabalhadores são sempre os mais lembrados. como no caso dos policiais corruptos. a diferença dos dois grupos é que quem age de forma adequada trabalhando e se esforçando se destaca, já no caso dos policiais quem não dança conforme a música, "dança" de uma outra maneira.

mas uma coisa é verdade, alguns pobres tem pouquissima ambição.


O nome diz...é uma generalização e tem base, é real. Nossa cultura do corpo mole pela falta de ambição confirma isso.
Evidente que estamos falando dos maus trabalhadores, os demais não estão em discussão. Fazem o que devem ser feito.


se é da nossa cultura ser corpo-mole, também se aplica aos ricos. logo não é adequado considerar apenas pobres vagabundos.


Ricos é muito vago. Pobres sempre precisa trabalhar, ou roubar ou enfim...
Ricos é trabalhador bem remunerado? Se for ( salvo filhinhos de papai em empresas familiares ) , esses devem ter estudado muito e se esforçado para chegar onde chegaram. Portanto não são vagabundos. E como nesse país gente bem remunerada é coisa rara, não corresponde à cultura da qual estou falando.


é, faz sentido.

mas olhando bem, os demais que não estão em discussão (bons trabalhadores) pagam o pato e não são exceptuados da crítica quando se fala que o brasileiro é mau trabalhador. e quantificar isso é meio (ou bem) difícil. ainda acho que poucos fazem a fama de muitos.


e essa conversa vai longe :emoticon12:


Poderia ir sim! Ainda mais em pleno carnaval. :emoticon12:

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SickBoy
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Re: Re.: A falácia da empatia com criminosos ricos

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trabalhem como deviam, ou que sejam eficientes. Muita gente vagabundeia mesmo "trabalhando", quando não rouba, mente ou vive de licenças variadas.


ainda assim eu acho uma generalização sem base, acredito que os maus exemplos, os que pouco trabalham, que fazem corpo-mole, são em número menor do que se imagina. mas os maus trabalhadores são sempre os mais lembrados. como no caso dos policiais corruptos. a diferença dos dois grupos é que quem age de forma adequada trabalhando e se esforçando se destaca, já no caso dos policiais quem não dança conforme a música, "dança" de uma outra maneira.

mas uma coisa é verdade, alguns pobres tem pouquissima ambição.


O nome diz...é uma generalização e tem base, é real. Nossa cultura do corpo mole pela falta de ambição confirma isso.
Evidente que estamos falando dos maus trabalhadores, os demais não estão em discussão. Fazem o que devem ser feito.


se é da nossa cultura ser corpo-mole, também se aplica aos ricos. logo não é adequado considerar apenas pobres vagabundos.


Ricos é muito vago. Pobres sempre precisa trabalhar, ou roubar ou enfim...
Ricos é trabalhador bem remunerado? Se for ( salvo filhinhos de papai em empresas familiares ) , esses devem ter estudado muito e se esforçado para chegar onde chegaram. Portanto não são vagabundos. E como nesse país gente bem remunerada é coisa rara, não corresponde à cultura da qual estou falando.


é, faz sentido.

mas olhando bem, os demais que não estão em discussão (bons trabalhadores) pagam o pato e não são exceptuados da crítica quando se fala que o brasileiro é mau trabalhador. e quantificar isso é meio (ou bem) difícil. ainda acho que poucos fazem a fama de muitos.


e essa conversa vai longe :emoticon12:


Poderia ir sim! Ainda mais em pleno carnaval. :emoticon12:



verdade, nessa época do anoé sempre mais fácil de as pessoas se entenderem :emoticon19: :emoticon12: :emoticon12:

Apocaliptica

Re: Re.: A falácia da empatia com criminosos ricos

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Hum...não vem ao caso para quem trabalham. O mínimo que se espera de um trabalhador (seja pobre ou remediado ou bem remunerado) é que ele cumpra suas funções e seja pago dignamente. O que não quer dizer que todos eles
trabalhem como deviam, ou que sejam eficientes. Muita gente vagabundeia mesmo "trabalhando", quando não rouba, mente ou vive de licenças variadas.


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O nome diz...é uma generalização e tem base, é real. Nossa cultura do corpo mole pela falta de ambição confirma isso.
Evidente que estamos falando dos maus trabalhadores, os demais não estão em discussão. Fazem o que devem ser feito.


se é da nossa cultura ser corpo-mole, também se aplica aos ricos. logo não é adequado considerar apenas pobres vagabundos.


Ricos é muito vago. Pobres sempre precisa trabalhar, ou roubar ou enfim...
Ricos é trabalhador bem remunerado? Se for ( salvo filhinhos de papai em empresas familiares ) , esses devem ter estudado muito e se esforçado para chegar onde chegaram. Portanto não são vagabundos. E como nesse país gente bem remunerada é coisa rara, não corresponde à cultura da qual estou falando.


é, faz sentido.

mas olhando bem, os demais que não estão em discussão (bons trabalhadores) pagam o pato e não são exceptuados da crítica quando se fala que o brasileiro é mau trabalhador. e quantificar isso é meio (ou bem) difícil. ainda acho que poucos fazem a fama de muitos.


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Poderia ir sim! Ainda mais em pleno carnaval. :emoticon12:



verdade, nessa época do anoé sempre mais fácil de as pessoas se entenderem :emoticon19: :emoticon12: :emoticon12:


Mesmo para quem não bebe. :emoticon12:

Falando nisso, a falácia da bebedeira costuma funcionar para ricos e pobres indistintamente. :emoticon16:

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SickBoy
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Re: Re.: A falácia da empatia com criminosos ricos

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trabalhem como deviam, ou que sejam eficientes. Muita gente vagabundeia mesmo "trabalhando", quando não rouba, mente ou vive de licenças variadas.


ainda assim eu acho uma generalização sem base, acredito que os maus exemplos, os que pouco trabalham, que fazem corpo-mole, são em número menor do que se imagina. mas os maus trabalhadores são sempre os mais lembrados. como no caso dos policiais corruptos. a diferença dos dois grupos é que quem age de forma adequada trabalhando e se esforçando se destaca, já no caso dos policiais quem não dança conforme a música, "dança" de uma outra maneira.

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O nome diz...é uma generalização e tem base, é real. Nossa cultura do corpo mole pela falta de ambição confirma isso.
Evidente que estamos falando dos maus trabalhadores, os demais não estão em discussão. Fazem o que devem ser feito.


se é da nossa cultura ser corpo-mole, também se aplica aos ricos. logo não é adequado considerar apenas pobres vagabundos.


Ricos é muito vago. Pobres sempre precisa trabalhar, ou roubar ou enfim...
Ricos é trabalhador bem remunerado? Se for ( salvo filhinhos de papai em empresas familiares ) , esses devem ter estudado muito e se esforçado para chegar onde chegaram. Portanto não são vagabundos. E como nesse país gente bem remunerada é coisa rara, não corresponde à cultura da qual estou falando.


é, faz sentido.

mas olhando bem, os demais que não estão em discussão (bons trabalhadores) pagam o pato e não são exceptuados da crítica quando se fala que o brasileiro é mau trabalhador. e quantificar isso é meio (ou bem) difícil. ainda acho que poucos fazem a fama de muitos.


e essa conversa vai longe :emoticon12:


Poderia ir sim! Ainda mais em pleno carnaval. :emoticon12:



verdade, nessa época do anoé sempre mais fácil de as pessoas se entenderem :emoticon19: :emoticon12: :emoticon12:


Mesmo para quem não bebe. :emoticon12:

Falando nisso, a falácia da bebedeira costuma funcionar para ricos e pobres indistintamente. :emoticon16:


Exato

e na hora da folia ninguém da muito atenção a classe social. o clima libidinoso é que manda :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:



Bom, deixa eu dormir. bjos, boa noite :emoticon19:

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o anátema
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Re: Re.: A falácia da empatia com criminosos ricos

Mensagem por o anátema »

betossantana escreveu:
o anátema escreveu:Gritam por pena de morte para ela, para o Pimenta Neves, para o Champinha, sem favoritismos de classe.


Onde isso?? Eu nunca vi isso!! Nunca vi ninguém dizer que deveria ser instituída a pena de morte no Brasil para casos COMO o da Suzanne e o do Pimenta Neves, já para casos como o do Champinha e dos arrastadores de João Hélio, sim.

Dê uma procurada no google. Do Pimenta Neves, encontrei uma notícia dizendo que enquanto era levado para lá e para cá, mesmo sob escolta policial, haviam quase duzentas pessoas enfurecidas gritando "pena de morte!", "assassino!", até quebrando o vidro do carro em que estava, apesar da polícia.

Da Suzene Richtofen você acha logo num dos primeiros resultados uma coisa do "yahoo perguntas", que é algo como "qual pena de morte Suzane merece?", em que discorrem se ela deveria ser eletrocutada, esfolada, estuprada por centenas de presidiários e depois morta, etc, etc. Havendo também aqueles papos de que "a pena de morte é sempre errada, nos igualamos aos assassinos, blablabla", mas isso tem em TODO caso.

Acho que a Felinto está bastante correta em dizer que quando as VÍTIMAS são de uma classe sócio-econômica privilegiada, a comoção pública é muito mais intensa, PRINCIPALMENTE se os autores do crime pertencem a classes sócio-econômicas DESprivilegiadas.

Eu acho que se confunde muito a cobertura da mídia com opinião pública. Ainda que essa tenha algum efeito sobre a outra, não são a mesma coisa.

Acredito que a mídia se parece mais com opinião pública real em programas como o do RAtinho, ainda que ele seja um só e não represente todo mundo. Ele não é de ficar sendo politicamente correto, e lembro uma vez de ter falado qualquer coisa sobre como a mídia de modo geral ameniza os crimes de colarinho branco usando termos como "desfalque" em vez de roubo, aí ele se enfeza de vez e começa a gritar que são todos ladrões mesmo, etc, etc. E ainda que o palavreado possa ser diferente em diversas classes, não acho que parte significativa das pessoas realmente tenha considerações sócio-econômicas no julgamento da gravidade dos crimes.

Mas como eu disse, não é inesperado que hajam alguns graus de diferença, mais ou menos como, apesar de serem terríveis as provavelmente dezenas de guerras que estão ocorrendo na África ou em alguns outros cantos quaisquer do mundo, terem um monte de vítimas humanas, a cobertura é parca e bem superficial. Não se faz nem de longe o mesmo sensacionalismo que há com a situação da criminalidade no Rio e em SP. E de fato, choca menos mesmo, ao menos para mim é assim, e imagino que eu seja mais ou menos normal, e não um psicopata. Eu não acho que isso significa que todos no fundo temos um "ódio nacionalista", análogo ao hipotético "ódio de classe" defendido pela Marilene Felinto.


o anátema escreveu:Dentro dessa "vitimização" dos criminosos de classes mais baixas talvez até se enquadre a classificação de "massacre" com o caso da contenção da rebelião do Carandiru, mas não estou bem a par de todos os fatos. Os detentos - presos por terem cometido crimes - fazem uma rebelião, armados, jogam botijão de gás nos policiais, e queriam que mandassem sobrevoar um helicóptero que jogasse pétalas de rosas para conter a rebelião? Ou, como vi no Superpop, que entrassem em combate com armamento equiparável, em vez de superior, que é algo injusto? Pelamor dedeus.


Só pra ilustrar, Dráuzio Varella, em Estação Carandiru, conta que na invasão policiais alucinados colocavam as metralhadoras nas aberturas das portas e atiravam pra dentro das celas, pra onde os presos já tinham corrido. Eles já estavam praticamente RENDIDOS. Além disso, há também os presos que foram escolhidos para carregar os cadáveres dos mortos e também DESAPARECERAM.

Bem, eu ouvi dizer que o livro foi escrito apenas com base nos depoimentos dos criminosos. Não me surpreenderia se eles puxassem a sardinha para o lado deles... tal como o "apelo" que passou na globo depois do seqüestro dos funcionários, dizendo como é cruel o RDD.

Se bobear talvez tenha até (não necessariamente no livro) alguma conspiraçãozinha para dizer que a rebelião foi planejada pela polícia que tinha agentes internos, só como pretexto para o massacre sádico dessa instituição de psicopatas. Assim os criminosos em si se isentam de toda culpa... ou talvez a sociedade que tenha incitado a rebelião, pode ser também.

Se essas coisas são reais.... estamos ferrados mesmo.... com uma instituição que todos dizem tão freqüentemente ser praticametne totalmente podre, corrupta, com milhares de homens armados, e como se isso não bastasse, são psicopatas também. E o engraçado é que apesar dessa situação supostamente tão grave, nunca ouço cogitarem o que deveria ser feito.... imagino que tinham que solicitar um tipo de "golpe" do exército para prender toda polícia, até que se instaure uma outra, sem corrupção e sem psicopatas que matam prisioneiros indefesos por prazer. Já postei um tópico sobre isso nesse fórum?
Sem tempo nem paciência para isso.

Site com explicações para 99,9999% de todas as mentiras, desinformações e deturpações criacionistas:

www.talkorigins.org
Todos os tipos de criacionismos, Terra jovem, velha, de fundamentalistas cristãos, islâmicos e outros.

Série de textos sugerida: 29+ evicences for macroevolution

Índice com praticamente todas as asneiras que os criacionistas sempre repetem e breves correções

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o anátema
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Re: Re.: A falácia da empatia com criminosos ricos

Mensagem por o anátema »

Ateu Tímido escreveu:As pessoas e a maior parte da mídia encara com maior benevolência criminosos ditos "passionais" como Pimenta Neves. Já o caso de Suzane Richtoffen choca mais, talvez, por ela ter cometido "crime de pobre", se envolvendo com dois "marginaizinhos" que não estavam "à sua altura" e chegando ao ponto (realmente chocante) de matar os pais por razões financeiras.


Ou talvez só se choquem com o crime da Richtofen porque os pais eram mais ricos que ela mesma...

o mesmo talvez com o Pimenta Neves (já que ele quase foi linchado em meio a gritos por pena de morte, apesar da proteção policial), não sei..


Por outro lado, se você especificou que é o tratamento da mídia, discordo menos. Não acho inesperado que tenham maior cautela com aqueles que possam lhes meter um belo dum processo por difamação nas fuças. Já pobre não tem o mesmo recurso, então eles não tem tanto pudor em usar termos piores.
Sem tempo nem paciência para isso.

Site com explicações para 99,9999% de todas as mentiras, desinformações e deturpações criacionistas:

www.talkorigins.org
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Samael
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Re: Re.: A falácia da empatia com criminosos ricos

Mensagem por Samael »

betossantana escreveu:
Usuário deletado escreveu:O capitalismo não é culpado pelos crimes violentos, ele é apenas um sistema criado para que o ser humano viva de forma mais dinâmica e saudável, o culpado pelos crimes de "cunho social" é o governante que pegou o sistema e o utilizou de forma inadequada.


Dizem a mesma coisa do comunismo, não é engraçado?


Tem gente que atribui toda a culpa à estrutura. Tem gente que atribui toda a culpa aos indivíduos.

Será tão difícil perceber que são fatores interligados?

Trancado