Sobre o Big-bang...

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Alexandre
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Mensagem por Alexandre »

A questão é: De onde veio tudo?
É difícil aceitar que uma teoria como a do big-bang, tão defasada, ainda seja aceita pela ciência nos dias atuais.
Se não sabemos o que havia antes da explosão, então assumimos que não podemos explicar o universo racionalmente, e acabamos caindo no reducionismo teísta de que o universo foi "criado", em vez de surgido.
"Desisti de ser feliz. Agora me sinto muito menos infeliz."
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"Um rio que tudo arrasta se diz violento, mas não se dizem violentas as margens que o oprimem."
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André
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Mensagem por André »

Alexandre escreveu:A questão é: De onde veio tudo?
É difícil aceitar que uma teoria como a do big-bang, tão defasada, ainda seja aceita pela ciência nos dias atuais.
Se não sabemos o que havia antes da explosão, então assumimos que não podemos explicar o universo racionalmente, e acabamos caindo no reducionismo teísta de que o universo foi "criado", em vez de surgido.


Vc leu a minha hipotese?Que claro não fui o primeiro a pensar algo assim, mas enfim aqui coloquei.

Ela tira completamente da equação criação.E responde que não houve inicio, nem haverá final.Pensar que houve inicio e haverá final é apenas reflexo da maneira linear que temos de pensar, ou fomos fortemente influenciados pois essa maneira é util.

Se vc parar para pensar a energia e a materia que te formam sempre existiram e sempre vão existir, apenas vão mudar de organização.

Pq achamos que em um suposto "inicio" as leis da fisica deram uma pausa e deram espaço para criação de materia e energia a partir do nada absoluto é que me parece mais ilogico.Me parece mais logico entender que na natureza algo do que podemos chama de mundo das coisas, ou que tem presença detectavel sempre existiu, e sempre vai existir, mas vai constantemente mudar de forma.

Logo a pergunta está formulada esperando uma resposta que não pode vir.Pq se não houve inicio a pergunta o que veio antes sempre vai ser respondida que existia algo, e com tempo esse algo foi mudando.E vai continuar mudando para todo sempre.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

M.I.G
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Mensagem por M.I.G »

Alexandre escreveu:A questão é: De onde veio tudo?
É difícil aceitar que uma teoria como a do big-bang, tão defasada, ainda seja aceita pela ciência nos dias atuais.
Se não sabemos o que havia antes da explosão, então assumimos que não podemos explicar o universo racionalmente, e acabamos caindo no reducionismo teísta de que o universo foi "criado", em vez de surgido.


A teoria do Big Bang de hoje não é a de outrora. Inclui a Inflação que explica o que a original não conseguiu (a uniformidade, por exemplo, ou a temperatura do universo).

E se o universo surgiu num peido quantico, não vejo porque razão um peido não pode ser chamado de criador. Isso seria racismo...

E não falem em antes do Big Bang. Tal coisa nem pode existir...

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Will
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Mensagem por Will »

Alexandre escreveu:A questão é: De onde veio tudo?
É difícil aceitar que uma teoria como a do big-bang, tão defasada, ainda seja aceita pela ciência nos dias atuais.
Se não sabemos o que havia antes da explosão, então assumimos que não podemos explicar o universo racionalmente, e acabamos caindo no reducionismo teísta de que o universo foi "criado", em vez de surgido.


O grande problema da BB (não confundam com BBB), é que ela explica tudo... Mas só até o exato momento após a expansão.
[center]Imagem[/center]

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André
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Mensagem por André »

M.I.G escreveu:
Alexandre escreveu:A questão é: De onde veio tudo?
É difícil aceitar que uma teoria como a do big-bang, tão defasada, ainda seja aceita pela ciência nos dias atuais.
Se não sabemos o que havia antes da explosão, então assumimos que não podemos explicar o universo racionalmente, e acabamos caindo no reducionismo teísta de que o universo foi "criado", em vez de surgido.


A teoria do Big Bang de hoje não é a de outrora. Inclui a Inflação que explica o que a original não conseguiu (a uniformidade, por exemplo, ou a temperatura do universo).

E se o universo surgiu num peido quantico, não vejo porque razão um peido não pode ser chamado de criador. Isso seria racismo...

E não falem em antes do Big Bang. Tal coisa nem pode existir...


Mas então vc acredita na criação.Pq se não havia nada antes do Big Bang algo foi criado a partir do nada.

Eu penso ser mais provavel transformação, e algo digamos detectavel, ter sempre existido, e vai sempre existir.A outra alternativa é a criação de algo a partir do nada, o que rompe com as leis da fisica que conhecemos e por isso penso ser menos provavel.Falo em provabilidade pois tais hipoteses ainda estão no campo da especulação.
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Huxley
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Re.: Sobre o Big-bang...

Mensagem por Huxley »

Alexandre escreveu:A questão é: De onde veio tudo?
É difícil aceitar que uma teoria como a do big-bang, tão defasada, ainda seja aceita pela ciência nos dias atuais.
Se não sabemos o que havia antes da explosão, então assumimos que não podemos explicar o universo racionalmente, e acabamos caindo no reducionismo teísta de que o universo foi "criado", em vez de surgido.


A Teoria do Big Bang não é uma teoria sobre as origens cósmicas.É uma teoria que descreve a evolução cósmica, após o evento que deu origem ao Universo.

É por isso que se diz que a teoria inflacionária não resolve o problema das origens cósmicas, mas graças a ela uma resposta especulativa sem violação de leis físicas.Boa parte dos físicos propõe que o Universo é resultado de uma flutuação quântica de vácuo.Especialmente, os físicos de partículas sabem que a energia do vácuo pode flutuar de tal maneira que partículas virtuais podem ser criadas.Elas não podem ser vistas, mas deixam vestígios físicos que podem ser observados.Essas partículas “violam”, ainda que por um tempo infinitesimal, o princípio da conservação de energia.

Se uma flutuação de vácuo tivesse produzido uma partícula subatômica com 25 gramas e com uma densidade de equivalente teria 10 elevado a 80 gramas por cm cúbico e se essa partícula (chamada de "Falso Vácuo") passasse por um processo chamado tunelamento quântico, ela se expandiria para uma esfera com a energia igual ao do Universo primitivo sem dificuldade.

Por ter uma densidade tão elevada, o Falso Vácuo possui uma elevada pressão negativa.Mas a sucção do Falso Vácuo não retardaria a expansão do Universo.Isso porque, como todos sabem, uma pressão não resulta em força se essa pressão for uniforme.Em um Universo super-resfriado, o Falso Vácuo encheria o universo de maneira uniforme, o que cancelaria as forças criadas pela pressão negativa.Além disso, a relatividade geral implica que a pressão também pode gerar um campo gravitacional.Obviamente, para corpos de densidade de massa pequenos a contribuição da pressão para o campo gravitacional é desprezível.O mesmo não ocorre para coisas de densidade elevadíssima.Uma pressão positiva cria um campo gravitacional que atrai, uma negativa cria um campo gravitacional que repele.No Falso Vácuo, o componente repulsivo do campo gravitacional é três vezes maior que o componente atrativo.Assim, ele provoca uma repulsão gravitacional.

Uma vez que um salto aleatório trouxe o valor de energia do Falso Vácuo e seu campo escalar se super-resfria, a bolha do Falso Vácuo cresce.Por seu volume aumentar, alguém poderia ingenuamente pensar que sua densidade de energia diminui, já que isso é que acontece quando um volume de um material comum aumenta.Por exemplo, quando aumentamos uma caixa refletora cheia de ondas de luz, as oscilações dos campos elétricos e magnéticos diminuem, já que a densidade de fótons diminui.Mas no Falso Vácuo, a densidade de energia não é atribuída as partículas, mas aos campos de Higgs.A energia é armazenada nos campos de Higgs, não no valor das oscilações, como no exemplo da caixa refletora.Assim, quando ele expande sua energia aumenta de forma proporcional à expansão de seu volume.É assim que um grão de Falso Vácuo dá origem a um Universo.O volume do Universo se expandiu a um fator de 10 elevado a 90.Consequentemente, o valor da energia se multiplicou por esse mesmo enorme fator.Mas a expansão não durou para sempre porque o Falso Vácuo é um sistema quântico excitado (SQE) e a tendência de todo SQE é decair.A meia-vida do Falso Vácuo é estimada em 10 elevada a -35 segundos, tempo exatamente igual ao que durou a expansão inflacionária acelerada nos primeiros zilionésimos de segundos de existência do Universo.

O relato sobre a inflação não é ficção.Existem evidências científicas que o Universo passou por uma expansão violenta acelerada nos seus instantes iniciais.Veja o tópico do Fayman:
https://antigo.religiaoeveneno.com.br/viewtopic.php?t=958&start=0

Apesar disso, qualquer explicação sobre a origem do Universo não precisa violar a Primeira Lei da Termodinâmica.A energia potencial gravitacional de um campo gravitacional é uma energia negativa.Sendo assim, é concebível que quando a somamos a todas as outras energias existentes, a Energia Total do Universo seja ZERO.Com energia zero, a vida de uma flutuação quântica de vácuo pode ser infinita.
“A boa sociedade é aquela em que o número de oportunidades de qualquer pessoa aleatoriamente escolhida tenha probabilidade de ser a maior possível”

Friedrich Hayek. “Direito, legislação e liberdade” (volume II, p.156, 1985, Editora Visão)

"Os homens práticos, que se julgam tão independentes em seu pensar, são todos na verdade escravos das idéias de algum economista morto."

John Maynard Keynes

o pensador
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Mensagem por o pensador »

Em cosmologia,o meu modelo de Atrator Universal explica completamente os dados,e ainda unifica a cosmologia quântica com a cosmologia clássica :emoticon7: .

o pensador
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Mensagem por o pensador »

É muito divertido participar do fórum :emoticon12: .Mas o que eu falei continua sendo verdade:O modelo é de minha autoria e é o mais preciso modelo cosmológico que existe,sem falsa modéstia :emoticon14: .

Apocaliptica

Mensagem por Apocaliptica »

o pensador escreveu:É muito divertido participar do fórum :emoticon12: .Mas o que eu falei continua sendo verdade:O modelo é de minha autoria e é o mais preciso modelo cosmológico que existe,sem falsa modéstia :emoticon14: .



:emoticon59:

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André
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Re: Re.: Sobre o Big-bang...

Mensagem por André »

Huxley escreveu:
Alexandre escreveu:A questão é: De onde veio tudo?
É difícil aceitar que uma teoria como a do big-bang, tão defasada, ainda seja aceita pela ciência nos dias atuais.
Se não sabemos o que havia antes da explosão, então assumimos que não podemos explicar o universo racionalmente, e acabamos caindo no reducionismo teísta de que o universo foi "criado", em vez de surgido.


A Teoria do Big Bang não é uma teoria sobre as origens cósmicas.É uma teoria que descreve a evolução cósmica, após o evento que deu origem ao Universo.

É por isso que se diz que a teoria inflacionária não resolve o problema das origens cósmicas, mas graças a ela uma resposta especulativa sem violação de leis físicas.Boa parte dos físicos propõe que o Universo é resultado de uma flutuação quântica de vácuo.Especialmente, os físicos de partículas sabem que a energia do vácuo pode flutuar de tal maneira que partículas virtuais podem ser criadas.Elas não podem ser vistas, mas deixam vestígios físicos que podem ser observados.Essas partículas “violam”, ainda que por um tempo infinitesimal, o princípio da conservação de energia.

Se uma flutuação de vácuo tivesse produzido uma partícula subatômica com 25 gramas e com uma densidade de equivalente teria 10 elevado a 80 gramas por cm cúbico e se essa partícula (chamada de "Falso Vácuo") passasse por um processo chamado tunelamento quântico, ela se expandiria para uma esfera com a energia igual ao do Universo primitivo sem dificuldade.

Por ter uma densidade tão elevada, o Falso Vácuo possui uma elevada pressão negativa.Mas a sucção do Falso Vácuo não retardaria a expansão do Universo.Isso porque, como todos sabem, uma pressão não resulta em força se essa pressão for uniforme.Em um Universo super-resfriado, o Falso Vácuo encheria o universo de maneira uniforme, o que cancelaria as forças criadas pela pressão negativa.Além disso, a relatividade geral implica que a pressão também pode gerar um campo gravitacional.Obviamente, para corpos de densidade de massa pequenos a contribuição da pressão para o campo gravitacional é desprezível.O mesmo não ocorre para coisas de densidade elevadíssima.Uma pressão positiva cria um campo gravitacional que atrai, uma negativa cria um campo gravitacional que repele.No Falso Vácuo, o componente repulsivo do campo gravitacional é três vezes maior que o componente atrativo.Assim, ele provoca uma repulsão gravitacional.

Uma vez que um salto aleatório trouxe o valor de energia do Falso Vácuo e seu campo escalar se super-resfria, a bolha do Falso Vácuo cresce.Por seu volume aumentar, alguém poderia ingenuamente pensar que sua densidade de energia diminui, já que isso é que acontece quando um volume de um material comum aumenta.Por exemplo, quando aumentamos uma caixa refletora cheia de ondas de luz, as oscilações dos campos elétricos e magnéticos diminuem, já que a densidade de fótons diminui.Mas no Falso Vácuo, a densidade de energia não é atribuída as partículas, mas aos campos de Higgs.A energia é armazenada nos campos de Higgs, não no valor das oscilações, como no exemplo da caixa refletora.Assim, quando ele expande sua energia aumenta de forma proporcional à expansão de seu volume.É assim que um grão de Falso Vácuo dá origem a um Universo.O volume do Universo se expandiu a um fator de 10 elevado a 90.Consequentemente, o valor da energia se multiplicou por esse mesmo enorme fator.Mas a expansão não durou para sempre porque o Falso Vácuo é um sistema quântico excitado (SQE) e a tendência de todo SQE é decair.A meia-vida do Falso Vácuo é estimada em 10 elevada a -35 segundos, tempo exatamente igual ao que durou a expansão inflacionária acelerada nos primeiros zilionésimos de segundos de existência do Universo.

O relato sobre a inflação não é ficção.Existem evidências científicas que o Universo passou por uma expansão violenta acelerada nos seus instantes iniciais.Veja o tópico do Fayman:
https://antigo.religiaoeveneno.com.br/viewtopic.php?t=958&start=0

Apesar disso, qualquer explicação sobre a origem do Universo não precisa violar a Primeira Lei da Termodinâmica.A energia potencial gravitacional de um campo gravitacional é uma energia negativa.Sendo assim, é concebível que quando a somamos a todas as outras energias existentes, a Energia Total do Universo seja ZERO.Com energia zero, a vida de uma flutuação quântica de vácuo pode ser infinita.


Concordo.A teoria do Big Bang explica a expansão mas não a origem.Até pq diz que antes estava condensado em um atomo então existia algo.

Quando vc diz que a vida, penso ser melhor dizer existencia, de uma flutuação quantica pode ser infinita, concebe algo do mundo fisico sendo infinito algo detectavel.Ou seja é possivel precisar que a origem do nosso Universo mas na Superinteressante tem varios cientistas que trabalham com idéias de Universos paralelos, ou ainda, o Universo estando em um continuo e infinito movimento de expansão e depois retração.Big Bang e o Big Crunch sendo assim não haveria uma origem em um momento determinado de tudo.

O que eu tenho dificuldade de de conceber é existir um tempo 0 e tempo 1 sendo 0 e 1 quaisquer medidas de tempo, sendo que em 0 não existia absolutamente nada e 1 passou a existir.Se admitir que algo surgiu do nada me parece uma explicação tipica de religioes de criação e não da fisica.Se algo sempre existiu, a existencia de algo do mundo material e energetico sempre esteve presente apenas mudou de forma.

OFF Topic:Adorei a frade de Bertrand Russel.Acho bem aplicavel por exemplo para os EUA de hoje.Mas mundo a fora é bem aplicavel mesmo hehe.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

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M ! g
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Mensagem por M ! g »

o pensador escreveu:É muito divertido participar do fórum :emoticon12: .Mas o que eu falei continua sendo verdade:O modelo é de minha autoria e é o mais preciso modelo cosmológico que existe,sem falsa modéstia :emoticon14: .


A minha teoria do peido é melhor

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Will
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Mensagem por Will »

M ! g escreveu:
o pensador escreveu:É muito divertido participar do fórum :emoticon12: .Mas o que eu falei continua sendo verdade:O modelo é de minha autoria e é o mais preciso modelo cosmológico que existe,sem falsa modéstia :emoticon14: .


A minha teoria do peido é melhor


A sua está desatualizada... A minha do Peido Quântico, mesclada com a diarréia M é a mais completa e atual. :emoticon10:
[center]Imagem[/center]

o pensador
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Mensagem por o pensador »

M ! g escreveu:
o pensador escreveu:É muito divertido participar do fórum :emoticon12: .Mas o que eu falei continua sendo verdade:O modelo é de minha autoria e é o mais preciso modelo cosmológico que existe,sem falsa modéstia :emoticon14: .


A minha teoria do peido é melhor


Claro...vc peida mais fedido ainal come bacalhau :emoticon12:

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M ! g
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Re.: Sobre o Big-bang...

Mensagem por M ! g »

olha quem fala sofrego comedor de feijoada... :emoticon12:

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Leonardo
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Re: Re.: Sobre o Big-bang...

Mensagem por Leonardo »

André escreveu:Concordo.A teoria do Big Bang explica a expansão mas não a origem.Até pq diz que antes estava condensado em um atomo então existia algo.

Quando vc diz que a vida, penso ser melhor dizer existencia, de uma flutuação quantica pode ser infinita, concebe algo do mundo fisico sendo infinito algo detectavel.Ou seja é possivel precisar que a origem do nosso Universo mas na Superinteressante tem varios cientistas que trabalham com idéias de Universos paralelos, ou ainda, o Universo estando em um continuo e infinito movimento de expansão e depois retração.Big Bang e o Big Crunch sendo assim não haveria uma origem em um momento determinado de tudo.

O que eu tenho dificuldade de de conceber é existir um tempo 0 e tempo 1 sendo 0 e 1 quaisquer medidas de tempo, sendo que em 0 não existia absolutamente nada e 1 passou a existir.Se admitir que algo surgiu do nada me parece uma explicação tipica de religioes de criação e não da fisica.Se algo sempre existiu, a existencia de algo do mundo material e energetico sempre esteve presente apenas mudou de forma.

OFF Topic:Adorei a frade de Bertrand Russel.Acho bem aplicavel por exemplo para os EUA de hoje.Mas mundo a fora é bem aplicavel mesmo hehe.


Cara, a teoria de um universo com seguidos big-bangs e big-crunchs, ou Gnab-Gibs, é, grosso modo, que estão sujeitos a entropia. Logo, a seqüência seria finita.
Abç
Leo

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André
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Re: Re.: Sobre o Big-bang...

Mensagem por André »

Leonardo escreveu:
André escreveu:Concordo.A teoria do Big Bang explica a expansão mas não a origem.Até pq diz que antes estava condensado em um atomo então existia algo.

Quando vc diz que a vida, penso ser melhor dizer existencia, de uma flutuação quantica pode ser infinita, concebe algo do mundo fisico sendo infinito algo detectavel.Ou seja é possivel precisar que a origem do nosso Universo mas na Superinteressante tem varios cientistas que trabalham com idéias de Universos paralelos, ou ainda, o Universo estando em um continuo e infinito movimento de expansão e depois retração.Big Bang e o Big Crunch sendo assim não haveria uma origem em um momento determinado de tudo.

O que eu tenho dificuldade de de conceber é existir um tempo 0 e tempo 1 sendo 0 e 1 quaisquer medidas de tempo, sendo que em 0 não existia absolutamente nada e 1 passou a existir.Se admitir que algo surgiu do nada me parece uma explicação tipica de religioes de criação e não da fisica.Se algo sempre existiu, a existencia de algo do mundo material e energetico sempre esteve presente apenas mudou de forma.

OFF Topic:Adorei a frade de Bertrand Russel.Acho bem aplicavel por exemplo para os EUA de hoje.Mas mundo a fora é bem aplicavel mesmo hehe.


Cara, a teoria de um universo com seguidos big-bangs e big-crunchs, ou Gnab-Gibs, é, grosso modo, que estão sujeitos a entropia. Logo, a seqüência seria finita.
Abç
Leo


Não me parece que seria finita.Se olharmos para o Universo como um ambiente fechado a materia e energia final devem se manter, já que não é criada mais materia nem energia.Logo as transformaçoes seriam constantes e infinitas.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

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Leonardo
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Re: Re.: Sobre o Big-bang...

Mensagem por Leonardo »

André escreveu:
Não me parece que seria finita.Se olharmos para o Universo como um ambiente fechado a materia e energia final devem se manter, já que não é criada mais materia nem energia.Logo as transformaçoes seriam constantes e infinitas.

Nem sempre nossa intuição ou interpretação estão de acordo com o comportamento físico que a natureza apresenta (a mecânica quântica é o exemplo disto).
Argumentando em termos científicos, ainda que de maneira limitada pelos meus conhecimentos superficiais, Brian Greene nos dá os seguintes argumentos sobre a Cosmologia Cíclica (em O Tecido do Cosmo):

- o modelo de cosmologia cíclica (big splat) mais conhecido foi proposto em 1930 por Richard Tolman. Em síntese, a proposição era de que a expansão do universo fosse desacelera paulatinamente pela gravidade e depois revertida numa contração até atingir um tamanho expresso em termos da escala de Planck, onde voltaria a crescer. Isso é um ciclo de Big-Bangs e Big-Chunchs.

- Talman, porem, compreendeu que os ciclos não seriam eternos. O motivo é dado pela termodinâmica que afirma que, em média, a entropia aumenta durante cada ciclo. Usando as equações da relatividade geral, o estado de entropia do início de cada ciclo é que determina a duração do ciclo: mais entropia, ciclos mais longos.
- isso posto, em direção ao passado teríamos ciclos cada vez menores e, por fim, implicaria em termos uma origem dos ciclos. É uma análise matemática.

Vale lembrar que todo este raciocínio é calcado num universo esférico. Porém, os dados observados, até onde sei, sugerem um universo plano.

Quando é considerada a moderníssima hipótese, calcada na Teoria M, de nossa visão do Big-bang ser a interpretação do choque entre duas 3-branas a cada trilhões de anos, sugerida por Paul Steinhardt e colaboradores, ainda assim permanece a necessidade do início dos choques (sem falar da origem das branas).

Bom, espero ter sido claro.
Abç
Leo

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André
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Re: Re.: Sobre o Big-bang...

Mensagem por André »

Leonardo escreveu:
André escreveu:
Não me parece que seria finita.Se olharmos para o Universo como um ambiente fechado a materia e energia final devem se manter, já que não é criada mais materia nem energia.Logo as transformaçoes seriam constantes e infinitas.

Nem sempre nossa intuição ou interpretação estão de acordo com o comportamento físico que a natureza apresenta (a mecânica quântica é o exemplo disto).
Argumentando em termos científicos, ainda que de maneira limitada pelos meus conhecimentos superficiais, Brian Greene nos dá os seguintes argumentos sobre a Cosmologia Cíclica (em O Tecido do Cosmo):

- o modelo de cosmologia cíclica (big splat) mais conhecido foi proposto em 1930 por Richard Tolman. Em síntese, a proposição era de que a expansão do universo fosse desacelera paulatinamente pela gravidade e depois revertida numa contração até atingir um tamanho expresso em termos da escala de Planck, onde voltaria a crescer. Isso é um ciclo de Big-Bangs e Big-Chunchs.

- Talman, porem, compreendeu que os ciclos não seriam eternos. O motivo é dado pela termodinâmica que afirma que, em média, a entropia aumenta durante cada ciclo. Usando as equações da relatividade geral, o estado de entropia do início de cada ciclo é que determina a duração do ciclo: mais entropia, ciclos mais longos.
- isso posto, em direção ao passado teríamos ciclos cada vez menores e, por fim, implicaria em termos uma origem dos ciclos. É uma análise matemática.

Vale lembrar que todo este raciocínio é calcado num universo esférico. Porém, os dados observados, até onde sei, sugerem um universo plano.

Quando é considerada a moderníssima hipótese, calcada na Teoria M, de nossa visão do Big-bang ser a interpretação do choque entre duas 3-branas a cada trilhões de anos, sugerida por Paul Steinhardt e colaboradores, ainda assim permanece a necessidade do início dos choques (sem falar da origem das branas).

Bom, espero ter sido claro.
Abç
Leo


Então eles estão provando Deus.O meu ponto é mais uma pergunta.

Nessa origem teria surgido algo do nada absoluto?

Se sim podemos chamar o que ocasionou de Deus já que está fora da materia e da energia, fora do mundo detectavel.E criou-se materia e energia do nada.Se já preexistia algo, podemos supor que esse algo, do mundo detectavel sempre existiu, apenas mudou de forma.

O ciclo pode ter tido um inicio e ter um fim para depois recomeçar e seu inicio não foi o inicio de tudo mas apenas o inicio daquele ciclo.

Outra pergunta.

A idéia que houve inicio indica tempo 0 e tempo 1 sendo 0 e 1 quaisquer medidas de tempo, sendo que em 0 nada existia, e 1 algo, materia e energia, passou a existir?

Ligada a primeira pergunta.Se sim novamente parece indicar Deus.Pois a partir do nada absoluto surgir materia e energia, indica a criação, e criação rompe com a noção que materia não pode ser criada ela sempre surge de uma transformaçào de algo preexistente.Se não significa que algo material e energico de alguma forma, do mundo detectavel, sempre existiu.

Como já disse sobre o assunto tenho mais duvidas do que respostas, até por isso sou agnostico, a verdade é que não sei ao certo.Ainda considero o terreno bastante especulativo para afirmaçoes categoricas.
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O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

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Huxley
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Re: Re.: Sobre o Big-bang...

Mensagem por Huxley »

Leonardo escreveu:
Nem sempre nossa intuição ou interpretação estão de acordo com o comportamento físico que a natureza apresenta (a mecânica quântica é o exemplo disto).
Argumentando em termos científicos, ainda que de maneira limitada pelos meus conhecimentos superficiais, Brian Greene nos dá os seguintes argumentos sobre a Cosmologia Cíclica (em O Tecido do Cosmo):

- o modelo de cosmologia cíclica (big splat) mais conhecido foi proposto em 1930 por Richard Tolman. Em síntese, a proposição era de que a expansão do universo fosse desacelera paulatinamente pela gravidade e depois revertida numa contração até atingir um tamanho expresso em termos da escala de Planck, onde voltaria a crescer. Isso é um ciclo de Big-Bangs e Big-Chunchs.

- Talman, porem, compreendeu que os ciclos não seriam eternos. O motivo é dado pela termodinâmica que afirma que, em média, a entropia aumenta durante cada ciclo. Usando as equações da relatividade geral, o estado de entropia do início de cada ciclo é que determina a duração do ciclo: mais entropia, ciclos mais longos.
- isso posto, em direção ao passado teríamos ciclos cada vez menores e, por fim, implicaria em termos uma origem dos ciclos. É uma análise matemática.

Vale lembrar que todo este raciocínio é calcado num universo esférico. Porém, os dados observados, até onde sei, sugerem um universo plano.

Quando é considerada a moderníssima hipótese, calcada na Teoria M, de nossa visão do Big-bang ser a interpretação do choque entre duas 3-branas a cada trilhões de anos, sugerida por Paul Steinhardt e colaboradores, ainda assim permanece a necessidade do início dos choques (sem falar da origem das branas).

Bom, espero ter sido claro.
Abç
Leo




Eu também pensava que a Teoria do Universo Ekpirótico violava a Segunda Lei da Termodinâmica justamente por ele postular que os ciclos sempre ocorreram.Como o Universo pode ter sempre existido sem violar a Lei de Entropia?

Paul Steinhardt diz que ao fim do ciclo da expansão, o Universo seria esticado até virar vácuo quase perfeito.Neste estágio, a 3-brana voltaria a se chocar com a sua 3-brana paralela,e assim, uma nova quantidade de matéria será ejetada num novo Universo.Esse Universo terá um bang de baixa entropia, então como isso não viola a Segunda Lei?A chave para responder isso é que quando um novo Universo é criado, entropia global do sistema AUMENTA.O Universo do ciclo anterior não desaparece, ele só é afastado para uma região que estaria muito além do alcance dos telescópios dos seres do novo Universo.E existe o fato que a densidade de entropia dele seria tão baixa, que seria comparável ao do vácuo.Esse modelo também não viola a Primeira Lei da Termodinâmica.A energia para criar a matéria vem da energia cinética das branas, que por sua vez é produzida pela energia gravitacional delas mesmas.Neste modelo, é a energia gravitacional das branas que produz a expansão acelerada que vemos hoje.Ela faz o papel de energia escura.Como o Universo seria infinito no espaço e no tempo segundo a Teoria das Cordas, ele pode acumular entropia infinita.E ele pode ter energia infinita, já que as branas estão se movimentando desde o infinito passado e a sua energia cinética acumulada seria infinita.A energia desse Universo foi criada no infinito passado.Nesse modelo, o Universo jamais teve um começo e jamais terá um fim.

Claro, existe o problema de explicar porque existe uma 3-brana paralela a nossa perfeitamente alinhada a nossa.Mas a origem dela é explicada assim: “isso simplesmente sempre existiu e pronto”.

Veja essas informações no site do Steinhardt:

"How does the cyclic model evade the Tolman entropy problem that plagues the oscillatory models of the 1920's?"

http://www.physics.princeton.edu/~stein ... tml#Tolman

"Does the cyclic model conserve energy?"
http://www.physics.princeton.edu/~stein ... tml#energy

Existem outras perguntas respondidas no "FAQ" do site.

Há uma baita polêmica sobre esse modelo resolver ou não o problema da entropia (como você viu, Brian Greene diz que ele só não viola a Lei de Entropia se tiver havido um primeiro ciclo), mas os seus proponentes juram de pé junto que sua teoria não viola a Segunda Lei da Termodinâmica.

André escreveu:Então eles estão provando Deus.O meu ponto é mais uma pergunta.

Nessa origem teria surgido algo do nada absoluto?

Se sim podemos chamar o que ocasionou de Deus já que está fora da materia e da energia, fora do mundo detectavel.E criou-se materia e energia do nada.Se já preexistia algo, podemos supor que esse algo, do mundo detectavel sempre existiu, apenas mudou de forma.



Na mecânica quântica, o nada absoluto não existe.Mesmo no menor estado possível de densidade de energia, esse estado pode sofrer flutuações, como a aparição de um par elétron-pósitron do "nada" (e sua consequente desaparição em uma fração infinitesimal de tempo).Isso é confirmado empiricamente.Os físicos conseguem calcular a força elétrica com uma precisão de 10 casas decimais e só incluindo o efeito das partículas virtuais isso é possível, caso contrário ela seria determinada com imprecisão na nona, na oitava casa decimal, etc.Vejam essa citações:

"O princípio da incerteza implica que partículas podem vir à existência durante curtos períodos de tempo mesmo quando não há energia suficiente para criá-las. "

"Predisse-se que [pares de partículas virtuais] têm um efeito calculável sobre os níveis de energia dos átomos. O efeito esperado é diminuto — apenas uma mudança de uma parte num bilhão, mas tem sido confirmado por experiências."

Link: http://www.str.com.br/Scientia/criacao.htm (texto sobre as criações quânticas a partir do "nada")


Outro exemplo do mundo bizarro da MQ.Segundo a mecânica quântica, um pêndulo nunca está parado apontando para baixo.Na verdade, ele sofre minúsculas flutuações e fica levemente inclinado por uns instantes.Se ele tivesse posição e velocidade definidas, isso seria uma violação do princípio da incerteza de Heinsenberg.

O princípio de Heinsenberg já teve confirmação empírica várias vezes e os físicos defendem que ele também pode ser aplicado para explicar as flutuações de vácuo.

André escreveu:
A idéia que houve inicio indica tempo 0 e tempo 1 sendo 0 e 1 quaisquer medidas de tempo, sendo que em 0 nada existia, e 1 algo, materia e energia, passou a existir?



Como já expliquei, passar da inexistência para existência é algo muito comum no mundo quântico.Um físico inglês chamado Edward Tyron chegou a propor em 1973 que o Universo era resultado de uma flutuação quântica de vácuo.O problema é que o tempo de uma flutuação quântica depende de sua massa.Claro que teoricamente qualquer coisa pode acontecer no vácuo, porém a materialização de um relógio digital tem probabilidade absurdamente pequena, quem dirá a materialização do Universo!!!Só invocando a inflação é que se pode conceber uma flutuação de vácuo dando origem ao tamanho atual do Universo.O Universo foi uma partícula subatômica no início e conseguiu multiplicar sua energia a troco de nada e sem violar qualquer lei de conservação de energia, como já expliquei no meu post anterior.
“A boa sociedade é aquela em que o número de oportunidades de qualquer pessoa aleatoriamente escolhida tenha probabilidade de ser a maior possível”

Friedrich Hayek. “Direito, legislação e liberdade” (volume II, p.156, 1985, Editora Visão)

"Os homens práticos, que se julgam tão independentes em seu pensar, são todos na verdade escravos das idéias de algum economista morto."

John Maynard Keynes

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Leonardo
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Re: Re.: Sobre o Big-bang...

Mensagem por Leonardo »

Huxley escreveu: A chave para responder isso é que quando um novo Universo é criado, entropia global do sistema AUMENTA.O Universo do ciclo anterior não desaparece, ele só é afastado para uma região que estaria muito além do alcance dos telescópios dos seres do novo Universo.E existe o fato que a densidade de entropia dele seria tão baixa, que seria comparável ao do vácuo.Esse modelo também não viola a Primeira Lei da Termodinâmica.A energia para criar a matéria vem da energia cinética das branas, que por sua vez é produzida pela energia gravitacional delas mesmas.Neste modelo, é a energia gravitacional das branas que produz a expansão acelerada que vemos hoje.Ela faz o papel de energia escura.Como o Universo seria infinito no espaço e no tempo segundo a Teoria das Cordas, ele pode acumular entropia infinita.E ele pode ter energia infinita, já que as branas estão se movimentando desde o infinito passado e a sua energia cinética acumulada seria infinita.A energia desse Universo foi criada no infinito passado.Nesse modelo, o Universo jamais teve um começo e jamais terá um fim.

Mas se estamos trocando energia gravitacional por mais matéria, que aumenta o campo gravitacional, de onde sai a energia? Por acaso é energia cinética das branas?
Outra coisa: não lembro de ter lido que a teoria das cordas postula um universo infinito em tempo e espaço (já li como sem limites). Vc leu isso como uma questão fechada ou uma possibilidade?
Abç
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Alexandre
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Mensagem por Alexandre »

Como uma flutuação quântica formada a partir de uma "onda no vácuo", pode gerar uma explosão como o big-bang?:emoticon131:

Se fosse assim, uma dessas "bolhas" poderia ocorrer a qualquer momento, inclusive dentro deste mesmo universo, destruindo-o, completamente; ao mesmo tempo em que outro seria criado.
"Desisti de ser feliz. Agora me sinto muito menos infeliz."
Micítaus do ISSÁS

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O que estou ouvindo?
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Leonardo
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Mensagem por Leonardo »

Alexandre escreveu:Como uma flutuação quântica formada a partir de uma "onda no vácuo", pode gerar uma explosão como o big-bang?:emoticon131:

Se fosse assim, uma dessas "bolhas" poderia ocorrer a qualquer momento, inclusive dentro deste mesmo universo, destruindo-o, completamente; ao mesmo tempo em que outro seria criado.


Certo, mas a probabilidade desta ocorrência é tão baixa que o tempo que transcorreu após a "criação" do nosso universo é muito pouco para levar em consideração esta possibilidade (embora ela possa, de fato, ocorrer a qualquer momento).
Abç

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André
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Re: Re.: Sobre o Big-bang...

Mensagem por André »

Huxley escreveu:
Leonardo escreveu:
Nem sempre nossa intuição ou interpretação estão de acordo com o comportamento físico que a natureza apresenta (a mecânica quântica é o exemplo disto).
Argumentando em termos científicos, ainda que de maneira limitada pelos meus conhecimentos superficiais, Brian Greene nos dá os seguintes argumentos sobre a Cosmologia Cíclica (em O Tecido do Cosmo):

- o modelo de cosmologia cíclica (big splat) mais conhecido foi proposto em 1930 por Richard Tolman. Em síntese, a proposição era de que a expansão do universo fosse desacelera paulatinamente pela gravidade e depois revertida numa contração até atingir um tamanho expresso em termos da escala de Planck, onde voltaria a crescer. Isso é um ciclo de Big-Bangs e Big-Chunchs.

- Talman, porem, compreendeu que os ciclos não seriam eternos. O motivo é dado pela termodinâmica que afirma que, em média, a entropia aumenta durante cada ciclo. Usando as equações da relatividade geral, o estado de entropia do início de cada ciclo é que determina a duração do ciclo: mais entropia, ciclos mais longos.
- isso posto, em direção ao passado teríamos ciclos cada vez menores e, por fim, implicaria em termos uma origem dos ciclos. É uma análise matemática.

Vale lembrar que todo este raciocínio é calcado num universo esférico. Porém, os dados observados, até onde sei, sugerem um universo plano.

Quando é considerada a moderníssima hipótese, calcada na Teoria M, de nossa visão do Big-bang ser a interpretação do choque entre duas 3-branas a cada trilhões de anos, sugerida por Paul Steinhardt e colaboradores, ainda assim permanece a necessidade do início dos choques (sem falar da origem das branas).

Bom, espero ter sido claro.
Abç
Leo




Eu também pensava que a Teoria do Universo Ekpirótico violava a Segunda Lei da Termodinâmica justamente por ele postular que os ciclos sempre ocorreram.Como o Universo pode ter sempre existido sem violar a Lei de Entropia?

Paul Steinhardt diz que ao fim do ciclo da expansão, o Universo seria esticado até virar vácuo quase perfeito.Neste estágio, a 3-brana voltaria a se chocar com a sua 3-brana paralela,e assim, uma nova quantidade de matéria será ejetada num novo Universo.Esse Universo terá um bang de baixa entropia, então como isso não viola a Segunda Lei?A chave para responder isso é que quando um novo Universo é criado, entropia global do sistema AUMENTA.O Universo do ciclo anterior não desaparece, ele só é afastado para uma região que estaria muito além do alcance dos telescópios dos seres do novo Universo.E existe o fato que a densidade de entropia dele seria tão baixa, que seria comparável ao do vácuo.Esse modelo também não viola a Primeira Lei da Termodinâmica.A energia para criar a matéria vem da energia cinética das branas, que por sua vez é produzida pela energia gravitacional delas mesmas.Neste modelo, é a energia gravitacional das branas que produz a expansão acelerada que vemos hoje.Ela faz o papel de energia escura.Como o Universo seria infinito no espaço e no tempo segundo a Teoria das Cordas, ele pode acumular entropia infinita.E ele pode ter energia infinita, já que as branas estão se movimentando desde o infinito passado e a sua energia cinética acumulada seria infinita.A energia desse Universo foi criada no infinito passado.Nesse modelo, o Universo jamais teve um começo e jamais terá um fim.

Claro, existe o problema de explicar porque existe uma 3-brana paralela a nossa perfeitamente alinhada a nossa.Mas a origem dela é explicada assim: “isso simplesmente sempre existiu e pronto”.

Veja essas informações no site do Steinhardt:

"How does the cyclic model evade the Tolman entropy problem that plagues the oscillatory models of the 1920's?"

http://www.physics.princeton.edu/~stein ... tml#Tolman

"Does the cyclic model conserve energy?"
http://www.physics.princeton.edu/~stein ... tml#energy

Existem outras perguntas respondidas no "FAQ" do site.

Há uma baita polêmica sobre esse modelo resolver ou não o problema da entropia (como você viu, Brian Greene diz que ele só não viola a Lei de Entropia se tiver havido um primeiro ciclo), mas os seus proponentes juram de pé junto que sua teoria não viola a Segunda Lei da Termodinâmica.

André escreveu:Então eles estão provando Deus.O meu ponto é mais uma pergunta.

Nessa origem teria surgido algo do nada absoluto?

Se sim podemos chamar o que ocasionou de Deus já que está fora da materia e da energia, fora do mundo detectavel.E criou-se materia e energia do nada.Se já preexistia algo, podemos supor que esse algo, do mundo detectavel sempre existiu, apenas mudou de forma.



Na mecânica quântica, o nada absoluto não existe.Mesmo no menor estado possível de densidade de energia, esse estado pode sofrer flutuações, como a aparição de um par elétron-pósitron do "nada" (e sua consequente desaparição em uma fração infinitesimal de tempo).Isso é confirmado empiricamente.Os físicos conseguem calcular a força elétrica com uma precisão de 10 casas decimais e só incluindo o efeito das partículas virtuais isso é possível, caso contrário ela seria determinada com imprecisão na nona, na oitava casa decimal, etc.Vejam essa citações:

"O princípio da incerteza implica que partículas podem vir à existência durante curtos períodos de tempo mesmo quando não há energia suficiente para criá-las. "

"Predisse-se que [pares de partículas virtuais] têm um efeito calculável sobre os níveis de energia dos átomos. O efeito esperado é diminuto — apenas uma mudança de uma parte num bilhão, mas tem sido confirmado por experiências."

Link: http://www.str.com.br/Scientia/criacao.htm (texto sobre as criações quânticas a partir do "nada")


Outro exemplo do mundo bizarro da MQ.Segundo a mecânica quântica, um pêndulo nunca está parado apontando para baixo.Na verdade, ele sofre minúsculas flutuações e fica levemente inclinado por uns instantes.Se ele tivesse posição e velocidade definidas, isso seria uma violação do princípio da incerteza de Heinsenberg.

O princípio de Heinsenberg já teve confirmação empírica várias vezes e os físicos defendem que ele também pode ser aplicado para explicar as flutuações de vácuo.

André escreveu:
A idéia que houve inicio indica tempo 0 e tempo 1 sendo 0 e 1 quaisquer medidas de tempo, sendo que em 0 nada existia, e 1 algo, materia e energia, passou a existir?



Como já expliquei, passar da inexistência para existência é algo muito comum no mundo quântico.Um físico inglês chamado Edward Tyron chegou a propor em 1973 que o Universo era resultado de uma flutuação quântica de vácuo.O problema é que o tempo de uma flutuação quântica depende de sua massa.Claro que teoricamente qualquer coisa pode acontecer no vácuo, porém a materialização de um relógio digital tem probabilidade absurdamente pequena, quem dirá a materialização do Universo!!!Só invocando a inflação é que se pode conceber uma flutuação de vácuo dando origem ao tamanho atual do Universo.O Universo foi uma partícula subatômica no início e conseguiu multiplicar sua energia a troco de nada e sem violar qualquer lei de conservação de energia, como já expliquei no meu post anterior.


Vou simplificar.E vc está se contradizendo

"Na mecânica quântica, o nada absoluto não existe."

"Como já expliquei, passar da inexistência para existência é algo muito comum no mundo quântico."


Se o nada absoluto não existe.Não é da inexistencia absoluta mas resultado de alguma variação pode chamar de flutuação quantica ou que seja.Ou seja essa inexistencia para existencia não se da criando materia e energia do nada absoluto, pois como vc mesmo disse esse não existe.

Logo o Universo entendido como tudo que é material e energetico, sempre existiu.Isso é claro se baseando na premissa que o nada absoluto não existe nem nunca existiu.

Claro que podemos datar a formação do Universo como o conhecemos, mas se recuarmos ao passado nunca chegaremos a um ponto que somos obrigados a dizer "antes disso não tinha nada de forma absoluta".Penso ser mais coerente pensar que existia algo, do mundo material e energico ou detectavel.

Agora pensar que materia e energia sempre existiram, e não houve origem do tipo que eu estou falando(Pois estou falando de origem e criação a partir do nada absoluto e é essa que considero pouco provavel).Tal conclusão da existencia eterna de algo do mundo das coisas, e não de um mundo sobrenatural, é contraintuitiva, a maioria das pessoas tem dificuldade mesmo em aceitar a possibilidade.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

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Huxley
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Re: Re.: Sobre o Big-bang...

Mensagem por Huxley »

Leonardo escreveu:Mas se estamos trocando energia gravitacional por mais matéria, que aumenta o campo gravitacional, de onde sai a energia? Por acaso é energia cinética das branas?


A resposta exata para essa pergunta está no FAQ:

"Yes. The question is motivated by the fact that some brane kinetic energy is converted into matter-radiation at the bounce, and, yet, the scenario requires that there be enough kinetic energy for the branes to get back to their original maximal separation. This would be a perpetual motion machine of the first kind (i.e., creation of mechanical energy from nothing) if there were only the interbrane potential energy plus kinetic energy driving the branes back and forth. However, there is also gravitational potential energy.

The natural dynamics causes some gravitational potential energy to be converted to brane kinetic energy, adding to the contribution from the interbrane potential. This added kinetic energy makes it possible to produce matter-radiation at the collision and still have enough kinetic energy for the branes to return to their original separation. The important point is that gravity can be an unending source of energy. As we know from Newtonian gravity, gravitational potential energy is negative and it magnitude is unbounded. So, it is possible to increase the positive brane kinetic energy at the expense of decreasing the gravitational potential energy by the same magnitude. Solving the equations that describe the motion of branes in the presence of gravity shows that this occurs naturally during periods of cosmic contraction when all forms of kinetic energy - the kinetic energy of the branes in this case - are blue shifted. (The converse occurs during periods of expansion: the kinetic energy of light or particles is red shifted, converted into gravitational potential energy.)

Note that a similar conversion of gravitational potential energy to matter-radiation occurs in inflationary cosmology. Gravitational potential energy is first converted to vacuum energy (the universe expands exponentially in size but the density remains the same) and then, at reheating, to matter-radiation. In the case of inflation, the conversion occurs all in one brief period of inflation. In the cyclic model, it occurs in repeated steps cycle by cycle during each phase of contraction. "

http://www.physics.princeton.edu/~stein ... tml#energy



Leonardo escreveu:Outra coisa: não lembro de ter lido que a teoria das cordas postula um universo infinito em tempo e espaço (já li como sem limites). Vc leu isso como uma questão fechada ou uma possibilidade?
Abç
Leo


Um teórico das cordas muito famoso pôs este título numa matéria da Scientific American Brasil:

"Mito do Início do tempo: O Big Bang não deu origem ao Universo, que seria apenas parte de um espaço infinito."

http://www2.uol.com.br/sciam/edicoes_an ... s_025.html

Era um artigo sobre a conexão da cosmologia com a teorias das cordas.Acho que é o mesmo que aparece aqui:

http://www.sciam.com/article.cfm?articl ... 414B7F0000

Quanto a infinitude no tempo, eu me equivoquei mesmo.Essa infinitude nem é um requerimento para a Ecpirótica.Claro, você poderia imaginar que é possível que esse Universo teve um primeiro ciclo, mas os autores crêem que a maioria dos problemas cosmológicos são resolvidos postulando-se que os ciclos se estendem indefinidamente no passado.Como se deve optar pelo modelo com mais poder explanatório, então é totalmente lógico a postulação da eternidade desse Universo.


Alexandre escreveu:Como uma flutuação quântica formada a partir de uma "onda no vácuo", pode gerar uma explosão como o big-bang?

Se fosse assim, uma dessas "bolhas" poderia ocorrer a qualquer momento, inclusive dentro deste mesmo universo, destruindo-o, completamente; ao mesmo tempo em que outro seria criado.
[/b][/color]


Uma flutuação de vácuo não cria um Universo automaticamente.Ela só pode gerar um Universo se a partícula criada tiver uma densidade de energia do Falso Vácuo (10 elevado a 80 gramas/cm cúbico).

Ainda que ocorresse uma flutuação desse tipo, é possível que não houvesse problema algum.Uma idéia que aborda esse problema é a teoria da "inflação caótica", criada pelo cosmólogo Andrei Linde, da Universidade de Stanford.Ela sugere que nosso Universo cresceu de uma flutuação quântica em alguma região preexistente do espaço-tempo, e que processos exatamente equivalentes podem criar regiões de inflação dentro do nosso próprio Universo. Com efeito, novos universos brotam de nosso Universo.Mas as equações sugerem mesmo que uma dessas bolhas fossem criadas no nosso Universo, elas se desconectariam dele zilionésimos de segundos depois desse evento.Essa desconexão do nosso Universo seria algo semelhante com o que ocorre com um fóton que cai num buraco negro.

André escreveu:
Vou simplificar.E vc está se contradizendo

"Na mecânica quântica, o nada absoluto não existe."

"Como já expliquei, passar da inexistência para existência é algo muito comum no mundo quântico."


Se o nada absoluto não existe.Não é da inexistencia absoluta mas resultado de alguma variação pode chamar de flutuação quantica ou que seja.Ou seja essa inexistencia para existencia não se da criando materia e energia do nada absoluto, pois como vc mesmo disse esse não existe.

Logo o Universo entendido como tudo que é material e energetico, sempre existiu.Isso é claro se baseando na premissa que o nada absoluto não existe nem nunca existiu.

Claro que podemos datar a formação do Universo como o conhecemos, mas se recuarmos ao passado nunca chegaremos a um ponto que somos obrigados a dizer "antes disso não tinha nada de forma absoluta".Penso ser mais coerente pensar que existia algo, do mundo material e energico ou detectavel.

Agora pensar que materia e energia sempre existiram, e não houve origem do tipo que eu estou falando(Pois estou falando de origem e criação a partir do nada absoluto e é essa que considero pouco provavel).Tal conclusão da existencia eterna de algo do mundo das coisas, e não de um mundo sobrenatural, é contraintuitiva, a maioria das pessoas tem dificuldade mesmo em aceitar a possibilidade.


Não há nenhuma contradição nas duas frases que citou.Na primeira, me referi ao "nada filosófico".Na segunda, eu me referi ao "nada quântico".O nada quântico não é o nada filosófico.O nada quântico é apenas ausência de matéria, espaço e tempo.Isso não implica que seu estado energético não possa flutuar.Claro, você pode dizer que existe um cenário proposto em que Universo surgiu de ALGO, que seria o nada quântico.Mas não pode dizer que o Universo assim sempre existiu.Segundo essa visão, antes de o Universo surgir, não existia espaço-tempo.Ele foi criado no Big Bang.No Universo deste cenário, perguntar "o que havia antes do Big Bang?" seria a mesma coisa que perguntar "O que há no norte do Polo Norte?".Então o correto a dizer seria "O Universo PASSOU a existir, porém passou a existir a partir de ALGO"."Sempre" é advérbio de tempo.E tempo era algo que não existia antes do Big Bang, no cenário mais simples de origem cósmica a partir de flutuação quântica de vácuo.
“A boa sociedade é aquela em que o número de oportunidades de qualquer pessoa aleatoriamente escolhida tenha probabilidade de ser a maior possível”

Friedrich Hayek. “Direito, legislação e liberdade” (volume II, p.156, 1985, Editora Visão)

"Os homens práticos, que se julgam tão independentes em seu pensar, são todos na verdade escravos das idéias de algum economista morto."

John Maynard Keynes

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André
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Re: Re.: Sobre o Big-bang...

Mensagem por André »

Huxley escreveu:
Não há nenhuma contradição nas duas frases que citou.Na primeira, me referi ao "nada filosófico".Na segunda, eu me referi ao "nada quântico".O nada quântico não é o nada filosófico.O nada quântico é apenas ausência de matéria, espaço e tempo.Isso não implica que seu estado energético não possa flutuar.Claro, você pode dizer que existe um cenário proposto em que Universo surgiu de ALGO, que seria o nada quântico.Mas não pode dizer que o Universo assim sempre existiu.Segundo essa visão, antes de o Universo surgir, não existia espaço-tempo.Ele foi criado no Big Bang.No Universo deste cenário, perguntar "o que havia antes do Big Bang?" seria a mesma coisa que perguntar "O que há no norte do Polo Norte?".Então o correto a dizer seria "O Universo PASSOU a existir, porém passou a existir a partir de ALGO"."Sempre" é advérbio de tempo.E tempo era algo que não existia antes do Big Bang, no cenário mais simples de origem cósmica a partir de flutuação quântica de vácuo.


Ou seja antes(necessidade semantica) de existir tempo existia algo, esse algo fez o Universo passar a existir, e assim a existencia do tempo.Esse algo não é nem materia, nem energia, é essa definição que me escapa de flutuação quantica.Pois bem isso é detectavel?Se é pertence ao mundo das coisas e não das idéias, nem do sobrenatural.


Agora eu tenho uma pergunta vc considera impossivel a idéia de que o Universo esteja em um constante movimento de expansão e depois retração e tal nunca começou nem vai terminar?Ou que o tempo sempre existiu, logo não houve inicio nem vai haver final?

Pois por incrivel que possa parecer algo assim embora seja contrario a intuição que indica que tudo tem um começo, faz mais sentido para mim.A idéia de termos tempo 0 ou do tempo inexistir e passar a existir me parece ilogica, e tal operação de fazer o tempo passar a existir, me parece coisa própria de um Deus ou de uma interpretação desse tipo, que demarca um inicio, ponto zero, e um final.Quando na natureza não vejo criação, nem do tempo nem de nada, mas continua e sem fim transformação.Na naureza nada se cria, nada se destroi, tudo se transforma, me parece bem lógico.

Mas sou apenas um leigo.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

Trancado