Led Zeppelin escreveu:O ENCOSTO escreveu:Led Zeppelin escreveu:Que Cuba é ruim todos sabem. Agora afirmei, que é melhor que a Colômbia e tão somente isso... discordaram discordaram e nada refutaram... postei o link com os IDHs, se conhecem métodos melhores para medir qualidade de vida mostrem, e mostrem também a posição de Cuba e da Colômbia em relação a esse método. Se não puderem fazer isso o meu link é que continua valendo.
Já refutaram sim. É que você leu, leu e fez questão de se fazer que não leu.
Cuba, de acordo com o IDH, é melhor que Brasil porque sua população tem mais acesso á educação e vive mais, pois todos recebem rações diárias.
Isso é o suficiente para classificar Cuba como um pais melhor para se viver?
E quanto a liberdade?
Outra coisa: Porquê isso é melhor apenas para quem tem renda familiar pior que a sua?
Não me mostraram outro método melhor que o IDH ainda. Cadê?
A melhor maneira de saber como anda a qualidade de vida de um povo, é perguntando para ele. Leia o texto abaixo:
A questão de Fidel, Raul e os outros: é a economia, estúpido!
por Paulo Moreira Leite, Seção: brasil às 22:02:27.
Acredite: em Cuba, de vez em quando falta hortelã para fazer um mojito, o mais popular coquetel nacional. Andei num ônibus para turistas que quebrou no meio do caminho e só voltou a andar porque uns vizinhos de beira de estrada apareceram para ajudar. Fui a um restaurante japonês onde se servia sushi sem raiz forte. Qual a importância disso para o futuro do socialismo? Seria nenhuma, não fosse o turismo, disparado, a principal fonte de receitas da Ilha.
Essas carências, que fazem parte do folclore da revolução desde os primeiros dias, ilustram o drama central de Cuba, hoje: a economia.
O assunto de todas as conversas é a falta de dinheiro. A maioria dos cubanos recebe entre 300 e 700 pesos mensais, ou qualquer coisa entre 12 e 30 dólares. Os cubanos tem 12 anos de estudo formal -- no mínimo -- e exibem um preparo que raramente se encontra em países de renda semelhante. O problema é que essa educação não dá retorno para todo mundo. Você encontra médicos que trabalham de garçons. Ou professores de física fazendo trabalho de faxineiro de hotel. Conheci uma feirante que tinha diploma de engenheira.
O governo anunciou um crescimento de 12,3% em 2006. Não discuto com números mas é preciso reconhecer que não há sinal dessa prosperidade nas ruas. Você não vê gente pedindo esmola em Havana -- é uma cena raríssima. Os índices de violência seguem os mais confortáveis do Continente. Mas basta entrar num supermercado para entender por que é difícil encontrar quem esteja satisfeito com a vida que leva. Encontrei pessoas que reconheciam méritos no regime, em especial na área social. Mas não encontrei quem me dissesse que estava satisfeito com a economia ou o crescimento do país em anos recentes.
Exemplos num supermercado no Vedado, em Havana: uma lata de dois quilos de frutas em calda, importada da China, custa 250 pesos -- quase um salário inteiro de boa parte da população. Meio quilo de fígado de boi custa 125 pesos. Uma lata de sardinha custa 35 pesos.
A população se abastece de vegetais e legumes em mercados do Estado. Ali a comida é subsidiada e muito barata. Mesmo assim, não é suficiente. "Até entendo que um país tenha dificuldades. Mas a alimentação não pode ser um problema," diz uma funcionária pública com residência em Havana, separada, que sustenta a casa onde mora com o filho de onze anos com um salário de 350 pesos por mês.
Pergunto pelos carnês de alimentação, que garantem a cada cidadão o direito de comprar produtos essenciais a preços muito baratos. Ela diz que são úteis, mas que não resolvem o problema. "A pessoa tem direito a dez ovos por mes. Também pode comprar um frango, numa semana. Ou quatro pedaços de peixe congelado, em outra. Mas é sempre pouco, insuficiente. Você precisa fazer compras no mercado e aí tudo é muito caro."
Para esta funcionária, o mau humor dos cubanos com a vida que levam tem uma explicação curiosa -- a educação. "Somos descontentes porque somos educados. Se fôssemos ignorantes, talvez pudéssemos aceitar essas dificuldades. Mas nossa educação não deixa. "
Ainda acha o IDH relevante?