24/02/2007 - 15h49
da Folha Online
O Irã acusou Estados Unidos, Israel e Reino Unido de provocar tensão nas fronteiras de Iraque e Turquia com o país persa a fim de minar o governo de Teerã.
"Os inimigos gananciosos... americanos, britânicos e o regime sionista [referindo-se a Israel], tendo em vista suas intenções no Oriente Médio, estão incitando insegurança nas fronteiras com o Irã", disse em comunicado o comandante da Guarda Revolucionária do Irã [unidade de elite do país] , general Yahya Rahim Safavi.
A declaração, feita neste sábado, aparece depois que importantes jornais britânicos noticiaram que EUA e Israel panejam um ataque ao Irã. Uma delas, do "Dayly Telegraph", informa que Israel quer o aval do Pentágono para cruzar o espaço aéreo iraquiano a fim de bombardear bases nucleares iranianas. Israel negou o conteúdo da reportagem, alegando ser fruto de "mal-intencionados".
"Aqueles que não querem lidar de forma política e diplomática [com a polêmica em torno do programa nuclear iraniano] tentam desviar a atenção sobre preparativos que supostamente estaríamos fazendo", disse o vice-ministro da Defesa de Israel, Ephraim Sneh.
De acordo com o "Dayly Telegraph", que cita como fonte um alto funcionário da Defesa israelense, Israel necessita da autorização do Pentágono para que seus aviões de guerra possam atravessar o espaço aéreo iraquiano. Por isso, Israel negocia com os EUA a abertura de um "corredor aéreo" caso decida lançar ação militar contra o Irã.
Segundo a fonte, a questão do espaço aéreo tem de ser resolvida para evitar que uma situação-surpresa ponha em risco aviões americanos e israelenses, que poderiam, por erro de estratégia, atacar-se entre si.
Sinais de tensão
Em comunicado oficial divulgado neste sábado, a Guarda Revolucionária do Irã anunciou a morte de 17 rebeldes na fronteira com a Turquia, sem mencionar nomes de grupos de oposição ao governo nem dar detalhes sobre a ação. O Irã confrontou em ações armadas vários grupos de oposição presentes em suas fronteiras nos últimos anos, mas nenhum deles chegou a ser uma ameaça real ao governo de Teerã.
Os EUA e muitos de países ocidentais temem que o Irã esteja usando suas atividades nucleares para produzir uma bomba atômica. Teerã nega, e diz que seu enriquecimento de urânio --processo que pode tanto produzir combustível para usinas de energia quanto material bélico-- tem apenas fins pacíficos.
A suposta intenção dos EUA de atacar o Irã tem sido insistentemente noticiada pela imprensa britânica. Ontem, importantes jornais do Reino Unido publicaram reportagens apontado para o fato de os EUA quererem esta ação militar e de, inclusive, intencionar o uso da mesma tática da Guerra do Iraque para convencer a comunidade internacional [em 2003, os EUA invadiram o Iraque alegando que o país possuía armas de destruição em massa. Próximo de se completar quatro anos do conflito, nenhuma arma deste tipo foi encontrada em território iraquiano].
O "Times" informou que autoridades do governo britânico temem que o presidente dos EUA, George W. Bush, ordene um ataque ao Irã antes do fim de seu mandato, em dois anos. "Bush não quer deixar a questão para o sucessor", disse uma das fontes, que pediram anonimato
.
Em outra reportagem, o "Guardian" relatou que muitos dos dados sobre o programa nuclear iraniano recolhidos pelos serviços de inteligência dos EUA são "infundados", segundo fontes diplomáticas que atuam na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
Em 23 de dezembro último, a ONU deu um mandato à AIEA para elaborar em 60 dias um relatório que estabelecesse se o Irã cumpriu a resolução 1737, que exige a suspensão de todas as atividades relacionadas com o enriquecimento de urânio. Expirado o prazo, a agência atômica da ONU divulgou relatório no qual afirma que o Irã, além de não interromper suas atividades, estendeu seu programa nuclear.
Reunião
Nesta segunda-feira, representantes dos cinco membros permanentes do CS da ONU (China, França, EUA, Reino Unido e Rússia) e a Alemanha vão abordar a crise do Irã em Londres.
Após a divulgação do relatório da AIEA, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, disse ser "impossível" frear as atividades nucleares de seu país, e acrescentou que "não renunciará nem um pouco a seu direito às tecnologias atômicas".
O CS da ONU exige a suspensão imediata e incondicional do enriquecimento de urânio, que abriria espaço para negociações a respeito de um pacote de vantagens econômicas para o Irã.
O governo iraniano, no entanto, recusa-se a abandonar as atividades nucleares como uma pré-condição para as negociações.
Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u104952.shtml
Irã acusa EUA de incitar tensão; Israel nega plano de ataque
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Re.: Irã acusa EUA de incitar tensão; Israel nega plano de a
Mais uma vez os falcões imperialistas norte-americanos e os porquinhos sionistas emergem do inferno.
Re: Re.: Irã acusa EUA de incitar tensão; Israel nega plano
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