Uma atitude mais cética e mais informada.

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Ateu Tímido
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Re: Re.: Uma atitude mais cética e mais informada.

Mensagem por Ateu Tímido »

Najma escreveu:
Ateu Tímido escreveu:
Najma escreveu:
betossantana escreveu:
Najma escreveu:Um místico que se preze, tem que ser cético. O ocultismo é totalmente cético porque a pessoa tem que aprender por si mesma e jamais de "ouvir dizer".


Blaaaaaaaaaarrrrgggghhhh. A Najma devia se casar com o NadaSei.

Bjs.


Hum... ele pode ser só seu. Eu já tenho com quem casar... :emoticon1:


Tem mesmo!!!

Mas, minha linda, se você ficar falando assim, ele troca a Ivete pela Betânia no avatar...
Bem mais apropriada, afinal.
:emoticon13:


Tadinho do betossantana. Ele até que é bonitinho. E de Ivete, fica mais bonitinho ainda... :emoticon16:

Ninguém merece a Betânia, ninguém. Nem mesmo ele...


Até que ia ficar legalzinho:

Imagem

:emoticon13: :emoticon131:

Apocaliptica

Re: Re.: Uma atitude mais cética e mais informada.

Mensagem por Apocaliptica »

Najma escreveu:
Apocaliptica escreveu:
Najma escreveu:
Apocaliptica escreveu:
Najma escreveu:
betossantana escreveu:
Najma escreveu:Um místico que se preze, tem que ser cético. O ocultismo é totalmente cético porque a pessoa tem que aprender por si mesma e jamais de "ouvir dizer".


Blaaaaaaaaaarrrrgggghhhh. A Najma devia se casar com o NadaSei.

Bjs.


Hum... ele pode ser só seu. Eu já tenho com quem casar... :emoticon1:


Olha o empurra-empurra! :emoticon12:


:emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: ... só seria problema se o betossantana quisesse casar comigo. Ainda bem que ele não gosta de mim.


Calúúúúnia!!! Provas! :emoticon12:


Ele mesmo confessou que tem NOJO de moi... :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:


Ah isto não prova nadica de nada. É uma falácia apenas.

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NadaSei
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Re: Re.: Uma atitude mais cética e mais informada.

Mensagem por NadaSei »

Apocaliptica escreveu:NadaSei,

Nós não podemos realmente provar a existência de nada.
Você acredita no mundo a sua volta, bem como acredita que as pessoas nesse mundo são reais, mesmo sem prova alguma disso.


Viajou demais da conta ein? Não é desta metafísica que estamos falando. Ampliou o conceito ao meta-metafísico! :emoticon22:

Sim e quem disse que a realidade não é metafisica?
A filosofia materialista não é provada.
Não seria dogmátismo acreditar apenas nos pontos de vista dessa filosofia não comprovada?
É isso que eu estou dizendo. É preciso cautela.
A atitude cética mais cautelosa e menos dogmática, é avaliar as duas possibilidades e, conhecer os motivos das duas.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

Apocaliptica

Re: Re.: Uma atitude mais cética e mais informada.

Mensagem por Apocaliptica »

NadaSei escreveu:
Apocaliptica escreveu:NadaSei,

Nós não podemos realmente provar a existência de nada.
Você acredita no mundo a sua volta, bem como acredita que as pessoas nesse mundo são reais, mesmo sem prova alguma disso.


Viajou demais da conta ein? Não é desta metafísica que estamos falando. Ampliou o conceito ao meta-metafísico! :emoticon22:

Sim e quem disse que a realidade não é metafisica?
A filosofia materialista não é provada.
Não seria dogmátismo acreditar apenas nos pontos de vista dessa filosofia não comprovada?
É isso que eu estou dizendo. É preciso cautela.
A atitude cética mais cautelosa e menos dogmática, é avaliar as duas possibilidades e, conhecer os motivos das duas.


Claro eu tava brincando. Entendo -te perfeitamente.

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NadaSei
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Re: Re.: Uma atitude mais cética e mais informada.

Mensagem por NadaSei »

Apocaliptica escreveu:Claro eu tava brincando. Entendo -te perfeitamente.

Só pra deixar uma coisa clara.
No meu modo de ver, em questões como a viagem astral a atitude mais cética é não pender para nenhum dos lados.
Não sabemos o que é isso, pode ser "tilt" no cérebro, pode ser o plano astral, ou pode ser qualquer outra coisa...
Simplesmente não sabemos.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

Apocaliptica

Re: Re.: Uma atitude mais cética e mais informada.

Mensagem por Apocaliptica »

NadaSei escreveu:
Apocaliptica escreveu:Claro eu tava brincando. Entendo -te perfeitamente.

Só pra deixar uma coisa clara.
No meu modo de ver, em questões como a viagem astral a atitude mais cética é não pender para nenhum dos lados.
Não sabemos o que é isso, pode ser "tilt" no cérebro, pode ser o plano astral, ou pode ser qualquer outra coisa...
Simplesmente não sabemos.


Já li teu post anterior a respeito disto.

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Najma
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Re: Re.: Uma atitude mais cética e mais informada.

Mensagem por Najma »

Apocaliptica escreveu:
Najma escreveu:
Apocaliptica escreveu:
Najma escreveu:
Apocaliptica escreveu:
Najma escreveu:
betossantana escreveu:
Najma escreveu:Um místico que se preze, tem que ser cético. O ocultismo é totalmente cético porque a pessoa tem que aprender por si mesma e jamais de "ouvir dizer".


Blaaaaaaaaaarrrrgggghhhh. A Najma devia se casar com o NadaSei.

Bjs.


Hum... ele pode ser só seu. Eu já tenho com quem casar... :emoticon1:


Olha o empurra-empurra! :emoticon12:


:emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: ... só seria problema se o betossantana quisesse casar comigo. Ainda bem que ele não gosta de mim.


Calúúúúnia!!! Provas! :emoticon12:


Ele mesmo confessou que tem NOJO de moi... :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:


Ah isto não prova nadica de nada. É uma falácia apenas.


Ah, mas eu costumo acreditar no que dizem pra mim, aham... :emoticon14:
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Re: Re.: Uma atitude mais cética e mais informada.

Mensagem por Najma »

NadaSei escreveu:
Perai, ok... eu me referi ao místico crente... estilo o crente que frequenta igreja.
No misticismo, assim como na religião, a maioria é de crentes iludidos e, não de céticos que realmente investigam o assunto.


O meio cético também tem seus crentes. Em muitos casos, o que se opera com a opção pelo ceticismo é a troca de uma crença por outra. E não estamos falando nisso, não é?


Nada-sei escreveu:Isso é uma questão complicada...
Lembro de uma discussão que tive com meus primos uma vez.
Um deles estava me falando que segundo alguns cientistas, os sonhos são na realidade lembranças de outras vidas.
Lembro que achei isso legal, até que a discussão chegou no ponto de que, se isso for real, então os pesadelos também são...
O interessante é que essa discussão está escrita no meu diario de quando eu era criança... foi uma discussão que eu tive em um "sonho".
Olhando as coisas por essa ótica, provas a partir da avaliação dos resultados de vários procedimentos científicos que sim, baseiam-se em situações do mundo material, ou "denso", caso prefira. São tão confiavéis como se o mesmo fosse feito em um sonho.
Posso eu entrar em um sonho lúcido e avaliar resultados de vários procedimentos científicos que baseiam-se em situações desse mundo material em questão?

Se não é possivel distinguir a diferença entre a matéria desse mundo e daquele, nem saber ao certo se esse mundo ou aquele são "reais"... devemos ter o maximo de cautela. Isso é ser cético.
Pode você fazer um experimento cientifico "confiável", estando dentro de um sonho?


Ha! :emoticon12: Já tentou ver uma parte do seu corpo dentro de um sonho? Tem que fazer um esforço considerável pra armazenar a idéia e colocá-la em ação no estado onírico.

Bem assim: você já tentou pedir a um amigo seu pra colocar alguma mensagem em algum canto da casa dele pra ser achada por você equanto está "sonhando" que viaja astralmente? Isso seria uma boa experiência, sabia? Principalmente se estiver em algum lugar só acessível por um corpo astral... :emoticon4:


Nada-sei escreveu:Sim, definitivamente é terrivel...
É uma mistura de 1984, admirável mundo novo, Matrix, Wacking life, truman Show e muito mais...
Infelizmente por hora, não há alternativa.
Pior que isso, só acreditar na ilusão de realidade do mundo que nos cerca.


Aqui também, é bem assim: se você olhar para os lados e vir um antílope pulando numa cama elástica dentro de um banheiro público, a chance de você estar delirando é maior na medida em que outras pessoas nem fizerem idéia do que você está falando. :emoticon1:
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Re: Re.: Uma atitude mais cética e mais informada.

Mensagem por NadaSei »

Najma escreveu:O meio cético também tem seus crentes. Em muitos casos, o que se opera com a opção pelo ceticismo é a troca de uma crença por outra. E não estamos falando nisso, não é?

Em parte estamos falando nisso também...
Quanto mais dogmático o ceticismo... mais crente...
Um criacionista pode ser cético quanto a evolução, fósseis, DNA, etc...
Najma escreveu:Ha! :emoticon12: Já tentou ver uma parte do seu corpo dentro de um sonho? Tem que fazer um esforço considerável pra armazenar a idéia e colocá-la em ação no estado onírico.

Já vi coisas muito complexas em sonhos.
Inclusive já usei computadores, transei, presenciei um incêndio com muita fumaça complexamente detalhada, etc...
Najma escreveu:Bem assim: você já tentou pedir a um amigo seu pra colocar alguma mensagem em algum canto da casa dele pra ser achada por você equanto está "sonhando" que viaja astralmente? Isso seria uma boa experiência, sabia? Principalmente se estiver em algum lugar só acessível por um corpo astral... :emoticon4:

Tem dois problemas pra se fazer isso.
1 - O controle.
Dependendo do sonho temos mais, ou menos controle... algumas vezes saimos flutuando sem nem ao menos controlar a direção para onde vamos. Outras vezes, temos o controle normal de nossa vida, não podemos voar nem fazer nada diferente do que podemos fazer aqui. Algumas vezes temos controle parcial, podemos levantar carros, mas não voar... Outras vezes temos controle total e podemos fazer qualquer coisa... inclusive materializar a Gisele Bundchen e transar com ela. (rezando para não acordade antes de gozar... hehehe).

2 - O lugar onde estamos.
Nesses sonhos, se você flutua, atravessando o chão de seu quarto, normalmente não vai parar no andar de baixo, mas sai do teto no mesmo quarto, mas um quarto com algumas diferenças... Quanto mais você faz isso, mais diferente o quarto vai ficando.
Acho que é dai que tiraram a idéia de universos paralelos, pois é essa e impressão que passa.
Dessa forma, indo na casa de seu amigo, talvez você esteja indo na casa dele em um universo paralelo e, por isso não vai encontrar nada.

Por outro meios, já pude comprovar que os sonhos, são "algo" a mais, só não sei que "algo" é esse.
O diário dos sonhos é bom por isso, mas é comprovação pessoal e, não pode ser demostrada de forma objetiva para outros.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Re: Re.: Uma atitude mais cética e mais informada.

Mensagem por betossantana »

Najma escreveu:
betossantana escreveu:A Najma devia se casar com o NadaSei.

Hum... ele pode ser só seu.


Argh.
É um problema espiritual, chupe pau!

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Re: Re.: Uma atitude mais cética e mais informada.

Mensagem por betossantana »

Ateu Tímido escreveu:Mas, minha linda, se você ficar falando assim, ele troca a Ivete pela Betânia no avatar...
Bem mais apropriada, afinal.


Do que você está falando? Ivete é rainha, Bethânia é to-tal-men-te overrated.

Bjs.
É um problema espiritual, chupe pau!

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Re: Re.: Uma atitude mais cética e mais informada.

Mensagem por Fernando Silva »

Apocaliptica escreveu:Hum...quer dizer que se não posso provar cientificamente que não existem seres imaginários que alguns enxergam, para não ser crente , preciso provar que eles não existem?

Na verdade, basta exigir provas de que eles existem. Se as provas não surgirem, aguardar por elas antes de acreditar, o que não implica em se recusar a possibilidade.

O cético pode ter duas posições:

1. Está provado o bastante para que ele passe a viver como se existisse (até evidência satisfatória em contrário)

2. Não está provado de forma satisfatória. Ele não acredita nem duvida, se não for importante, ou vive de acordo com o que lhe parece mais provável, se for.

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Luci
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Mensagem por Luci »

Najma escreveu:
Luci escreveu:skeptikós em grego significa "que observa", "que considera". O cético tanto observa e tanto considera, que conclui pela impossibilidade do conhecimento. Confrontando as diversas filosofias, percebe que são diferentes e às vezes contraditórias, concluindo que é impossível aderir a qualquer uma delas. Enquanto o dogmático se apega à certeza de uma doutrina, o cético conclui pela impossibilidade de toda certeza e, neste sentido, considera inútil esta busca infrutífera que não leva a lugar nenhum.


Bem, exato. Apenas tenha em mente que quando algo se prova de alguma maneira, é dessa maneira que será encarado e não de outra. Daí não se pode falar em dogmatismo quando as provas são científicas. Elas apenas são daquela forma, conclusão a que se chega após várias experiências cujos resultados coincidem e confirmam a teoria. :emoticon1:


Sim, eu não discordo, a definição que eu dei se refere ao ceticismo filosófico clássico. É perfeitamente aceitável ser cético com relação às demonstrações sobrenaturais e não concordar com o ceticismo filosófico.

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Luci
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Mensagem por Luci »

NadaSei escreveu:
Luci escreveu:skeptikós em grego significa "que observa", "que considera". O cético tanto observa e tanto considera, que conclui pela impossibilidade do conhecimento. Confrontando as diversas filosofias, percebe que são diferentes e às vezes contraditórias, concluindo que é impossível aderir a qualquer uma delas. Enquanto o dogmático se apega à certeza de uma doutrina, o cético conclui pela impossibilidade de toda certeza e, neste sentido, considera inútil esta busca infrutífera que não leva a lugar nenhum.

Por mais infrutífera que seja a busca pelo conhecimento, a certeza de que ele é inatingível de certa forma contradiz a própria idéia do cético, pois isso já seria um conhecimento. Seria o conhecimento de que não é possivel formar conhecimento.
Em nossa atual situação, a busca por algum conhecimento é inevitável e desejável.
O cético, mesmo sem poder formar um conhecimento concreto, "observa" e "considera".
No fim, só o que são afastadas, são as certezas e verdades absolutas.
Um cético deve se contentar em perceber a relatividade de tudo, bem como a fragilidade de qualquer "conhecimento".


Você também está confundindo ceticismo filosófico com ceticismo científico. Uma coisa é alegar a impossibilidade do conhecimento comparando duas filosofias, como por exemplo, a materialista e a dualista, outra é alegar que não se pode provar nada com relação às demonstrações sobrenaturais, o que na verdade é uma mentira, porque para o ceticismo científico, para chegarmos a conclusão de que um conhecimento é válido, este deve ser submetido ao método científico.

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Najma
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Re: Re.: Uma atitude mais cética e mais informada.

Mensagem por Najma »

NadaSei escreveu:
Najma escreveu:O meio cético também tem seus crentes. Em muitos casos, o que se opera com a opção pelo ceticismo é a troca de uma crença por outra. E não estamos falando nisso, não é?

Em parte estamos falando nisso também...
Quanto mais dogmático o ceticismo... mais crente...
Um criacionista pode ser cético quanto a evolução, fósseis, DNA, etc...
Najma escreveu:Ha! :emoticon12: Já tentou ver uma parte do seu corpo dentro de um sonho? Tem que fazer um esforço considerável pra armazenar a idéia e colocá-la em ação no estado onírico.

Já vi coisas muito complexas em sonhos.
Inclusive já usei computadores, transei, presenciei um incêndio com muita fumaça complexamente detalhada, etc...
Najma escreveu:Bem assim: você já tentou pedir a um amigo seu pra colocar alguma mensagem em algum canto da casa dele pra ser achada por você equanto está "sonhando" que viaja astralmente? Isso seria uma boa experiência, sabia? Principalmente se estiver em algum lugar só acessível por um corpo astral... :emoticon4:

Tem dois problemas pra se fazer isso.
1 - O controle.
Dependendo do sonho temos mais, ou menos controle... algumas vezes saimos flutuando sem nem ao menos controlar a direção para onde vamos. Outras vezes, temos o controle normal de nossa vida, não podemos voar nem fazer nada diferente do que podemos fazer aqui. Algumas vezes temos controle parcial, podemos levantar carros, mas não voar... Outras vezes temos controle total e podemos fazer qualquer coisa... inclusive materializar a Gisele Bundchen e transar com ela. (rezando para não acordade antes de gozar... hehehe).

2 - O lugar onde estamos.
Nesses sonhos, se você flutua, atravessando o chão de seu quarto, normalmente não vai parar no andar de baixo, mas sai do teto no mesmo quarto, mas um quarto com algumas diferenças... Quanto mais você faz isso, mais diferente o quarto vai ficando.
Acho que é dai que tiraram a idéia de universos paralelos, pois é essa e impressão que passa.
Dessa forma, indo na casa de seu amigo, talvez você esteja indo na casa dele em um universo paralelo e, por isso não vai encontrar nada.

Por outro meios, já pude comprovar que os sonhos, são "algo" a mais, só não sei que "algo" é esse.
O diário dos sonhos é bom por isso, mas é comprovação pessoal e, não pode ser demostrada de forma objetiva para outros.


NadaSei... sonhos são mais próximos de um defrag do cérebro durante o período de descanso. Podem ter insights interessantes, visto que algumas informações ficam misturadas com o conteúdo consciente e só são acessíveis quando o consciente está desligado. Mas não passam disso. :emoticon1:

Se houvesse saídas de "algo incorpóreo" do corpo, não haveria impecilhos "físicos" a qualquer empreitada. Até viagens para fora do sistema solar seriam possíveis. Não gastaríamos bilhões em dinheiro para executarmos pesquisas fora deste planetinha. Bastaria treinar as pessoas para realizarem suas viagens, coletarem informações acessíveis também no meio "espiritual", a qualquer momento em que o "algo" se desprendesse... :emoticon1:

Você nunca notou o tanto de dificuldade que se coloca em alguma coisa que deveria ser simples, já que teoricamente TODOS realizam tais viagens todas as noites durante o sono? Eu já... e a conclusão mais plausível a que cheguei é que tudo não passa de embromation. De fato, estamos aqui, num bolsão espaço-temporal e vivemos em conformidade com as leis físicas que regem este bolsão. O resto pertence à nossa imaginação, capacidade de abstrair e de criar explicações estapafúrdeas para coisas que se mostram infinitamente mais simples quando toda a pompa e circunstância que a ignorância empresta ao desconhecido é deixada de lado. :emoticon1:
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Mensagem por NadaSei »

Luci escreveu:
NadaSei escreveu:Por mais infrutífera que seja a busca pelo conhecimento, a certeza de que ele é inatingível de certa forma contradiz a própria idéia do cético, pois isso já seria um conhecimento. Seria o conhecimento de que não é possivel formar conhecimento.
Em nossa atual situação, a busca por algum conhecimento é inevitável e desejável.
O cético, mesmo sem poder formar um conhecimento concreto, "observa" e "considera".
No fim, só o que são afastadas, são as certezas e verdades absolutas.
Um cético deve se contentar em perceber a relatividade de tudo, bem como a fragilidade de qualquer "conhecimento".


Você também está confundindo ceticismo filosófico com ceticismo científico.

Acho que quem está confundindo é você.
Esse post acima, é apenas um comentário sobre a idéia de que a busca do conhecimento é infrutífera. Nesse post, eu nada falo sobre ceticismo cientifico.
No ceticismo filosófico, mesmo que não se encontre um conhecimento concreto, a própria desconstrução do conhecimento é, de certo modo, um conhecimento.
Isso é muito comum em religiões como o Budismo e Taoísmo, de certo modo, é comum no ceticismo de religiosos, onde é dito que a ciência humana é vã e, que devemos aprender a desaprender.

O que eu quis dizer, é que mesmo não sendo possível a construção de um conhecimento sólido, isso não significa que devemos parar de buscar conhecimento, ao menos não por hora.
Luci escreveu: Uma coisa é alegar a impossibilidade do conhecimento comparando duas filosofias, como por exemplo, a materialista e a dualista, outra é alegar que não se pode provar nada com relação às demonstrações sobrenaturais, o que na verdade é uma mentira, porque para o ceticismo científico, para chegarmos a conclusão de que um conhecimento é válido, este deve ser submetido ao método científico.

Sim, isso porque o ceticismo cientifico, é dogmático.
Justamente por esse motivo, o ideal é combina-lo a um ceticismo filosófico.
É bom lembrar outra coisa, não poder dizer o que é a realidade, não significa que seja impossível dizer o que ela não é. O conhecimento negativo é muitas vezes possível.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Re: Re.: Uma atitude mais cética e mais informada.

Mensagem por NadaSei »

Najma escreveu:NadaSei... sonhos são mais próximos de um defrag do cérebro durante o período de descanso. Podem ter insights interessantes, visto que algumas informações ficam misturadas com o conteúdo consciente e só são acessíveis quando o consciente está desligado. Mas não passam disso. :emoticon1:

E como você sabe disso? Tem certeza disso?
Essa é uma idéia comum que já ouvi de pesquisadores do sono.
Como eu disse no post anterior, saber o que são os sonhos, por hora me é impossível, entretanto, eu posso saber muito do que ele não é.
Os sonhos não são um defrag cerebral.
Isso eu posso concluir analisando minhas experiências e o conteúdo dos sonhos, coisa que parece que esses estudiosos do sono, não levam em conta.
Esse é o problema de ser dogmático e, até mesmo, desconhecer técnicas místicas para lembrar de um número maior de sonhos, o que torna melhor essa analise.
Najma escreveu:Se houvesse saídas de "algo incorpóreo" do corpo, não haveria impecilhos "físicos" a qualquer empreitada. Até viagens para fora do sistema solar seriam possíveis. Não gastaríamos bilhões em dinheiro para executarmos pesquisas fora deste planetinha. Bastaria treinar as pessoas para realizarem suas viagens, coletarem informações acessíveis também no meio "espiritual", a qualquer momento em que o "algo" se desprendesse... :emoticon1:

Pois é, talvez não o façamos apenas por falta de conhecimento.
Depois, os sonhos podem ser outra coisa que não essas duas hipóteses...
Najma escreveu:Você nunca notou o tanto de dificuldade que se coloca em alguma coisa que deveria ser simples, já que teoricamente TODOS realizam tais viagens todas as noites durante o sono? Eu já... e a conclusão mais plausível a que cheguei é que tudo não passa de embromation.

Chegou a essa conclusão, em parte por desconhecer os motivos de quem pensa assim.
É muito mais fácil a realidade ser metafísica que materialista.
Realidades metafísicas, nós já sabemos que são possíveis, visto que nossa mente cria essa realidade. Já uma realidade material, fora dessa mente... isso não sabemos.
O que é mais simples? Realidades distintas, uma material e inúmeras metafísicas criadas pelas mente de cada ser?
A realidade ser sempre metafisica me parece mais simples...
Najma escreveu:De fato, estamos aqui, num bolsão espaço-temporal e vivemos em conformidade com as leis físicas que regem este bolsão. O resto pertence à nossa imaginação, capacidade de abstrair e de criar explicações estapafúrdeas para coisas que se mostram infinitamente mais simples quando toda a pompa e circunstância que a ignorância empresta ao desconhecido é deixada de lado. :emoticon1:

Desconhecimento e crença são as palavras-chaves.
Agora estamos nesse bolsão espaço-temporal e vivemos em conformidade com as leis físicas que regem este bolsão. Quando dormimos, entramos em outro bolsão espaço-temporal e vivemos em conformidade com as leis físicas que regem este bolsão.
A diferença é que você acredita que esse aqui é real e os outros falsos... já quem acredita em viagens astrais, acredita na realidade de ambos e, com fortes razões para tal.

O que te garante que após você dormir, não acorda em outro lugar, com vagas lembranças daqui e, acreditando naquela realidade e, pensando que isso aqui não passou de um sonho, um defrag enquanto você dormia?
Se investigar seus sonhos, vai perceber que isso ocorre o tempo todo.
Quando você sonha, muitas vezes acredita piamente que aquilo é absolutamente real. Acredita com a mesma certeza que tem agora, de que está acordado e de que esse aqui e agora, é absolutamente real... Esse é o problema que você parece não compreender.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Mensagem por Luci »

NadaSei escreveu:
Luci escreveu:
NadaSei escreveu:Por mais infrutífera que seja a busca pelo conhecimento, a certeza de que ele é inatingível de certa forma contradiz a própria idéia do cético, pois isso já seria um conhecimento. Seria o conhecimento de que não é possivel formar conhecimento.
Em nossa atual situação, a busca por algum conhecimento é inevitável e desejável.
O cético, mesmo sem poder formar um conhecimento concreto, "observa" e "considera".
No fim, só o que são afastadas, são as certezas e verdades absolutas.
Um cético deve se contentar em perceber a relatividade de tudo, bem como a fragilidade de qualquer "conhecimento".


Você também está confundindo ceticismo filosófico com ceticismo científico.

Acho que quem está confundindo é você.

É verdade. :emoticon4:

Luci escreveu: Uma coisa é alegar a impossibilidade do conhecimento comparando duas filosofias, como por exemplo, a materialista e a dualista, outra é alegar que não se pode provar nada com relação às demonstrações sobrenaturais, o que na verdade é uma mentira, porque para o ceticismo científico, para chegarmos a conclusão de que um conhecimento é válido, este deve ser submetido ao método científico.

Sim, isso porque o ceticismo cientifico, é dogmático.
Justamente por esse motivo, o ideal é combina-lo a um ceticismo filosófico.
É bom lembrar outra coisa, não poder dizer o que é a realidade, não significa que seja impossível dizer o que ela não é. O conhecimento negativo é muitas vezes possível.


Discordo. o ceticismo está fundamentado no ideal científico. A lógica que rege o pensamento científico contemporâneo está centrada na idéia de demonstração e prova através de análise, síntese e interpretação. Dessa forma ele impõe às ciências critérios e finalidades que, quando impedidos de se realizarem, forçam rupturas e mudanças teóricas, definindo aí o caráter revolucionário da ciência. Mas se o seu problema é com o método científico, então que prove que ele está errado e invente outro melhor, pois até agora, ele é o mais seguro na garantia da produção do conhecimento.

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Mensagem por NadaSei »

Luci escreveu:Discordo. o ceticismo está fundamentado no ideal científico. A lógica que rege o pensamento científico contemporâneo está centrada na idéia de demonstração e prova através de análise, síntese e interpretação. Dessa forma ele impõe às ciências critérios e finalidades que, quando impedidos de se realizarem, forçam rupturas e mudanças teóricas, definindo aí o caráter revolucionário da ciência.

O problema é que a base desse conhecimento, depende de seu método e esse, está fortemente ligado a uma filosofia.
Não estou falando da ciência em si, mas da postura dominante do pensamento cientifico moderno. Justamente por esse motivo, lembro sempre que o ceticismo cientifico pode e dever ser associado a um ceticismo filosófico mais profundo. Um não exclui o outro.
Luci escreveu: Mas se o seu problema é com o método científico, então que prove que ele está errado e invente outro melhor, pois até agora, ele é o mais seguro na garantia da produção do conhecimento.

O método cientifico por si só, não está “errado”. O problema está nos casos onde o que deve ser avaliado, não é exatamente "material". A ciência moderna perde muito em casos de estudo de coisas como a mente humana, por exemplo.Veja que ainda assim, temos ciência como a psicologia, que em parte usa os métodos materialistas, em parte não.

O método cientifico é muito bom ao mostrar como funciona “parte” dos fenômenos naturais dessa nossa realidade. O problema está em se criar uma crença de que a realidade seja apenas isso, mesmo sem levar em conta, ou mesmo sem conhecer o que o outro grupo diz e seus motivos para isso.
Volto a usar a analogia dos sonhos, se isso aqui é um sonho como qualquer outro, quão confiável é esse método?
Ele pode ser confiável para dizer como poucas coisas funcionam no presente momento, mas não para dizer o porquê assim é, nem se isso é tudo. Só que a maioria das pessoas por falta de um ceticismo maior, acabam não encarado isso dessa forma, criando crenças pseudocientificas sobre o mundo.

No caso do assunto citado nesse tópico, a ciência da uma hipótese tão valida quanto à hipótese dos místicos.
Inclusive há como combinar experimentos científicos, com as técnicas e conhecimentos desses místicos... Só falta visão e talvez interesse em faze-lo.
O conhecimento é sempre frágil e normalmente relativo, isso inclui o conhecimento cientifico. A cautela é sempre recomendada.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Najma
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Re: Re.: Uma atitude mais cética e mais informada.

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NadaSei escreveu:Os sonhos não são um defrag cerebral.
Isso eu posso concluir analisando minhas experiências e o conteúdo dos sonhos, coisa que parece que esses estudiosos do sono, não levam em conta.
Esse é o problema de ser dogmático e, até mesmo, desconhecer técnicas místicas para lembrar de um número maior de sonhos, o que torna melhor essa analise.


Eu sou estudiosa de misticismo. Posso não ser nenhuma expert mas se você vai com as espigas, eu já comi a polenta. :emoticon1:

Já usei e abusei de mim com testes práticos em termos de sonhos, de projeções conscientes, de animismo, de meditação, de operações mágicas de alguma importância. Muita coisa funcionou. A impressão que eu tenho é mesmo que a mente atua diretamente na forja da realidade mas nem por isso eu posso ter certeza de que consigo voar quando me atiro de um prédio alto. A "crença" na força da gravidade que a Terra exerce sobre mim é maior do que meu desejo de sair voando, penso eu... :emoticon19:

Você pelo jeito acredita que durante os sonhos, experimentamos contato com a realidade "como ela é" quando não existe o filtro imposto pela decodificação das informações que passam pelos sentidos antes de encontrarem a mente, estou errada? :emoticon4:


NadaSei escreveu:Pois é, talvez não o façamos apenas por falta de conhecimento.
Depois, os sonhos podem ser outra coisa que não essas duas hipóteses...


Para quem acrefita que vivemos uma projeção mental de alguma entidade superior, os sonhos podem ser visões da realidade dessa mente superior na qual estamos imersos, não? :emoticon1: Pra mim, continuam sendo um defrag audio-visual em que a participação da mente sobrepuja a do físico.



NadaSei escreveu:Chegou a essa conclusão, em parte por desconhecer os motivos de quem pensa assim.
É muito mais fácil a realidade ser metafísica que materialista.
Realidades metafísicas, nós já sabemos que são possíveis, visto que nossa mente cria essa realidade. Já uma realidade material, fora dessa mente... isso não sabemos.
O que é mais simples? Realidades distintas, uma material e inúmeras metafísicas criadas pelas mente de cada ser?
A realidade ser sempre metafisica me parece mais simples...


Os motivos de quem quer acreditar em viagens astrais é bem conhecido meu. É muito bom ter algo para ensinar aos incautos que, caso não consigam realizar nada, podem concluir humildemente estarem inaptos a tais proezas por falta de elevação espiritual... :emoticon4:

NadaSei escreveu:Desconhecimento e crença são as palavras-chaves.
Agora estamos nesse bolsão espaço-temporal e vivemos em conformidade com as leis físicas que regem este bolsão. Quando dormimos, entramos em outro bolsão espaço-temporal e vivemos em conformidade com as leis físicas que regem este bolsão.
A diferença é que você acredita que esse aqui é real e os outros falsos... já quem acredita em viagens astrais, acredita na realidade de ambos e, com fortes razões para tal.


:emoticon16: ... sem comentários. Aliás, é até compreensível tanta resistência para aceitar fazer alguns testes que podem comprovar a realidade de tais viagens ou não. :emoticon1:



NadaSei escreveu:O que te garante que após você dormir, não acorda em outro lugar, com vagas lembranças daqui e, acreditando naquela realidade e, pensando que isso aqui não passou de um sonho, um defrag enquanto você dormia?
Se investigar seus sonhos, vai perceber que isso ocorre o tempo todo.
Quando você sonha, muitas vezes acredita piamente que aquilo é absolutamente real. Acredita com a mesma certeza que tem agora, de que está acordado e de que esse aqui e agora, é absolutamente real... Esse é o problema que você parece não compreender.


Bah... já tive muitos sonhos estranhos a ponto de sequer ter vontade de voltar a dormir. Numa fase da vida, na infância, eu tinha tantos sonhos em que sonhava que acordava que até perdia a conta. Tive também paralisia do sono durante anos... quase todas as noites. Se aquela doidera for real, eu prefiro nunca mais sonhar. Falando nisso, há pelo menos uns 8 anos eu não tenho mais sonhos vívidos, não acordo gritando feito uma desesperada porque não consigo me mexer... Devo esta graça ao uso de medicação para depressão. :emoticon1:
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Re.: Uma atitude mais cética e mais informada.

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Najma,

Bah... já tive muitos sonhos estranhos a ponto de sequer ter vontade de voltar a dormir. Numa fase da vida, na infância, eu tinha tantos sonhos em que sonhava que acordava que até perdia a conta. Tive também paralisia do sono durante anos... quase todas as noites. Se aquela doidera for real, eu prefiro nunca mais sonhar. Falando nisso, há pelo menos uns 8 anos eu não tenho mais sonhos vívidos, não acordo gritando feito uma desesperada porque não consigo me mexer... Devo esta graça ao uso de medicação para depressão.


Nunca acordei gritando, mas chorando e gemendo de sofrimento, sim. Principalmente na infância.Sonhos bizarros eu sempre tive, mas tem épocas que pioram. O antidepressivo melhorou um pouco a ocorrência de sonhos assustadores recorrentes. E também a sensação de continuar naquela atmosfera durante o resto do dia.

Realmente é uma droga se a realidade for aquela. Absolutamente sem controle de nada.

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Re: Re.: Uma atitude mais cética e mais informada.

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Apocaliptica escreveu:Najma,

Bah... já tive muitos sonhos estranhos a ponto de sequer ter vontade de voltar a dormir. Numa fase da vida, na infância, eu tinha tantos sonhos em que sonhava que acordava que até perdia a conta. Tive também paralisia do sono durante anos... quase todas as noites. Se aquela doidera for real, eu prefiro nunca mais sonhar. Falando nisso, há pelo menos uns 8 anos eu não tenho mais sonhos vívidos, não acordo gritando feito uma desesperada porque não consigo me mexer... Devo esta graça ao uso de medicação para depressão.


Nunca acordei gritando, mas chorando e gemendo de sofrimento, sim. Principalmente na infância.Sonhos bizarros eu sempre tive, mas tem épocas que pioram. O antidepressivo melhorou um pouco a ocorrência de sonhos assustadores recorrentes. E também a sensação de continuar naquela atmosfera durante o resto do dia.

Realmente é uma droga se a realidade for aquela. Absolutamente sem controle de nada.


Nossa, Apo, eu tinha sequências de sonhos de tirarem o fôlego. Os piores foram da fase da "inquisição". Sonhava com torturas, com gente sofrendo perto de mim, tinha pânico de dormir. Isso foi durante a adolescência. Eu gritava tanto e tão alto que até os vizinhos acordavam assustados às vezes e ligavam pra casa pra saber o que estava acontecendo... :emoticon12:

Quando depois dos 30 eu tive uma crise depressiva muito séria, tive que tomar remédios e pra meu espanto, NUNCA mais tive nenhum sonho estranho, colorido demais, maluco demais. Eu comentei isso com o RCA uma vez. Lembra que ele comentou algo sobre a flouxetina e o seu consequente ceticismo em um tópico? Ele deve ter se baseado nos meus comentários... :emoticon1:

Só sei que não troco a estabilidade atual por aquelas sensações horríveis que eu tinha antes. E também não troco a sensação gostosa de não ter que me preocupar com a existência de algo que eu "sentia" e não encontrava explicação cabível.
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Re: Re.: Uma atitude mais cética e mais informada.

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Najma escreveu:
Apocaliptica escreveu:Najma,

Bah... já tive muitos sonhos estranhos a ponto de sequer ter vontade de voltar a dormir. Numa fase da vida, na infância, eu tinha tantos sonhos em que sonhava que acordava que até perdia a conta. Tive também paralisia do sono durante anos... quase todas as noites. Se aquela doidera for real, eu prefiro nunca mais sonhar. Falando nisso, há pelo menos uns 8 anos eu não tenho mais sonhos vívidos, não acordo gritando feito uma desesperada porque não consigo me mexer... Devo esta graça ao uso de medicação para depressão.


Nunca acordei gritando, mas chorando e gemendo de sofrimento, sim. Principalmente na infância.Sonhos bizarros eu sempre tive, mas tem épocas que pioram. O antidepressivo melhorou um pouco a ocorrência de sonhos assustadores recorrentes. E também a sensação de continuar naquela atmosfera durante o resto do dia.

Realmente é uma droga se a realidade for aquela. Absolutamente sem controle de nada.


Nossa, Apo, eu tinha sequências de sonhos de tirarem o fôlego. Os piores foram da fase da "inquisição". Sonhava com torturas, com gente sofrendo perto de mim, tinha pânico de dormir. Isso foi durante a adolescência. Eu gritava tanto e tão alto que até os vizinhos acordavam assustados às vezes e ligavam pra casa pra saber o que estava acontecendo... :emoticon12:

Quando depois dos 30 eu tive uma crise depressiva muito séria, tive que tomar remédios e pra meu espanto, NUNCA mais tive nenhum sonho estranho, colorido demais, maluco demais. Eu comentei isso com o RCA uma vez. Lembra que ele comentou algo sobre a flouxetina e o seu consequente ceticismo em um tópico? Ele deve ter se baseado nos meus comentários... :emoticon1:

Só sei que não troco a estabilidade atual por aquelas sensações horríveis que eu tinha antes. E também não troco a sensação gostosa de não ter que me preocupar com a existência de algo que eu "sentia" e não encontrava explicação cabível.


Bom, eu acho estranho quando as pessoas me contam sonhos normais, com início , meio e fim. Meus sonhos são delírios e alucinações, muitos psidolélicos, ou estou perdida e angustiada como se tivesse 3 anos no escuro da noite atrás da casa de meus pais e nunca achpo o endereço, volto em lugares que morei, geralmente voando e com medo, mas os lugares nunca são exatamente como eu pensava e continuo a busca.
Atmosferas estranhas com céus de cores esquistas também me perturbam e são recorrentes.

Psicologismos a parte, tem fases mais depressivas da vida em que isto fica mais evidente, mas a fluoxetina é um santo remédio.
Outra coisa para mim estranha e´as pessoas dizerem que sonham preto e branco. Para mim sonho é uma viagem de cor, som, cheiros e todas as discrepâncias sensoriais, inclusive ouvir vozes além do contexto do sonho.
Muito disto foi diminuindo com o passar dos anos, inclusive a desagradável capacidade que eu tinha de acordar de um sonho ruim, levantar, ir fazer uma coisa breve qualquer, deitar, dormir e voltar a sonhar de novo a mesma droga.

Mas não entendi o ceticismo dele. Por que ele é cético?

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Najma
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Re: Re.: Uma atitude mais cética e mais informada.

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Apocaliptica escreveu:

Mas não entendi o ceticismo dele. Por que ele é cético?


Ele parece que é cético quanto ao ceticismo. Acredita, baseado no que andei comentando com ele, que existe uma co-relação do ceticismo/niilismo e o uso desses remédios pra depressão, ou de algumas substâncias que tiram os excessos de sensibilidade. Gente como eu é hipersensível, tem algum tipo de desordem na capacidade de criar barreiras e limites entre o eu e o outro. Pelo menos eu sempre fui assim... e de alguma forma continuo assim. Tanto que quando vejo, já estou me envolvendo com os problemas de gente que conheço só virtualmente e sofrendo as consequências disso, como expus lá num tópico logo quando voltei à ativa aqui no RV. Eu literalmente entro no mundo daqueles com quem mantenho algum contato afetivo e não saber separar o que é meu do que é do outro já me valeu problemas sérios como lidar com dementes e gente que mente compulsivamente e não saber sair da "frequência". Pavoroso... :emoticon11:

O uso de medicação antidepressiva ajuda muito a bloquear essas sensações que não são minhas e a ter uma forma mais linear de pensar. Atribuo a isso a perda da "mediunidade" que eu tinha antes. Os sonhos menos chamativos e que passam despercebidos também, bem como a perda da habilidade de escrever de forma diferenciada. Foi isso que comentei com o RCA. :emoticon1:

Quanto aos seus sonhos, acredite, sei bem como é isso. E entendo perfeitamente sua insônia. Eu também não queria dormir quando sonhava assim. E ainda resisto muito, tanto que amanhã levanto às 6 da matina pra levar filho pra escola e ainda estou aqui... :emoticon16:

Beijos
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Apocaliptica

Re.: Uma atitude mais cética e mais informada.

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Najma,

Ele parece que é cético quanto ao ceticismo. Acredita, baseado no que andei comentando com ele, que existe uma co-relação do ceticismo/niilismo e o uso desses remédios pra depressão


E eu acho que existe sim, talvez por alguma característica da personalidade que se repete em pessoas com tendência à depressão. Estes dias estive meditando a respeito, e meio que concluí que sempre fui niilista, e que para mim é difícil não acabar, em alguns momentos da vida, afundando nesta realidade até bater o pé no fundo do fundo do maldito poço. Aliás, lá naquele buraco do quinto dos infernos somos contemplados com a visão mais irracional possível a respeito da existência, o que para mim culminou com uma expécie de síndrome do pânico invertida: ao contrário de ter medo de morrer, sinto uma atração quase incontrolável por dar cabo de tudo. Mas a inércia é tão grande, que nem isto não faço.
Mas esta é uma das facetas, existem outras. E fases que se alternam. Mas não sou Bipolar.

bem como a perda da habilidade de escrever de forma diferenciada.


Como é isto?

Pode contar amanhã. Vá dormir! Bjs

Trancado