Alter-ego escreveu:Apocaliptica escreveu:Alter-ego,
Se é assim, por que ela precisava ser virgem e ainda continuar para todo o sempre?
A virgindade dela simboloiza o quê? E seja lá que simbologia for esta, porque estaria na ausência do sexo depositada?
Quanto a comer da árvore, Deus estava brincando com o casalzinho, pois não os avisou que não podiam usar o livre arbítrio para aquilo? Por que ele criaria 2 seres de sexo diferente, se não fosse para copular? E o que o bem e o mal tem a ver com isto? Hum hum...E com relação à culpa, por que errar traria culpa e não outro sentimento como por exemplo a sensação de querer refazer, desta vez , acertando em avez de errando? A culpa não é necessária. Se a culpa fosse obrigatoriamente um antídito contra o mal, os grandes criminosos a sentiriam. E não sentem.
Hum... Acho que você ainda não entendeu.
Eu disse que o pecado de Adão e Eva não tinha NADA a ver com sexo. Os teólogos da ICAR creem que, MESMO que não tivessem pecado, Adão e Eva iriam praticar sexo. Uma coisa não tem nada a ver com a outra.
A virgindade de Maria é uma figura vetero-testamentária. Ela precede a Igreja Católica:
"Essa porta é para permanecer fechada; ninguém pode abri-la para entrar por ela. De modo que, desde que o Senhor, Deus de Israel entrou por ela, ela permanecerá fechada" (Ez. XLIV, 2). Maria não teve outros filhos não porque seria pecado, mas para dedicação exclusiva a Jesus.
E a culpa despertada pelo pecado, não refere-se a sentimento de culpa (a sensação). A palavra culpa pode ser substituida por débito, dívida. Assim, quem peca, mesmo que não se sinta culpado, tem culpa. Entendeu a diferença?
E dizer que eles poderia usar o arbítrio para "comer" da árvore não exime de nada.
Eu sou "livre" para matar quem passar à minha frente agora. Mas se o fizer irei arcar com as consequências legais pelo fato.
Bjs
É que, Alter, cada vez ouço uma história diferente, que anda, anda e anda...num labirinto sem fim. Porque nada disto faz sentido ou tem lógica ou se presta algum fim, a não ser ir escapando por aqui e deslizando por ali, adaptando a história, que início devia até ser simples.
Quanto mais se tenta explicar o cristianismo, e quanto mais as décadas passam, mais complicada e truncada a novela fica.
De tal forma , que as diversas divisões e subdivisões do cristianismo vão se perdendo e se afastando do que pode ter sido a gênese ( aqui a gênese histórica, se é que ela teve origem num homem chamado Cristo mesmo, e nem estou considerando se ele era filho de algum deus ou um pobre diabo mortal como nós).
E acima de tudo, vão se afastando e brigando entre si, pois cada vez que alguém resolve não aceitar alguma coisa, cria uma saída, atraindo para si um novo rebanho de ovellhinas, que seguem repetindo um milhar de vezes a nova história.
E assim, la nave vá...
Mas voltemos:
"Essa porta é para permanecer fechada; ninguém pode abri-la para entrar por ela. De modo que, desde que o Senhor, Deus de Israel entrou por ela, ela permanecerá fechada" (Ez. XLIV, 2). Maria não teve outros filhos não porque seria pecado, mas para dedicação exclusiva a Jesus."
Então por que Maria precisava de José por perto? Se ela tinha um marido, e a porta fechada, era apenas uma figura vetero-testamentária, isto significa que ela pode ter sido uma mulher sexualmente ativa e normal. Apenas que não teve mais filhos.
Porque Deus assim não quis.
Mas acho que isto é balela. Por que o voto de castidade no cristianismo? Qual a necessidade que não seja a "pureza" do corpo? Algumas religião alcançam a pureza através do sexo.
Como não parece haver na Bíblia referência à genealogia de Maria, o que se deduz é que ela devia ter em torno de 12 a 14 anos quando foi entregue à José porque assim era tradição naquele tempo, quando foi feita a anunciação. Devia ser noiva, pois casada já teria tido tido relações sexuais como marido, e talvez até filhos.
Maria para mim é sim a figura que demonstra claramente a opressão em cima da sexualidade, notadamente a feminina , através da supressão da sua sexualidade, retirando-lhe o prazer e o desejo ( que como mulher devia sentir ), usando a justificativa de que devia se dedicar a Cristo apenas.
Na verdade, no tempo de Maria a sociedade tolerava a poligamia masculina e as meninas,principalmente de origem judaica, praticamente nem saíam de casa antes de ser entregues a um marido.
Ah, quanta confusão...sinceramente.