Separados ao nascer...
Separados ao nascer...
Lula e FHC: iguais demais
05/03/2007
2,6%. Essa foi a média de crescimento do PIB brasileiro no primeiro mandato do presidente Lula. Igual à do primeiro de FHC. E não muito diferente dos 2,3%, em média, de FHC 2.
São dois governos distintos, com problemas e agendas diferentes. Mas ambos foram fundamentalmente iguais no principal vetor que hoje emperra o crescimento brasileiro: o inchaço do Estado e o aumento de seu peso sobre o setor produtivo e os trabalhadores --via carga tributária.
Nisso, FHC e Lula são irmãos siameses, apesar de toda a ladainha dos tucanos de que os petistas são "estatizantes" e atrasados, diferentes deles.
Lula de fato é distinto em vários outros aspectos, mas não difere do que foi FHC no fundamental: quando se trata de tirar o peso do Estado de cima da gente.
Sob Lula, muitas das iniciativas de modernização do Estado promovidas por FHC foram abandonadas. A ênfase que o PT dá às agências reguladoras (Aneel, Anatel etc.) e às concessões (de rodovias, por exemplo), fundamentais para atrair investimentos privados, é próxima de zero.
FHC, por sua vez, foi muito mais tímido que Lula na chamada agenda social. O tucano também foi menos responsável, do ponto de vista fiscal, que Lula. Só economizou nos superávits primários (para tentar reduzir a dívida pública) a partir de 1999, quando o FMI exigiu ao emprestar dinheiro ao Brasil.
Mesmo assim, o superávit do governo central promovido por FHC foi de 2% do PIB, em média, no segundo mandato (0,3% no primeiro). O de Lula alcançou 2,7%.
O ponto central, no entanto, é que, apesar de orientações diferentes, ambos governaram jogando o ônus de suas políticas para a sociedade, arrochando empresas e pessoas físicas com mais e novos impostos, contribuições e taxas.
No início do primeiro mandato de FHC, a carga tributária total era equivalente a 28,9% do PIB. Ele entregou o país a Lula com 35,8%. O aumento foi de 6,9 pontos percentuais.
Lula seguiu aumentando a arrecadação e os impostos, até bater nos 38,8% anunciados na semana passada. Em seu governo, o aumento foi de 3,3 pontos. Ou seja, manteve praticamente o mesmo ritmo de FHC.
O resumo é que o país não cresce, e a carga tributária não pára de subir, alimentando um Estado gigantesco e perdulário que não usa o dinheiro que arrecada para cumprir seu papel fundamental: proporcionar educação, saúde e segurança adequadas e um ambiente econômico que favoreça o desenvolvimento.
Não existe nada, absolutamente nada, que indique uma mudança nessa situação.
____________________________________________
Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/ult1470u21.shtml
05/03/2007
2,6%. Essa foi a média de crescimento do PIB brasileiro no primeiro mandato do presidente Lula. Igual à do primeiro de FHC. E não muito diferente dos 2,3%, em média, de FHC 2.
São dois governos distintos, com problemas e agendas diferentes. Mas ambos foram fundamentalmente iguais no principal vetor que hoje emperra o crescimento brasileiro: o inchaço do Estado e o aumento de seu peso sobre o setor produtivo e os trabalhadores --via carga tributária.
Nisso, FHC e Lula são irmãos siameses, apesar de toda a ladainha dos tucanos de que os petistas são "estatizantes" e atrasados, diferentes deles.
Lula de fato é distinto em vários outros aspectos, mas não difere do que foi FHC no fundamental: quando se trata de tirar o peso do Estado de cima da gente.
Sob Lula, muitas das iniciativas de modernização do Estado promovidas por FHC foram abandonadas. A ênfase que o PT dá às agências reguladoras (Aneel, Anatel etc.) e às concessões (de rodovias, por exemplo), fundamentais para atrair investimentos privados, é próxima de zero.
FHC, por sua vez, foi muito mais tímido que Lula na chamada agenda social. O tucano também foi menos responsável, do ponto de vista fiscal, que Lula. Só economizou nos superávits primários (para tentar reduzir a dívida pública) a partir de 1999, quando o FMI exigiu ao emprestar dinheiro ao Brasil.
Mesmo assim, o superávit do governo central promovido por FHC foi de 2% do PIB, em média, no segundo mandato (0,3% no primeiro). O de Lula alcançou 2,7%.
O ponto central, no entanto, é que, apesar de orientações diferentes, ambos governaram jogando o ônus de suas políticas para a sociedade, arrochando empresas e pessoas físicas com mais e novos impostos, contribuições e taxas.
No início do primeiro mandato de FHC, a carga tributária total era equivalente a 28,9% do PIB. Ele entregou o país a Lula com 35,8%. O aumento foi de 6,9 pontos percentuais.
Lula seguiu aumentando a arrecadação e os impostos, até bater nos 38,8% anunciados na semana passada. Em seu governo, o aumento foi de 3,3 pontos. Ou seja, manteve praticamente o mesmo ritmo de FHC.
O resumo é que o país não cresce, e a carga tributária não pára de subir, alimentando um Estado gigantesco e perdulário que não usa o dinheiro que arrecada para cumprir seu papel fundamental: proporcionar educação, saúde e segurança adequadas e um ambiente econômico que favoreça o desenvolvimento.
Não existe nada, absolutamente nada, que indique uma mudança nessa situação.
____________________________________________
Fonte:http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/ult1470u21.shtml
- Led Zeppelin
- Mensagens: 2558
- Registrado em: 16 Ago 2006, 17:29
- Localização: Patos de Minas - MG
- Contato:
Re.: Separados ao nascer...
FHC é um gênio, bem diferente do Lula. Administrar o País não é fácil e o FHC contornou muito bem a inflação.
"Sua calcinha nos joelhos, sua bunda detonada... fazendo o velho movimento de entra e sai"
Re.: Separados ao nascer...
Pobre Brasil. Ame-o ou Deixe-o.
Pobre Brasil. Um País do Futuro.
Pobre Brasil. Um País de Todos.

Pobre Brasil. Um País do Futuro.
Pobre Brasil. Um País de Todos.

Re: Re.: Separados ao nascer...
Led Zeppelin escreveu:FHC é um gênio, bem diferente do Lula. Administrar o País não é fácil e o FHC contornou muito bem a inflação.
Podem dizer o que quiser...sinto saudades dele.
- Led Zeppelin
- Mensagens: 2558
- Registrado em: 16 Ago 2006, 17:29
- Localização: Patos de Minas - MG
- Contato:
Re.: Separados ao nascer...
Apocaliptica,
Foi legal viver a época de avanço do Brasil na década passada, infelizmente os anos 80 foram perdidos. E os anos 10 deste século parecem que serão também.
Foi legal viver a época de avanço do Brasil na década passada, infelizmente os anos 80 foram perdidos. E os anos 10 deste século parecem que serão também.
"Sua calcinha nos joelhos, sua bunda detonada... fazendo o velho movimento de entra e sai"
Re: Re.: Separados ao nascer...
Led Zeppelin escreveu:Apocaliptica,
Foi legal viver a época de avanço do Brasil na década passada, infelizmente os anos 80 foram perdidos. E os anos 10 deste século parecem que serão também.
Espero que o barbudo não consiga se reeleger em 2014.
Espero que Cuba seja abduzida pelos americanos e se transforme num anexo da Flórida.
Espero que Chavez e Morales marquem um passeio para ver os útimos dias de Castro. E que eles morram nos respectivos vôos.
Deus é pai e provedor. Espero que finalmente seja brasileiro.



- Led Zeppelin
- Mensagens: 2558
- Registrado em: 16 Ago 2006, 17:29
- Localização: Patos de Minas - MG
- Contato:
Re.: Separados ao nascer...
Apocaliptica,




"Sua calcinha nos joelhos, sua bunda detonada... fazendo o velho movimento de entra e sai"
Re.: Separados ao nascer...
"O economista Fabio Giambiagi, do Ipea (instituto de pesquisas ligado ao Ministério do Planejamento), acaba de lançar o livro "Raízes do atraso", que ajuda a explicar a "doença" do baixo crescimento que tomou conta do Brasil.
Abaixo, pequena introdução e entrevista com Giambiagi. Trechos foram publicados na Folha de domingo:
O Brasil não cresce porque não merece. E se converte em uma economia com mentalidade de funcionário público, com espírito de acomodação e dependência do Estado.
Para o economista Fabio Giambiagi, 44, que acaba de lançar o livro "Raízes do atraso - As dez vacas sagradas que acorrentam o país", o Brasil "colhe o que plantou".
Os desarranjos dos anos 80 e a Constituição de 1988 levaram à hiperinflação, ao endividamento e ao forte aumento da carga tributária. O resultado é o crescimento medíocre atual.
O livro propõe duas idéias-força: 1) o país precisa caminhar para uma economia em que o bem-estar dependa do esforço, criatividade e êxito dos indivíduos, e não do apoio do governo; e 2) que o papel do Estado seja o de ajudar as pessoas a buscar esse êxito, e não apenas o de transferir renda.
"O Brasil está se convertendo em um 'show-case' de políticas sociais voltadas para o bem-estar de clientelas específicas", diz Giambiagi. "O elemento comum desses programas é que eles fornecem recursos públicos em troca de nada."
O economista do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), ligado ao Ministério do Planejamento, defende mudanças nos programas e, evocando Mário Covas (1930-2001), defende um "choque de capitalismo" no Brasil."
Abaixo, pequena introdução e entrevista com Giambiagi. Trechos foram publicados na Folha de domingo:
O Brasil não cresce porque não merece. E se converte em uma economia com mentalidade de funcionário público, com espírito de acomodação e dependência do Estado.
Para o economista Fabio Giambiagi, 44, que acaba de lançar o livro "Raízes do atraso - As dez vacas sagradas que acorrentam o país", o Brasil "colhe o que plantou".
Os desarranjos dos anos 80 e a Constituição de 1988 levaram à hiperinflação, ao endividamento e ao forte aumento da carga tributária. O resultado é o crescimento medíocre atual.
O livro propõe duas idéias-força: 1) o país precisa caminhar para uma economia em que o bem-estar dependa do esforço, criatividade e êxito dos indivíduos, e não do apoio do governo; e 2) que o papel do Estado seja o de ajudar as pessoas a buscar esse êxito, e não apenas o de transferir renda.
"O Brasil está se convertendo em um 'show-case' de políticas sociais voltadas para o bem-estar de clientelas específicas", diz Giambiagi. "O elemento comum desses programas é que eles fornecem recursos públicos em troca de nada."
O economista do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), ligado ao Ministério do Planejamento, defende mudanças nos programas e, evocando Mário Covas (1930-2001), defende um "choque de capitalismo" no Brasil."
Re.: Separados ao nascer...
O Lula sabe deste livro escrito pelo Giambiagi? Não deve saber.


- Led Zeppelin
- Mensagens: 2558
- Registrado em: 16 Ago 2006, 17:29
- Localização: Patos de Minas - MG
- Contato:
Re: Re.: Separados ao nascer...
Apocaliptica escreveu:O Lula sabe deste livro escrito pelo Giambiagi? Não deve saber.
"Livro é igual academia, você vê e sente vontade de sair correndo"(Lula)


"Sua calcinha nos joelhos, sua bunda detonada... fazendo o velho movimento de entra e sai"
Re: Re.: Separados ao nascer...
Led Zeppelin escreveu:Apocaliptica escreveu:O Lula sabe deste livro escrito pelo Giambiagi? Não deve saber.
"Livro é igual academia, você vê e sente vontade de sair correndo"(Lula)
![]()

Re.: Separados ao nascer...
Estou pensando em ler o livro. Quero ver que raízes do atraso e de que forma ele vai abordá-las.
Editado pela última vez por Apocaliptica em 05 Mar 2007, 13:08, em um total de 1 vez.
Re.: Separados ao nascer...
Esse avatar do Violent Femmes é de arrasar.
Muito melhor que aquelas porcarias do Rush.
Muito melhor que aquelas porcarias do Rush.
Re: Re.: Separados ao nascer...
rapha... escreveu:Esse avatar do Violent Femmes é de arrasar.
Muito melhor que aquelas porcarias do Rush.
Os dois são de arrasar.
