clara campos escreveu:Apocaliptica escreveu:Quem segue os mandamentos do Corão, ou os interpreta a seu bel-prazer, assim como fazem os cristãos com a bíblia? A diferença, é que o Corão serve de Lei também.
Apocaliptica escreveu:Não fui eu que citei a palavra Estado. Mas o ente que assume o papel de executar as Leis , seja lá de onde elas provenham.
As tuas palavras revelam um grande desconhecimento da realidade de vários países maioritariamente muçulmanos.
A forma generalizada como te referes a "eles" à sua "cultura" ou ao seu "Estado" ignora a imensa diversidade de culturas islâmicas e aparenta um incrível desprezo, não pela religião islâmica, mas pelas pessoas que seguem o islão; coisa que considero bastante perigosa.
Os estereótipos desgastados do muçulmano, quase sempre árabe, que apedreja mulheres e se faz explodir são imagens actualmente muito em voga mas que não reflectem a realidade ou pensamento de milhões de muçulman@s.
A luta contra o obscurantismo, conservadorismo e sexismo e outros ismos feios que praticamente todos os grupos religiosos promovem não deve ser confundida contra uma luta de intolerância; uma luta contra pessoas.
Clara. Jamais irei in loco ver e contar quantos muçulmanos vivem segundo as Leis do Islão( mel interpretadas ,pelos que juram que o Islamismo e o Corão objetivam o bem entre os povos ) e quantos apenas o tem como livro de cabeceira.
Esta "moda" não é de agora. Desde sempre se soube destas coisas. Agora a globalização proporcionou muito mais acesso.
Já vi muitos documentários a respeito. Muitos repórteres tentam mostrar o que acontece dentro de uma comunidade muçulmana, mas não podem usar câmera, nem se dirigir às mulheres, e quando indagam a chefes, líderes (não sei como se chamam) por que algumas coisas são como são ( por exemplo a proibição às mulheres de alguns direitos básicos como ir e vir, falar com homens, estudar em determinados locais, usar o véu), são ameaçados de forma acintosa. Muitos são obrigados e se retirar do recinto . Os que obtiveram alguma explicação, foi sempre de forma cínica e tendenciosa, machista e cruel ( que para eles é perfeitamente normal e prioriza a proteção das mulheres ). Por exemplo, as mulheres precisam se cobrir, pois isso as protege de ser estupradas. É para o bem delas.
Ou seja, não é etnocentrismo o que prego. É que no mundo, apesar de ser politicamente correto respeitar as culturas, algumas noções de civilidade representam um certo consenso.
Como já disse que não vou até o mundo islâmico averiguar e contar, sigo o que está estampado em páginas e páginas de informação durante décadas ao redor do mundo.
Tenho mais pena das mulheres ( embora não entenda porque algumas parecem se revoltar com alguns costumes e outras brigam por eles).
Violentar a mente, o corpo e a liberdade , especialmente de uma parte sectarizada de um povo não pode ser, em hipótese alguma, aceitável. Muito menos quando esta irracionalidade está baseada na força e na submissão de um sexo ao outro.
Mulheres geram os homens que podem um dia matá-las.
Evidente que não estou falando de todos os indivíduos, ninguém sabe estes números.
Mas hás de convir que se algumas vozes se alteram dentro do próprio grupo é porque há algo muito, muito vexatório.
Como mesmo disseste, se não representa a vontade de muitos muçulmanos, por que não se acabam com tais atos criminosos?
Isto não é um pouco de resignação?
Perigoso é fechar os olhos a isto em nome do "respeito".